O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) será internado na próxima segunda-feira, 11, para a realização de três cirurgias: reconstituição das alças intestinais, correção de hérnia de hiato e correção de desvio de septo nasal. Os procedimentos serão feitos no Vila Nova Star, hospital da Zona Sul de São Paulo, onde Bolsonaro fez exames no último dia 23.
A reconstituição das alças intestinais que Bolsonaro fará semana que vem será a sexta intervenção cirúrgica por causa da facada que ele recebeu durante a campanha de 2018 na cidade de Juiz de Fora (MG).
A última foi em 9 de janeiro deste ano, nos Estados Unidos, um dia depois de manifestantes invadirem e destruírem as sedes dos Três Poderes em Brasília. Na ocasião, o ex-presidente teve dores abdominais por causa de uma aderência no intestino.
As operações foram confirmadas ao Estadão por Fábio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação e advogado de Bolsonaro. Segundo ele, o ex-presidente vai fazer as duas cirurgias abdominais – no intestino e na hérnia de hiato (para conter crises de refluxo gástrico) – conjuntamente. Elas estão marcadas para ocorrer na terça-feira, 12, dia seguinte à internação.
A operação de correção de desvio de septo – que corrige obstruções nasais – vai ser feita na sequência, dependendo do quadro clínico do ex-presidente.
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O cerco tem se fechado em torno de Bolsonaro e seus apoiadores desde a última operação da Polícia Federal no caso das joias sauditas. O ex-presidente é suspeito de coordenar e se beneficiar de um esquema internacional de venda de bens de alto valor que ganhou durante agendas oficiais.
Na última quinta-feira, 31, ele e a mulher, Michelle Bolsonaro (PL), optaram por permanecer em silêncio em depoimento à Polícia Federal (PF). Mais seis investigados foram intimados para depor simultaneamente: o próprio Wajngarten; o advogado Frederick Wassef; o tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o general Mauro Cesar Lourena Cid; e os ex-assessores Osmar Crivelatti e Marcelo Câmara.