O que esperar da pesquisa Ipec hoje? Analistas apontam sinais sobre segundo turno; confira


Ipec, instituto que herdou equipe e metodologia do antigo Ibope, divulga a mais nova rodada de sua pesquisa para presidente na noite desta segunda-feira

Por Davi Medeiros
Atualização:

Cientistas políticos consultados pelo Estadão avaliam que as próximas pesquisas para presidente não devem indicar mudanças significativas no cenário eleitoral, que mantém o desenho da polarização entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), apesar de oscilações da distância entre ambos. Neste momento, o que vale é observar o que as sondagens sugerem sobre a necessidade ou não de um segundo turno, afirmam os especialistas. Uma nova rodada da pesquisa Ipec foi divulgada na noite desta segunda-feira, 5 (veja o resultado aqui).

Marco Antônio Carvalho Teixeira, professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), afirma que oscilações para cima ou para baixo do índice de intenções de voto de Lula e Bolsonaro são esperadas, mas não devem ser expressivas. É a movimentação dos outros candidatos que, segundo ele, darão pistas sobre os rumos da eleição.

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“A confirmação da tendência de subida de Simone Tebet (MDB), que, ao que tudo indica, em algumas rodadas pode deixar Ciro Gomes (PDT) para trás, é uma das principais novidades que as pesquisas devem trazer nas próximas semanas”, diz.

Como mostrou o Estadão, especialistas avaliam que o crescimento de candidatos menores pode levar a eleição para o segundo turno, mesmo que seus índices de intenção de voto continuem pequenos na comparação com os dois principais nomes da disputa. A perspectiva é que Ciro e Simone avancem sobre o eleitorado que está insatisfeito com a polarização, tomando para si uma fatia dos votos que seriam decisivos para a vitória do petista na primeira rodada. “As pesquisas vão confirmando a forte tendência de segundo turno entre Lula e Bolsonaro”, avalia Teixeira.

O cientista afirma, ainda, que vale ficar atento para alguns grupos estratégicos, como os evangélicos, e observar se Bolsonaro continua avançando ou se estagnou entre eles, bem como se Lula consegue reverter seu desempenho neste segmento.

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Crescimento de outras candidaturas, mesmo que seja de poucos pontos, pode definir se a eleição irá para o segundo turno.  Foto: Ricardo Stuckert, Alan Santos/PR, Reprodução/Facebook e Jefferson Rudy/Ag Senado

A cientista política Carolina Botelho, do Laboratório de Estudos Eleitorais, de Comunicação Política e Opinião Pública da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), afirma que é difícil romper o quadro atual da disputa presidencial, mesmo que as sondagens mais recentes mostrem uma aproximação entre Bolsonaro o candidato do PT. Ela também vê crescimento de alguns pontos para Simone Tebet devido ao desempenho da senadora no debate.

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“O que está se decidindo é se a vitória de Lula será no primeiro ou no segundo turno, a não ser que haja uma mudança muito brusca, algo muito forte que seja capaz de romper a onda que está se construindo”, diz.

Ela lembra que Bolsonaro ainda enfrenta forte rejeição devido à administração federal no âmbito da pandemia e da economia, a despeito do gasto público para reelegê-lo. Recentemente, o governo aprovou um pacote de bondades que custou R$ 41,2 bilhões à União. Uma das medidas foi o aumento do valor do Auxílio Brasil para R$ 600 até dezembro.

O cientista político Rubens Figueiredo, ex-membro do Conselho de Comunicação do Planalto na gestão de Michel Temer, concorda que não deve haver grandes alterações nos índices de intenção de voto. Sua avaliação vai na mesma linha dos outros especialistas ouvidos pelo Estadão, de que candidatos menores podem definir a realização do segundo turno. “Pode ser que, por conta do debate e do início do horário eleitoral na TV e no rádio, os candidatos menos conhecidos cresçam um pouco, tornando mais difícil a vitória do Lula no primeiro turno”, afirma.

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Figueiredo pondera que há um índice significativo de intenção de voto espontânea em torno dos dois principais colocados. Por isso, ele diz ser improvável uma mudança na configuração atual dos candidatos.

Cientistas políticos consultados pelo Estadão avaliam que as próximas pesquisas para presidente não devem indicar mudanças significativas no cenário eleitoral, que mantém o desenho da polarização entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), apesar de oscilações da distância entre ambos. Neste momento, o que vale é observar o que as sondagens sugerem sobre a necessidade ou não de um segundo turno, afirmam os especialistas. Uma nova rodada da pesquisa Ipec foi divulgada na noite desta segunda-feira, 5 (veja o resultado aqui).

Marco Antônio Carvalho Teixeira, professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), afirma que oscilações para cima ou para baixo do índice de intenções de voto de Lula e Bolsonaro são esperadas, mas não devem ser expressivas. É a movimentação dos outros candidatos que, segundo ele, darão pistas sobre os rumos da eleição.

“A confirmação da tendência de subida de Simone Tebet (MDB), que, ao que tudo indica, em algumas rodadas pode deixar Ciro Gomes (PDT) para trás, é uma das principais novidades que as pesquisas devem trazer nas próximas semanas”, diz.

Como mostrou o Estadão, especialistas avaliam que o crescimento de candidatos menores pode levar a eleição para o segundo turno, mesmo que seus índices de intenção de voto continuem pequenos na comparação com os dois principais nomes da disputa. A perspectiva é que Ciro e Simone avancem sobre o eleitorado que está insatisfeito com a polarização, tomando para si uma fatia dos votos que seriam decisivos para a vitória do petista na primeira rodada. “As pesquisas vão confirmando a forte tendência de segundo turno entre Lula e Bolsonaro”, avalia Teixeira.

O cientista afirma, ainda, que vale ficar atento para alguns grupos estratégicos, como os evangélicos, e observar se Bolsonaro continua avançando ou se estagnou entre eles, bem como se Lula consegue reverter seu desempenho neste segmento.

Crescimento de outras candidaturas, mesmo que seja de poucos pontos, pode definir se a eleição irá para o segundo turno.  Foto: Ricardo Stuckert, Alan Santos/PR, Reprodução/Facebook e Jefferson Rudy/Ag Senado

A cientista política Carolina Botelho, do Laboratório de Estudos Eleitorais, de Comunicação Política e Opinião Pública da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), afirma que é difícil romper o quadro atual da disputa presidencial, mesmo que as sondagens mais recentes mostrem uma aproximação entre Bolsonaro o candidato do PT. Ela também vê crescimento de alguns pontos para Simone Tebet devido ao desempenho da senadora no debate.

“O que está se decidindo é se a vitória de Lula será no primeiro ou no segundo turno, a não ser que haja uma mudança muito brusca, algo muito forte que seja capaz de romper a onda que está se construindo”, diz.

Ela lembra que Bolsonaro ainda enfrenta forte rejeição devido à administração federal no âmbito da pandemia e da economia, a despeito do gasto público para reelegê-lo. Recentemente, o governo aprovou um pacote de bondades que custou R$ 41,2 bilhões à União. Uma das medidas foi o aumento do valor do Auxílio Brasil para R$ 600 até dezembro.

O cientista político Rubens Figueiredo, ex-membro do Conselho de Comunicação do Planalto na gestão de Michel Temer, concorda que não deve haver grandes alterações nos índices de intenção de voto. Sua avaliação vai na mesma linha dos outros especialistas ouvidos pelo Estadão, de que candidatos menores podem definir a realização do segundo turno. “Pode ser que, por conta do debate e do início do horário eleitoral na TV e no rádio, os candidatos menos conhecidos cresçam um pouco, tornando mais difícil a vitória do Lula no primeiro turno”, afirma.

Figueiredo pondera que há um índice significativo de intenção de voto espontânea em torno dos dois principais colocados. Por isso, ele diz ser improvável uma mudança na configuração atual dos candidatos.

Cientistas políticos consultados pelo Estadão avaliam que as próximas pesquisas para presidente não devem indicar mudanças significativas no cenário eleitoral, que mantém o desenho da polarização entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), apesar de oscilações da distância entre ambos. Neste momento, o que vale é observar o que as sondagens sugerem sobre a necessidade ou não de um segundo turno, afirmam os especialistas. Uma nova rodada da pesquisa Ipec foi divulgada na noite desta segunda-feira, 5 (veja o resultado aqui).

Marco Antônio Carvalho Teixeira, professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), afirma que oscilações para cima ou para baixo do índice de intenções de voto de Lula e Bolsonaro são esperadas, mas não devem ser expressivas. É a movimentação dos outros candidatos que, segundo ele, darão pistas sobre os rumos da eleição.

“A confirmação da tendência de subida de Simone Tebet (MDB), que, ao que tudo indica, em algumas rodadas pode deixar Ciro Gomes (PDT) para trás, é uma das principais novidades que as pesquisas devem trazer nas próximas semanas”, diz.

Como mostrou o Estadão, especialistas avaliam que o crescimento de candidatos menores pode levar a eleição para o segundo turno, mesmo que seus índices de intenção de voto continuem pequenos na comparação com os dois principais nomes da disputa. A perspectiva é que Ciro e Simone avancem sobre o eleitorado que está insatisfeito com a polarização, tomando para si uma fatia dos votos que seriam decisivos para a vitória do petista na primeira rodada. “As pesquisas vão confirmando a forte tendência de segundo turno entre Lula e Bolsonaro”, avalia Teixeira.

O cientista afirma, ainda, que vale ficar atento para alguns grupos estratégicos, como os evangélicos, e observar se Bolsonaro continua avançando ou se estagnou entre eles, bem como se Lula consegue reverter seu desempenho neste segmento.

Crescimento de outras candidaturas, mesmo que seja de poucos pontos, pode definir se a eleição irá para o segundo turno.  Foto: Ricardo Stuckert, Alan Santos/PR, Reprodução/Facebook e Jefferson Rudy/Ag Senado

A cientista política Carolina Botelho, do Laboratório de Estudos Eleitorais, de Comunicação Política e Opinião Pública da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), afirma que é difícil romper o quadro atual da disputa presidencial, mesmo que as sondagens mais recentes mostrem uma aproximação entre Bolsonaro o candidato do PT. Ela também vê crescimento de alguns pontos para Simone Tebet devido ao desempenho da senadora no debate.

“O que está se decidindo é se a vitória de Lula será no primeiro ou no segundo turno, a não ser que haja uma mudança muito brusca, algo muito forte que seja capaz de romper a onda que está se construindo”, diz.

Ela lembra que Bolsonaro ainda enfrenta forte rejeição devido à administração federal no âmbito da pandemia e da economia, a despeito do gasto público para reelegê-lo. Recentemente, o governo aprovou um pacote de bondades que custou R$ 41,2 bilhões à União. Uma das medidas foi o aumento do valor do Auxílio Brasil para R$ 600 até dezembro.

O cientista político Rubens Figueiredo, ex-membro do Conselho de Comunicação do Planalto na gestão de Michel Temer, concorda que não deve haver grandes alterações nos índices de intenção de voto. Sua avaliação vai na mesma linha dos outros especialistas ouvidos pelo Estadão, de que candidatos menores podem definir a realização do segundo turno. “Pode ser que, por conta do debate e do início do horário eleitoral na TV e no rádio, os candidatos menos conhecidos cresçam um pouco, tornando mais difícil a vitória do Lula no primeiro turno”, afirma.

Figueiredo pondera que há um índice significativo de intenção de voto espontânea em torno dos dois principais colocados. Por isso, ele diz ser improvável uma mudança na configuração atual dos candidatos.

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