Hackers intensificam ataques a sites petistas e pedem voto para Bolsonaro


Páginas de apoio a Lula e de políticos do PT foram invadidas e passaram a exibir mensagens a favor do candidato à reeleição

Por Vinícius Valfré
Atualização:

BRASÍLIA – Um grupo hacker que se identifica como apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL) intensificou ataques cibernéticos a páginas que apoiam a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Palácio do Planalto. Ao assumirem o controle dos sites invadidos, os hackers pedem votos ao candidato à reeleição.

As ações são reivindicadas por um grupo que se autodenomina BolsonaroCyberMafia. As invasões são registradas em um repositório digital usado por hackers para dar publicidade aos ataques e cultivar prestígio no meio do cibercrime. Não foram encontradas referências de ataques a sites ligados a apoiadores de Bolsonaro. Mas, como mostrou o Estadão, os ataques à campanha do presidente foram feitos abertamente nas redes sociais pelos petistas, sem atuação de hackers.

continua após a publicidade

A campanha de Lula resgatou vídeos antigos sobre maçonaria e canibalismo para tentar minar o apoio de Bolsonaro junto aos evangélicos. A estratégia eleitoral fez com que o ex-presidente petista ampliasse o engajamento em suas páginas. O maior responsável pelo impulsionamento nas redes sociais de ataques ao presidente é o deputado André Janones (Avante-MG). Usando seu perfil pessoal, o parlamentar compartilha fotos e vídeos e ainda provoca os perfis de bolsonaristas.

Site da bancada do PT da Câmara hackeado mostra imagens de Bolsonaro Foto: Reprodução

Já as investidas contra as páginas por hackers consistem em substituir conteúdos dos sites por mensagens antipetistas e a favor de Bolsonaro. É um ataque conhecido por “defacement”, um tipo de “pichação virtual” realizada a partir de falhas de segurança.

continua após a publicidade

Um dos ataques mais recentes foi realizado na sexta-feira, 7, contra o site do PT que concentra notícias e informações sobre a atuação da bancada na Câmara. A página principal foi substituída por mensagem contrária ao partido e por um pedido de apoio a Bolsonaro acompanhado por uma foto dele sobre a bandeira do Brasil.

Ataques são reivindicados pelo grupo BolsonaroCyberMafia Foto: Reprodução

“O PT diz lutar pelos pobres, mas o PT só se mostrou desigual ao longo dos anos, pessoas na pobreza enquanto os engravatados estão de bolso cheio”, dizia o texto. “No segundo turno vote 22″.

continua após a publicidade

Nos últimos dias, os hackers também alteraram páginas dos deputados Paulo Teixeira (PT-SP), Natália Bonavides (PT-RN) e Benedita da Silva (PT-RJ). À exceção do ataque contra o site do petista de São Paulo, realizado em agosto, todos os demais foram registrados nos primeiros dias de outubro.

O site oficial do deputado estadual eleito Eduardo Suplicy (PT-SP) também foi alvo, na última quarta, 5. “Vermelho é a cor da fome. No segundo turno vote 22″, diz a mensagem deixada pelos cibercriminosos.

O BolsonaroCyberMafia não mantém perfis que o identifique nas principais redes sociais e nenhum usuário se apresentou como líder do grupo. Entre os seus alvos, na última semana, também estão a página da deputada estadual do Rio Grande do Sul Any Ortiz, eleita para a Câmara pelo Cidadania, e a do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Congresso.

continua após a publicidade

No último dia 27, o site oficial de Lula sofreu um ataque hacker e passou a exibir uma mensagem pró-Bolsonaro com uma montagem na qual o ex-presidente aparecia preso. A ação foi reivindicada por um outro grupo hacker que já esteve envolvido em ataque cibernético ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Página oficial do candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sofre ataque hacker Foto: Reprodução

Exposto

continua após a publicidade

O Brasil é um dos países que mais sofrem com ação de hackers, segundo relatórios de empresas de monitoramento cibernético. O quadro se agravou na pandemia, com mais atividades corriqueiras sendo realizadas por meios tecnológicos.

No período eleitoral os impactos também chamaram a atenção de especialistas. De acordo com relatório NSFOCUS Global Threat Hunting System, sites brasileiros sofreram mais de 225 mil ataques hackers nos meses de julho e agosto. No mesmo período de 2021, foram 150 mil.

No dia do primeiro turno das eleições, houve tentativas de ataque a páginas do TSE. Todos foram neutralizados e não houve prejuízos à navegação dos usuários nem à apuração. Os ataques são voltados ao site e não têm qualquer influência sobre o sistema de votação em si. As urnas não são conectadas à internet e é impossível que uma ação como essa afete o resultado da eleição.

continua após a publicidade

BRASÍLIA – Um grupo hacker que se identifica como apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL) intensificou ataques cibernéticos a páginas que apoiam a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Palácio do Planalto. Ao assumirem o controle dos sites invadidos, os hackers pedem votos ao candidato à reeleição.

As ações são reivindicadas por um grupo que se autodenomina BolsonaroCyberMafia. As invasões são registradas em um repositório digital usado por hackers para dar publicidade aos ataques e cultivar prestígio no meio do cibercrime. Não foram encontradas referências de ataques a sites ligados a apoiadores de Bolsonaro. Mas, como mostrou o Estadão, os ataques à campanha do presidente foram feitos abertamente nas redes sociais pelos petistas, sem atuação de hackers.

A campanha de Lula resgatou vídeos antigos sobre maçonaria e canibalismo para tentar minar o apoio de Bolsonaro junto aos evangélicos. A estratégia eleitoral fez com que o ex-presidente petista ampliasse o engajamento em suas páginas. O maior responsável pelo impulsionamento nas redes sociais de ataques ao presidente é o deputado André Janones (Avante-MG). Usando seu perfil pessoal, o parlamentar compartilha fotos e vídeos e ainda provoca os perfis de bolsonaristas.

Site da bancada do PT da Câmara hackeado mostra imagens de Bolsonaro Foto: Reprodução

Já as investidas contra as páginas por hackers consistem em substituir conteúdos dos sites por mensagens antipetistas e a favor de Bolsonaro. É um ataque conhecido por “defacement”, um tipo de “pichação virtual” realizada a partir de falhas de segurança.

Um dos ataques mais recentes foi realizado na sexta-feira, 7, contra o site do PT que concentra notícias e informações sobre a atuação da bancada na Câmara. A página principal foi substituída por mensagem contrária ao partido e por um pedido de apoio a Bolsonaro acompanhado por uma foto dele sobre a bandeira do Brasil.

Ataques são reivindicados pelo grupo BolsonaroCyberMafia Foto: Reprodução

“O PT diz lutar pelos pobres, mas o PT só se mostrou desigual ao longo dos anos, pessoas na pobreza enquanto os engravatados estão de bolso cheio”, dizia o texto. “No segundo turno vote 22″.

Nos últimos dias, os hackers também alteraram páginas dos deputados Paulo Teixeira (PT-SP), Natália Bonavides (PT-RN) e Benedita da Silva (PT-RJ). À exceção do ataque contra o site do petista de São Paulo, realizado em agosto, todos os demais foram registrados nos primeiros dias de outubro.

O site oficial do deputado estadual eleito Eduardo Suplicy (PT-SP) também foi alvo, na última quarta, 5. “Vermelho é a cor da fome. No segundo turno vote 22″, diz a mensagem deixada pelos cibercriminosos.

O BolsonaroCyberMafia não mantém perfis que o identifique nas principais redes sociais e nenhum usuário se apresentou como líder do grupo. Entre os seus alvos, na última semana, também estão a página da deputada estadual do Rio Grande do Sul Any Ortiz, eleita para a Câmara pelo Cidadania, e a do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Congresso.

No último dia 27, o site oficial de Lula sofreu um ataque hacker e passou a exibir uma mensagem pró-Bolsonaro com uma montagem na qual o ex-presidente aparecia preso. A ação foi reivindicada por um outro grupo hacker que já esteve envolvido em ataque cibernético ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Página oficial do candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sofre ataque hacker Foto: Reprodução

Exposto

O Brasil é um dos países que mais sofrem com ação de hackers, segundo relatórios de empresas de monitoramento cibernético. O quadro se agravou na pandemia, com mais atividades corriqueiras sendo realizadas por meios tecnológicos.

No período eleitoral os impactos também chamaram a atenção de especialistas. De acordo com relatório NSFOCUS Global Threat Hunting System, sites brasileiros sofreram mais de 225 mil ataques hackers nos meses de julho e agosto. No mesmo período de 2021, foram 150 mil.

No dia do primeiro turno das eleições, houve tentativas de ataque a páginas do TSE. Todos foram neutralizados e não houve prejuízos à navegação dos usuários nem à apuração. Os ataques são voltados ao site e não têm qualquer influência sobre o sistema de votação em si. As urnas não são conectadas à internet e é impossível que uma ação como essa afete o resultado da eleição.

BRASÍLIA – Um grupo hacker que se identifica como apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL) intensificou ataques cibernéticos a páginas que apoiam a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Palácio do Planalto. Ao assumirem o controle dos sites invadidos, os hackers pedem votos ao candidato à reeleição.

As ações são reivindicadas por um grupo que se autodenomina BolsonaroCyberMafia. As invasões são registradas em um repositório digital usado por hackers para dar publicidade aos ataques e cultivar prestígio no meio do cibercrime. Não foram encontradas referências de ataques a sites ligados a apoiadores de Bolsonaro. Mas, como mostrou o Estadão, os ataques à campanha do presidente foram feitos abertamente nas redes sociais pelos petistas, sem atuação de hackers.

A campanha de Lula resgatou vídeos antigos sobre maçonaria e canibalismo para tentar minar o apoio de Bolsonaro junto aos evangélicos. A estratégia eleitoral fez com que o ex-presidente petista ampliasse o engajamento em suas páginas. O maior responsável pelo impulsionamento nas redes sociais de ataques ao presidente é o deputado André Janones (Avante-MG). Usando seu perfil pessoal, o parlamentar compartilha fotos e vídeos e ainda provoca os perfis de bolsonaristas.

Site da bancada do PT da Câmara hackeado mostra imagens de Bolsonaro Foto: Reprodução

Já as investidas contra as páginas por hackers consistem em substituir conteúdos dos sites por mensagens antipetistas e a favor de Bolsonaro. É um ataque conhecido por “defacement”, um tipo de “pichação virtual” realizada a partir de falhas de segurança.

Um dos ataques mais recentes foi realizado na sexta-feira, 7, contra o site do PT que concentra notícias e informações sobre a atuação da bancada na Câmara. A página principal foi substituída por mensagem contrária ao partido e por um pedido de apoio a Bolsonaro acompanhado por uma foto dele sobre a bandeira do Brasil.

Ataques são reivindicados pelo grupo BolsonaroCyberMafia Foto: Reprodução

“O PT diz lutar pelos pobres, mas o PT só se mostrou desigual ao longo dos anos, pessoas na pobreza enquanto os engravatados estão de bolso cheio”, dizia o texto. “No segundo turno vote 22″.

Nos últimos dias, os hackers também alteraram páginas dos deputados Paulo Teixeira (PT-SP), Natália Bonavides (PT-RN) e Benedita da Silva (PT-RJ). À exceção do ataque contra o site do petista de São Paulo, realizado em agosto, todos os demais foram registrados nos primeiros dias de outubro.

O site oficial do deputado estadual eleito Eduardo Suplicy (PT-SP) também foi alvo, na última quarta, 5. “Vermelho é a cor da fome. No segundo turno vote 22″, diz a mensagem deixada pelos cibercriminosos.

O BolsonaroCyberMafia não mantém perfis que o identifique nas principais redes sociais e nenhum usuário se apresentou como líder do grupo. Entre os seus alvos, na última semana, também estão a página da deputada estadual do Rio Grande do Sul Any Ortiz, eleita para a Câmara pelo Cidadania, e a do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Congresso.

No último dia 27, o site oficial de Lula sofreu um ataque hacker e passou a exibir uma mensagem pró-Bolsonaro com uma montagem na qual o ex-presidente aparecia preso. A ação foi reivindicada por um outro grupo hacker que já esteve envolvido em ataque cibernético ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Página oficial do candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sofre ataque hacker Foto: Reprodução

Exposto

O Brasil é um dos países que mais sofrem com ação de hackers, segundo relatórios de empresas de monitoramento cibernético. O quadro se agravou na pandemia, com mais atividades corriqueiras sendo realizadas por meios tecnológicos.

No período eleitoral os impactos também chamaram a atenção de especialistas. De acordo com relatório NSFOCUS Global Threat Hunting System, sites brasileiros sofreram mais de 225 mil ataques hackers nos meses de julho e agosto. No mesmo período de 2021, foram 150 mil.

No dia do primeiro turno das eleições, houve tentativas de ataque a páginas do TSE. Todos foram neutralizados e não houve prejuízos à navegação dos usuários nem à apuração. Os ataques são voltados ao site e não têm qualquer influência sobre o sistema de votação em si. As urnas não são conectadas à internet e é impossível que uma ação como essa afete o resultado da eleição.

BRASÍLIA – Um grupo hacker que se identifica como apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL) intensificou ataques cibernéticos a páginas que apoiam a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Palácio do Planalto. Ao assumirem o controle dos sites invadidos, os hackers pedem votos ao candidato à reeleição.

As ações são reivindicadas por um grupo que se autodenomina BolsonaroCyberMafia. As invasões são registradas em um repositório digital usado por hackers para dar publicidade aos ataques e cultivar prestígio no meio do cibercrime. Não foram encontradas referências de ataques a sites ligados a apoiadores de Bolsonaro. Mas, como mostrou o Estadão, os ataques à campanha do presidente foram feitos abertamente nas redes sociais pelos petistas, sem atuação de hackers.

A campanha de Lula resgatou vídeos antigos sobre maçonaria e canibalismo para tentar minar o apoio de Bolsonaro junto aos evangélicos. A estratégia eleitoral fez com que o ex-presidente petista ampliasse o engajamento em suas páginas. O maior responsável pelo impulsionamento nas redes sociais de ataques ao presidente é o deputado André Janones (Avante-MG). Usando seu perfil pessoal, o parlamentar compartilha fotos e vídeos e ainda provoca os perfis de bolsonaristas.

Site da bancada do PT da Câmara hackeado mostra imagens de Bolsonaro Foto: Reprodução

Já as investidas contra as páginas por hackers consistem em substituir conteúdos dos sites por mensagens antipetistas e a favor de Bolsonaro. É um ataque conhecido por “defacement”, um tipo de “pichação virtual” realizada a partir de falhas de segurança.

Um dos ataques mais recentes foi realizado na sexta-feira, 7, contra o site do PT que concentra notícias e informações sobre a atuação da bancada na Câmara. A página principal foi substituída por mensagem contrária ao partido e por um pedido de apoio a Bolsonaro acompanhado por uma foto dele sobre a bandeira do Brasil.

Ataques são reivindicados pelo grupo BolsonaroCyberMafia Foto: Reprodução

“O PT diz lutar pelos pobres, mas o PT só se mostrou desigual ao longo dos anos, pessoas na pobreza enquanto os engravatados estão de bolso cheio”, dizia o texto. “No segundo turno vote 22″.

Nos últimos dias, os hackers também alteraram páginas dos deputados Paulo Teixeira (PT-SP), Natália Bonavides (PT-RN) e Benedita da Silva (PT-RJ). À exceção do ataque contra o site do petista de São Paulo, realizado em agosto, todos os demais foram registrados nos primeiros dias de outubro.

O site oficial do deputado estadual eleito Eduardo Suplicy (PT-SP) também foi alvo, na última quarta, 5. “Vermelho é a cor da fome. No segundo turno vote 22″, diz a mensagem deixada pelos cibercriminosos.

O BolsonaroCyberMafia não mantém perfis que o identifique nas principais redes sociais e nenhum usuário se apresentou como líder do grupo. Entre os seus alvos, na última semana, também estão a página da deputada estadual do Rio Grande do Sul Any Ortiz, eleita para a Câmara pelo Cidadania, e a do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Congresso.

No último dia 27, o site oficial de Lula sofreu um ataque hacker e passou a exibir uma mensagem pró-Bolsonaro com uma montagem na qual o ex-presidente aparecia preso. A ação foi reivindicada por um outro grupo hacker que já esteve envolvido em ataque cibernético ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Página oficial do candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sofre ataque hacker Foto: Reprodução

Exposto

O Brasil é um dos países que mais sofrem com ação de hackers, segundo relatórios de empresas de monitoramento cibernético. O quadro se agravou na pandemia, com mais atividades corriqueiras sendo realizadas por meios tecnológicos.

No período eleitoral os impactos também chamaram a atenção de especialistas. De acordo com relatório NSFOCUS Global Threat Hunting System, sites brasileiros sofreram mais de 225 mil ataques hackers nos meses de julho e agosto. No mesmo período de 2021, foram 150 mil.

No dia do primeiro turno das eleições, houve tentativas de ataque a páginas do TSE. Todos foram neutralizados e não houve prejuízos à navegação dos usuários nem à apuração. Os ataques são voltados ao site e não têm qualquer influência sobre o sistema de votação em si. As urnas não são conectadas à internet e é impossível que uma ação como essa afete o resultado da eleição.

BRASÍLIA – Um grupo hacker que se identifica como apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL) intensificou ataques cibernéticos a páginas que apoiam a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Palácio do Planalto. Ao assumirem o controle dos sites invadidos, os hackers pedem votos ao candidato à reeleição.

As ações são reivindicadas por um grupo que se autodenomina BolsonaroCyberMafia. As invasões são registradas em um repositório digital usado por hackers para dar publicidade aos ataques e cultivar prestígio no meio do cibercrime. Não foram encontradas referências de ataques a sites ligados a apoiadores de Bolsonaro. Mas, como mostrou o Estadão, os ataques à campanha do presidente foram feitos abertamente nas redes sociais pelos petistas, sem atuação de hackers.

A campanha de Lula resgatou vídeos antigos sobre maçonaria e canibalismo para tentar minar o apoio de Bolsonaro junto aos evangélicos. A estratégia eleitoral fez com que o ex-presidente petista ampliasse o engajamento em suas páginas. O maior responsável pelo impulsionamento nas redes sociais de ataques ao presidente é o deputado André Janones (Avante-MG). Usando seu perfil pessoal, o parlamentar compartilha fotos e vídeos e ainda provoca os perfis de bolsonaristas.

Site da bancada do PT da Câmara hackeado mostra imagens de Bolsonaro Foto: Reprodução

Já as investidas contra as páginas por hackers consistem em substituir conteúdos dos sites por mensagens antipetistas e a favor de Bolsonaro. É um ataque conhecido por “defacement”, um tipo de “pichação virtual” realizada a partir de falhas de segurança.

Um dos ataques mais recentes foi realizado na sexta-feira, 7, contra o site do PT que concentra notícias e informações sobre a atuação da bancada na Câmara. A página principal foi substituída por mensagem contrária ao partido e por um pedido de apoio a Bolsonaro acompanhado por uma foto dele sobre a bandeira do Brasil.

Ataques são reivindicados pelo grupo BolsonaroCyberMafia Foto: Reprodução

“O PT diz lutar pelos pobres, mas o PT só se mostrou desigual ao longo dos anos, pessoas na pobreza enquanto os engravatados estão de bolso cheio”, dizia o texto. “No segundo turno vote 22″.

Nos últimos dias, os hackers também alteraram páginas dos deputados Paulo Teixeira (PT-SP), Natália Bonavides (PT-RN) e Benedita da Silva (PT-RJ). À exceção do ataque contra o site do petista de São Paulo, realizado em agosto, todos os demais foram registrados nos primeiros dias de outubro.

O site oficial do deputado estadual eleito Eduardo Suplicy (PT-SP) também foi alvo, na última quarta, 5. “Vermelho é a cor da fome. No segundo turno vote 22″, diz a mensagem deixada pelos cibercriminosos.

O BolsonaroCyberMafia não mantém perfis que o identifique nas principais redes sociais e nenhum usuário se apresentou como líder do grupo. Entre os seus alvos, na última semana, também estão a página da deputada estadual do Rio Grande do Sul Any Ortiz, eleita para a Câmara pelo Cidadania, e a do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Congresso.

No último dia 27, o site oficial de Lula sofreu um ataque hacker e passou a exibir uma mensagem pró-Bolsonaro com uma montagem na qual o ex-presidente aparecia preso. A ação foi reivindicada por um outro grupo hacker que já esteve envolvido em ataque cibernético ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Página oficial do candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sofre ataque hacker Foto: Reprodução

Exposto

O Brasil é um dos países que mais sofrem com ação de hackers, segundo relatórios de empresas de monitoramento cibernético. O quadro se agravou na pandemia, com mais atividades corriqueiras sendo realizadas por meios tecnológicos.

No período eleitoral os impactos também chamaram a atenção de especialistas. De acordo com relatório NSFOCUS Global Threat Hunting System, sites brasileiros sofreram mais de 225 mil ataques hackers nos meses de julho e agosto. No mesmo período de 2021, foram 150 mil.

No dia do primeiro turno das eleições, houve tentativas de ataque a páginas do TSE. Todos foram neutralizados e não houve prejuízos à navegação dos usuários nem à apuração. Os ataques são voltados ao site e não têm qualquer influência sobre o sistema de votação em si. As urnas não são conectadas à internet e é impossível que uma ação como essa afete o resultado da eleição.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.