Após quase uma década de hibernação sem reuniões ministeriais, a Zona de Paz e Cooperação do Atlântico Sul será retomada. A ideia é “relançar” a Zopacas. O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, embarcará para Cabo Verde na semana que vem para participar do encontro que marcará a volta do grupo.
Esta é uma das iniciativas do governo Lula na área internacional que almeja, além de um protagonismo internacional nos grandes centros decisórios, uma reaproximação com economias consideradas subdesenvolvidas.
Além de Brasil, Argentina e Uruguai, fazem parte da Zopacas países da costa ocidental do continente africano: África do Sul, Angola, Benin, Cabo Verde, Camarões, Congo, Costa do Marfim, Gabão, Gâmbia, Gana, Guiné, Guiné Bissau, Guiné Equatorial, Libéria, Namíbia, Nigéria, República Democrática do Congo, São Tomé e Príncipe, Senegal, Serra Leoa e Togo.
O encontro está marcado para os dias 17 e 18. Havia a previsão de o fórum ser retomado em 2021, o que acabou suspenso por causa da pandemia de coronavírus.
A Zopacas foi uma iniciativa do Brasil na década de 1980 apoiada pela Argentina e criada no âmbito da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU). Seu objetivo é promover a cooperação regional para o desenvolvimento econômico e social, proteção do meio ambiente, integração multilateral e a manutenção da paz e segurança de seus 24 membros, considerando o objetivo de não proliferação de armas nucleares e de destruição em massa em seus territórios.
Além das Relações Exteriores, outras áreas de destaque na participação da Zopacas são a Marinha e o Ministério de Ciência e Tecnologia. Há expectativa de retomada da cooperação científica, na área de comércio ilegal, pirataria e também ações na área de segurança marítima. “A intenção é voltar dessa viagem com ações concretas.”