Governo fiscaliza empresa do ‘pai do ChatGPT’ sobre escaneamento de íris de brasileiros


Autoridade Nacional de Proteção de Dados verifica se projeto de startup americana está de acordo a Lei Geral de Proteção de Dados

Por Henrique Sampaio
Atualização:

A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), órgão do governo que fiscaliza o cumprimento da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) no Brasil, abriu um processo para obter mais informações sobre a empresa Tools for Humanity.

A companhia do “pai do ChatGPT”, Sam Altman, iniciou nesta quarta-feira, 13, o escaneamento de íris de brasileiros em dez pontos da cidade de São Paulo, em um projeto conhecido como World. O registro é gratuito e é incentivado pela empresa, que oferece 25 tokens da Worldcoin, uma moeda digital cuja cotação atual é de aproximadamente R$ 330.

Câmera Orb que faz escaneamento de íris, estará em dez locais físicos de São Paulo a partir desta quarta, 13 Foto: Bruno Romani
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Segundo a empresa, seu objetivo é viabilizar a criação de uma identidade digital única e anônima. O processo envolve a captura da íris por meio de uma câmera de alta resolução chamada Orb (que se encontra disponível em pontos físicos em São Paulo), que converte a imagem dos olhos em um código numérico único. “Não é incomum que ideias inovadoras e novas tecnologias levantem questionamentos”, afirmou a World Foundation. “Acreditamos que é importante que os reguladores busquem informações ou esclarecimentos sobre suas dúvidas. A World Foundation busca estar totalmente em conformidade com todas as leis e regulamentações relevantes que regem o processamento de dados pessoais nos mercados onde opera. Isso inclui, mas não se limita à Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (13.709/2018).”

Na tarde desta terça-feira, 12, a ANPD realizou uma reunião virtual com representantes da World, na qual fiscais da autoridade solicitaram informações por meio de um ofício formal. A autarquia quer garantir que o tratamento dos dados biométricos coletados por meio do registro da íris dos usuários está seguindo as normas de privacidade brasileiras. A World Foundation afirma que está disposta a responder a quaisquer perguntas que possam ter e garantir a transparência de suas operações.

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A Tools for Humanity afirma que faz apenas uma verificação de “humanidade”, para evitar fraudes em processos de verificação de identidade. Nenhum nome ou documento é atrelado à identidade gerada pelas Orbs, segundo a empresa. A tecnologia busca distinguir humanos de robôs criados por inteligência artificial, como uma espécie avançada de CAPTCHA, popular ferramenta de segurança digital. Posteriormente, a ideia é transformar o protocolo em porta de entrada para um grande ecossistema de criptomoedas.

Em uma apresentação para jornalistas em São Paulo, Rodrigo Tozzi, gerente de operações da Tools for Humanity, afirmou que a empresa vem mantendo conversas com autoridades reguladoras no Brasil, mas não ofereceu detalhes.

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A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), órgão do governo que fiscaliza o cumprimento da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) no Brasil, abriu um processo para obter mais informações sobre a empresa Tools for Humanity.

A companhia do “pai do ChatGPT”, Sam Altman, iniciou nesta quarta-feira, 13, o escaneamento de íris de brasileiros em dez pontos da cidade de São Paulo, em um projeto conhecido como World. O registro é gratuito e é incentivado pela empresa, que oferece 25 tokens da Worldcoin, uma moeda digital cuja cotação atual é de aproximadamente R$ 330.

Câmera Orb que faz escaneamento de íris, estará em dez locais físicos de São Paulo a partir desta quarta, 13 Foto: Bruno Romani

Segundo a empresa, seu objetivo é viabilizar a criação de uma identidade digital única e anônima. O processo envolve a captura da íris por meio de uma câmera de alta resolução chamada Orb (que se encontra disponível em pontos físicos em São Paulo), que converte a imagem dos olhos em um código numérico único. “Não é incomum que ideias inovadoras e novas tecnologias levantem questionamentos”, afirmou a World Foundation. “Acreditamos que é importante que os reguladores busquem informações ou esclarecimentos sobre suas dúvidas. A World Foundation busca estar totalmente em conformidade com todas as leis e regulamentações relevantes que regem o processamento de dados pessoais nos mercados onde opera. Isso inclui, mas não se limita à Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (13.709/2018).”

Na tarde desta terça-feira, 12, a ANPD realizou uma reunião virtual com representantes da World, na qual fiscais da autoridade solicitaram informações por meio de um ofício formal. A autarquia quer garantir que o tratamento dos dados biométricos coletados por meio do registro da íris dos usuários está seguindo as normas de privacidade brasileiras. A World Foundation afirma que está disposta a responder a quaisquer perguntas que possam ter e garantir a transparência de suas operações.

A Tools for Humanity afirma que faz apenas uma verificação de “humanidade”, para evitar fraudes em processos de verificação de identidade. Nenhum nome ou documento é atrelado à identidade gerada pelas Orbs, segundo a empresa. A tecnologia busca distinguir humanos de robôs criados por inteligência artificial, como uma espécie avançada de CAPTCHA, popular ferramenta de segurança digital. Posteriormente, a ideia é transformar o protocolo em porta de entrada para um grande ecossistema de criptomoedas.

Em uma apresentação para jornalistas em São Paulo, Rodrigo Tozzi, gerente de operações da Tools for Humanity, afirmou que a empresa vem mantendo conversas com autoridades reguladoras no Brasil, mas não ofereceu detalhes.

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A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), órgão do governo que fiscaliza o cumprimento da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) no Brasil, abriu um processo para obter mais informações sobre a empresa Tools for Humanity.

A companhia do “pai do ChatGPT”, Sam Altman, iniciou nesta quarta-feira, 13, o escaneamento de íris de brasileiros em dez pontos da cidade de São Paulo, em um projeto conhecido como World. O registro é gratuito e é incentivado pela empresa, que oferece 25 tokens da Worldcoin, uma moeda digital cuja cotação atual é de aproximadamente R$ 330.

Câmera Orb que faz escaneamento de íris, estará em dez locais físicos de São Paulo a partir desta quarta, 13 Foto: Bruno Romani

Segundo a empresa, seu objetivo é viabilizar a criação de uma identidade digital única e anônima. O processo envolve a captura da íris por meio de uma câmera de alta resolução chamada Orb (que se encontra disponível em pontos físicos em São Paulo), que converte a imagem dos olhos em um código numérico único. “Não é incomum que ideias inovadoras e novas tecnologias levantem questionamentos”, afirmou a World Foundation. “Acreditamos que é importante que os reguladores busquem informações ou esclarecimentos sobre suas dúvidas. A World Foundation busca estar totalmente em conformidade com todas as leis e regulamentações relevantes que regem o processamento de dados pessoais nos mercados onde opera. Isso inclui, mas não se limita à Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (13.709/2018).”

Na tarde desta terça-feira, 12, a ANPD realizou uma reunião virtual com representantes da World, na qual fiscais da autoridade solicitaram informações por meio de um ofício formal. A autarquia quer garantir que o tratamento dos dados biométricos coletados por meio do registro da íris dos usuários está seguindo as normas de privacidade brasileiras. A World Foundation afirma que está disposta a responder a quaisquer perguntas que possam ter e garantir a transparência de suas operações.

A Tools for Humanity afirma que faz apenas uma verificação de “humanidade”, para evitar fraudes em processos de verificação de identidade. Nenhum nome ou documento é atrelado à identidade gerada pelas Orbs, segundo a empresa. A tecnologia busca distinguir humanos de robôs criados por inteligência artificial, como uma espécie avançada de CAPTCHA, popular ferramenta de segurança digital. Posteriormente, a ideia é transformar o protocolo em porta de entrada para um grande ecossistema de criptomoedas.

Em uma apresentação para jornalistas em São Paulo, Rodrigo Tozzi, gerente de operações da Tools for Humanity, afirmou que a empresa vem mantendo conversas com autoridades reguladoras no Brasil, mas não ofereceu detalhes.

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