Ipec capta 7 de Setembro, mas Bolsonaro nada conseguiu; leia análise


Presidente nada conseguiu e manteve 31% das indicações após promover comício em data cívica

Por João Villaverde

Salvo um evento totalmente inesperado, que altere a intenção de voto de dezenas de milhões de pessoas em poucos dias, Jair Bolsonaro perderá a eleição presidencial. Os dados mais recentes da pesquisa Ipec indicam que a derrota de Bolsonaro pode ocorrer dentro de 19 dias, no primeiro turno.

O ex-presidente Lula oscilou dois pontos porcentuais para cima na última semana, chegando a 46% das intenções de votos. Ele está no limite necessário para vencer a disputa sem precisar de 2º turno. A pesquisa indica que esse crescimento de Lula, ainda que dentro da margem de erro, veio em parte do eleitorado que até pouco tempo atrás não estava decidido: eram apenas 4% de indecisos na semana passada e agora são 3%.

A pesquisa Ipec é a primeira a captar plenamente a resposta do eleitorado ao vergonhoso papel desempenhado por Bolsonaro durante o 7 de setembro. Foto: Ueslei Marcelino
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A oscilação negativa de Ciro Gomes no mesmo período, de 8% para 7%, pode representar o início de uma migração de votos por parte de seu eleitorado para Lula.

Ex-ministro de Lula e ex-cabo eleitoral lulista, Ciro Gomes apresenta um programa de governo de esquerda, embora sua campanha esteja pesadamente contra Lula. É razoável supor que ao menos metade do eleitorado de Ciro ainda seja simpático ao PT.

Movimentos estratégicos do eleitorado, na reta final, são comuns. Marina Silva e Geraldo Alckmin experimentaram esses processos na última eleição: seus resultados nas urnas (1% e 4,5%, respectivamente) foram muito inferiores ao que as pesquisas indicavam dias antes. Por estratégia, boa parte de seus eleitores na ocasião migraram para candidatos em posições melhores. Isso tende a ocorrer também em 2022.

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A pesquisa Ipec é a primeira a captar plenamente a resposta do eleitorado ao vergonhoso papel desempenhado por Bolsonaro durante o 7 de setembro. O presidente ignorou completamente a data nacional, preferindo usar o feriado para promover um comício particular, chegando ao cúmulo de iniciar um coro sobre sua genitália. Pelo Ipec, Bolsonaro nada conseguiu: seus 31% continuam intactos.

Por um lado, a pesquisa indica que nada abala quem está fechado com Bolsonaro. O presidente pode atuar como quiser, tal como fez na pandemia, que ainda assim terá o voto de seus apoiadores. Por outro, o Ipec indica que Bolsonaro não consegue angariar apoios adicionais. A pesquisa indica, ainda, que Bolsonaro é considerado ruim ou péssimo para um número cada vez maior de pessoas (45% do eleitorado, ante 43% há uma semana).

Por fim, é digna de nota a resiliência da senadora Simone Tebet, com 4%. A candidata do MDB foi o destaque da primeira semana da campanha, especialmente pela posição aguerrida contra Bolsonaro no debate presidencial. Caso a consolidação se confirme, a senadora pode terminar a eleição em 3º, ultrapassando Ciro em meio à migração do eleitorado deste para Lula.

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João Villaverde é professor e doutorando em Administração Pública e Governo pela FGV-SP.

Salvo um evento totalmente inesperado, que altere a intenção de voto de dezenas de milhões de pessoas em poucos dias, Jair Bolsonaro perderá a eleição presidencial. Os dados mais recentes da pesquisa Ipec indicam que a derrota de Bolsonaro pode ocorrer dentro de 19 dias, no primeiro turno.

O ex-presidente Lula oscilou dois pontos porcentuais para cima na última semana, chegando a 46% das intenções de votos. Ele está no limite necessário para vencer a disputa sem precisar de 2º turno. A pesquisa indica que esse crescimento de Lula, ainda que dentro da margem de erro, veio em parte do eleitorado que até pouco tempo atrás não estava decidido: eram apenas 4% de indecisos na semana passada e agora são 3%.

A pesquisa Ipec é a primeira a captar plenamente a resposta do eleitorado ao vergonhoso papel desempenhado por Bolsonaro durante o 7 de setembro. Foto: Ueslei Marcelino

A oscilação negativa de Ciro Gomes no mesmo período, de 8% para 7%, pode representar o início de uma migração de votos por parte de seu eleitorado para Lula.

Ex-ministro de Lula e ex-cabo eleitoral lulista, Ciro Gomes apresenta um programa de governo de esquerda, embora sua campanha esteja pesadamente contra Lula. É razoável supor que ao menos metade do eleitorado de Ciro ainda seja simpático ao PT.

Movimentos estratégicos do eleitorado, na reta final, são comuns. Marina Silva e Geraldo Alckmin experimentaram esses processos na última eleição: seus resultados nas urnas (1% e 4,5%, respectivamente) foram muito inferiores ao que as pesquisas indicavam dias antes. Por estratégia, boa parte de seus eleitores na ocasião migraram para candidatos em posições melhores. Isso tende a ocorrer também em 2022.

A pesquisa Ipec é a primeira a captar plenamente a resposta do eleitorado ao vergonhoso papel desempenhado por Bolsonaro durante o 7 de setembro. O presidente ignorou completamente a data nacional, preferindo usar o feriado para promover um comício particular, chegando ao cúmulo de iniciar um coro sobre sua genitália. Pelo Ipec, Bolsonaro nada conseguiu: seus 31% continuam intactos.

Por um lado, a pesquisa indica que nada abala quem está fechado com Bolsonaro. O presidente pode atuar como quiser, tal como fez na pandemia, que ainda assim terá o voto de seus apoiadores. Por outro, o Ipec indica que Bolsonaro não consegue angariar apoios adicionais. A pesquisa indica, ainda, que Bolsonaro é considerado ruim ou péssimo para um número cada vez maior de pessoas (45% do eleitorado, ante 43% há uma semana).

Por fim, é digna de nota a resiliência da senadora Simone Tebet, com 4%. A candidata do MDB foi o destaque da primeira semana da campanha, especialmente pela posição aguerrida contra Bolsonaro no debate presidencial. Caso a consolidação se confirme, a senadora pode terminar a eleição em 3º, ultrapassando Ciro em meio à migração do eleitorado deste para Lula.

João Villaverde é professor e doutorando em Administração Pública e Governo pela FGV-SP.

Salvo um evento totalmente inesperado, que altere a intenção de voto de dezenas de milhões de pessoas em poucos dias, Jair Bolsonaro perderá a eleição presidencial. Os dados mais recentes da pesquisa Ipec indicam que a derrota de Bolsonaro pode ocorrer dentro de 19 dias, no primeiro turno.

O ex-presidente Lula oscilou dois pontos porcentuais para cima na última semana, chegando a 46% das intenções de votos. Ele está no limite necessário para vencer a disputa sem precisar de 2º turno. A pesquisa indica que esse crescimento de Lula, ainda que dentro da margem de erro, veio em parte do eleitorado que até pouco tempo atrás não estava decidido: eram apenas 4% de indecisos na semana passada e agora são 3%.

A pesquisa Ipec é a primeira a captar plenamente a resposta do eleitorado ao vergonhoso papel desempenhado por Bolsonaro durante o 7 de setembro. Foto: Ueslei Marcelino

A oscilação negativa de Ciro Gomes no mesmo período, de 8% para 7%, pode representar o início de uma migração de votos por parte de seu eleitorado para Lula.

Ex-ministro de Lula e ex-cabo eleitoral lulista, Ciro Gomes apresenta um programa de governo de esquerda, embora sua campanha esteja pesadamente contra Lula. É razoável supor que ao menos metade do eleitorado de Ciro ainda seja simpático ao PT.

Movimentos estratégicos do eleitorado, na reta final, são comuns. Marina Silva e Geraldo Alckmin experimentaram esses processos na última eleição: seus resultados nas urnas (1% e 4,5%, respectivamente) foram muito inferiores ao que as pesquisas indicavam dias antes. Por estratégia, boa parte de seus eleitores na ocasião migraram para candidatos em posições melhores. Isso tende a ocorrer também em 2022.

A pesquisa Ipec é a primeira a captar plenamente a resposta do eleitorado ao vergonhoso papel desempenhado por Bolsonaro durante o 7 de setembro. O presidente ignorou completamente a data nacional, preferindo usar o feriado para promover um comício particular, chegando ao cúmulo de iniciar um coro sobre sua genitália. Pelo Ipec, Bolsonaro nada conseguiu: seus 31% continuam intactos.

Por um lado, a pesquisa indica que nada abala quem está fechado com Bolsonaro. O presidente pode atuar como quiser, tal como fez na pandemia, que ainda assim terá o voto de seus apoiadores. Por outro, o Ipec indica que Bolsonaro não consegue angariar apoios adicionais. A pesquisa indica, ainda, que Bolsonaro é considerado ruim ou péssimo para um número cada vez maior de pessoas (45% do eleitorado, ante 43% há uma semana).

Por fim, é digna de nota a resiliência da senadora Simone Tebet, com 4%. A candidata do MDB foi o destaque da primeira semana da campanha, especialmente pela posição aguerrida contra Bolsonaro no debate presidencial. Caso a consolidação se confirme, a senadora pode terminar a eleição em 3º, ultrapassando Ciro em meio à migração do eleitorado deste para Lula.

João Villaverde é professor e doutorando em Administração Pública e Governo pela FGV-SP.

Salvo um evento totalmente inesperado, que altere a intenção de voto de dezenas de milhões de pessoas em poucos dias, Jair Bolsonaro perderá a eleição presidencial. Os dados mais recentes da pesquisa Ipec indicam que a derrota de Bolsonaro pode ocorrer dentro de 19 dias, no primeiro turno.

O ex-presidente Lula oscilou dois pontos porcentuais para cima na última semana, chegando a 46% das intenções de votos. Ele está no limite necessário para vencer a disputa sem precisar de 2º turno. A pesquisa indica que esse crescimento de Lula, ainda que dentro da margem de erro, veio em parte do eleitorado que até pouco tempo atrás não estava decidido: eram apenas 4% de indecisos na semana passada e agora são 3%.

A pesquisa Ipec é a primeira a captar plenamente a resposta do eleitorado ao vergonhoso papel desempenhado por Bolsonaro durante o 7 de setembro. Foto: Ueslei Marcelino

A oscilação negativa de Ciro Gomes no mesmo período, de 8% para 7%, pode representar o início de uma migração de votos por parte de seu eleitorado para Lula.

Ex-ministro de Lula e ex-cabo eleitoral lulista, Ciro Gomes apresenta um programa de governo de esquerda, embora sua campanha esteja pesadamente contra Lula. É razoável supor que ao menos metade do eleitorado de Ciro ainda seja simpático ao PT.

Movimentos estratégicos do eleitorado, na reta final, são comuns. Marina Silva e Geraldo Alckmin experimentaram esses processos na última eleição: seus resultados nas urnas (1% e 4,5%, respectivamente) foram muito inferiores ao que as pesquisas indicavam dias antes. Por estratégia, boa parte de seus eleitores na ocasião migraram para candidatos em posições melhores. Isso tende a ocorrer também em 2022.

A pesquisa Ipec é a primeira a captar plenamente a resposta do eleitorado ao vergonhoso papel desempenhado por Bolsonaro durante o 7 de setembro. O presidente ignorou completamente a data nacional, preferindo usar o feriado para promover um comício particular, chegando ao cúmulo de iniciar um coro sobre sua genitália. Pelo Ipec, Bolsonaro nada conseguiu: seus 31% continuam intactos.

Por um lado, a pesquisa indica que nada abala quem está fechado com Bolsonaro. O presidente pode atuar como quiser, tal como fez na pandemia, que ainda assim terá o voto de seus apoiadores. Por outro, o Ipec indica que Bolsonaro não consegue angariar apoios adicionais. A pesquisa indica, ainda, que Bolsonaro é considerado ruim ou péssimo para um número cada vez maior de pessoas (45% do eleitorado, ante 43% há uma semana).

Por fim, é digna de nota a resiliência da senadora Simone Tebet, com 4%. A candidata do MDB foi o destaque da primeira semana da campanha, especialmente pela posição aguerrida contra Bolsonaro no debate presidencial. Caso a consolidação se confirme, a senadora pode terminar a eleição em 3º, ultrapassando Ciro em meio à migração do eleitorado deste para Lula.

João Villaverde é professor e doutorando em Administração Pública e Governo pela FGV-SP.

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