O governo do Estado de São Paulo, comandado por Tarcísio de Freitas (Republicanos), aderiu à “onda Barbiecore”, fenômeno criado em torno do filme da Barbie, que estreou na quinta-feira, 20, nos cinemas, e criou publicações em alusão à obra para divulgar ações da gestão nas redes sociais.
No perfil do governo no Twitter, a gestão Tarcísio publicou um vídeo com referências ao live-action para mostrar resultados do primeiro semestre de 2023 em áreas como segurança pública e educação.
O material utiliza imagens do trailer do filme para exaltar entregas de novas moradias, creches, viaturas do Corpo de Bombeiros, além de estradas recapeadas e abertura de novos leitos hospitalares.
“Sou a Barbie SP, se você quer ver os resultados do meu Estado, presta atenção, tem segurança e educação, vamos em frente, o paulista é exigente”, diz a legenda, em paródia à música “Sou a Barbie Girl”, da cantora Kelly Key.
Além da conta principal do governo, o perfil da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria também utilizou o mesmo recurso. Na publicação, a pasta usou a figura da personagem para “marcar presença” nos museus e outros equipamentos culturais administrados pelo órgão, como a Pinacoteca, o Museu da Língua Portuguesa e a Sala São Paulo.
“A Barbie ativou o arquétipo de turista e resolveu dar um rolê cultural pelos nossos Museus de SP. Depois de passar o dia visitando obras de arte, esse roteirinho da diva vai fechar em um concerto na Sala São Paulo!”, escreveu a secretaria.
Outra secretaria que aproveitou a exposição da Barbie foi a da Fazenda e Planejamento. A pasta utilizou a personagem para fazer propaganda da Nota Fiscal Paulista, serviço onde contribuintes podem informar o CPF durante compras com nota fiscal e concorrer a prêmios que vão de R$ 100 mil a R$ 1 milhão.
A adesão do governo paulista à onda cor de rosa nas redes sociais, no entanto, não foi bem recebida por aliados de Tarcísio de Freitas e pessoas simpáticas à gestão dele. O deputado estadual Gil Diniz (PL) fez críticas à paródia feita pelo perfil principal da gestão estadual. “Inacreditável!”, reagiu o bolsonarista ao republicar o vídeo.
Questionado por um seguidor que argumentou que o lançamento da peça era necessário para “falar a língua” de outros eleitores, o deputado integrante da base de apoio ao governo Tarcísio na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) rebateu: “E quando vão falar a nossa?”.