Ipec: rejeições garantem 2° turno, mas Lula segue sem motivos para se preocupar; leia análise


Parcela de eleitores de Bolsonaro deve levar o pleito a uma segunda rodada, mas não assegura reeleição

Por Mario Vitor Rodrigues
Atualização:

A parcela de eleitores fiéis a Jair Bolsonaro (PL) deve bastar para levá-lo ao segundo turno, mas nem de longe garante sua reeleição. Aqueles decididos a votar em Lula (PT) não têm como assegurar uma vitória rápida, porém nada que coloque em xeque a volta do ex-presidente ao poder — e com folga, considerando os naturais reforços dos eleitores de Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB) na segunda etapa do pleito.

É para este cenário que aponta a pesquisa Ipec, divulgada nesta segunda-feira, em que Lula aparece com 44% da preferência dos eleitores, contra 31% de Bolsonaro, 8% de Ciro e 4% de Simone. Quando da última consulta, dia 29, o instituto revelava quadro parecido, com diferença de 12 pontos entre os dois principais concorrentes. Ou seja, a diferença passou para 13%, com Ciro e Simone oscilando um ponto para cima, dentro da margem de erro.

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Pesquisa Ipec mostra estabilidade no cenário eleitoral  Foto: Michael Dantas/AFP

O resultado vai ao encontro da tendência, registrada ao longos das últimas semanas pelo próprio Ipec, de absoluta regularidade no confronto entre Lula e Bolsonaro, sempre com o petista mantendo uma distância confortável para o presidente da República. A polarização e a popularidade de ambos explicam o porquê de tamanha concentração de votos, mas a imobilidade dos patamares mora em outro aspecto: a rejeição.

Há menos de trinta dias do pleito, Bolsonaro vem falhando em dialogar com eleitores para além da sua bolha. Erra grosseiramente, sobretudo, ao insistir nas mesmas retóricas utilizadas em 2018, quando o antipetismo era insuperável e praticamente não houve campanha após o atentado em Juiz de Fora.

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Para além desse ponto, vale destacar que determinados argumentos perderam o viço por força da realidade: como insistir na pauta do combate à corrupção após ter batido no peito para dizer que acabou com a Lava Jato? Como maldizer o Centrão após tão óbvia parceria com Lira e grande elenco?

Lula também falha ao ignorar o eleitor pragmático e avesso a debates ideológicos, o mesmo que reelegeu Dilma e quatro anos depois votou em Jair. A diferença é que tem margem para errar, e desta vez, conta com a rejeição maior do outro lado do balcão.

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A partir de agora, a campanha petista deve investir nos evangélicos para tentar um último esforço e encerrar a fatura logo. Resta ao time de Bolsonaro explorar a melhora na economia, ainda que a inflação dos alimentos não colabore para seduzir o eleitor de baixa renda.

Ainda não acabou, mas considerando todos os sinais e os malabarismos que Bolsonaro precisa fazer para reconquistar um eleitor cada vez mais raro, não é ousado afirmar que devemos ter o primeiro caso de um presidente democraticamente eleito a não conseguir se reeleger.

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MÁRIO VÍTOR RODRIGUES É JORNALISTA

A parcela de eleitores fiéis a Jair Bolsonaro (PL) deve bastar para levá-lo ao segundo turno, mas nem de longe garante sua reeleição. Aqueles decididos a votar em Lula (PT) não têm como assegurar uma vitória rápida, porém nada que coloque em xeque a volta do ex-presidente ao poder — e com folga, considerando os naturais reforços dos eleitores de Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB) na segunda etapa do pleito.

É para este cenário que aponta a pesquisa Ipec, divulgada nesta segunda-feira, em que Lula aparece com 44% da preferência dos eleitores, contra 31% de Bolsonaro, 8% de Ciro e 4% de Simone. Quando da última consulta, dia 29, o instituto revelava quadro parecido, com diferença de 12 pontos entre os dois principais concorrentes. Ou seja, a diferença passou para 13%, com Ciro e Simone oscilando um ponto para cima, dentro da margem de erro.

Pesquisa Ipec mostra estabilidade no cenário eleitoral  Foto: Michael Dantas/AFP

O resultado vai ao encontro da tendência, registrada ao longos das últimas semanas pelo próprio Ipec, de absoluta regularidade no confronto entre Lula e Bolsonaro, sempre com o petista mantendo uma distância confortável para o presidente da República. A polarização e a popularidade de ambos explicam o porquê de tamanha concentração de votos, mas a imobilidade dos patamares mora em outro aspecto: a rejeição.

Há menos de trinta dias do pleito, Bolsonaro vem falhando em dialogar com eleitores para além da sua bolha. Erra grosseiramente, sobretudo, ao insistir nas mesmas retóricas utilizadas em 2018, quando o antipetismo era insuperável e praticamente não houve campanha após o atentado em Juiz de Fora.

Para além desse ponto, vale destacar que determinados argumentos perderam o viço por força da realidade: como insistir na pauta do combate à corrupção após ter batido no peito para dizer que acabou com a Lava Jato? Como maldizer o Centrão após tão óbvia parceria com Lira e grande elenco?

Lula também falha ao ignorar o eleitor pragmático e avesso a debates ideológicos, o mesmo que reelegeu Dilma e quatro anos depois votou em Jair. A diferença é que tem margem para errar, e desta vez, conta com a rejeição maior do outro lado do balcão.

A partir de agora, a campanha petista deve investir nos evangélicos para tentar um último esforço e encerrar a fatura logo. Resta ao time de Bolsonaro explorar a melhora na economia, ainda que a inflação dos alimentos não colabore para seduzir o eleitor de baixa renda.

Ainda não acabou, mas considerando todos os sinais e os malabarismos que Bolsonaro precisa fazer para reconquistar um eleitor cada vez mais raro, não é ousado afirmar que devemos ter o primeiro caso de um presidente democraticamente eleito a não conseguir se reeleger.

MÁRIO VÍTOR RODRIGUES É JORNALISTA

A parcela de eleitores fiéis a Jair Bolsonaro (PL) deve bastar para levá-lo ao segundo turno, mas nem de longe garante sua reeleição. Aqueles decididos a votar em Lula (PT) não têm como assegurar uma vitória rápida, porém nada que coloque em xeque a volta do ex-presidente ao poder — e com folga, considerando os naturais reforços dos eleitores de Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB) na segunda etapa do pleito.

É para este cenário que aponta a pesquisa Ipec, divulgada nesta segunda-feira, em que Lula aparece com 44% da preferência dos eleitores, contra 31% de Bolsonaro, 8% de Ciro e 4% de Simone. Quando da última consulta, dia 29, o instituto revelava quadro parecido, com diferença de 12 pontos entre os dois principais concorrentes. Ou seja, a diferença passou para 13%, com Ciro e Simone oscilando um ponto para cima, dentro da margem de erro.

Pesquisa Ipec mostra estabilidade no cenário eleitoral  Foto: Michael Dantas/AFP

O resultado vai ao encontro da tendência, registrada ao longos das últimas semanas pelo próprio Ipec, de absoluta regularidade no confronto entre Lula e Bolsonaro, sempre com o petista mantendo uma distância confortável para o presidente da República. A polarização e a popularidade de ambos explicam o porquê de tamanha concentração de votos, mas a imobilidade dos patamares mora em outro aspecto: a rejeição.

Há menos de trinta dias do pleito, Bolsonaro vem falhando em dialogar com eleitores para além da sua bolha. Erra grosseiramente, sobretudo, ao insistir nas mesmas retóricas utilizadas em 2018, quando o antipetismo era insuperável e praticamente não houve campanha após o atentado em Juiz de Fora.

Para além desse ponto, vale destacar que determinados argumentos perderam o viço por força da realidade: como insistir na pauta do combate à corrupção após ter batido no peito para dizer que acabou com a Lava Jato? Como maldizer o Centrão após tão óbvia parceria com Lira e grande elenco?

Lula também falha ao ignorar o eleitor pragmático e avesso a debates ideológicos, o mesmo que reelegeu Dilma e quatro anos depois votou em Jair. A diferença é que tem margem para errar, e desta vez, conta com a rejeição maior do outro lado do balcão.

A partir de agora, a campanha petista deve investir nos evangélicos para tentar um último esforço e encerrar a fatura logo. Resta ao time de Bolsonaro explorar a melhora na economia, ainda que a inflação dos alimentos não colabore para seduzir o eleitor de baixa renda.

Ainda não acabou, mas considerando todos os sinais e os malabarismos que Bolsonaro precisa fazer para reconquistar um eleitor cada vez mais raro, não é ousado afirmar que devemos ter o primeiro caso de um presidente democraticamente eleito a não conseguir se reeleger.

MÁRIO VÍTOR RODRIGUES É JORNALISTA

A parcela de eleitores fiéis a Jair Bolsonaro (PL) deve bastar para levá-lo ao segundo turno, mas nem de longe garante sua reeleição. Aqueles decididos a votar em Lula (PT) não têm como assegurar uma vitória rápida, porém nada que coloque em xeque a volta do ex-presidente ao poder — e com folga, considerando os naturais reforços dos eleitores de Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB) na segunda etapa do pleito.

É para este cenário que aponta a pesquisa Ipec, divulgada nesta segunda-feira, em que Lula aparece com 44% da preferência dos eleitores, contra 31% de Bolsonaro, 8% de Ciro e 4% de Simone. Quando da última consulta, dia 29, o instituto revelava quadro parecido, com diferença de 12 pontos entre os dois principais concorrentes. Ou seja, a diferença passou para 13%, com Ciro e Simone oscilando um ponto para cima, dentro da margem de erro.

Pesquisa Ipec mostra estabilidade no cenário eleitoral  Foto: Michael Dantas/AFP

O resultado vai ao encontro da tendência, registrada ao longos das últimas semanas pelo próprio Ipec, de absoluta regularidade no confronto entre Lula e Bolsonaro, sempre com o petista mantendo uma distância confortável para o presidente da República. A polarização e a popularidade de ambos explicam o porquê de tamanha concentração de votos, mas a imobilidade dos patamares mora em outro aspecto: a rejeição.

Há menos de trinta dias do pleito, Bolsonaro vem falhando em dialogar com eleitores para além da sua bolha. Erra grosseiramente, sobretudo, ao insistir nas mesmas retóricas utilizadas em 2018, quando o antipetismo era insuperável e praticamente não houve campanha após o atentado em Juiz de Fora.

Para além desse ponto, vale destacar que determinados argumentos perderam o viço por força da realidade: como insistir na pauta do combate à corrupção após ter batido no peito para dizer que acabou com a Lava Jato? Como maldizer o Centrão após tão óbvia parceria com Lira e grande elenco?

Lula também falha ao ignorar o eleitor pragmático e avesso a debates ideológicos, o mesmo que reelegeu Dilma e quatro anos depois votou em Jair. A diferença é que tem margem para errar, e desta vez, conta com a rejeição maior do outro lado do balcão.

A partir de agora, a campanha petista deve investir nos evangélicos para tentar um último esforço e encerrar a fatura logo. Resta ao time de Bolsonaro explorar a melhora na economia, ainda que a inflação dos alimentos não colabore para seduzir o eleitor de baixa renda.

Ainda não acabou, mas considerando todos os sinais e os malabarismos que Bolsonaro precisa fazer para reconquistar um eleitor cada vez mais raro, não é ousado afirmar que devemos ter o primeiro caso de um presidente democraticamente eleito a não conseguir se reeleger.

MÁRIO VÍTOR RODRIGUES É JORNALISTA

A parcela de eleitores fiéis a Jair Bolsonaro (PL) deve bastar para levá-lo ao segundo turno, mas nem de longe garante sua reeleição. Aqueles decididos a votar em Lula (PT) não têm como assegurar uma vitória rápida, porém nada que coloque em xeque a volta do ex-presidente ao poder — e com folga, considerando os naturais reforços dos eleitores de Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB) na segunda etapa do pleito.

É para este cenário que aponta a pesquisa Ipec, divulgada nesta segunda-feira, em que Lula aparece com 44% da preferência dos eleitores, contra 31% de Bolsonaro, 8% de Ciro e 4% de Simone. Quando da última consulta, dia 29, o instituto revelava quadro parecido, com diferença de 12 pontos entre os dois principais concorrentes. Ou seja, a diferença passou para 13%, com Ciro e Simone oscilando um ponto para cima, dentro da margem de erro.

Pesquisa Ipec mostra estabilidade no cenário eleitoral  Foto: Michael Dantas/AFP

O resultado vai ao encontro da tendência, registrada ao longos das últimas semanas pelo próprio Ipec, de absoluta regularidade no confronto entre Lula e Bolsonaro, sempre com o petista mantendo uma distância confortável para o presidente da República. A polarização e a popularidade de ambos explicam o porquê de tamanha concentração de votos, mas a imobilidade dos patamares mora em outro aspecto: a rejeição.

Há menos de trinta dias do pleito, Bolsonaro vem falhando em dialogar com eleitores para além da sua bolha. Erra grosseiramente, sobretudo, ao insistir nas mesmas retóricas utilizadas em 2018, quando o antipetismo era insuperável e praticamente não houve campanha após o atentado em Juiz de Fora.

Para além desse ponto, vale destacar que determinados argumentos perderam o viço por força da realidade: como insistir na pauta do combate à corrupção após ter batido no peito para dizer que acabou com a Lava Jato? Como maldizer o Centrão após tão óbvia parceria com Lira e grande elenco?

Lula também falha ao ignorar o eleitor pragmático e avesso a debates ideológicos, o mesmo que reelegeu Dilma e quatro anos depois votou em Jair. A diferença é que tem margem para errar, e desta vez, conta com a rejeição maior do outro lado do balcão.

A partir de agora, a campanha petista deve investir nos evangélicos para tentar um último esforço e encerrar a fatura logo. Resta ao time de Bolsonaro explorar a melhora na economia, ainda que a inflação dos alimentos não colabore para seduzir o eleitor de baixa renda.

Ainda não acabou, mas considerando todos os sinais e os malabarismos que Bolsonaro precisa fazer para reconquistar um eleitor cada vez mais raro, não é ousado afirmar que devemos ter o primeiro caso de um presidente democraticamente eleito a não conseguir se reeleger.

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