Governo faz ‘saldão’ e vende imóveis funcionais na Península dos Ministros


Ministério da Economia arrecadou R$ 18 milhões; casas destinadas à Casa Civil e Itamaraty estão entre as vendas

Por Felipe Frazão

A antiga residência do Ministério das Relações Exteriores foi arrematada por R$ 7,2 milhões, enquanto a morada destinada aos titulares da Casa Civil recebeu lance máximo de R$ 10,8 milhões. Ao todo, o governo recebeu seis propostas de compra.

Casa desocupada na Península dos Ministros, em Brasília, destinada à Casa Civil Foto: Dida Sampaio/Estadão
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A residência do Itamaraty, nos últimos anos foi usada esporadicamente para encontros diplomáticos. O imóvel teve um ágio de 17% sobre o lance mínimo estipulado em R$ 6,2 milhões. O nome do comprador não foi divulgado.

Já a residência da Casa Civil, mais valorizada e mais bem conservada, estava avaliada em R$ 6,3 milhões e foi comprada pela empresa Bricco Construções, com ágio de 70%. Ali morou a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), no período em que ocupou a pasta durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

Uma terceira casa, também no Lago Sul, mas fora da “península”, não recebeu propostas. Avaliado em R$ 2,7 milhões, o imóvel poderá ser ofertado pelo governo com preço até 25% inferior.

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Em 2017, o governo Michel Temer conseguiu condições melhores: alienou a antiga casa de luxo dos ex-ministros da Fazenda por R$ 11,4 milhões – em valores corrigidos pela inflação, R$ 12,5 milhões. Ela foi comprada pelo médico Rafael Borsoi Leal, com ágio de 71% sobre a avaliação inicial, de R$ 6,6 milhões.

Plano antigo

Os planos de extinção das mordomias residenciais para a alta cúpula do Executivo remontam ao governo Fernando Collor. Parte dos imóveis, abandonados e mal conservados, geravam despesas de manutenção ao governo, por causa dos terrenos grandes, equipamentos como piscina privativa, área de acesso ao lago e projetos paisagísticos nos jardins e arquitetônicos internos.

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Desde Collor, diferentes governos reduziram a ocupação das mansões e venderam imóveis. Atualmente, não há ministros morando no lugar. O último foi o ex-ministro Moreira Franco (MDB), ex-titular da Secretaria Geral da Presidência e de Minas e Energia no governo Temer.Ele viveu na residência oficial da Casa Civil – o que adiou, inclusive, o plano de alienação do imóvel, agora concretizado. 

Segundo uma pessoa próxima a Moreira, o ex-ministro antes morava num hotel da capital federal, mas pediu a mansão para que sua mulher ficasse mais perto dos netos, filhos do deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), morador da residência oficial da Presidência da Câmara, numa rua ao lado.

Outros imóveis

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A retomada das vendas inclui também uma série de apartamentos funcionais em Brasília e imóveis de diversos tipos, como terrenos, casas e prédios, em todo o País.

Nesta quinta-feira, 30, o governo tentará vender um terreno de 65 mil metros quadrados avaliado em R$ 252 milhões no Octogonal, área residencial de Brasília. Moradores dos diversos condomínios de apartamentos do entorno protestaram no fim de semana contra a venda para a iniciativa privada. A área desocupada do terreno, uma das últimas não edificadas no bairro, ainda preserva a vegetação e é frequentada como se fosse um parque informal.

Atualmente, ministros do governo vivem em outros imóveis funcionais da União, como André Mendonça (AGU) e Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo). Na QL 12, a quadra da Península, há ainda casas oficiais dos comandos militares, embaixadas e escritórios de advocacia, além de representação de partidos, como a sede do MDB.

A antiga residência do Ministério das Relações Exteriores foi arrematada por R$ 7,2 milhões, enquanto a morada destinada aos titulares da Casa Civil recebeu lance máximo de R$ 10,8 milhões. Ao todo, o governo recebeu seis propostas de compra.

Casa desocupada na Península dos Ministros, em Brasília, destinada à Casa Civil Foto: Dida Sampaio/Estadão

A residência do Itamaraty, nos últimos anos foi usada esporadicamente para encontros diplomáticos. O imóvel teve um ágio de 17% sobre o lance mínimo estipulado em R$ 6,2 milhões. O nome do comprador não foi divulgado.

Já a residência da Casa Civil, mais valorizada e mais bem conservada, estava avaliada em R$ 6,3 milhões e foi comprada pela empresa Bricco Construções, com ágio de 70%. Ali morou a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), no período em que ocupou a pasta durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

Uma terceira casa, também no Lago Sul, mas fora da “península”, não recebeu propostas. Avaliado em R$ 2,7 milhões, o imóvel poderá ser ofertado pelo governo com preço até 25% inferior.

Em 2017, o governo Michel Temer conseguiu condições melhores: alienou a antiga casa de luxo dos ex-ministros da Fazenda por R$ 11,4 milhões – em valores corrigidos pela inflação, R$ 12,5 milhões. Ela foi comprada pelo médico Rafael Borsoi Leal, com ágio de 71% sobre a avaliação inicial, de R$ 6,6 milhões.

Plano antigo

Os planos de extinção das mordomias residenciais para a alta cúpula do Executivo remontam ao governo Fernando Collor. Parte dos imóveis, abandonados e mal conservados, geravam despesas de manutenção ao governo, por causa dos terrenos grandes, equipamentos como piscina privativa, área de acesso ao lago e projetos paisagísticos nos jardins e arquitetônicos internos.

Desde Collor, diferentes governos reduziram a ocupação das mansões e venderam imóveis. Atualmente, não há ministros morando no lugar. O último foi o ex-ministro Moreira Franco (MDB), ex-titular da Secretaria Geral da Presidência e de Minas e Energia no governo Temer.Ele viveu na residência oficial da Casa Civil – o que adiou, inclusive, o plano de alienação do imóvel, agora concretizado. 

Segundo uma pessoa próxima a Moreira, o ex-ministro antes morava num hotel da capital federal, mas pediu a mansão para que sua mulher ficasse mais perto dos netos, filhos do deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), morador da residência oficial da Presidência da Câmara, numa rua ao lado.

Outros imóveis

A retomada das vendas inclui também uma série de apartamentos funcionais em Brasília e imóveis de diversos tipos, como terrenos, casas e prédios, em todo o País.

Nesta quinta-feira, 30, o governo tentará vender um terreno de 65 mil metros quadrados avaliado em R$ 252 milhões no Octogonal, área residencial de Brasília. Moradores dos diversos condomínios de apartamentos do entorno protestaram no fim de semana contra a venda para a iniciativa privada. A área desocupada do terreno, uma das últimas não edificadas no bairro, ainda preserva a vegetação e é frequentada como se fosse um parque informal.

Atualmente, ministros do governo vivem em outros imóveis funcionais da União, como André Mendonça (AGU) e Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo). Na QL 12, a quadra da Península, há ainda casas oficiais dos comandos militares, embaixadas e escritórios de advocacia, além de representação de partidos, como a sede do MDB.

A antiga residência do Ministério das Relações Exteriores foi arrematada por R$ 7,2 milhões, enquanto a morada destinada aos titulares da Casa Civil recebeu lance máximo de R$ 10,8 milhões. Ao todo, o governo recebeu seis propostas de compra.

Casa desocupada na Península dos Ministros, em Brasília, destinada à Casa Civil Foto: Dida Sampaio/Estadão

A residência do Itamaraty, nos últimos anos foi usada esporadicamente para encontros diplomáticos. O imóvel teve um ágio de 17% sobre o lance mínimo estipulado em R$ 6,2 milhões. O nome do comprador não foi divulgado.

Já a residência da Casa Civil, mais valorizada e mais bem conservada, estava avaliada em R$ 6,3 milhões e foi comprada pela empresa Bricco Construções, com ágio de 70%. Ali morou a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), no período em que ocupou a pasta durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

Uma terceira casa, também no Lago Sul, mas fora da “península”, não recebeu propostas. Avaliado em R$ 2,7 milhões, o imóvel poderá ser ofertado pelo governo com preço até 25% inferior.

Em 2017, o governo Michel Temer conseguiu condições melhores: alienou a antiga casa de luxo dos ex-ministros da Fazenda por R$ 11,4 milhões – em valores corrigidos pela inflação, R$ 12,5 milhões. Ela foi comprada pelo médico Rafael Borsoi Leal, com ágio de 71% sobre a avaliação inicial, de R$ 6,6 milhões.

Plano antigo

Os planos de extinção das mordomias residenciais para a alta cúpula do Executivo remontam ao governo Fernando Collor. Parte dos imóveis, abandonados e mal conservados, geravam despesas de manutenção ao governo, por causa dos terrenos grandes, equipamentos como piscina privativa, área de acesso ao lago e projetos paisagísticos nos jardins e arquitetônicos internos.

Desde Collor, diferentes governos reduziram a ocupação das mansões e venderam imóveis. Atualmente, não há ministros morando no lugar. O último foi o ex-ministro Moreira Franco (MDB), ex-titular da Secretaria Geral da Presidência e de Minas e Energia no governo Temer.Ele viveu na residência oficial da Casa Civil – o que adiou, inclusive, o plano de alienação do imóvel, agora concretizado. 

Segundo uma pessoa próxima a Moreira, o ex-ministro antes morava num hotel da capital federal, mas pediu a mansão para que sua mulher ficasse mais perto dos netos, filhos do deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), morador da residência oficial da Presidência da Câmara, numa rua ao lado.

Outros imóveis

A retomada das vendas inclui também uma série de apartamentos funcionais em Brasília e imóveis de diversos tipos, como terrenos, casas e prédios, em todo o País.

Nesta quinta-feira, 30, o governo tentará vender um terreno de 65 mil metros quadrados avaliado em R$ 252 milhões no Octogonal, área residencial de Brasília. Moradores dos diversos condomínios de apartamentos do entorno protestaram no fim de semana contra a venda para a iniciativa privada. A área desocupada do terreno, uma das últimas não edificadas no bairro, ainda preserva a vegetação e é frequentada como se fosse um parque informal.

Atualmente, ministros do governo vivem em outros imóveis funcionais da União, como André Mendonça (AGU) e Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo). Na QL 12, a quadra da Península, há ainda casas oficiais dos comandos militares, embaixadas e escritórios de advocacia, além de representação de partidos, como a sede do MDB.

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