O deputado Carlos Jordy (PL-RJ), líder da oposição na Câmara dos Deputados desde 2023, foi reconduzido ao posto nesta quarta-feira, 21. A decisão do partido de nomear o parlamentar sinaliza o apoio e um recado político dos bolsonaristas, já que ele é alvo de investigações em curso no Supremo Tribunal Federal (STF) por conta de susosto envolvimento com os atos golpistas de 8 de Janeiro.
Em inquérito conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes, atuação de Jordy nos ataques golpistas é investigada devido a sua proximidade com Carlos Victor de Carvalho, um dos supostos organizadores do 8 de Janeiro. Por isso, mandados de busca e apreensão, pedidos pela Procuradoria-Geral de República e autorizadas por Moraes, foram cumpridos em seu gabinete na Câmara e no Rio de Janeiro.
A oposição, contrária à Operação Lesa Pátria, defende que o STF tem abusado de seus poderes e desrespeitado o Congresso, deixando transparecer o acirrado conflito entre Legislativo e Judiciário. O líder da oposição nega qualquer envolvimento com os atos antidemocráticos e manteve o posto.
Já o cargo de líder da minoria passa de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) para a deputada Bia Kicis (PL-DF). Ambos os nomeados pela oposição têm a função de negociar em nome do grupo e guiar votações em plenário, além de possuírem mais tempo de fala no plenário da Câmara.