Governo Lula pede ‘bom senso’ a servidores em posts sobre guerra após demissão de presidente da EBC


Presidente da EBC foi demitido depois de compartilhar publicação que diz que apoiadores de Israel são ‘idiotas’

Por Redação

BRASÍLIA – O governo Lula passou a orientar, informalmente, os servidores a tratarem com neutralidade a guerra em Israel. Nesta quarta-feira, 18, Hélio Doyle foi demitido da presidência da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) por ter compartilhado uma postagem no seu perfil no X (antigo Twitter) que diz que apoiadores de Israel são “idiotas”. A saída do então chefe da empresa pública do cargo ocorreu após o Estadão mostrar a postura dele na rede social.

A recomendação do governo é direcionada, principalmente, a ocupantes de cargos de chefia, segundo informação da CNN. Ao canal de TV, ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta, disse que a orientação é apenas que os servidores usem o bom senso. “Não existe uma recomendação formal. A posição do governo é a posição do presidente. É bom senso”, afirmou nesta quinta, 19.

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva fala ao telefone com presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, no dia 14 Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República
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Desde o ataque do Hamas a Israel no último dia 7, o governo tem recebido críticas por não classificar o grupo como terrorista. O Brasil tem adotado uma postura contrária ao conflito, porém com linguagem cautelosa.

Como mostrou o Estadão, o governo e o PT relutam em classificar o Hamas como terrorista e falham em alinhar o discurso sobre o tema, o que segundo especialistas se deve à influência ideológica do assessor de assuntos internacionais Celso Amorim e da própria legenda.

O presidente e alguns ministros usaram expressões como “ataques terroristas” e “atos terroristas”, mas sem associá-las expressamente à organização responsável pelos ataques com assassinatos e sequestros de civis, incluindo crianças, em Israel nos últimos dias. O ministro do Esporte, André Fufuca (PP-MA) foi o único integrante do primeiro escalão a classificar o Hamas diretamente como terrorista nas redes sociais.

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Nesta quarta, ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, reforçou a posição do Brasil, afirmando que o País adota a classificação do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) para designar entidades terroristas, que não inclui o grupo palestino.

“O Hamas é um partido político também, tem um lado administrativo, e tem duas brigadas, que são o braço armado. Nem a organização como um todo, nem as brigadas foram consideradas organizações terroristas pelo Conselho de Segurança da ONU até agora. Portanto o Brasil segue essa orientação”, disse.

No início desta semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) orientou a base no Congresso a focar na pauta econômica, como mostrou a Coluna do Estadão. O pedido ocorreu porque a guerra em Israel está sendo usada pela oposição para causar desgaste ao governo, além de dividir os governistas.

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Entenda a demissão do presidente da EBC

A mensagem repostada por Hélio Doyle é de autoria do cartunista e ativista político Carlos Latuff, publicada às 21h22 desta terça-feira, 17, na rede social. Latuff afirmou: “Não precisa ser sionista para apoiar Israel. Ser um idiota é o bastante”.

Questionado pelo Estadão sobre a publicação, na manhã desta quarta, Doyle afirmou que defende a existência de Israel e de um Estado Palestino e a coexistência pacífica dos dois povos. Segundo ele, o compartilhamento da postagem representa um repúdio aos danos causados pela contraofensiva israelense.

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Hélio Doyle foi demitido da EBC após publicação sobre guerra em Israel Foto: Joedson Alves/Agência Brasil

“Defendo a existência de Israel e de um Estado Palestino, conforme resoluções da ONU, e a coexistência pacífica entre israelenses e palestinos. Condeno a ocupação de territórios palestinos por Israel, assim como qualquer violência contra civis praticada por qualquer um dos lados. Isso significa que, em relação aos fatos recentes, condeno tanto o Hamas quanto o governo de Israel. Ao compartilhar o post, o apoio a Israel ao qual me refiro é quanto aos ataques indiscriminados contra a população de Gaza”, afirmou Doyle.

Após a demissão, também no X, Doyle afirmou que o ministro Paulo Pimenta disse que o compartilhamento do post e a repercussão na imprensa criaram “constrangimento ao governo”.

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“Diante disso, pedi desculpas e comuniquei que deixo a presidência da EBC, agradecendo ao ministro Pimenta e ao presidente Lula pela confiança em mim depositada por todos esses meses.”

BRASÍLIA – O governo Lula passou a orientar, informalmente, os servidores a tratarem com neutralidade a guerra em Israel. Nesta quarta-feira, 18, Hélio Doyle foi demitido da presidência da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) por ter compartilhado uma postagem no seu perfil no X (antigo Twitter) que diz que apoiadores de Israel são “idiotas”. A saída do então chefe da empresa pública do cargo ocorreu após o Estadão mostrar a postura dele na rede social.

A recomendação do governo é direcionada, principalmente, a ocupantes de cargos de chefia, segundo informação da CNN. Ao canal de TV, ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta, disse que a orientação é apenas que os servidores usem o bom senso. “Não existe uma recomendação formal. A posição do governo é a posição do presidente. É bom senso”, afirmou nesta quinta, 19.

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva fala ao telefone com presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, no dia 14 Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República

Desde o ataque do Hamas a Israel no último dia 7, o governo tem recebido críticas por não classificar o grupo como terrorista. O Brasil tem adotado uma postura contrária ao conflito, porém com linguagem cautelosa.

Como mostrou o Estadão, o governo e o PT relutam em classificar o Hamas como terrorista e falham em alinhar o discurso sobre o tema, o que segundo especialistas se deve à influência ideológica do assessor de assuntos internacionais Celso Amorim e da própria legenda.

O presidente e alguns ministros usaram expressões como “ataques terroristas” e “atos terroristas”, mas sem associá-las expressamente à organização responsável pelos ataques com assassinatos e sequestros de civis, incluindo crianças, em Israel nos últimos dias. O ministro do Esporte, André Fufuca (PP-MA) foi o único integrante do primeiro escalão a classificar o Hamas diretamente como terrorista nas redes sociais.

Nesta quarta, ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, reforçou a posição do Brasil, afirmando que o País adota a classificação do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) para designar entidades terroristas, que não inclui o grupo palestino.

“O Hamas é um partido político também, tem um lado administrativo, e tem duas brigadas, que são o braço armado. Nem a organização como um todo, nem as brigadas foram consideradas organizações terroristas pelo Conselho de Segurança da ONU até agora. Portanto o Brasil segue essa orientação”, disse.

No início desta semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) orientou a base no Congresso a focar na pauta econômica, como mostrou a Coluna do Estadão. O pedido ocorreu porque a guerra em Israel está sendo usada pela oposição para causar desgaste ao governo, além de dividir os governistas.

Entenda a demissão do presidente da EBC

A mensagem repostada por Hélio Doyle é de autoria do cartunista e ativista político Carlos Latuff, publicada às 21h22 desta terça-feira, 17, na rede social. Latuff afirmou: “Não precisa ser sionista para apoiar Israel. Ser um idiota é o bastante”.

Questionado pelo Estadão sobre a publicação, na manhã desta quarta, Doyle afirmou que defende a existência de Israel e de um Estado Palestino e a coexistência pacífica dos dois povos. Segundo ele, o compartilhamento da postagem representa um repúdio aos danos causados pela contraofensiva israelense.

Hélio Doyle foi demitido da EBC após publicação sobre guerra em Israel Foto: Joedson Alves/Agência Brasil

“Defendo a existência de Israel e de um Estado Palestino, conforme resoluções da ONU, e a coexistência pacífica entre israelenses e palestinos. Condeno a ocupação de territórios palestinos por Israel, assim como qualquer violência contra civis praticada por qualquer um dos lados. Isso significa que, em relação aos fatos recentes, condeno tanto o Hamas quanto o governo de Israel. Ao compartilhar o post, o apoio a Israel ao qual me refiro é quanto aos ataques indiscriminados contra a população de Gaza”, afirmou Doyle.

Após a demissão, também no X, Doyle afirmou que o ministro Paulo Pimenta disse que o compartilhamento do post e a repercussão na imprensa criaram “constrangimento ao governo”.

“Diante disso, pedi desculpas e comuniquei que deixo a presidência da EBC, agradecendo ao ministro Pimenta e ao presidente Lula pela confiança em mim depositada por todos esses meses.”

BRASÍLIA – O governo Lula passou a orientar, informalmente, os servidores a tratarem com neutralidade a guerra em Israel. Nesta quarta-feira, 18, Hélio Doyle foi demitido da presidência da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) por ter compartilhado uma postagem no seu perfil no X (antigo Twitter) que diz que apoiadores de Israel são “idiotas”. A saída do então chefe da empresa pública do cargo ocorreu após o Estadão mostrar a postura dele na rede social.

A recomendação do governo é direcionada, principalmente, a ocupantes de cargos de chefia, segundo informação da CNN. Ao canal de TV, ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta, disse que a orientação é apenas que os servidores usem o bom senso. “Não existe uma recomendação formal. A posição do governo é a posição do presidente. É bom senso”, afirmou nesta quinta, 19.

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva fala ao telefone com presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, no dia 14 Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República

Desde o ataque do Hamas a Israel no último dia 7, o governo tem recebido críticas por não classificar o grupo como terrorista. O Brasil tem adotado uma postura contrária ao conflito, porém com linguagem cautelosa.

Como mostrou o Estadão, o governo e o PT relutam em classificar o Hamas como terrorista e falham em alinhar o discurso sobre o tema, o que segundo especialistas se deve à influência ideológica do assessor de assuntos internacionais Celso Amorim e da própria legenda.

O presidente e alguns ministros usaram expressões como “ataques terroristas” e “atos terroristas”, mas sem associá-las expressamente à organização responsável pelos ataques com assassinatos e sequestros de civis, incluindo crianças, em Israel nos últimos dias. O ministro do Esporte, André Fufuca (PP-MA) foi o único integrante do primeiro escalão a classificar o Hamas diretamente como terrorista nas redes sociais.

Nesta quarta, ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, reforçou a posição do Brasil, afirmando que o País adota a classificação do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) para designar entidades terroristas, que não inclui o grupo palestino.

“O Hamas é um partido político também, tem um lado administrativo, e tem duas brigadas, que são o braço armado. Nem a organização como um todo, nem as brigadas foram consideradas organizações terroristas pelo Conselho de Segurança da ONU até agora. Portanto o Brasil segue essa orientação”, disse.

No início desta semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) orientou a base no Congresso a focar na pauta econômica, como mostrou a Coluna do Estadão. O pedido ocorreu porque a guerra em Israel está sendo usada pela oposição para causar desgaste ao governo, além de dividir os governistas.

Entenda a demissão do presidente da EBC

A mensagem repostada por Hélio Doyle é de autoria do cartunista e ativista político Carlos Latuff, publicada às 21h22 desta terça-feira, 17, na rede social. Latuff afirmou: “Não precisa ser sionista para apoiar Israel. Ser um idiota é o bastante”.

Questionado pelo Estadão sobre a publicação, na manhã desta quarta, Doyle afirmou que defende a existência de Israel e de um Estado Palestino e a coexistência pacífica dos dois povos. Segundo ele, o compartilhamento da postagem representa um repúdio aos danos causados pela contraofensiva israelense.

Hélio Doyle foi demitido da EBC após publicação sobre guerra em Israel Foto: Joedson Alves/Agência Brasil

“Defendo a existência de Israel e de um Estado Palestino, conforme resoluções da ONU, e a coexistência pacífica entre israelenses e palestinos. Condeno a ocupação de territórios palestinos por Israel, assim como qualquer violência contra civis praticada por qualquer um dos lados. Isso significa que, em relação aos fatos recentes, condeno tanto o Hamas quanto o governo de Israel. Ao compartilhar o post, o apoio a Israel ao qual me refiro é quanto aos ataques indiscriminados contra a população de Gaza”, afirmou Doyle.

Após a demissão, também no X, Doyle afirmou que o ministro Paulo Pimenta disse que o compartilhamento do post e a repercussão na imprensa criaram “constrangimento ao governo”.

“Diante disso, pedi desculpas e comuniquei que deixo a presidência da EBC, agradecendo ao ministro Pimenta e ao presidente Lula pela confiança em mim depositada por todos esses meses.”

BRASÍLIA – O governo Lula passou a orientar, informalmente, os servidores a tratarem com neutralidade a guerra em Israel. Nesta quarta-feira, 18, Hélio Doyle foi demitido da presidência da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) por ter compartilhado uma postagem no seu perfil no X (antigo Twitter) que diz que apoiadores de Israel são “idiotas”. A saída do então chefe da empresa pública do cargo ocorreu após o Estadão mostrar a postura dele na rede social.

A recomendação do governo é direcionada, principalmente, a ocupantes de cargos de chefia, segundo informação da CNN. Ao canal de TV, ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta, disse que a orientação é apenas que os servidores usem o bom senso. “Não existe uma recomendação formal. A posição do governo é a posição do presidente. É bom senso”, afirmou nesta quinta, 19.

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva fala ao telefone com presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, no dia 14 Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República

Desde o ataque do Hamas a Israel no último dia 7, o governo tem recebido críticas por não classificar o grupo como terrorista. O Brasil tem adotado uma postura contrária ao conflito, porém com linguagem cautelosa.

Como mostrou o Estadão, o governo e o PT relutam em classificar o Hamas como terrorista e falham em alinhar o discurso sobre o tema, o que segundo especialistas se deve à influência ideológica do assessor de assuntos internacionais Celso Amorim e da própria legenda.

O presidente e alguns ministros usaram expressões como “ataques terroristas” e “atos terroristas”, mas sem associá-las expressamente à organização responsável pelos ataques com assassinatos e sequestros de civis, incluindo crianças, em Israel nos últimos dias. O ministro do Esporte, André Fufuca (PP-MA) foi o único integrante do primeiro escalão a classificar o Hamas diretamente como terrorista nas redes sociais.

Nesta quarta, ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, reforçou a posição do Brasil, afirmando que o País adota a classificação do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) para designar entidades terroristas, que não inclui o grupo palestino.

“O Hamas é um partido político também, tem um lado administrativo, e tem duas brigadas, que são o braço armado. Nem a organização como um todo, nem as brigadas foram consideradas organizações terroristas pelo Conselho de Segurança da ONU até agora. Portanto o Brasil segue essa orientação”, disse.

No início desta semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) orientou a base no Congresso a focar na pauta econômica, como mostrou a Coluna do Estadão. O pedido ocorreu porque a guerra em Israel está sendo usada pela oposição para causar desgaste ao governo, além de dividir os governistas.

Entenda a demissão do presidente da EBC

A mensagem repostada por Hélio Doyle é de autoria do cartunista e ativista político Carlos Latuff, publicada às 21h22 desta terça-feira, 17, na rede social. Latuff afirmou: “Não precisa ser sionista para apoiar Israel. Ser um idiota é o bastante”.

Questionado pelo Estadão sobre a publicação, na manhã desta quarta, Doyle afirmou que defende a existência de Israel e de um Estado Palestino e a coexistência pacífica dos dois povos. Segundo ele, o compartilhamento da postagem representa um repúdio aos danos causados pela contraofensiva israelense.

Hélio Doyle foi demitido da EBC após publicação sobre guerra em Israel Foto: Joedson Alves/Agência Brasil

“Defendo a existência de Israel e de um Estado Palestino, conforme resoluções da ONU, e a coexistência pacífica entre israelenses e palestinos. Condeno a ocupação de territórios palestinos por Israel, assim como qualquer violência contra civis praticada por qualquer um dos lados. Isso significa que, em relação aos fatos recentes, condeno tanto o Hamas quanto o governo de Israel. Ao compartilhar o post, o apoio a Israel ao qual me refiro é quanto aos ataques indiscriminados contra a população de Gaza”, afirmou Doyle.

Após a demissão, também no X, Doyle afirmou que o ministro Paulo Pimenta disse que o compartilhamento do post e a repercussão na imprensa criaram “constrangimento ao governo”.

“Diante disso, pedi desculpas e comuniquei que deixo a presidência da EBC, agradecendo ao ministro Pimenta e ao presidente Lula pela confiança em mim depositada por todos esses meses.”

BRASÍLIA – O governo Lula passou a orientar, informalmente, os servidores a tratarem com neutralidade a guerra em Israel. Nesta quarta-feira, 18, Hélio Doyle foi demitido da presidência da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) por ter compartilhado uma postagem no seu perfil no X (antigo Twitter) que diz que apoiadores de Israel são “idiotas”. A saída do então chefe da empresa pública do cargo ocorreu após o Estadão mostrar a postura dele na rede social.

A recomendação do governo é direcionada, principalmente, a ocupantes de cargos de chefia, segundo informação da CNN. Ao canal de TV, ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta, disse que a orientação é apenas que os servidores usem o bom senso. “Não existe uma recomendação formal. A posição do governo é a posição do presidente. É bom senso”, afirmou nesta quinta, 19.

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva fala ao telefone com presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, no dia 14 Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República

Desde o ataque do Hamas a Israel no último dia 7, o governo tem recebido críticas por não classificar o grupo como terrorista. O Brasil tem adotado uma postura contrária ao conflito, porém com linguagem cautelosa.

Como mostrou o Estadão, o governo e o PT relutam em classificar o Hamas como terrorista e falham em alinhar o discurso sobre o tema, o que segundo especialistas se deve à influência ideológica do assessor de assuntos internacionais Celso Amorim e da própria legenda.

O presidente e alguns ministros usaram expressões como “ataques terroristas” e “atos terroristas”, mas sem associá-las expressamente à organização responsável pelos ataques com assassinatos e sequestros de civis, incluindo crianças, em Israel nos últimos dias. O ministro do Esporte, André Fufuca (PP-MA) foi o único integrante do primeiro escalão a classificar o Hamas diretamente como terrorista nas redes sociais.

Nesta quarta, ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, reforçou a posição do Brasil, afirmando que o País adota a classificação do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) para designar entidades terroristas, que não inclui o grupo palestino.

“O Hamas é um partido político também, tem um lado administrativo, e tem duas brigadas, que são o braço armado. Nem a organização como um todo, nem as brigadas foram consideradas organizações terroristas pelo Conselho de Segurança da ONU até agora. Portanto o Brasil segue essa orientação”, disse.

No início desta semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) orientou a base no Congresso a focar na pauta econômica, como mostrou a Coluna do Estadão. O pedido ocorreu porque a guerra em Israel está sendo usada pela oposição para causar desgaste ao governo, além de dividir os governistas.

Entenda a demissão do presidente da EBC

A mensagem repostada por Hélio Doyle é de autoria do cartunista e ativista político Carlos Latuff, publicada às 21h22 desta terça-feira, 17, na rede social. Latuff afirmou: “Não precisa ser sionista para apoiar Israel. Ser um idiota é o bastante”.

Questionado pelo Estadão sobre a publicação, na manhã desta quarta, Doyle afirmou que defende a existência de Israel e de um Estado Palestino e a coexistência pacífica dos dois povos. Segundo ele, o compartilhamento da postagem representa um repúdio aos danos causados pela contraofensiva israelense.

Hélio Doyle foi demitido da EBC após publicação sobre guerra em Israel Foto: Joedson Alves/Agência Brasil

“Defendo a existência de Israel e de um Estado Palestino, conforme resoluções da ONU, e a coexistência pacífica entre israelenses e palestinos. Condeno a ocupação de territórios palestinos por Israel, assim como qualquer violência contra civis praticada por qualquer um dos lados. Isso significa que, em relação aos fatos recentes, condeno tanto o Hamas quanto o governo de Israel. Ao compartilhar o post, o apoio a Israel ao qual me refiro é quanto aos ataques indiscriminados contra a população de Gaza”, afirmou Doyle.

Após a demissão, também no X, Doyle afirmou que o ministro Paulo Pimenta disse que o compartilhamento do post e a repercussão na imprensa criaram “constrangimento ao governo”.

“Diante disso, pedi desculpas e comuniquei que deixo a presidência da EBC, agradecendo ao ministro Pimenta e ao presidente Lula pela confiança em mim depositada por todos esses meses.”

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