Ipec: Rejeições a Lula e Bolsonaro estabilizam corrida presidencial; leia análise


Nova pesquisa para presidente aponta petista aparece com 46% das intenções de voto, ante 31% do atual chefe do Executivo

Por Mario Vitor Rodrigues
Atualização:

Há exatos sete dias, o ex-presidente Lula aparecia com 44% das intenções de voto na pesquisa Ipec, contra 31% de Jair Bolsonaro, que havia oscilado um ponto para baixo. Divulgada nesta segunda-feira, nova consulta do mesmo instituto aponta o candidato petista com 46%, contra os mesmos 31% de antes para o atual presidente da República. Ciro Gomes apareceu com 7% e Simone Tebet com 4%.

Imaginar os anseios de apoiadores e campanhas de ambos os postulantes à frente das pesquisas não era tarefa das mais complicadas: do lado de Bolsonaro, que os eventos de 7 de setembro não só tivessem servido para animar a base como, possivelmente, ampliado sua rede de apoios. Já no de Lula, que pelo menos o patamar atingido não se alterasse, mantendo as chances de uma vitória no primeiro turno ou, na pior das hipóteses, garantindo otimismo em relação a uma segunda etapa da disputa — desde sempre mais provável.

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O ex-presidente Lula durante ato de campanha; petista lidera corrida presidencial Foto: Andre Penner/AP

Tanto montéquios quanto capuletos têm do que se lamentar, mas também podem enxergar o copo meio cheio: se Lula não consegue disparar, aumentou dentro da margem de erro, mantendo distância confortável para Bolsonaro — que era de 13% na última pesquisa e agora passou a 15% —, já Bolsonaro não ganhou o impulso esperado por seu núcleo estratégico, contudo também não está perdendo apoio e poderá continuará apostando no antipetismo até 30 de outubro.

Afora torcidas e ranger de dentes, porém, a estabilidade que marca a disputa pela presidência expõe o sentimento de ampla rejeição que tanto Lula quanto Bolsonaro provocam no eleitorado. Sobretudo o atual incumbente, que há menos de quatro anos foi eleito com 57 milhões de votos e hoje se vê às vésperas de ser o primeiro mandatário democraticamente eleito a não conseguir se reeleger.

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Os tetos que até o momento impedem mudanças mais drásticas nas últimas pesquisas também se dão pela escassez de indecisos, explicada pelo alto grau de polarização, o que acaba levando o eleitor médio a se posicionar mais cedo do que em anos anteriores.

Se o cenário continuar como está hoje, sem fatos novos como por exemplo o atentado em Juiz de Fora há quatro anos ou o acidente com Eduardo Campos em 2014, Lula sai no lucro, mesmo que haja segundo turno.

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É que, embora Ciro Gomes continue firme nas críticas ao petista e Simone Tebet se mostre resiliente, esses votos, em sua maioria, tendem a cair no colo do candidato à esquerda. Isso sem contar aqueles já recebidos em 4 de outubro.

A estabilidade nas pesquisas, trocando em miúdos, joga a favor de um terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva.

MARIO VITOR RODRIGUES É JORNALISTA

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No Eleição na Mesa desta semana, o time de 'Política' do Estadão comenta os efeitos do 7 de Setembro na corrida eleitoral.

Há exatos sete dias, o ex-presidente Lula aparecia com 44% das intenções de voto na pesquisa Ipec, contra 31% de Jair Bolsonaro, que havia oscilado um ponto para baixo. Divulgada nesta segunda-feira, nova consulta do mesmo instituto aponta o candidato petista com 46%, contra os mesmos 31% de antes para o atual presidente da República. Ciro Gomes apareceu com 7% e Simone Tebet com 4%.

Imaginar os anseios de apoiadores e campanhas de ambos os postulantes à frente das pesquisas não era tarefa das mais complicadas: do lado de Bolsonaro, que os eventos de 7 de setembro não só tivessem servido para animar a base como, possivelmente, ampliado sua rede de apoios. Já no de Lula, que pelo menos o patamar atingido não se alterasse, mantendo as chances de uma vitória no primeiro turno ou, na pior das hipóteses, garantindo otimismo em relação a uma segunda etapa da disputa — desde sempre mais provável.

O ex-presidente Lula durante ato de campanha; petista lidera corrida presidencial Foto: Andre Penner/AP

Tanto montéquios quanto capuletos têm do que se lamentar, mas também podem enxergar o copo meio cheio: se Lula não consegue disparar, aumentou dentro da margem de erro, mantendo distância confortável para Bolsonaro — que era de 13% na última pesquisa e agora passou a 15% —, já Bolsonaro não ganhou o impulso esperado por seu núcleo estratégico, contudo também não está perdendo apoio e poderá continuará apostando no antipetismo até 30 de outubro.

Afora torcidas e ranger de dentes, porém, a estabilidade que marca a disputa pela presidência expõe o sentimento de ampla rejeição que tanto Lula quanto Bolsonaro provocam no eleitorado. Sobretudo o atual incumbente, que há menos de quatro anos foi eleito com 57 milhões de votos e hoje se vê às vésperas de ser o primeiro mandatário democraticamente eleito a não conseguir se reeleger.

Os tetos que até o momento impedem mudanças mais drásticas nas últimas pesquisas também se dão pela escassez de indecisos, explicada pelo alto grau de polarização, o que acaba levando o eleitor médio a se posicionar mais cedo do que em anos anteriores.

Se o cenário continuar como está hoje, sem fatos novos como por exemplo o atentado em Juiz de Fora há quatro anos ou o acidente com Eduardo Campos em 2014, Lula sai no lucro, mesmo que haja segundo turno.

É que, embora Ciro Gomes continue firme nas críticas ao petista e Simone Tebet se mostre resiliente, esses votos, em sua maioria, tendem a cair no colo do candidato à esquerda. Isso sem contar aqueles já recebidos em 4 de outubro.

A estabilidade nas pesquisas, trocando em miúdos, joga a favor de um terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva.

MARIO VITOR RODRIGUES É JORNALISTA

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Há exatos sete dias, o ex-presidente Lula aparecia com 44% das intenções de voto na pesquisa Ipec, contra 31% de Jair Bolsonaro, que havia oscilado um ponto para baixo. Divulgada nesta segunda-feira, nova consulta do mesmo instituto aponta o candidato petista com 46%, contra os mesmos 31% de antes para o atual presidente da República. Ciro Gomes apareceu com 7% e Simone Tebet com 4%.

Imaginar os anseios de apoiadores e campanhas de ambos os postulantes à frente das pesquisas não era tarefa das mais complicadas: do lado de Bolsonaro, que os eventos de 7 de setembro não só tivessem servido para animar a base como, possivelmente, ampliado sua rede de apoios. Já no de Lula, que pelo menos o patamar atingido não se alterasse, mantendo as chances de uma vitória no primeiro turno ou, na pior das hipóteses, garantindo otimismo em relação a uma segunda etapa da disputa — desde sempre mais provável.

O ex-presidente Lula durante ato de campanha; petista lidera corrida presidencial Foto: Andre Penner/AP

Tanto montéquios quanto capuletos têm do que se lamentar, mas também podem enxergar o copo meio cheio: se Lula não consegue disparar, aumentou dentro da margem de erro, mantendo distância confortável para Bolsonaro — que era de 13% na última pesquisa e agora passou a 15% —, já Bolsonaro não ganhou o impulso esperado por seu núcleo estratégico, contudo também não está perdendo apoio e poderá continuará apostando no antipetismo até 30 de outubro.

Afora torcidas e ranger de dentes, porém, a estabilidade que marca a disputa pela presidência expõe o sentimento de ampla rejeição que tanto Lula quanto Bolsonaro provocam no eleitorado. Sobretudo o atual incumbente, que há menos de quatro anos foi eleito com 57 milhões de votos e hoje se vê às vésperas de ser o primeiro mandatário democraticamente eleito a não conseguir se reeleger.

Os tetos que até o momento impedem mudanças mais drásticas nas últimas pesquisas também se dão pela escassez de indecisos, explicada pelo alto grau de polarização, o que acaba levando o eleitor médio a se posicionar mais cedo do que em anos anteriores.

Se o cenário continuar como está hoje, sem fatos novos como por exemplo o atentado em Juiz de Fora há quatro anos ou o acidente com Eduardo Campos em 2014, Lula sai no lucro, mesmo que haja segundo turno.

É que, embora Ciro Gomes continue firme nas críticas ao petista e Simone Tebet se mostre resiliente, esses votos, em sua maioria, tendem a cair no colo do candidato à esquerda. Isso sem contar aqueles já recebidos em 4 de outubro.

A estabilidade nas pesquisas, trocando em miúdos, joga a favor de um terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva.

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Imaginar os anseios de apoiadores e campanhas de ambos os postulantes à frente das pesquisas não era tarefa das mais complicadas: do lado de Bolsonaro, que os eventos de 7 de setembro não só tivessem servido para animar a base como, possivelmente, ampliado sua rede de apoios. Já no de Lula, que pelo menos o patamar atingido não se alterasse, mantendo as chances de uma vitória no primeiro turno ou, na pior das hipóteses, garantindo otimismo em relação a uma segunda etapa da disputa — desde sempre mais provável.

O ex-presidente Lula durante ato de campanha; petista lidera corrida presidencial Foto: Andre Penner/AP

Tanto montéquios quanto capuletos têm do que se lamentar, mas também podem enxergar o copo meio cheio: se Lula não consegue disparar, aumentou dentro da margem de erro, mantendo distância confortável para Bolsonaro — que era de 13% na última pesquisa e agora passou a 15% —, já Bolsonaro não ganhou o impulso esperado por seu núcleo estratégico, contudo também não está perdendo apoio e poderá continuará apostando no antipetismo até 30 de outubro.

Afora torcidas e ranger de dentes, porém, a estabilidade que marca a disputa pela presidência expõe o sentimento de ampla rejeição que tanto Lula quanto Bolsonaro provocam no eleitorado. Sobretudo o atual incumbente, que há menos de quatro anos foi eleito com 57 milhões de votos e hoje se vê às vésperas de ser o primeiro mandatário democraticamente eleito a não conseguir se reeleger.

Os tetos que até o momento impedem mudanças mais drásticas nas últimas pesquisas também se dão pela escassez de indecisos, explicada pelo alto grau de polarização, o que acaba levando o eleitor médio a se posicionar mais cedo do que em anos anteriores.

Se o cenário continuar como está hoje, sem fatos novos como por exemplo o atentado em Juiz de Fora há quatro anos ou o acidente com Eduardo Campos em 2014, Lula sai no lucro, mesmo que haja segundo turno.

É que, embora Ciro Gomes continue firme nas críticas ao petista e Simone Tebet se mostre resiliente, esses votos, em sua maioria, tendem a cair no colo do candidato à esquerda. Isso sem contar aqueles já recebidos em 4 de outubro.

A estabilidade nas pesquisas, trocando em miúdos, joga a favor de um terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva.

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