Janja é saudada como ‘guerreira do povo brasileiro’ em festa e diz que 2024 foi ‘ano difícil’


Primeira-dama recebe homenagem do grupo Prerrogativas em evento com presença de ministros e defende mulheres no Judiciário; segurança foi reforçada por causa de ameaças recebidas por integrantes do grupo em e-mail

Por Vera Rosa e Bianca Gomes
Atualização:

Faltavam cinco minutos para as 22 horas quando a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, subiu ao palco da Casa Natura Musical, em São Paulo, para receber uma homenagem do grupo Prerrogativas, que reúne advogados ligados à esquerda. Chamada de “guerreira do povo brasileiro” e “Janja do Brasil”, ela mandou um beijo para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que se encontrava no mezanino, e disse que estava “muito nervosa”.

Com convites vendidos a R$ 650, a festa de fim de ano do Prerrô, como o grupo é conhecido, contou com a presença de ministros, integrantes do Superior Tribunal de Justiça (STJ), do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e de outras Cortes. O Estadão apurou que signatários do grupo receberam ameaças por e-mail e, por isso, a segurança da festa foi reforçada.

Janja ganhou gérberas, flores do campo e uma poesia, que a definia como “mulher de luta, dona de si, que tira suas próprias conclusões”. A primeira-dama atribuiu o nervosismo ao fato de nunca ter feito discurso com Lula na plateia. Levou um texto escrito, mas acabou falando de improviso e se emocionou ao lembrar dos 580 dias da prisão do petista, de abril de 2018 a novembro de 2019.

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A primeira-dama Janja discursa ao receber homenagem do grupo Perrogativas em evento em São Paulo Foto: Taba Benedicto/Estadão

Vestida de preto, Janja afirmou que o Prerrogativas, fundado em 2014 para se contrapor às teses jurídicas da Lava Jato, sempre esteve do “lado certo da história”. Na lista de convidados estavam todas as mulheres que integram o grupo e foram nomeadas para vagas no Judiciário, como Gabriela Araújo, desembargadora do Tribunal Regional Federal da 3.ª Região (TRF-3) e amiga de Janja, e Daniela Teixeira, ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Candidatos a mais cadeiras no STJ também aproveitaram para fazer “campanha”.

“Esse foi um ano difícil, mas também foi um ano em que a gente está colhendo muitas sementes”, disse a primeira-dama nesta sexta-feira, 6. “Se tem uma palavra que pode definir e fechar esse ano de 2024 é esperança por um país mais justo, solidário e igualitário”, completou. Para ela, um dos maiores legados do governo foi a “Aliança Global contra a Fome e a Pobreza”, lançada por Lula na Cúpula do G-20, em novembro, no Rio.

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Em seu discurso, Janja defendeu a paridade entre homens e mulheres no Judiciário. “O machismo nos atinge diretamente e a gente precisa seguir junto nessa caminhada”, destacou.

O coordenador do Prerrogativas, Marco Aurélio de Carvalho, fez questão de citar os nomes que o grupo emplacou no governo e em tribunais. Na prática, a homenagem a Janja também ocorreu pela campanha feita por ela para que Lula indicasse integrantes do Prerrô para as Cortes.

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Janja discursa ao lado de Marco Aurélio de Carvalho, coordenador do Prerrogativas Foto: Taba Benedicto/Estadão

Haddad assediado e Lula impedido de circular na ‘Festa da Reconstrução’

Um coro com a palavra de ordem “Sem Anistia” marcou o evento, batizado de “Festa da Reconstrução”. Integrantes do Prerrô elogiaram as investigações da Polícia Federal, que resultaram no indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

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A festa tinha dois ambientes: no mezanino estavam Lula, Janja, desembargadores e ministros que, assim, evitaram o assédio da imprensa. Embaixo ficaram os convidados do “baixo clero”, como eles mesmo se definiram, em tom de brincadeira. O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Meirelles, estava no camarote de Lula. A orientação da PF foi para que o presidente não ficasse circulando pelo salão, o que o aborreceu porque ele queria cumprimentar os amigos.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, alvo de críticas do mercado após o anúncio do corte de gastos, foi um dos mais assediados no mezanino. Na outra ponta, o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, ficou isolado.

Um telão central, no palco, e outros dois laterais exibiam imagens de Lula, da primeira-dama e de integrantes do Prerrô desde sua fundação, em 2014. Foi mostrado ali até mesmo um debate com a participação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. “Quem quer respeito, deve respeitar também”, disse Moraes no vídeo.

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A confraternização foi animada por shows dos cantores Maria Rita e Ivo Meirelles. Entre os pratos do jantar estavam cubo de mignon com purê de raiz e nhoque de abóbora. Dadinhos de tapioca, coxinhas ao molho de pimenta e torradas com coalhada e presunto Parma compunham o cardápio, com vinho, espumantes, cerveja, whisky e drinks à vontade. “Olha nós outra vez no ar. O show tem que continuar”, cantarolou Maria Rita, amiga de Janja, aplaudida pelo público. E a “Festa da Reconstrução” terminou em samba.

Faltavam cinco minutos para as 22 horas quando a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, subiu ao palco da Casa Natura Musical, em São Paulo, para receber uma homenagem do grupo Prerrogativas, que reúne advogados ligados à esquerda. Chamada de “guerreira do povo brasileiro” e “Janja do Brasil”, ela mandou um beijo para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que se encontrava no mezanino, e disse que estava “muito nervosa”.

Com convites vendidos a R$ 650, a festa de fim de ano do Prerrô, como o grupo é conhecido, contou com a presença de ministros, integrantes do Superior Tribunal de Justiça (STJ), do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e de outras Cortes. O Estadão apurou que signatários do grupo receberam ameaças por e-mail e, por isso, a segurança da festa foi reforçada.

Janja ganhou gérberas, flores do campo e uma poesia, que a definia como “mulher de luta, dona de si, que tira suas próprias conclusões”. A primeira-dama atribuiu o nervosismo ao fato de nunca ter feito discurso com Lula na plateia. Levou um texto escrito, mas acabou falando de improviso e se emocionou ao lembrar dos 580 dias da prisão do petista, de abril de 2018 a novembro de 2019.

A primeira-dama Janja discursa ao receber homenagem do grupo Perrogativas em evento em São Paulo Foto: Taba Benedicto/Estadão

Vestida de preto, Janja afirmou que o Prerrogativas, fundado em 2014 para se contrapor às teses jurídicas da Lava Jato, sempre esteve do “lado certo da história”. Na lista de convidados estavam todas as mulheres que integram o grupo e foram nomeadas para vagas no Judiciário, como Gabriela Araújo, desembargadora do Tribunal Regional Federal da 3.ª Região (TRF-3) e amiga de Janja, e Daniela Teixeira, ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Candidatos a mais cadeiras no STJ também aproveitaram para fazer “campanha”.

“Esse foi um ano difícil, mas também foi um ano em que a gente está colhendo muitas sementes”, disse a primeira-dama nesta sexta-feira, 6. “Se tem uma palavra que pode definir e fechar esse ano de 2024 é esperança por um país mais justo, solidário e igualitário”, completou. Para ela, um dos maiores legados do governo foi a “Aliança Global contra a Fome e a Pobreza”, lançada por Lula na Cúpula do G-20, em novembro, no Rio.

Em seu discurso, Janja defendeu a paridade entre homens e mulheres no Judiciário. “O machismo nos atinge diretamente e a gente precisa seguir junto nessa caminhada”, destacou.

O coordenador do Prerrogativas, Marco Aurélio de Carvalho, fez questão de citar os nomes que o grupo emplacou no governo e em tribunais. Na prática, a homenagem a Janja também ocorreu pela campanha feita por ela para que Lula indicasse integrantes do Prerrô para as Cortes.

Janja discursa ao lado de Marco Aurélio de Carvalho, coordenador do Prerrogativas Foto: Taba Benedicto/Estadão

Haddad assediado e Lula impedido de circular na ‘Festa da Reconstrução’

Um coro com a palavra de ordem “Sem Anistia” marcou o evento, batizado de “Festa da Reconstrução”. Integrantes do Prerrô elogiaram as investigações da Polícia Federal, que resultaram no indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

A festa tinha dois ambientes: no mezanino estavam Lula, Janja, desembargadores e ministros que, assim, evitaram o assédio da imprensa. Embaixo ficaram os convidados do “baixo clero”, como eles mesmo se definiram, em tom de brincadeira. O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Meirelles, estava no camarote de Lula. A orientação da PF foi para que o presidente não ficasse circulando pelo salão, o que o aborreceu porque ele queria cumprimentar os amigos.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, alvo de críticas do mercado após o anúncio do corte de gastos, foi um dos mais assediados no mezanino. Na outra ponta, o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, ficou isolado.

Um telão central, no palco, e outros dois laterais exibiam imagens de Lula, da primeira-dama e de integrantes do Prerrô desde sua fundação, em 2014. Foi mostrado ali até mesmo um debate com a participação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. “Quem quer respeito, deve respeitar também”, disse Moraes no vídeo.

A confraternização foi animada por shows dos cantores Maria Rita e Ivo Meirelles. Entre os pratos do jantar estavam cubo de mignon com purê de raiz e nhoque de abóbora. Dadinhos de tapioca, coxinhas ao molho de pimenta e torradas com coalhada e presunto Parma compunham o cardápio, com vinho, espumantes, cerveja, whisky e drinks à vontade. “Olha nós outra vez no ar. O show tem que continuar”, cantarolou Maria Rita, amiga de Janja, aplaudida pelo público. E a “Festa da Reconstrução” terminou em samba.

Faltavam cinco minutos para as 22 horas quando a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, subiu ao palco da Casa Natura Musical, em São Paulo, para receber uma homenagem do grupo Prerrogativas, que reúne advogados ligados à esquerda. Chamada de “guerreira do povo brasileiro” e “Janja do Brasil”, ela mandou um beijo para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que se encontrava no mezanino, e disse que estava “muito nervosa”.

Com convites vendidos a R$ 650, a festa de fim de ano do Prerrô, como o grupo é conhecido, contou com a presença de ministros, integrantes do Superior Tribunal de Justiça (STJ), do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e de outras Cortes. O Estadão apurou que signatários do grupo receberam ameaças por e-mail e, por isso, a segurança da festa foi reforçada.

Janja ganhou gérberas, flores do campo e uma poesia, que a definia como “mulher de luta, dona de si, que tira suas próprias conclusões”. A primeira-dama atribuiu o nervosismo ao fato de nunca ter feito discurso com Lula na plateia. Levou um texto escrito, mas acabou falando de improviso e se emocionou ao lembrar dos 580 dias da prisão do petista, de abril de 2018 a novembro de 2019.

A primeira-dama Janja discursa ao receber homenagem do grupo Perrogativas em evento em São Paulo Foto: Taba Benedicto/Estadão

Vestida de preto, Janja afirmou que o Prerrogativas, fundado em 2014 para se contrapor às teses jurídicas da Lava Jato, sempre esteve do “lado certo da história”. Na lista de convidados estavam todas as mulheres que integram o grupo e foram nomeadas para vagas no Judiciário, como Gabriela Araújo, desembargadora do Tribunal Regional Federal da 3.ª Região (TRF-3) e amiga de Janja, e Daniela Teixeira, ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Candidatos a mais cadeiras no STJ também aproveitaram para fazer “campanha”.

“Esse foi um ano difícil, mas também foi um ano em que a gente está colhendo muitas sementes”, disse a primeira-dama nesta sexta-feira, 6. “Se tem uma palavra que pode definir e fechar esse ano de 2024 é esperança por um país mais justo, solidário e igualitário”, completou. Para ela, um dos maiores legados do governo foi a “Aliança Global contra a Fome e a Pobreza”, lançada por Lula na Cúpula do G-20, em novembro, no Rio.

Em seu discurso, Janja defendeu a paridade entre homens e mulheres no Judiciário. “O machismo nos atinge diretamente e a gente precisa seguir junto nessa caminhada”, destacou.

O coordenador do Prerrogativas, Marco Aurélio de Carvalho, fez questão de citar os nomes que o grupo emplacou no governo e em tribunais. Na prática, a homenagem a Janja também ocorreu pela campanha feita por ela para que Lula indicasse integrantes do Prerrô para as Cortes.

Janja discursa ao lado de Marco Aurélio de Carvalho, coordenador do Prerrogativas Foto: Taba Benedicto/Estadão

Haddad assediado e Lula impedido de circular na ‘Festa da Reconstrução’

Um coro com a palavra de ordem “Sem Anistia” marcou o evento, batizado de “Festa da Reconstrução”. Integrantes do Prerrô elogiaram as investigações da Polícia Federal, que resultaram no indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

A festa tinha dois ambientes: no mezanino estavam Lula, Janja, desembargadores e ministros que, assim, evitaram o assédio da imprensa. Embaixo ficaram os convidados do “baixo clero”, como eles mesmo se definiram, em tom de brincadeira. O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Meirelles, estava no camarote de Lula. A orientação da PF foi para que o presidente não ficasse circulando pelo salão, o que o aborreceu porque ele queria cumprimentar os amigos.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, alvo de críticas do mercado após o anúncio do corte de gastos, foi um dos mais assediados no mezanino. Na outra ponta, o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, ficou isolado.

Um telão central, no palco, e outros dois laterais exibiam imagens de Lula, da primeira-dama e de integrantes do Prerrô desde sua fundação, em 2014. Foi mostrado ali até mesmo um debate com a participação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. “Quem quer respeito, deve respeitar também”, disse Moraes no vídeo.

A confraternização foi animada por shows dos cantores Maria Rita e Ivo Meirelles. Entre os pratos do jantar estavam cubo de mignon com purê de raiz e nhoque de abóbora. Dadinhos de tapioca, coxinhas ao molho de pimenta e torradas com coalhada e presunto Parma compunham o cardápio, com vinho, espumantes, cerveja, whisky e drinks à vontade. “Olha nós outra vez no ar. O show tem que continuar”, cantarolou Maria Rita, amiga de Janja, aplaudida pelo público. E a “Festa da Reconstrução” terminou em samba.

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