Governo Lula vai ‘cobrar’ voto de partidos aliados e fará reuniões periódicas com líderes


Ministro da Secretaria de Relações Institucionais disse que Lula é o “Pelé da articulação”, mas diz que o presidente não participará dos diálogos com líderes

Por Weslley Galzo
Atualização:

BRASÍLIA - A crise na articulação política do governo federal fez o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) entrar em campo para negociar com o Congresso. Lula reuniu nesta segunda-feira, 8, os líderes do governo para cobrar o apoio das legendas da base aos projetos prioritários enviados pelo Palácio do Planalto. Na quarta-feira, 8, o presidente deve realizar uma segunda rodada de conversas com as lideranças do PSD e PSB. A partir de agora, esse tipo de reunião será regular e contará com a presença de ministros indicados pelas siglas para alinhar a atuação no Congresso.

O ministro da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Alexandre Padilha, que está no centro das críticas sobre a articulação e deve coordenar as agendas com os aliados, disse que o governo “certamente” vai cobrar os votos das siglas que indicaram ministros e secretários para compor o alto escalão do governo.

“Certamente. Um dos temas da reunião é justamente esse. Você tem, por exemplo o ministro das Cidades (Jader Filho), que é um dos autores do decreto do saneamento e a bancada do MDB votou contra”, citou Padilha. “É um momento, inclusive, do ministro e do conjunto de representantes da bancada política explicar quais são os motivos (para votar contra)”, prosseguiu.

continua após a publicidade

Além de ver inviabilizado o decreto do saneamento, o governo viu a instalação de duas comissões parlamentares de inquérito (CPIs) que têm potencial de minar a popularidade de Lula: a que trata dos atos golpistas de 8 de janeiro e a do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Por falta de votos, o Planalto ainda viu adiada a votação do PL das Fake News, que busca regular a atividade das redes sociais.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu com líderes partidários e com o ministro Alexandre Padilha, que cuida da articulação política do governo Foto: Wilton Junior / Estadão

Segundo Padilha, esses encontros serão feitos no “ambiente mais tranquilo possível” por mais que a situação entre o governo e a base aliada seja de fragilidade e de críticas mútuas nos bastidores. O ministro da SRI coordenará as reuniões com os aliados e disse que Lula não deve participar das negociações, embora o classifique como o “Pelé da articulação”.

continua após a publicidade

Ainda segundo Padilha, Lula teria delegado a função de coordenar as reuniões com os partidos aliados à SRI e à Casa Civil. Nos bastidores do Planalto, porém, Lula já é apontado como o novo titular das negociações com os parlamentares.

“O presidente Lula pediu, delegou a responsabilidade. E a tarefa, como coordenador político do governo, nesta semana, é de fazer reuniões dos ministros que foram indicados pelos partidos junto com líderes da Câmara para discutirmos ação na Câmara. A ação que está sendo feita e o cumprimento do calendário de votações até o final do primeiro semestre”, afirmou o ministro.

Como mostrou o Estadão, Lula decidiu assumir o controle da articulação política do governo no Congresso após sofrer derrotas importantes na Câmara, a exemplo da aprovação do projeto que invalidou o decreto assinado recentemente por ele com mudanças no marco do saneamento básico.

continua após a publicidade

Lula chegou a cobrar Padilha em público na semana passada durante a instalação do Conselho de Desenvolvimento Econômico, Social e Sustentável, o Conselhão, por causa das queixas que tem recebido de parlamentares a respeito da articulação do governo.

Padilha, por sua vez, tem dito que todos os projetos da agenda prioritária definida pelo governo foram aprovados. O ministro cita como exemplo dos feitos do governo junto à base a indicação de parlamentares alinhados ao Planalto para a presidência das principais comissões no Congresso, a reformulação de medidas provisória herdadas do governo Jair Bolsonaro (PL) e a recriação dos programas sociais, como o Bolsa Família.

O ministro ainda se esquivou das críticas dizendo está acostumado com o cargo. “Não sou marinheiro de primeira viagem”, disse a jornalistas no Planalto.

continua após a publicidade

Em resposta às críticas dos parlamentares, o presidente chamará para conversas reservadas os presidentes e líderes de MDB, PSD, União Brasil e PSB em busca de garantir a fidelidade das siglas em pautas prioritárias do governo. Lula iniciou o seu terceiro mandato distante das negociações no varejo com parlamente. A função de recepcionar as demandas de deputados e senadores foi delegada por Lula a aliados como o vice-presidente Geraldo Alckimin (PSB) e o ministro da Casa Civil, Rui Costa.

BRASÍLIA - A crise na articulação política do governo federal fez o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) entrar em campo para negociar com o Congresso. Lula reuniu nesta segunda-feira, 8, os líderes do governo para cobrar o apoio das legendas da base aos projetos prioritários enviados pelo Palácio do Planalto. Na quarta-feira, 8, o presidente deve realizar uma segunda rodada de conversas com as lideranças do PSD e PSB. A partir de agora, esse tipo de reunião será regular e contará com a presença de ministros indicados pelas siglas para alinhar a atuação no Congresso.

O ministro da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Alexandre Padilha, que está no centro das críticas sobre a articulação e deve coordenar as agendas com os aliados, disse que o governo “certamente” vai cobrar os votos das siglas que indicaram ministros e secretários para compor o alto escalão do governo.

“Certamente. Um dos temas da reunião é justamente esse. Você tem, por exemplo o ministro das Cidades (Jader Filho), que é um dos autores do decreto do saneamento e a bancada do MDB votou contra”, citou Padilha. “É um momento, inclusive, do ministro e do conjunto de representantes da bancada política explicar quais são os motivos (para votar contra)”, prosseguiu.

Além de ver inviabilizado o decreto do saneamento, o governo viu a instalação de duas comissões parlamentares de inquérito (CPIs) que têm potencial de minar a popularidade de Lula: a que trata dos atos golpistas de 8 de janeiro e a do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Por falta de votos, o Planalto ainda viu adiada a votação do PL das Fake News, que busca regular a atividade das redes sociais.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu com líderes partidários e com o ministro Alexandre Padilha, que cuida da articulação política do governo Foto: Wilton Junior / Estadão

Segundo Padilha, esses encontros serão feitos no “ambiente mais tranquilo possível” por mais que a situação entre o governo e a base aliada seja de fragilidade e de críticas mútuas nos bastidores. O ministro da SRI coordenará as reuniões com os aliados e disse que Lula não deve participar das negociações, embora o classifique como o “Pelé da articulação”.

Ainda segundo Padilha, Lula teria delegado a função de coordenar as reuniões com os partidos aliados à SRI e à Casa Civil. Nos bastidores do Planalto, porém, Lula já é apontado como o novo titular das negociações com os parlamentares.

“O presidente Lula pediu, delegou a responsabilidade. E a tarefa, como coordenador político do governo, nesta semana, é de fazer reuniões dos ministros que foram indicados pelos partidos junto com líderes da Câmara para discutirmos ação na Câmara. A ação que está sendo feita e o cumprimento do calendário de votações até o final do primeiro semestre”, afirmou o ministro.

Como mostrou o Estadão, Lula decidiu assumir o controle da articulação política do governo no Congresso após sofrer derrotas importantes na Câmara, a exemplo da aprovação do projeto que invalidou o decreto assinado recentemente por ele com mudanças no marco do saneamento básico.

Lula chegou a cobrar Padilha em público na semana passada durante a instalação do Conselho de Desenvolvimento Econômico, Social e Sustentável, o Conselhão, por causa das queixas que tem recebido de parlamentares a respeito da articulação do governo.

Padilha, por sua vez, tem dito que todos os projetos da agenda prioritária definida pelo governo foram aprovados. O ministro cita como exemplo dos feitos do governo junto à base a indicação de parlamentares alinhados ao Planalto para a presidência das principais comissões no Congresso, a reformulação de medidas provisória herdadas do governo Jair Bolsonaro (PL) e a recriação dos programas sociais, como o Bolsa Família.

O ministro ainda se esquivou das críticas dizendo está acostumado com o cargo. “Não sou marinheiro de primeira viagem”, disse a jornalistas no Planalto.

Em resposta às críticas dos parlamentares, o presidente chamará para conversas reservadas os presidentes e líderes de MDB, PSD, União Brasil e PSB em busca de garantir a fidelidade das siglas em pautas prioritárias do governo. Lula iniciou o seu terceiro mandato distante das negociações no varejo com parlamente. A função de recepcionar as demandas de deputados e senadores foi delegada por Lula a aliados como o vice-presidente Geraldo Alckimin (PSB) e o ministro da Casa Civil, Rui Costa.

BRASÍLIA - A crise na articulação política do governo federal fez o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) entrar em campo para negociar com o Congresso. Lula reuniu nesta segunda-feira, 8, os líderes do governo para cobrar o apoio das legendas da base aos projetos prioritários enviados pelo Palácio do Planalto. Na quarta-feira, 8, o presidente deve realizar uma segunda rodada de conversas com as lideranças do PSD e PSB. A partir de agora, esse tipo de reunião será regular e contará com a presença de ministros indicados pelas siglas para alinhar a atuação no Congresso.

O ministro da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Alexandre Padilha, que está no centro das críticas sobre a articulação e deve coordenar as agendas com os aliados, disse que o governo “certamente” vai cobrar os votos das siglas que indicaram ministros e secretários para compor o alto escalão do governo.

“Certamente. Um dos temas da reunião é justamente esse. Você tem, por exemplo o ministro das Cidades (Jader Filho), que é um dos autores do decreto do saneamento e a bancada do MDB votou contra”, citou Padilha. “É um momento, inclusive, do ministro e do conjunto de representantes da bancada política explicar quais são os motivos (para votar contra)”, prosseguiu.

Além de ver inviabilizado o decreto do saneamento, o governo viu a instalação de duas comissões parlamentares de inquérito (CPIs) que têm potencial de minar a popularidade de Lula: a que trata dos atos golpistas de 8 de janeiro e a do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Por falta de votos, o Planalto ainda viu adiada a votação do PL das Fake News, que busca regular a atividade das redes sociais.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu com líderes partidários e com o ministro Alexandre Padilha, que cuida da articulação política do governo Foto: Wilton Junior / Estadão

Segundo Padilha, esses encontros serão feitos no “ambiente mais tranquilo possível” por mais que a situação entre o governo e a base aliada seja de fragilidade e de críticas mútuas nos bastidores. O ministro da SRI coordenará as reuniões com os aliados e disse que Lula não deve participar das negociações, embora o classifique como o “Pelé da articulação”.

Ainda segundo Padilha, Lula teria delegado a função de coordenar as reuniões com os partidos aliados à SRI e à Casa Civil. Nos bastidores do Planalto, porém, Lula já é apontado como o novo titular das negociações com os parlamentares.

“O presidente Lula pediu, delegou a responsabilidade. E a tarefa, como coordenador político do governo, nesta semana, é de fazer reuniões dos ministros que foram indicados pelos partidos junto com líderes da Câmara para discutirmos ação na Câmara. A ação que está sendo feita e o cumprimento do calendário de votações até o final do primeiro semestre”, afirmou o ministro.

Como mostrou o Estadão, Lula decidiu assumir o controle da articulação política do governo no Congresso após sofrer derrotas importantes na Câmara, a exemplo da aprovação do projeto que invalidou o decreto assinado recentemente por ele com mudanças no marco do saneamento básico.

Lula chegou a cobrar Padilha em público na semana passada durante a instalação do Conselho de Desenvolvimento Econômico, Social e Sustentável, o Conselhão, por causa das queixas que tem recebido de parlamentares a respeito da articulação do governo.

Padilha, por sua vez, tem dito que todos os projetos da agenda prioritária definida pelo governo foram aprovados. O ministro cita como exemplo dos feitos do governo junto à base a indicação de parlamentares alinhados ao Planalto para a presidência das principais comissões no Congresso, a reformulação de medidas provisória herdadas do governo Jair Bolsonaro (PL) e a recriação dos programas sociais, como o Bolsa Família.

O ministro ainda se esquivou das críticas dizendo está acostumado com o cargo. “Não sou marinheiro de primeira viagem”, disse a jornalistas no Planalto.

Em resposta às críticas dos parlamentares, o presidente chamará para conversas reservadas os presidentes e líderes de MDB, PSD, União Brasil e PSB em busca de garantir a fidelidade das siglas em pautas prioritárias do governo. Lula iniciou o seu terceiro mandato distante das negociações no varejo com parlamente. A função de recepcionar as demandas de deputados e senadores foi delegada por Lula a aliados como o vice-presidente Geraldo Alckimin (PSB) e o ministro da Casa Civil, Rui Costa.

BRASÍLIA - A crise na articulação política do governo federal fez o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) entrar em campo para negociar com o Congresso. Lula reuniu nesta segunda-feira, 8, os líderes do governo para cobrar o apoio das legendas da base aos projetos prioritários enviados pelo Palácio do Planalto. Na quarta-feira, 8, o presidente deve realizar uma segunda rodada de conversas com as lideranças do PSD e PSB. A partir de agora, esse tipo de reunião será regular e contará com a presença de ministros indicados pelas siglas para alinhar a atuação no Congresso.

O ministro da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Alexandre Padilha, que está no centro das críticas sobre a articulação e deve coordenar as agendas com os aliados, disse que o governo “certamente” vai cobrar os votos das siglas que indicaram ministros e secretários para compor o alto escalão do governo.

“Certamente. Um dos temas da reunião é justamente esse. Você tem, por exemplo o ministro das Cidades (Jader Filho), que é um dos autores do decreto do saneamento e a bancada do MDB votou contra”, citou Padilha. “É um momento, inclusive, do ministro e do conjunto de representantes da bancada política explicar quais são os motivos (para votar contra)”, prosseguiu.

Além de ver inviabilizado o decreto do saneamento, o governo viu a instalação de duas comissões parlamentares de inquérito (CPIs) que têm potencial de minar a popularidade de Lula: a que trata dos atos golpistas de 8 de janeiro e a do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Por falta de votos, o Planalto ainda viu adiada a votação do PL das Fake News, que busca regular a atividade das redes sociais.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu com líderes partidários e com o ministro Alexandre Padilha, que cuida da articulação política do governo Foto: Wilton Junior / Estadão

Segundo Padilha, esses encontros serão feitos no “ambiente mais tranquilo possível” por mais que a situação entre o governo e a base aliada seja de fragilidade e de críticas mútuas nos bastidores. O ministro da SRI coordenará as reuniões com os aliados e disse que Lula não deve participar das negociações, embora o classifique como o “Pelé da articulação”.

Ainda segundo Padilha, Lula teria delegado a função de coordenar as reuniões com os partidos aliados à SRI e à Casa Civil. Nos bastidores do Planalto, porém, Lula já é apontado como o novo titular das negociações com os parlamentares.

“O presidente Lula pediu, delegou a responsabilidade. E a tarefa, como coordenador político do governo, nesta semana, é de fazer reuniões dos ministros que foram indicados pelos partidos junto com líderes da Câmara para discutirmos ação na Câmara. A ação que está sendo feita e o cumprimento do calendário de votações até o final do primeiro semestre”, afirmou o ministro.

Como mostrou o Estadão, Lula decidiu assumir o controle da articulação política do governo no Congresso após sofrer derrotas importantes na Câmara, a exemplo da aprovação do projeto que invalidou o decreto assinado recentemente por ele com mudanças no marco do saneamento básico.

Lula chegou a cobrar Padilha em público na semana passada durante a instalação do Conselho de Desenvolvimento Econômico, Social e Sustentável, o Conselhão, por causa das queixas que tem recebido de parlamentares a respeito da articulação do governo.

Padilha, por sua vez, tem dito que todos os projetos da agenda prioritária definida pelo governo foram aprovados. O ministro cita como exemplo dos feitos do governo junto à base a indicação de parlamentares alinhados ao Planalto para a presidência das principais comissões no Congresso, a reformulação de medidas provisória herdadas do governo Jair Bolsonaro (PL) e a recriação dos programas sociais, como o Bolsa Família.

O ministro ainda se esquivou das críticas dizendo está acostumado com o cargo. “Não sou marinheiro de primeira viagem”, disse a jornalistas no Planalto.

Em resposta às críticas dos parlamentares, o presidente chamará para conversas reservadas os presidentes e líderes de MDB, PSD, União Brasil e PSB em busca de garantir a fidelidade das siglas em pautas prioritárias do governo. Lula iniciou o seu terceiro mandato distante das negociações no varejo com parlamente. A função de recepcionar as demandas de deputados e senadores foi delegada por Lula a aliados como o vice-presidente Geraldo Alckimin (PSB) e o ministro da Casa Civil, Rui Costa.

BRASÍLIA - A crise na articulação política do governo federal fez o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) entrar em campo para negociar com o Congresso. Lula reuniu nesta segunda-feira, 8, os líderes do governo para cobrar o apoio das legendas da base aos projetos prioritários enviados pelo Palácio do Planalto. Na quarta-feira, 8, o presidente deve realizar uma segunda rodada de conversas com as lideranças do PSD e PSB. A partir de agora, esse tipo de reunião será regular e contará com a presença de ministros indicados pelas siglas para alinhar a atuação no Congresso.

O ministro da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Alexandre Padilha, que está no centro das críticas sobre a articulação e deve coordenar as agendas com os aliados, disse que o governo “certamente” vai cobrar os votos das siglas que indicaram ministros e secretários para compor o alto escalão do governo.

“Certamente. Um dos temas da reunião é justamente esse. Você tem, por exemplo o ministro das Cidades (Jader Filho), que é um dos autores do decreto do saneamento e a bancada do MDB votou contra”, citou Padilha. “É um momento, inclusive, do ministro e do conjunto de representantes da bancada política explicar quais são os motivos (para votar contra)”, prosseguiu.

Além de ver inviabilizado o decreto do saneamento, o governo viu a instalação de duas comissões parlamentares de inquérito (CPIs) que têm potencial de minar a popularidade de Lula: a que trata dos atos golpistas de 8 de janeiro e a do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Por falta de votos, o Planalto ainda viu adiada a votação do PL das Fake News, que busca regular a atividade das redes sociais.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu com líderes partidários e com o ministro Alexandre Padilha, que cuida da articulação política do governo Foto: Wilton Junior / Estadão

Segundo Padilha, esses encontros serão feitos no “ambiente mais tranquilo possível” por mais que a situação entre o governo e a base aliada seja de fragilidade e de críticas mútuas nos bastidores. O ministro da SRI coordenará as reuniões com os aliados e disse que Lula não deve participar das negociações, embora o classifique como o “Pelé da articulação”.

Ainda segundo Padilha, Lula teria delegado a função de coordenar as reuniões com os partidos aliados à SRI e à Casa Civil. Nos bastidores do Planalto, porém, Lula já é apontado como o novo titular das negociações com os parlamentares.

“O presidente Lula pediu, delegou a responsabilidade. E a tarefa, como coordenador político do governo, nesta semana, é de fazer reuniões dos ministros que foram indicados pelos partidos junto com líderes da Câmara para discutirmos ação na Câmara. A ação que está sendo feita e o cumprimento do calendário de votações até o final do primeiro semestre”, afirmou o ministro.

Como mostrou o Estadão, Lula decidiu assumir o controle da articulação política do governo no Congresso após sofrer derrotas importantes na Câmara, a exemplo da aprovação do projeto que invalidou o decreto assinado recentemente por ele com mudanças no marco do saneamento básico.

Lula chegou a cobrar Padilha em público na semana passada durante a instalação do Conselho de Desenvolvimento Econômico, Social e Sustentável, o Conselhão, por causa das queixas que tem recebido de parlamentares a respeito da articulação do governo.

Padilha, por sua vez, tem dito que todos os projetos da agenda prioritária definida pelo governo foram aprovados. O ministro cita como exemplo dos feitos do governo junto à base a indicação de parlamentares alinhados ao Planalto para a presidência das principais comissões no Congresso, a reformulação de medidas provisória herdadas do governo Jair Bolsonaro (PL) e a recriação dos programas sociais, como o Bolsa Família.

O ministro ainda se esquivou das críticas dizendo está acostumado com o cargo. “Não sou marinheiro de primeira viagem”, disse a jornalistas no Planalto.

Em resposta às críticas dos parlamentares, o presidente chamará para conversas reservadas os presidentes e líderes de MDB, PSD, União Brasil e PSB em busca de garantir a fidelidade das siglas em pautas prioritárias do governo. Lula iniciou o seu terceiro mandato distante das negociações no varejo com parlamente. A função de recepcionar as demandas de deputados e senadores foi delegada por Lula a aliados como o vice-presidente Geraldo Alckimin (PSB) e o ministro da Casa Civil, Rui Costa.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.