Governo recua e diz que não negocia com ´faca no pescoço´


Ministro Paulo Bernardo deixa claro que Lula pretende negociar com a categoria desde que os servidores trabalhem ´sem passar intranqüilidade à sociedade´

Por Agencia Estado

O Planalto voltou atrás, nesta terça-feira, em uma das principais e mais polêmicas cláusulas do acordo feito entre o governo e o movimento grevista dos controladores de vôo para o fim da paralisação. Durante reunião com a categoria, nesta terça-feira, 3, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, negou a anistia dos participantes do motim. Mesmo sendo advertido de que o termo estava na nota assinada por ele para o fim da greve, Bernardo repetiu que o assunto nunca foi tratado. Depois, o ministro assegurou que o governo quer "investir na tranqüilidade e não botar fogo no circo". Após se reunir por uma hora com controladores de vôo militares e civis, o ministro afirmou que o governo pretende fazer mudanças no sistema de tráfego aéreo do País, ouvindo todos os setores envolvidos, "mas sem faca no pescoço, sem passar intranqüilidade à sociedade brasileira". Apesar de ter se comprometido, na sexta-feira à noite, a atender às reivindicações dos controladores de vôo, Lula tem dado sinais claros de que está inconformado com a insubordinação dos controladores militares e vai enfrentar o movimento. O primeiro sinal da nova estratégia do presidente foi anunciar a intenção de fazer um pronunciamento à Nação se a situação aérea do País piorar. Outro sinal é o próprio discurso adotado nas negociações por Bernardo, ao desautorizar a anistia dos militares envolvidos na greve. O ministro também disse que repassou aos controladores a posição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de que ele tem todo o interesse em negociar. Segundo Paulo Bernardo, Lula deixou claro que só fará negociação se os controladores de vôo trabalharem em condições de normalidade. "Vamos negociar, mas não debaixo de ameaça. Negociação como essa exige confiança mútua entre ambas as partes", disse o ministro, em rápida entrevista coletiva, na saída do ministério. Negociações tensas Durante a reunião com o conselho político, na manhã desta terça, o presidente ratificou sua nova estratégia. "O acordo não será cumprido. O presidente vai enfrentar os controladores, com ou sem greve", disse uma das fontes que participou da reunião. Ainda segundo relato de um dos participantes, Lula foi taxativo ao afirmar que são 20 mil sargentos e não dá para o governo atender 2 mil e deixar de lado outros 18 mil. Durante toda a segunda-feira, o presidente passou o dia na condição de bombeiro político para evitar uma crise institucional militar. Para mostrar aos chefes do Exército, Marinha e Aeronáutica que seu governo está empenhado em restabelecer a disciplina militar, o presidente, segundo apurou o Estado, não vai reconhecer o acordo fechado com os controladores em meio aos caos de sexta passada. O acordo com a categoria Depois de revogar uma ordem de prisão inicial contra os controladores de vôo amotinados no Cindacta-1 de Brasília e abrir precendentes para uma crise entre governo e militares, o Planalto negociou três pontos com a categoria, para que a greve chegasse ao fim, na última sexta-feira. A queda-de-braço entre as autoridades aéreas e os controladores de vôo já dura meses e teve seu ponto culminante quando eles radicalizaram e decidiram paralisar as operações em todo o País por quase cinco horas. O motim causou o fechamento de 40 aeroportos no fim da noite e o cancelamento de 229 vôos. Os pontos em questão eram anistia, o governo faria a revisão dos atos disciplinares militares, assegurando que não haveria punições em decorrência da manifestação. Outro é a desmilitarização gradual da atividade e, por fim, gratificação emergencial, negociada sobre remuneração dos controladores civis e militares. Matéria alterada às 14h12, para acréscimo de informações.

O Planalto voltou atrás, nesta terça-feira, em uma das principais e mais polêmicas cláusulas do acordo feito entre o governo e o movimento grevista dos controladores de vôo para o fim da paralisação. Durante reunião com a categoria, nesta terça-feira, 3, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, negou a anistia dos participantes do motim. Mesmo sendo advertido de que o termo estava na nota assinada por ele para o fim da greve, Bernardo repetiu que o assunto nunca foi tratado. Depois, o ministro assegurou que o governo quer "investir na tranqüilidade e não botar fogo no circo". Após se reunir por uma hora com controladores de vôo militares e civis, o ministro afirmou que o governo pretende fazer mudanças no sistema de tráfego aéreo do País, ouvindo todos os setores envolvidos, "mas sem faca no pescoço, sem passar intranqüilidade à sociedade brasileira". Apesar de ter se comprometido, na sexta-feira à noite, a atender às reivindicações dos controladores de vôo, Lula tem dado sinais claros de que está inconformado com a insubordinação dos controladores militares e vai enfrentar o movimento. O primeiro sinal da nova estratégia do presidente foi anunciar a intenção de fazer um pronunciamento à Nação se a situação aérea do País piorar. Outro sinal é o próprio discurso adotado nas negociações por Bernardo, ao desautorizar a anistia dos militares envolvidos na greve. O ministro também disse que repassou aos controladores a posição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de que ele tem todo o interesse em negociar. Segundo Paulo Bernardo, Lula deixou claro que só fará negociação se os controladores de vôo trabalharem em condições de normalidade. "Vamos negociar, mas não debaixo de ameaça. Negociação como essa exige confiança mútua entre ambas as partes", disse o ministro, em rápida entrevista coletiva, na saída do ministério. Negociações tensas Durante a reunião com o conselho político, na manhã desta terça, o presidente ratificou sua nova estratégia. "O acordo não será cumprido. O presidente vai enfrentar os controladores, com ou sem greve", disse uma das fontes que participou da reunião. Ainda segundo relato de um dos participantes, Lula foi taxativo ao afirmar que são 20 mil sargentos e não dá para o governo atender 2 mil e deixar de lado outros 18 mil. Durante toda a segunda-feira, o presidente passou o dia na condição de bombeiro político para evitar uma crise institucional militar. Para mostrar aos chefes do Exército, Marinha e Aeronáutica que seu governo está empenhado em restabelecer a disciplina militar, o presidente, segundo apurou o Estado, não vai reconhecer o acordo fechado com os controladores em meio aos caos de sexta passada. O acordo com a categoria Depois de revogar uma ordem de prisão inicial contra os controladores de vôo amotinados no Cindacta-1 de Brasília e abrir precendentes para uma crise entre governo e militares, o Planalto negociou três pontos com a categoria, para que a greve chegasse ao fim, na última sexta-feira. A queda-de-braço entre as autoridades aéreas e os controladores de vôo já dura meses e teve seu ponto culminante quando eles radicalizaram e decidiram paralisar as operações em todo o País por quase cinco horas. O motim causou o fechamento de 40 aeroportos no fim da noite e o cancelamento de 229 vôos. Os pontos em questão eram anistia, o governo faria a revisão dos atos disciplinares militares, assegurando que não haveria punições em decorrência da manifestação. Outro é a desmilitarização gradual da atividade e, por fim, gratificação emergencial, negociada sobre remuneração dos controladores civis e militares. Matéria alterada às 14h12, para acréscimo de informações.

O Planalto voltou atrás, nesta terça-feira, em uma das principais e mais polêmicas cláusulas do acordo feito entre o governo e o movimento grevista dos controladores de vôo para o fim da paralisação. Durante reunião com a categoria, nesta terça-feira, 3, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, negou a anistia dos participantes do motim. Mesmo sendo advertido de que o termo estava na nota assinada por ele para o fim da greve, Bernardo repetiu que o assunto nunca foi tratado. Depois, o ministro assegurou que o governo quer "investir na tranqüilidade e não botar fogo no circo". Após se reunir por uma hora com controladores de vôo militares e civis, o ministro afirmou que o governo pretende fazer mudanças no sistema de tráfego aéreo do País, ouvindo todos os setores envolvidos, "mas sem faca no pescoço, sem passar intranqüilidade à sociedade brasileira". Apesar de ter se comprometido, na sexta-feira à noite, a atender às reivindicações dos controladores de vôo, Lula tem dado sinais claros de que está inconformado com a insubordinação dos controladores militares e vai enfrentar o movimento. O primeiro sinal da nova estratégia do presidente foi anunciar a intenção de fazer um pronunciamento à Nação se a situação aérea do País piorar. Outro sinal é o próprio discurso adotado nas negociações por Bernardo, ao desautorizar a anistia dos militares envolvidos na greve. O ministro também disse que repassou aos controladores a posição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de que ele tem todo o interesse em negociar. Segundo Paulo Bernardo, Lula deixou claro que só fará negociação se os controladores de vôo trabalharem em condições de normalidade. "Vamos negociar, mas não debaixo de ameaça. Negociação como essa exige confiança mútua entre ambas as partes", disse o ministro, em rápida entrevista coletiva, na saída do ministério. Negociações tensas Durante a reunião com o conselho político, na manhã desta terça, o presidente ratificou sua nova estratégia. "O acordo não será cumprido. O presidente vai enfrentar os controladores, com ou sem greve", disse uma das fontes que participou da reunião. Ainda segundo relato de um dos participantes, Lula foi taxativo ao afirmar que são 20 mil sargentos e não dá para o governo atender 2 mil e deixar de lado outros 18 mil. Durante toda a segunda-feira, o presidente passou o dia na condição de bombeiro político para evitar uma crise institucional militar. Para mostrar aos chefes do Exército, Marinha e Aeronáutica que seu governo está empenhado em restabelecer a disciplina militar, o presidente, segundo apurou o Estado, não vai reconhecer o acordo fechado com os controladores em meio aos caos de sexta passada. O acordo com a categoria Depois de revogar uma ordem de prisão inicial contra os controladores de vôo amotinados no Cindacta-1 de Brasília e abrir precendentes para uma crise entre governo e militares, o Planalto negociou três pontos com a categoria, para que a greve chegasse ao fim, na última sexta-feira. A queda-de-braço entre as autoridades aéreas e os controladores de vôo já dura meses e teve seu ponto culminante quando eles radicalizaram e decidiram paralisar as operações em todo o País por quase cinco horas. O motim causou o fechamento de 40 aeroportos no fim da noite e o cancelamento de 229 vôos. Os pontos em questão eram anistia, o governo faria a revisão dos atos disciplinares militares, assegurando que não haveria punições em decorrência da manifestação. Outro é a desmilitarização gradual da atividade e, por fim, gratificação emergencial, negociada sobre remuneração dos controladores civis e militares. Matéria alterada às 14h12, para acréscimo de informações.

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