Aos fatos, como eles são

Opinião|Cassação de Dallagnol revela vingança de Lula contra quem cumpriu a lei


Deputado perde mandato por ter exercido função de principal procurador da Lava Jato, e isso é um crime político grave no Brasil com o petista na Presidência e dos sócios no aparelho judicial

Por J.R. Guzzo
Atualização:

A operação conjunta entre o governo Lula e os tribunais do alto Judiciário para desmontar a democracia no Brasil através de atos administrativos acaba de dar um novo passo, um dos seus mais agressivos até agora. Neste caso, utilizaram uma de suas armas preferidas: a anulação da vontade da população, expressa em votos nas eleições organizadas por eles mesmos. Quem discorda de nós elegeu algum nome forte para o Congresso? Nenhum problema: a nossa polícia eleitoral cassa o mandato que o povo lhe deu e fica tudo resolvido. E se aparecer um outro deputado incômodo, mais à frente? Aplica-se o mesmo remédio.

O deputado cassado Deltan Dallagnol; ex-coordenador da Lava jATO perdeu cargo por unanimidade no TSE Foto: Bruno Spada / Câmara dos Deputados

A cassação do mandato do deputado federal Deltan Dallagnol, o mais votado do Estado do Paraná, é um insulto grosseiro à liberdade de escolha do eleitor brasileiro – um direito elementar em qualquer sistema democrático. Mais que isso, é um exemplo claro e objetivo da principal ferramenta que a esquerda vai usar, nesta destruição por etapas da democracia, para resolver o problema geral das eleições – a cassação dos mandatos dos adversários na “justiça eleitoral”. Não importa a insanidade das decisões. No caso, num país onde o presidente da República foi condenado pelos crimes de corrupção e de lavagem de dinheiro em três instâncias, e por nove magistrados diferentes, Dallagnol foi cassado com base na Lei da Ficha Limpa – embora não tenha sido condenado por nada, nem quando apresentou sua candidatura e nem agora, e a sua ficha seja muito mais limpa que a de Lula. Mas o TSE decidiu que ele pode vir a ser punido no futuro, e daí a sua ficha ficaria suja; nesse caso, para não haver algum problema mais adiante, cassa-se o mandato hoje.

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Deram essa desculpa; poderiam, na verdade, ter dado a desculpa que quisessem, pois o fato é que ninguém aí está minimamente interessado em cumprir lei nenhuma. O deputado Dallagnol não foi julgado; seu julgamento não chegou a levar um minuto, o que mostra o grau de seriedade com que o TSE tratou o seu caso. Também não foi cassado por causa da Lei da Ficha Limpa, ou por qualquer outra razão de ordem legal. Foi cassado porque exerceu a função de principal procurador da Operação Lava Jato, e isso é um crime político grave no Brasil de Lula e dos seus sócios no aparelho judicial. Não basta, para eles, terem liquidado por completo a maior operação contra a corrupção que já foi feita na história deste país – e tirado todos os ladrões da cadeia. Chegou a hora, com Lula na Presidência, de se vingar de quem cumpriu a lei e trabalhou em suas condenações.

A operação conjunta entre o governo Lula e os tribunais do alto Judiciário para desmontar a democracia no Brasil através de atos administrativos acaba de dar um novo passo, um dos seus mais agressivos até agora. Neste caso, utilizaram uma de suas armas preferidas: a anulação da vontade da população, expressa em votos nas eleições organizadas por eles mesmos. Quem discorda de nós elegeu algum nome forte para o Congresso? Nenhum problema: a nossa polícia eleitoral cassa o mandato que o povo lhe deu e fica tudo resolvido. E se aparecer um outro deputado incômodo, mais à frente? Aplica-se o mesmo remédio.

O deputado cassado Deltan Dallagnol; ex-coordenador da Lava jATO perdeu cargo por unanimidade no TSE Foto: Bruno Spada / Câmara dos Deputados

A cassação do mandato do deputado federal Deltan Dallagnol, o mais votado do Estado do Paraná, é um insulto grosseiro à liberdade de escolha do eleitor brasileiro – um direito elementar em qualquer sistema democrático. Mais que isso, é um exemplo claro e objetivo da principal ferramenta que a esquerda vai usar, nesta destruição por etapas da democracia, para resolver o problema geral das eleições – a cassação dos mandatos dos adversários na “justiça eleitoral”. Não importa a insanidade das decisões. No caso, num país onde o presidente da República foi condenado pelos crimes de corrupção e de lavagem de dinheiro em três instâncias, e por nove magistrados diferentes, Dallagnol foi cassado com base na Lei da Ficha Limpa – embora não tenha sido condenado por nada, nem quando apresentou sua candidatura e nem agora, e a sua ficha seja muito mais limpa que a de Lula. Mas o TSE decidiu que ele pode vir a ser punido no futuro, e daí a sua ficha ficaria suja; nesse caso, para não haver algum problema mais adiante, cassa-se o mandato hoje.

Deram essa desculpa; poderiam, na verdade, ter dado a desculpa que quisessem, pois o fato é que ninguém aí está minimamente interessado em cumprir lei nenhuma. O deputado Dallagnol não foi julgado; seu julgamento não chegou a levar um minuto, o que mostra o grau de seriedade com que o TSE tratou o seu caso. Também não foi cassado por causa da Lei da Ficha Limpa, ou por qualquer outra razão de ordem legal. Foi cassado porque exerceu a função de principal procurador da Operação Lava Jato, e isso é um crime político grave no Brasil de Lula e dos seus sócios no aparelho judicial. Não basta, para eles, terem liquidado por completo a maior operação contra a corrupção que já foi feita na história deste país – e tirado todos os ladrões da cadeia. Chegou a hora, com Lula na Presidência, de se vingar de quem cumpriu a lei e trabalhou em suas condenações.

A operação conjunta entre o governo Lula e os tribunais do alto Judiciário para desmontar a democracia no Brasil através de atos administrativos acaba de dar um novo passo, um dos seus mais agressivos até agora. Neste caso, utilizaram uma de suas armas preferidas: a anulação da vontade da população, expressa em votos nas eleições organizadas por eles mesmos. Quem discorda de nós elegeu algum nome forte para o Congresso? Nenhum problema: a nossa polícia eleitoral cassa o mandato que o povo lhe deu e fica tudo resolvido. E se aparecer um outro deputado incômodo, mais à frente? Aplica-se o mesmo remédio.

O deputado cassado Deltan Dallagnol; ex-coordenador da Lava jATO perdeu cargo por unanimidade no TSE Foto: Bruno Spada / Câmara dos Deputados

A cassação do mandato do deputado federal Deltan Dallagnol, o mais votado do Estado do Paraná, é um insulto grosseiro à liberdade de escolha do eleitor brasileiro – um direito elementar em qualquer sistema democrático. Mais que isso, é um exemplo claro e objetivo da principal ferramenta que a esquerda vai usar, nesta destruição por etapas da democracia, para resolver o problema geral das eleições – a cassação dos mandatos dos adversários na “justiça eleitoral”. Não importa a insanidade das decisões. No caso, num país onde o presidente da República foi condenado pelos crimes de corrupção e de lavagem de dinheiro em três instâncias, e por nove magistrados diferentes, Dallagnol foi cassado com base na Lei da Ficha Limpa – embora não tenha sido condenado por nada, nem quando apresentou sua candidatura e nem agora, e a sua ficha seja muito mais limpa que a de Lula. Mas o TSE decidiu que ele pode vir a ser punido no futuro, e daí a sua ficha ficaria suja; nesse caso, para não haver algum problema mais adiante, cassa-se o mandato hoje.

Deram essa desculpa; poderiam, na verdade, ter dado a desculpa que quisessem, pois o fato é que ninguém aí está minimamente interessado em cumprir lei nenhuma. O deputado Dallagnol não foi julgado; seu julgamento não chegou a levar um minuto, o que mostra o grau de seriedade com que o TSE tratou o seu caso. Também não foi cassado por causa da Lei da Ficha Limpa, ou por qualquer outra razão de ordem legal. Foi cassado porque exerceu a função de principal procurador da Operação Lava Jato, e isso é um crime político grave no Brasil de Lula e dos seus sócios no aparelho judicial. Não basta, para eles, terem liquidado por completo a maior operação contra a corrupção que já foi feita na história deste país – e tirado todos os ladrões da cadeia. Chegou a hora, com Lula na Presidência, de se vingar de quem cumpriu a lei e trabalhou em suas condenações.

Opinião por J.R. Guzzo

Jornalista escreve semanalmente sobre o cenário político e econômico do País

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