Aos fatos, como eles são

Opinião|Governos atuais não têm culpa por tragédia no Sul, mas Estado brasileiro e sua ideologia têm


Como se explica que não haja um sistema decente de precauções públicas para lidar com os desastres da natureza?

Por J.R. Guzzo

Nem o governo federal e nem o governo estadual têm qualquer tipo de culpa pelas enchentes que têm causado tanta destruição no Rio Grande do Sul – está acima de suas possibilidades, apesar de toda a atual demanda por providências oficiais contra a “crise climática”, assinar portarias para manter as chuvas e o nível dos rios dentro do que é meteorologicamente correto. Não faz sentido, da mesma forma, indignar-se contra a ministra do Planejamento quando ela diz que o dinheiro da prometida ajuda federal aos gaúchos não será entregue agora. Como poderia ser? Para onde, mais exatamente, ela teria de enviar as verbas? Para quem? Para fazer o que? Há 400 municípios atingidos, centenas de milhares de vítimas e todo tipo de desastres diferentes. Enquanto não houver um mínimo de clareza sobre as prioridades e sobre as maneiras mais eficazes de aplicar os recursos, não adianta ficar transferindo dinheiro de um lado para outro.

País não se prepara para enfrentar com efetividade os desastres naturais como o que se vê no Rio Grande do Sul Foto: Nelson Almeida/AFP

Se os governos atuais não podem ser responsabilizados pela tragédia, o Estado brasileiro, e toda a ideologia que vem junto com ele, são culpados, sim, pelos seus efeitos. Na verdade, são os principais culpados. Como se explica que não haja, nem no Rio Grande do Sul e nem em lugar nenhum do Brasil, um sistema decente de precauções públicas para lidar com os desastres da natureza? É certo que eles virão, mais cedo ou mais tarde - sobretudo nos lugares aonde vêm sempre. Mas os mandarins do Estado, entre uma calamidade e outra, têm se mostrado flagrantemente incapazes de fazer as obras necessárias para reduzir a extensão dos danos, ou até evitar parte deles. Pior: muitas vezes fazem as obras erradas que, por essas coincidências da vida, costumam ser também as mais caras. Aí a chuva não tem culpa nenhuma. No caso do Rio Grane do Sul, é obvio que a máquina pública não faz, ano após anos, o que deveria ser feito. Também não tem a menor ideia do que fazer depois que a calamidade acontece.

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Em 1941, o mesmo Rio Grande sofreu uma catástrofe comparável à essa de agora. Não se falava, então, na “crise climática”. Hoje não se fala de outra coisa, mas o fato é que já se passaram mais de 80 anos e a população continua sendo castigada exatamente do mesmo jeito. Obviamente, os milhares de peixes graúdos que mandaram no Estado brasileiro de lá para cá não fizeram um mínimo daquilo que tinham a obrigação de fazer. É duvidoso que venham a fazer depois que o assunto sumir das manchetes. As hienas de sempre, que já estão rondando essa nova oportunidade, vão se dar bem mais uma vez. Os gaúchos vão ficar com as suas vidas, as suas propriedades e o seu futuro perdidos. Há apenas dois anos atrás, em 2022, a cidade e a região vizinha a Petrópolis, no Rio de Janeiro, foram devastadas pelas chuvas. Morreram, então, mais de 240 pessoas – o dobro das vidas perdidas até agora no Rio Grande do Sul. Nunca mais se ouviu falar de Petrópolis. É possível que nunca mais se ouça falar da tragédia gaúcha.

Nem o governo federal e nem o governo estadual têm qualquer tipo de culpa pelas enchentes que têm causado tanta destruição no Rio Grande do Sul – está acima de suas possibilidades, apesar de toda a atual demanda por providências oficiais contra a “crise climática”, assinar portarias para manter as chuvas e o nível dos rios dentro do que é meteorologicamente correto. Não faz sentido, da mesma forma, indignar-se contra a ministra do Planejamento quando ela diz que o dinheiro da prometida ajuda federal aos gaúchos não será entregue agora. Como poderia ser? Para onde, mais exatamente, ela teria de enviar as verbas? Para quem? Para fazer o que? Há 400 municípios atingidos, centenas de milhares de vítimas e todo tipo de desastres diferentes. Enquanto não houver um mínimo de clareza sobre as prioridades e sobre as maneiras mais eficazes de aplicar os recursos, não adianta ficar transferindo dinheiro de um lado para outro.

País não se prepara para enfrentar com efetividade os desastres naturais como o que se vê no Rio Grande do Sul Foto: Nelson Almeida/AFP

Se os governos atuais não podem ser responsabilizados pela tragédia, o Estado brasileiro, e toda a ideologia que vem junto com ele, são culpados, sim, pelos seus efeitos. Na verdade, são os principais culpados. Como se explica que não haja, nem no Rio Grande do Sul e nem em lugar nenhum do Brasil, um sistema decente de precauções públicas para lidar com os desastres da natureza? É certo que eles virão, mais cedo ou mais tarde - sobretudo nos lugares aonde vêm sempre. Mas os mandarins do Estado, entre uma calamidade e outra, têm se mostrado flagrantemente incapazes de fazer as obras necessárias para reduzir a extensão dos danos, ou até evitar parte deles. Pior: muitas vezes fazem as obras erradas que, por essas coincidências da vida, costumam ser também as mais caras. Aí a chuva não tem culpa nenhuma. No caso do Rio Grane do Sul, é obvio que a máquina pública não faz, ano após anos, o que deveria ser feito. Também não tem a menor ideia do que fazer depois que a calamidade acontece.

Em 1941, o mesmo Rio Grande sofreu uma catástrofe comparável à essa de agora. Não se falava, então, na “crise climática”. Hoje não se fala de outra coisa, mas o fato é que já se passaram mais de 80 anos e a população continua sendo castigada exatamente do mesmo jeito. Obviamente, os milhares de peixes graúdos que mandaram no Estado brasileiro de lá para cá não fizeram um mínimo daquilo que tinham a obrigação de fazer. É duvidoso que venham a fazer depois que o assunto sumir das manchetes. As hienas de sempre, que já estão rondando essa nova oportunidade, vão se dar bem mais uma vez. Os gaúchos vão ficar com as suas vidas, as suas propriedades e o seu futuro perdidos. Há apenas dois anos atrás, em 2022, a cidade e a região vizinha a Petrópolis, no Rio de Janeiro, foram devastadas pelas chuvas. Morreram, então, mais de 240 pessoas – o dobro das vidas perdidas até agora no Rio Grande do Sul. Nunca mais se ouviu falar de Petrópolis. É possível que nunca mais se ouça falar da tragédia gaúcha.

Nem o governo federal e nem o governo estadual têm qualquer tipo de culpa pelas enchentes que têm causado tanta destruição no Rio Grande do Sul – está acima de suas possibilidades, apesar de toda a atual demanda por providências oficiais contra a “crise climática”, assinar portarias para manter as chuvas e o nível dos rios dentro do que é meteorologicamente correto. Não faz sentido, da mesma forma, indignar-se contra a ministra do Planejamento quando ela diz que o dinheiro da prometida ajuda federal aos gaúchos não será entregue agora. Como poderia ser? Para onde, mais exatamente, ela teria de enviar as verbas? Para quem? Para fazer o que? Há 400 municípios atingidos, centenas de milhares de vítimas e todo tipo de desastres diferentes. Enquanto não houver um mínimo de clareza sobre as prioridades e sobre as maneiras mais eficazes de aplicar os recursos, não adianta ficar transferindo dinheiro de um lado para outro.

País não se prepara para enfrentar com efetividade os desastres naturais como o que se vê no Rio Grande do Sul Foto: Nelson Almeida/AFP

Se os governos atuais não podem ser responsabilizados pela tragédia, o Estado brasileiro, e toda a ideologia que vem junto com ele, são culpados, sim, pelos seus efeitos. Na verdade, são os principais culpados. Como se explica que não haja, nem no Rio Grande do Sul e nem em lugar nenhum do Brasil, um sistema decente de precauções públicas para lidar com os desastres da natureza? É certo que eles virão, mais cedo ou mais tarde - sobretudo nos lugares aonde vêm sempre. Mas os mandarins do Estado, entre uma calamidade e outra, têm se mostrado flagrantemente incapazes de fazer as obras necessárias para reduzir a extensão dos danos, ou até evitar parte deles. Pior: muitas vezes fazem as obras erradas que, por essas coincidências da vida, costumam ser também as mais caras. Aí a chuva não tem culpa nenhuma. No caso do Rio Grane do Sul, é obvio que a máquina pública não faz, ano após anos, o que deveria ser feito. Também não tem a menor ideia do que fazer depois que a calamidade acontece.

Em 1941, o mesmo Rio Grande sofreu uma catástrofe comparável à essa de agora. Não se falava, então, na “crise climática”. Hoje não se fala de outra coisa, mas o fato é que já se passaram mais de 80 anos e a população continua sendo castigada exatamente do mesmo jeito. Obviamente, os milhares de peixes graúdos que mandaram no Estado brasileiro de lá para cá não fizeram um mínimo daquilo que tinham a obrigação de fazer. É duvidoso que venham a fazer depois que o assunto sumir das manchetes. As hienas de sempre, que já estão rondando essa nova oportunidade, vão se dar bem mais uma vez. Os gaúchos vão ficar com as suas vidas, as suas propriedades e o seu futuro perdidos. Há apenas dois anos atrás, em 2022, a cidade e a região vizinha a Petrópolis, no Rio de Janeiro, foram devastadas pelas chuvas. Morreram, então, mais de 240 pessoas – o dobro das vidas perdidas até agora no Rio Grande do Sul. Nunca mais se ouviu falar de Petrópolis. É possível que nunca mais se ouça falar da tragédia gaúcha.

Nem o governo federal e nem o governo estadual têm qualquer tipo de culpa pelas enchentes que têm causado tanta destruição no Rio Grande do Sul – está acima de suas possibilidades, apesar de toda a atual demanda por providências oficiais contra a “crise climática”, assinar portarias para manter as chuvas e o nível dos rios dentro do que é meteorologicamente correto. Não faz sentido, da mesma forma, indignar-se contra a ministra do Planejamento quando ela diz que o dinheiro da prometida ajuda federal aos gaúchos não será entregue agora. Como poderia ser? Para onde, mais exatamente, ela teria de enviar as verbas? Para quem? Para fazer o que? Há 400 municípios atingidos, centenas de milhares de vítimas e todo tipo de desastres diferentes. Enquanto não houver um mínimo de clareza sobre as prioridades e sobre as maneiras mais eficazes de aplicar os recursos, não adianta ficar transferindo dinheiro de um lado para outro.

País não se prepara para enfrentar com efetividade os desastres naturais como o que se vê no Rio Grande do Sul Foto: Nelson Almeida/AFP

Se os governos atuais não podem ser responsabilizados pela tragédia, o Estado brasileiro, e toda a ideologia que vem junto com ele, são culpados, sim, pelos seus efeitos. Na verdade, são os principais culpados. Como se explica que não haja, nem no Rio Grande do Sul e nem em lugar nenhum do Brasil, um sistema decente de precauções públicas para lidar com os desastres da natureza? É certo que eles virão, mais cedo ou mais tarde - sobretudo nos lugares aonde vêm sempre. Mas os mandarins do Estado, entre uma calamidade e outra, têm se mostrado flagrantemente incapazes de fazer as obras necessárias para reduzir a extensão dos danos, ou até evitar parte deles. Pior: muitas vezes fazem as obras erradas que, por essas coincidências da vida, costumam ser também as mais caras. Aí a chuva não tem culpa nenhuma. No caso do Rio Grane do Sul, é obvio que a máquina pública não faz, ano após anos, o que deveria ser feito. Também não tem a menor ideia do que fazer depois que a calamidade acontece.

Em 1941, o mesmo Rio Grande sofreu uma catástrofe comparável à essa de agora. Não se falava, então, na “crise climática”. Hoje não se fala de outra coisa, mas o fato é que já se passaram mais de 80 anos e a população continua sendo castigada exatamente do mesmo jeito. Obviamente, os milhares de peixes graúdos que mandaram no Estado brasileiro de lá para cá não fizeram um mínimo daquilo que tinham a obrigação de fazer. É duvidoso que venham a fazer depois que o assunto sumir das manchetes. As hienas de sempre, que já estão rondando essa nova oportunidade, vão se dar bem mais uma vez. Os gaúchos vão ficar com as suas vidas, as suas propriedades e o seu futuro perdidos. Há apenas dois anos atrás, em 2022, a cidade e a região vizinha a Petrópolis, no Rio de Janeiro, foram devastadas pelas chuvas. Morreram, então, mais de 240 pessoas – o dobro das vidas perdidas até agora no Rio Grande do Sul. Nunca mais se ouviu falar de Petrópolis. É possível que nunca mais se ouça falar da tragédia gaúcha.

Nem o governo federal e nem o governo estadual têm qualquer tipo de culpa pelas enchentes que têm causado tanta destruição no Rio Grande do Sul – está acima de suas possibilidades, apesar de toda a atual demanda por providências oficiais contra a “crise climática”, assinar portarias para manter as chuvas e o nível dos rios dentro do que é meteorologicamente correto. Não faz sentido, da mesma forma, indignar-se contra a ministra do Planejamento quando ela diz que o dinheiro da prometida ajuda federal aos gaúchos não será entregue agora. Como poderia ser? Para onde, mais exatamente, ela teria de enviar as verbas? Para quem? Para fazer o que? Há 400 municípios atingidos, centenas de milhares de vítimas e todo tipo de desastres diferentes. Enquanto não houver um mínimo de clareza sobre as prioridades e sobre as maneiras mais eficazes de aplicar os recursos, não adianta ficar transferindo dinheiro de um lado para outro.

País não se prepara para enfrentar com efetividade os desastres naturais como o que se vê no Rio Grande do Sul Foto: Nelson Almeida/AFP

Se os governos atuais não podem ser responsabilizados pela tragédia, o Estado brasileiro, e toda a ideologia que vem junto com ele, são culpados, sim, pelos seus efeitos. Na verdade, são os principais culpados. Como se explica que não haja, nem no Rio Grande do Sul e nem em lugar nenhum do Brasil, um sistema decente de precauções públicas para lidar com os desastres da natureza? É certo que eles virão, mais cedo ou mais tarde - sobretudo nos lugares aonde vêm sempre. Mas os mandarins do Estado, entre uma calamidade e outra, têm se mostrado flagrantemente incapazes de fazer as obras necessárias para reduzir a extensão dos danos, ou até evitar parte deles. Pior: muitas vezes fazem as obras erradas que, por essas coincidências da vida, costumam ser também as mais caras. Aí a chuva não tem culpa nenhuma. No caso do Rio Grane do Sul, é obvio que a máquina pública não faz, ano após anos, o que deveria ser feito. Também não tem a menor ideia do que fazer depois que a calamidade acontece.

Em 1941, o mesmo Rio Grande sofreu uma catástrofe comparável à essa de agora. Não se falava, então, na “crise climática”. Hoje não se fala de outra coisa, mas o fato é que já se passaram mais de 80 anos e a população continua sendo castigada exatamente do mesmo jeito. Obviamente, os milhares de peixes graúdos que mandaram no Estado brasileiro de lá para cá não fizeram um mínimo daquilo que tinham a obrigação de fazer. É duvidoso que venham a fazer depois que o assunto sumir das manchetes. As hienas de sempre, que já estão rondando essa nova oportunidade, vão se dar bem mais uma vez. Os gaúchos vão ficar com as suas vidas, as suas propriedades e o seu futuro perdidos. Há apenas dois anos atrás, em 2022, a cidade e a região vizinha a Petrópolis, no Rio de Janeiro, foram devastadas pelas chuvas. Morreram, então, mais de 240 pessoas – o dobro das vidas perdidas até agora no Rio Grande do Sul. Nunca mais se ouviu falar de Petrópolis. É possível que nunca mais se ouça falar da tragédia gaúcha.

Opinião por J.R. Guzzo

Jornalista escreve semanalmente sobre o cenário político e econômico do País

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