O candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, criticou nesta quarta-feira, dia 26, o cancelamento do debate da TV Record. O encontro estava previsto para segunda-feira, dia 1º de outubro. A emissora cancelou o programa sob a justificativa de que não estariam presentes Celso Russomanno (PRB), que alegou o nascimento de seu filho na mesma data, e o tucano José Serra - cuja assessoria não participou das reuniões para discutir o regulamento do debate. Haddad afirmou que não haver debate é "ruim para acidade" e disse estar disposto a participar, caso a emissora remarque para outra data.
"Achei muito ruim para a cidade. Entendo o argumento, mas penso que deveríamos tentar reagendar. Se não é possível dia 1º, nós do PT estamos abertos a qualquer dia", disse Haddad. "Se há da parte dele (Russomanno) um impedimento, que ele já conhecia há muitas semanas, sabia da coincidência de datas, vamos tentar adiar um dia. Tenho certeza que a Record toparia. O candidato (Russomanno) talvez estivesse mais tranquilo."
Haddad afirmou também que o não comparecimento de Serra ao debate não pode ser motivo para cancelamento, como alegou a Record. "Não podemos cancelar porque um candidato resolve não ir. Aí, faz-se o que sempre se fez: faz o debate sem aquele que... Se tem uma falta, paciência. Fazemos o debate nós que queremos debater", disse Haddad.
Haddad propôs ainda que haja um esforço tanto para que Russomanno quanto Serra participem. Ele se recusou a comentar se a TV Record, que pertence à Igreja Universal do Reino de Deus - evangélica ligada ao PRB-, traçaria uma estratégia para evitar que Russomanno seja alvo de ataques dos adversários na televisão, como nos últimos debates.
"É um prejuízo para a cidade na última semana os dois debates marcados não serem realizados", disse o petista, em referência ao debate da TV Globo - que pode ser suspenso caso não haja acordo da emissora com os candidatos Levy Fidelix (PRTB) e Carlos Giannazi (PSOL).