Boulos vai às lagrimas ao falar sobre acusações de usar drogas e desafia Marçal a apresentar provas


Em participação no Roda Viva, candidato chorou ao citar episódio em que sua filha voltou da escola chorando após ser provocada com as acusações sem provas feitas pelo adversário

Por Adriana Victorino
Atualização:

Candidato à Prefeitura de São Paulo, o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) se emocionou ao falar sobre como as acusações feitas pelo adversário Pablo Marçal (PRTB) de ser usuário de drogas afetou suas filhas. “Eu nunca usei e eu desafio o Pablo Marçal, que diz que tem prova, a presente agora”, disse Boulos ao ser questionado, durante o programa Roda Viva, nesta segunda-feira, 26, se estava arrependido de ter aberto ao público o episódio sofrido por elas na escola.

Com lágrimas nos olhos, o psolista contou que, após ser chamado de “cheirador de cocaína” pelo ex-coach, sua filha voltou da escola chorando após ser provocada com isso. “Quando eu trouxe isso, foi para as pessoas entenderem a minha reação no debate”, afirmou Boulos. “Olha o nível que chega, olha o esgoto que chega. Foi nesse contexto que eu mencionei as minhas filhas”, completou.

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Boulos ainda ressaltou que em vinte anos de atuação na política e nos movimentos sociais, a única vez que pensou em desistir foi quando suas duas filhas, na época com oito e sete anos, voltaram da escola chorando porque disseram que “o pai delas tomava a casa dos outros e era bandido”.

“Foi a única vez que eu cogitei desistir do caminho que eu escolhi para a minha vida. Porque eu tenho casca, eu não recuo, se vier com as mentiras, vou enfrentar, não tenho medo. Estou tendo, inclusive, que usar carro blindado pelas ameaças que estou recebendo e que a Polícia Federal está investigando. Agora, quando mexe com a sua família, com quem você mais ama na vida, com criança, aí te faz, às vezes, perder um pouco o prumo”, disse o candidato.

Guilherme Boulos critica Pablo Marçal, mas diz que não irá ‘normalizar’ Ricardo Nunes

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Boulos criticou Marçal mas afirmou que não deverá “normalizar” o Ricardo Nunes (MDB) na campanha eleitoral. Para o deputado federal psolista, ambos são “duas faces da mesma moeda” por serem bolsonaristas.

“Quando se faz um abismo absoluto, você normaliza, por exemplo, um cidadão que disse que o 8 de janeiro não foi tentativa de golpe, como o Ricardo Nunes disse, que o Bolsonaro acertou na pandemia, como ele disse em um vídeo recente, um cidadão que botou um vice, indicado pelo Bolsonaro, que acha que o morador da periferia tem que ser tratado diferente do que o morador dos jardins. Eu não vou normalizar esse tipo de coisa”, afirmou Boulos em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, nesta segunda-feira, 26.

Procurado, o prefeito ainda não se manifestou sobre as declarações do candidato do PSOL. O espaço segue aberto.

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Guilherme Boulos (PSOL) participou do programa Roda Viva, da TV Cultura, nesta segunda-feira, 26. Foto: Nadja Kouchi/TV Cultura

Boulos classificou Marçal como uma “coisa abjeta”, “criminoso” e “marginal”, ressaltando as denúncias recentes que envolvem integrantes do PRTB e criticou o ex-coach por disseminar fake news. Procuradou, Marçal não se manifestou sobre as críticas. No entanto, Boulos relembrou falas do atual prefeito que vinculam ele ao Hamas, Comando Vermelho e à tomada de casas, reiterando que não normaliza tais ações “só por ele ser do MDB”.

O candidato do PSOL criticou Nunes pela composição de sua gestão que manteve um secretário de Mudanças Climáticas negacionista, fazendo referência a Antonio Fernando Pinheiro Pedro que afirmou durante um fórum de discussão sobre o tema que o “planeta se salva sozinho” do aquecimento global. Nunes exonerou o secretário após a repercussão da fala. Quando questionado sobre a atuação de sua vice, Marta Suplicy (PT), no cargo de secretária de Relações Internacionais no governo de Nunes, Boulos disse que ela deixou a gestão após aproximação do prefeito com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

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Perguntado sobre qual seria um segundo turno desejado, Boulos respondeu que mantém compromisso com a população, mas que não permitirá que a “extrema direita civilizada” do “bolsonarismo moderado” se mantenha no poder.

Atuação no Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto

Boulos falou ainda sobre a atuação do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), do qual o deputado federal foi coordenador nacional, explicando que as invasões só ocorrem quando não há política pública de habitação na cidade. Perguntado se repetiria eventos organizados pelo movimento, o candidato afirmou que não comentaria sobre o caso uma vez que não atua mais como uma liderança no grupo, mas ressaltou que, quando se participava de tais ações, tinha como objetivo “garantir que aquelas pessoas tenham voz e o direito respeitado”.

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O psolista citou que, caso eleito, sua gestão terá o menor número de ações do movimento em São Paulo porque investirá em política habitacional, ressaltou que terá “dever de ofício” de agir contra as atuações de luta por moradia que aconteçam em espaços públicos e loteamentos clandestinos feitos por organizações criminosas, mas que buscará a regularização de regiões já habitadas. “Temos mais de um milhão de pessoas vivendo em favelas, áreas irregulares, sem urbanização, sem regularização fundiária. Vamos regularizar”, afirmou.

Eleições na Venezuela

O candidato foi questionado a respeito da mudança de postura frente à eleição na Venezuela, e afirmou que há indícios suficientes para considerar que houve fraude no processo. Ainda assim, Boulos reclamou sobre o assunto ser direcionado a ele quando Pablo Marçal “é um cara avesso a qualquer tipo de democracia” e Nunes “diz que o 8 de janeiro não foi tentativa de golpe”.

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“Eu acho que tem uma forçação de barra aí que não precisa [...] é legítimo trazer todos os temas que sejam para a eleição, mas nós estamos em uma eleição municipal”, afirmou o psolista, afastando o assunto de uma possível nacionalização do debate sob a justificativa de que a eleição para a capital paulista não impacta a Venezuela.

Candidato à Prefeitura de São Paulo, o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) se emocionou ao falar sobre como as acusações feitas pelo adversário Pablo Marçal (PRTB) de ser usuário de drogas afetou suas filhas. “Eu nunca usei e eu desafio o Pablo Marçal, que diz que tem prova, a presente agora”, disse Boulos ao ser questionado, durante o programa Roda Viva, nesta segunda-feira, 26, se estava arrependido de ter aberto ao público o episódio sofrido por elas na escola.

Com lágrimas nos olhos, o psolista contou que, após ser chamado de “cheirador de cocaína” pelo ex-coach, sua filha voltou da escola chorando após ser provocada com isso. “Quando eu trouxe isso, foi para as pessoas entenderem a minha reação no debate”, afirmou Boulos. “Olha o nível que chega, olha o esgoto que chega. Foi nesse contexto que eu mencionei as minhas filhas”, completou.

Boulos ainda ressaltou que em vinte anos de atuação na política e nos movimentos sociais, a única vez que pensou em desistir foi quando suas duas filhas, na época com oito e sete anos, voltaram da escola chorando porque disseram que “o pai delas tomava a casa dos outros e era bandido”.

“Foi a única vez que eu cogitei desistir do caminho que eu escolhi para a minha vida. Porque eu tenho casca, eu não recuo, se vier com as mentiras, vou enfrentar, não tenho medo. Estou tendo, inclusive, que usar carro blindado pelas ameaças que estou recebendo e que a Polícia Federal está investigando. Agora, quando mexe com a sua família, com quem você mais ama na vida, com criança, aí te faz, às vezes, perder um pouco o prumo”, disse o candidato.

Guilherme Boulos critica Pablo Marçal, mas diz que não irá ‘normalizar’ Ricardo Nunes

Boulos criticou Marçal mas afirmou que não deverá “normalizar” o Ricardo Nunes (MDB) na campanha eleitoral. Para o deputado federal psolista, ambos são “duas faces da mesma moeda” por serem bolsonaristas.

“Quando se faz um abismo absoluto, você normaliza, por exemplo, um cidadão que disse que o 8 de janeiro não foi tentativa de golpe, como o Ricardo Nunes disse, que o Bolsonaro acertou na pandemia, como ele disse em um vídeo recente, um cidadão que botou um vice, indicado pelo Bolsonaro, que acha que o morador da periferia tem que ser tratado diferente do que o morador dos jardins. Eu não vou normalizar esse tipo de coisa”, afirmou Boulos em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, nesta segunda-feira, 26.

Procurado, o prefeito ainda não se manifestou sobre as declarações do candidato do PSOL. O espaço segue aberto.

Guilherme Boulos (PSOL) participou do programa Roda Viva, da TV Cultura, nesta segunda-feira, 26. Foto: Nadja Kouchi/TV Cultura

Boulos classificou Marçal como uma “coisa abjeta”, “criminoso” e “marginal”, ressaltando as denúncias recentes que envolvem integrantes do PRTB e criticou o ex-coach por disseminar fake news. Procuradou, Marçal não se manifestou sobre as críticas. No entanto, Boulos relembrou falas do atual prefeito que vinculam ele ao Hamas, Comando Vermelho e à tomada de casas, reiterando que não normaliza tais ações “só por ele ser do MDB”.

O candidato do PSOL criticou Nunes pela composição de sua gestão que manteve um secretário de Mudanças Climáticas negacionista, fazendo referência a Antonio Fernando Pinheiro Pedro que afirmou durante um fórum de discussão sobre o tema que o “planeta se salva sozinho” do aquecimento global. Nunes exonerou o secretário após a repercussão da fala. Quando questionado sobre a atuação de sua vice, Marta Suplicy (PT), no cargo de secretária de Relações Internacionais no governo de Nunes, Boulos disse que ela deixou a gestão após aproximação do prefeito com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Perguntado sobre qual seria um segundo turno desejado, Boulos respondeu que mantém compromisso com a população, mas que não permitirá que a “extrema direita civilizada” do “bolsonarismo moderado” se mantenha no poder.

Atuação no Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto

Boulos falou ainda sobre a atuação do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), do qual o deputado federal foi coordenador nacional, explicando que as invasões só ocorrem quando não há política pública de habitação na cidade. Perguntado se repetiria eventos organizados pelo movimento, o candidato afirmou que não comentaria sobre o caso uma vez que não atua mais como uma liderança no grupo, mas ressaltou que, quando se participava de tais ações, tinha como objetivo “garantir que aquelas pessoas tenham voz e o direito respeitado”.

O psolista citou que, caso eleito, sua gestão terá o menor número de ações do movimento em São Paulo porque investirá em política habitacional, ressaltou que terá “dever de ofício” de agir contra as atuações de luta por moradia que aconteçam em espaços públicos e loteamentos clandestinos feitos por organizações criminosas, mas que buscará a regularização de regiões já habitadas. “Temos mais de um milhão de pessoas vivendo em favelas, áreas irregulares, sem urbanização, sem regularização fundiária. Vamos regularizar”, afirmou.

Eleições na Venezuela

O candidato foi questionado a respeito da mudança de postura frente à eleição na Venezuela, e afirmou que há indícios suficientes para considerar que houve fraude no processo. Ainda assim, Boulos reclamou sobre o assunto ser direcionado a ele quando Pablo Marçal “é um cara avesso a qualquer tipo de democracia” e Nunes “diz que o 8 de janeiro não foi tentativa de golpe”.

“Eu acho que tem uma forçação de barra aí que não precisa [...] é legítimo trazer todos os temas que sejam para a eleição, mas nós estamos em uma eleição municipal”, afirmou o psolista, afastando o assunto de uma possível nacionalização do debate sob a justificativa de que a eleição para a capital paulista não impacta a Venezuela.

Candidato à Prefeitura de São Paulo, o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) se emocionou ao falar sobre como as acusações feitas pelo adversário Pablo Marçal (PRTB) de ser usuário de drogas afetou suas filhas. “Eu nunca usei e eu desafio o Pablo Marçal, que diz que tem prova, a presente agora”, disse Boulos ao ser questionado, durante o programa Roda Viva, nesta segunda-feira, 26, se estava arrependido de ter aberto ao público o episódio sofrido por elas na escola.

Com lágrimas nos olhos, o psolista contou que, após ser chamado de “cheirador de cocaína” pelo ex-coach, sua filha voltou da escola chorando após ser provocada com isso. “Quando eu trouxe isso, foi para as pessoas entenderem a minha reação no debate”, afirmou Boulos. “Olha o nível que chega, olha o esgoto que chega. Foi nesse contexto que eu mencionei as minhas filhas”, completou.

Boulos ainda ressaltou que em vinte anos de atuação na política e nos movimentos sociais, a única vez que pensou em desistir foi quando suas duas filhas, na época com oito e sete anos, voltaram da escola chorando porque disseram que “o pai delas tomava a casa dos outros e era bandido”.

“Foi a única vez que eu cogitei desistir do caminho que eu escolhi para a minha vida. Porque eu tenho casca, eu não recuo, se vier com as mentiras, vou enfrentar, não tenho medo. Estou tendo, inclusive, que usar carro blindado pelas ameaças que estou recebendo e que a Polícia Federal está investigando. Agora, quando mexe com a sua família, com quem você mais ama na vida, com criança, aí te faz, às vezes, perder um pouco o prumo”, disse o candidato.

Guilherme Boulos critica Pablo Marçal, mas diz que não irá ‘normalizar’ Ricardo Nunes

Boulos criticou Marçal mas afirmou que não deverá “normalizar” o Ricardo Nunes (MDB) na campanha eleitoral. Para o deputado federal psolista, ambos são “duas faces da mesma moeda” por serem bolsonaristas.

“Quando se faz um abismo absoluto, você normaliza, por exemplo, um cidadão que disse que o 8 de janeiro não foi tentativa de golpe, como o Ricardo Nunes disse, que o Bolsonaro acertou na pandemia, como ele disse em um vídeo recente, um cidadão que botou um vice, indicado pelo Bolsonaro, que acha que o morador da periferia tem que ser tratado diferente do que o morador dos jardins. Eu não vou normalizar esse tipo de coisa”, afirmou Boulos em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, nesta segunda-feira, 26.

Procurado, o prefeito ainda não se manifestou sobre as declarações do candidato do PSOL. O espaço segue aberto.

Guilherme Boulos (PSOL) participou do programa Roda Viva, da TV Cultura, nesta segunda-feira, 26. Foto: Nadja Kouchi/TV Cultura

Boulos classificou Marçal como uma “coisa abjeta”, “criminoso” e “marginal”, ressaltando as denúncias recentes que envolvem integrantes do PRTB e criticou o ex-coach por disseminar fake news. Procuradou, Marçal não se manifestou sobre as críticas. No entanto, Boulos relembrou falas do atual prefeito que vinculam ele ao Hamas, Comando Vermelho e à tomada de casas, reiterando que não normaliza tais ações “só por ele ser do MDB”.

O candidato do PSOL criticou Nunes pela composição de sua gestão que manteve um secretário de Mudanças Climáticas negacionista, fazendo referência a Antonio Fernando Pinheiro Pedro que afirmou durante um fórum de discussão sobre o tema que o “planeta se salva sozinho” do aquecimento global. Nunes exonerou o secretário após a repercussão da fala. Quando questionado sobre a atuação de sua vice, Marta Suplicy (PT), no cargo de secretária de Relações Internacionais no governo de Nunes, Boulos disse que ela deixou a gestão após aproximação do prefeito com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Perguntado sobre qual seria um segundo turno desejado, Boulos respondeu que mantém compromisso com a população, mas que não permitirá que a “extrema direita civilizada” do “bolsonarismo moderado” se mantenha no poder.

Atuação no Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto

Boulos falou ainda sobre a atuação do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), do qual o deputado federal foi coordenador nacional, explicando que as invasões só ocorrem quando não há política pública de habitação na cidade. Perguntado se repetiria eventos organizados pelo movimento, o candidato afirmou que não comentaria sobre o caso uma vez que não atua mais como uma liderança no grupo, mas ressaltou que, quando se participava de tais ações, tinha como objetivo “garantir que aquelas pessoas tenham voz e o direito respeitado”.

O psolista citou que, caso eleito, sua gestão terá o menor número de ações do movimento em São Paulo porque investirá em política habitacional, ressaltou que terá “dever de ofício” de agir contra as atuações de luta por moradia que aconteçam em espaços públicos e loteamentos clandestinos feitos por organizações criminosas, mas que buscará a regularização de regiões já habitadas. “Temos mais de um milhão de pessoas vivendo em favelas, áreas irregulares, sem urbanização, sem regularização fundiária. Vamos regularizar”, afirmou.

Eleições na Venezuela

O candidato foi questionado a respeito da mudança de postura frente à eleição na Venezuela, e afirmou que há indícios suficientes para considerar que houve fraude no processo. Ainda assim, Boulos reclamou sobre o assunto ser direcionado a ele quando Pablo Marçal “é um cara avesso a qualquer tipo de democracia” e Nunes “diz que o 8 de janeiro não foi tentativa de golpe”.

“Eu acho que tem uma forçação de barra aí que não precisa [...] é legítimo trazer todos os temas que sejam para a eleição, mas nós estamos em uma eleição municipal”, afirmou o psolista, afastando o assunto de uma possível nacionalização do debate sob a justificativa de que a eleição para a capital paulista não impacta a Venezuela.

Candidato à Prefeitura de São Paulo, o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) se emocionou ao falar sobre como as acusações feitas pelo adversário Pablo Marçal (PRTB) de ser usuário de drogas afetou suas filhas. “Eu nunca usei e eu desafio o Pablo Marçal, que diz que tem prova, a presente agora”, disse Boulos ao ser questionado, durante o programa Roda Viva, nesta segunda-feira, 26, se estava arrependido de ter aberto ao público o episódio sofrido por elas na escola.

Com lágrimas nos olhos, o psolista contou que, após ser chamado de “cheirador de cocaína” pelo ex-coach, sua filha voltou da escola chorando após ser provocada com isso. “Quando eu trouxe isso, foi para as pessoas entenderem a minha reação no debate”, afirmou Boulos. “Olha o nível que chega, olha o esgoto que chega. Foi nesse contexto que eu mencionei as minhas filhas”, completou.

Boulos ainda ressaltou que em vinte anos de atuação na política e nos movimentos sociais, a única vez que pensou em desistir foi quando suas duas filhas, na época com oito e sete anos, voltaram da escola chorando porque disseram que “o pai delas tomava a casa dos outros e era bandido”.

“Foi a única vez que eu cogitei desistir do caminho que eu escolhi para a minha vida. Porque eu tenho casca, eu não recuo, se vier com as mentiras, vou enfrentar, não tenho medo. Estou tendo, inclusive, que usar carro blindado pelas ameaças que estou recebendo e que a Polícia Federal está investigando. Agora, quando mexe com a sua família, com quem você mais ama na vida, com criança, aí te faz, às vezes, perder um pouco o prumo”, disse o candidato.

Guilherme Boulos critica Pablo Marçal, mas diz que não irá ‘normalizar’ Ricardo Nunes

Boulos criticou Marçal mas afirmou que não deverá “normalizar” o Ricardo Nunes (MDB) na campanha eleitoral. Para o deputado federal psolista, ambos são “duas faces da mesma moeda” por serem bolsonaristas.

“Quando se faz um abismo absoluto, você normaliza, por exemplo, um cidadão que disse que o 8 de janeiro não foi tentativa de golpe, como o Ricardo Nunes disse, que o Bolsonaro acertou na pandemia, como ele disse em um vídeo recente, um cidadão que botou um vice, indicado pelo Bolsonaro, que acha que o morador da periferia tem que ser tratado diferente do que o morador dos jardins. Eu não vou normalizar esse tipo de coisa”, afirmou Boulos em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, nesta segunda-feira, 26.

Procurado, o prefeito ainda não se manifestou sobre as declarações do candidato do PSOL. O espaço segue aberto.

Guilherme Boulos (PSOL) participou do programa Roda Viva, da TV Cultura, nesta segunda-feira, 26. Foto: Nadja Kouchi/TV Cultura

Boulos classificou Marçal como uma “coisa abjeta”, “criminoso” e “marginal”, ressaltando as denúncias recentes que envolvem integrantes do PRTB e criticou o ex-coach por disseminar fake news. Procuradou, Marçal não se manifestou sobre as críticas. No entanto, Boulos relembrou falas do atual prefeito que vinculam ele ao Hamas, Comando Vermelho e à tomada de casas, reiterando que não normaliza tais ações “só por ele ser do MDB”.

O candidato do PSOL criticou Nunes pela composição de sua gestão que manteve um secretário de Mudanças Climáticas negacionista, fazendo referência a Antonio Fernando Pinheiro Pedro que afirmou durante um fórum de discussão sobre o tema que o “planeta se salva sozinho” do aquecimento global. Nunes exonerou o secretário após a repercussão da fala. Quando questionado sobre a atuação de sua vice, Marta Suplicy (PT), no cargo de secretária de Relações Internacionais no governo de Nunes, Boulos disse que ela deixou a gestão após aproximação do prefeito com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Perguntado sobre qual seria um segundo turno desejado, Boulos respondeu que mantém compromisso com a população, mas que não permitirá que a “extrema direita civilizada” do “bolsonarismo moderado” se mantenha no poder.

Atuação no Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto

Boulos falou ainda sobre a atuação do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), do qual o deputado federal foi coordenador nacional, explicando que as invasões só ocorrem quando não há política pública de habitação na cidade. Perguntado se repetiria eventos organizados pelo movimento, o candidato afirmou que não comentaria sobre o caso uma vez que não atua mais como uma liderança no grupo, mas ressaltou que, quando se participava de tais ações, tinha como objetivo “garantir que aquelas pessoas tenham voz e o direito respeitado”.

O psolista citou que, caso eleito, sua gestão terá o menor número de ações do movimento em São Paulo porque investirá em política habitacional, ressaltou que terá “dever de ofício” de agir contra as atuações de luta por moradia que aconteçam em espaços públicos e loteamentos clandestinos feitos por organizações criminosas, mas que buscará a regularização de regiões já habitadas. “Temos mais de um milhão de pessoas vivendo em favelas, áreas irregulares, sem urbanização, sem regularização fundiária. Vamos regularizar”, afirmou.

Eleições na Venezuela

O candidato foi questionado a respeito da mudança de postura frente à eleição na Venezuela, e afirmou que há indícios suficientes para considerar que houve fraude no processo. Ainda assim, Boulos reclamou sobre o assunto ser direcionado a ele quando Pablo Marçal “é um cara avesso a qualquer tipo de democracia” e Nunes “diz que o 8 de janeiro não foi tentativa de golpe”.

“Eu acho que tem uma forçação de barra aí que não precisa [...] é legítimo trazer todos os temas que sejam para a eleição, mas nós estamos em uma eleição municipal”, afirmou o psolista, afastando o assunto de uma possível nacionalização do debate sob a justificativa de que a eleição para a capital paulista não impacta a Venezuela.

Candidato à Prefeitura de São Paulo, o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) se emocionou ao falar sobre como as acusações feitas pelo adversário Pablo Marçal (PRTB) de ser usuário de drogas afetou suas filhas. “Eu nunca usei e eu desafio o Pablo Marçal, que diz que tem prova, a presente agora”, disse Boulos ao ser questionado, durante o programa Roda Viva, nesta segunda-feira, 26, se estava arrependido de ter aberto ao público o episódio sofrido por elas na escola.

Com lágrimas nos olhos, o psolista contou que, após ser chamado de “cheirador de cocaína” pelo ex-coach, sua filha voltou da escola chorando após ser provocada com isso. “Quando eu trouxe isso, foi para as pessoas entenderem a minha reação no debate”, afirmou Boulos. “Olha o nível que chega, olha o esgoto que chega. Foi nesse contexto que eu mencionei as minhas filhas”, completou.

Boulos ainda ressaltou que em vinte anos de atuação na política e nos movimentos sociais, a única vez que pensou em desistir foi quando suas duas filhas, na época com oito e sete anos, voltaram da escola chorando porque disseram que “o pai delas tomava a casa dos outros e era bandido”.

“Foi a única vez que eu cogitei desistir do caminho que eu escolhi para a minha vida. Porque eu tenho casca, eu não recuo, se vier com as mentiras, vou enfrentar, não tenho medo. Estou tendo, inclusive, que usar carro blindado pelas ameaças que estou recebendo e que a Polícia Federal está investigando. Agora, quando mexe com a sua família, com quem você mais ama na vida, com criança, aí te faz, às vezes, perder um pouco o prumo”, disse o candidato.

Guilherme Boulos critica Pablo Marçal, mas diz que não irá ‘normalizar’ Ricardo Nunes

Boulos criticou Marçal mas afirmou que não deverá “normalizar” o Ricardo Nunes (MDB) na campanha eleitoral. Para o deputado federal psolista, ambos são “duas faces da mesma moeda” por serem bolsonaristas.

“Quando se faz um abismo absoluto, você normaliza, por exemplo, um cidadão que disse que o 8 de janeiro não foi tentativa de golpe, como o Ricardo Nunes disse, que o Bolsonaro acertou na pandemia, como ele disse em um vídeo recente, um cidadão que botou um vice, indicado pelo Bolsonaro, que acha que o morador da periferia tem que ser tratado diferente do que o morador dos jardins. Eu não vou normalizar esse tipo de coisa”, afirmou Boulos em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, nesta segunda-feira, 26.

Procurado, o prefeito ainda não se manifestou sobre as declarações do candidato do PSOL. O espaço segue aberto.

Guilherme Boulos (PSOL) participou do programa Roda Viva, da TV Cultura, nesta segunda-feira, 26. Foto: Nadja Kouchi/TV Cultura

Boulos classificou Marçal como uma “coisa abjeta”, “criminoso” e “marginal”, ressaltando as denúncias recentes que envolvem integrantes do PRTB e criticou o ex-coach por disseminar fake news. Procuradou, Marçal não se manifestou sobre as críticas. No entanto, Boulos relembrou falas do atual prefeito que vinculam ele ao Hamas, Comando Vermelho e à tomada de casas, reiterando que não normaliza tais ações “só por ele ser do MDB”.

O candidato do PSOL criticou Nunes pela composição de sua gestão que manteve um secretário de Mudanças Climáticas negacionista, fazendo referência a Antonio Fernando Pinheiro Pedro que afirmou durante um fórum de discussão sobre o tema que o “planeta se salva sozinho” do aquecimento global. Nunes exonerou o secretário após a repercussão da fala. Quando questionado sobre a atuação de sua vice, Marta Suplicy (PT), no cargo de secretária de Relações Internacionais no governo de Nunes, Boulos disse que ela deixou a gestão após aproximação do prefeito com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Perguntado sobre qual seria um segundo turno desejado, Boulos respondeu que mantém compromisso com a população, mas que não permitirá que a “extrema direita civilizada” do “bolsonarismo moderado” se mantenha no poder.

Atuação no Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto

Boulos falou ainda sobre a atuação do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), do qual o deputado federal foi coordenador nacional, explicando que as invasões só ocorrem quando não há política pública de habitação na cidade. Perguntado se repetiria eventos organizados pelo movimento, o candidato afirmou que não comentaria sobre o caso uma vez que não atua mais como uma liderança no grupo, mas ressaltou que, quando se participava de tais ações, tinha como objetivo “garantir que aquelas pessoas tenham voz e o direito respeitado”.

O psolista citou que, caso eleito, sua gestão terá o menor número de ações do movimento em São Paulo porque investirá em política habitacional, ressaltou que terá “dever de ofício” de agir contra as atuações de luta por moradia que aconteçam em espaços públicos e loteamentos clandestinos feitos por organizações criminosas, mas que buscará a regularização de regiões já habitadas. “Temos mais de um milhão de pessoas vivendo em favelas, áreas irregulares, sem urbanização, sem regularização fundiária. Vamos regularizar”, afirmou.

Eleições na Venezuela

O candidato foi questionado a respeito da mudança de postura frente à eleição na Venezuela, e afirmou que há indícios suficientes para considerar que houve fraude no processo. Ainda assim, Boulos reclamou sobre o assunto ser direcionado a ele quando Pablo Marçal “é um cara avesso a qualquer tipo de democracia” e Nunes “diz que o 8 de janeiro não foi tentativa de golpe”.

“Eu acho que tem uma forçação de barra aí que não precisa [...] é legítimo trazer todos os temas que sejam para a eleição, mas nós estamos em uma eleição municipal”, afirmou o psolista, afastando o assunto de uma possível nacionalização do debate sob a justificativa de que a eleição para a capital paulista não impacta a Venezuela.

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