Da vigília no cárcere ao Palácio da Alvorada: conheça Janja, a mulher de Lula


Socióloga começou a namorar o petista durante a prisão em Curitiba; ela foi a responsável pela coordenação da posse

Por Ananda Müller
Atualização:

“Socióloga formada pela UFPR, MBA em gestão Social e Sustentabilidade, petista de carteirinha desde 1983 e casada com um certo pernambucano de Garanhuns.” A breve biografia encontrada nas redes sociais de Rosângela Silva, a Janja, é um bom começo para conhecer a futura primeira-dama do Brasil. Aos 55 anos, a mulher do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), 77 anos, levará na bagagem até o Palácio da Alvorada uma longa história de militância no PT.

O ex-presidente Lula ao lado da mulher, Rosângela da Silva. Foto: Werther Santana/Estadão

Janja e Lula se conheceram na década de 1990, desde os tempos das Caravanas da Cidadania, quando o petista percorria o País para discutir políticas públicas. Mas a proximidade entre os dois é recente. Janja foi em 2017 a um evento em Guararema (SP), na Escola Nacional Florestan Fernandes, do Movimento Sem-terra (MST), para ver uma partida de futebol entre políticos e artistas - e Lula também estava presente.

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Oficialmente, o namoro começou depois que o ex-presidente já estava preso na Polícia Federal de Curitiba, condenado no âmbito da operação, Lava Jato. O casal se tornou alvo de curiosidade depois que, em 2019, o economista Luiz Carlos Bresser-Pereira voltou de uma visita ao petista na prisão com a novidade: “(Lula) Está apaixonado e seu primeiro projeto ao sair da prisão é se casar”. Com o fim do cárcere, em maio deste ano, a união foi formalizada, em uma cerimônia para 200 pessoas em São Pau

Janja vestida de noiva para o casamento com o ex-presidente Lula. Foto: Ricardo Stuckert

O casal teria trocado durante o período de prisão cerca de 580 cartas - uma para cada dia de cárcere. Lula contou que Janja passou a visitá-lo frequentemente, levava quitutes e fazia questão de lavar sua roupa em casa. Lula, por sua vez, era romântico do jeito que lhe era possível: mandava flores através de amigos que iam até a carceragem para vê-lo.

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Na saída de Lula da prisão, em 8 de novembro de 2019, Janja foi uma das primeiras pessoas a recebê-lo do lado de fora da carceragem da PF. Também esteve ao seu lado durante o primeiro discurso pós-cadeia. Janja, até então reservada, se mostrou versátil e se acostumou rapidamente aos holofotes.

Com Janja ao fundo, Lula discursa em frente à sede da PF em Curitiba, após ser solto. Foto: Carl de Souza/AFP

No lançamento da pré-candidatura de Lula, em 7 de maio de 2022, Janja foi a responsável por apresentar a nova versão de “Sem medo de ser feliz”, canção de Hilton Acioli que embalou a campanha de Lula em 1989. O vídeo também foi apresentado como um “presente” de Janja para Lula durante a cerimônia do casamento.

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Na nova versão, dirigida por ela, artistas como Zélia Duncan, Chico César e Martinho da Vila fazem parte do coro. Durante a campanha à Presidência, Janja acompanhou Lula nas viagens, atacava de cantora e puxava o coro do jingle nos comícios.

Trajetória

Nascida em 27 de agosto de 1966 em União da Vitória, no Paraná, a socióloga construiu carreira no meio acadêmico e no serviço público. Foi professora no Departamento de Serviço Social da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), atuou como parte da liderança do PT na Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP), fez parte do time da hidrelétrica de Itaipu Binacional e foi assessora de comunicação e relações institucionais da Eletrobrás.

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Janja assumiu o cargo de coordenadora da cerimônia de posse de Lula - que promete ser pouco convencional. Na organização da festa, ela sempre quis que Lula subisse a rampa do Palácio do Planalto ao lado de “Resistência”, a vira-lata que passou os 580 dias da prisão do petista em vigília diante da Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba. Além disso, a ideia da socióloga é que pessoas comuns, sem cargos, entregassem a faixa presidencial para Lula, no Parlatório do Planalto.

Resistência foi encontrada nas proximidades do Acampamento Lula Livre, em frente à Superintendência da PF em Curitiba. Lula e Janja decidiram que Resistência iria para a casa do petista assim que ele saísse da prisão. Atualmente, os três vivem em São Paulo com a outra cachorra da família, Paris, e de lá seguirão para Brasília.

Lula e Janja com as cachorras Resistência e Paris. Foto: Reprodução/redes sociais

“Socióloga formada pela UFPR, MBA em gestão Social e Sustentabilidade, petista de carteirinha desde 1983 e casada com um certo pernambucano de Garanhuns.” A breve biografia encontrada nas redes sociais de Rosângela Silva, a Janja, é um bom começo para conhecer a futura primeira-dama do Brasil. Aos 55 anos, a mulher do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), 77 anos, levará na bagagem até o Palácio da Alvorada uma longa história de militância no PT.

O ex-presidente Lula ao lado da mulher, Rosângela da Silva. Foto: Werther Santana/Estadão

Janja e Lula se conheceram na década de 1990, desde os tempos das Caravanas da Cidadania, quando o petista percorria o País para discutir políticas públicas. Mas a proximidade entre os dois é recente. Janja foi em 2017 a um evento em Guararema (SP), na Escola Nacional Florestan Fernandes, do Movimento Sem-terra (MST), para ver uma partida de futebol entre políticos e artistas - e Lula também estava presente.

Oficialmente, o namoro começou depois que o ex-presidente já estava preso na Polícia Federal de Curitiba, condenado no âmbito da operação, Lava Jato. O casal se tornou alvo de curiosidade depois que, em 2019, o economista Luiz Carlos Bresser-Pereira voltou de uma visita ao petista na prisão com a novidade: “(Lula) Está apaixonado e seu primeiro projeto ao sair da prisão é se casar”. Com o fim do cárcere, em maio deste ano, a união foi formalizada, em uma cerimônia para 200 pessoas em São Pau

Janja vestida de noiva para o casamento com o ex-presidente Lula. Foto: Ricardo Stuckert

O casal teria trocado durante o período de prisão cerca de 580 cartas - uma para cada dia de cárcere. Lula contou que Janja passou a visitá-lo frequentemente, levava quitutes e fazia questão de lavar sua roupa em casa. Lula, por sua vez, era romântico do jeito que lhe era possível: mandava flores através de amigos que iam até a carceragem para vê-lo.

Na saída de Lula da prisão, em 8 de novembro de 2019, Janja foi uma das primeiras pessoas a recebê-lo do lado de fora da carceragem da PF. Também esteve ao seu lado durante o primeiro discurso pós-cadeia. Janja, até então reservada, se mostrou versátil e se acostumou rapidamente aos holofotes.

Com Janja ao fundo, Lula discursa em frente à sede da PF em Curitiba, após ser solto. Foto: Carl de Souza/AFP

No lançamento da pré-candidatura de Lula, em 7 de maio de 2022, Janja foi a responsável por apresentar a nova versão de “Sem medo de ser feliz”, canção de Hilton Acioli que embalou a campanha de Lula em 1989. O vídeo também foi apresentado como um “presente” de Janja para Lula durante a cerimônia do casamento.

Na nova versão, dirigida por ela, artistas como Zélia Duncan, Chico César e Martinho da Vila fazem parte do coro. Durante a campanha à Presidência, Janja acompanhou Lula nas viagens, atacava de cantora e puxava o coro do jingle nos comícios.

Trajetória

Nascida em 27 de agosto de 1966 em União da Vitória, no Paraná, a socióloga construiu carreira no meio acadêmico e no serviço público. Foi professora no Departamento de Serviço Social da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), atuou como parte da liderança do PT na Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP), fez parte do time da hidrelétrica de Itaipu Binacional e foi assessora de comunicação e relações institucionais da Eletrobrás.

Janja assumiu o cargo de coordenadora da cerimônia de posse de Lula - que promete ser pouco convencional. Na organização da festa, ela sempre quis que Lula subisse a rampa do Palácio do Planalto ao lado de “Resistência”, a vira-lata que passou os 580 dias da prisão do petista em vigília diante da Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba. Além disso, a ideia da socióloga é que pessoas comuns, sem cargos, entregassem a faixa presidencial para Lula, no Parlatório do Planalto.

Resistência foi encontrada nas proximidades do Acampamento Lula Livre, em frente à Superintendência da PF em Curitiba. Lula e Janja decidiram que Resistência iria para a casa do petista assim que ele saísse da prisão. Atualmente, os três vivem em São Paulo com a outra cachorra da família, Paris, e de lá seguirão para Brasília.

Lula e Janja com as cachorras Resistência e Paris. Foto: Reprodução/redes sociais

“Socióloga formada pela UFPR, MBA em gestão Social e Sustentabilidade, petista de carteirinha desde 1983 e casada com um certo pernambucano de Garanhuns.” A breve biografia encontrada nas redes sociais de Rosângela Silva, a Janja, é um bom começo para conhecer a futura primeira-dama do Brasil. Aos 55 anos, a mulher do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), 77 anos, levará na bagagem até o Palácio da Alvorada uma longa história de militância no PT.

O ex-presidente Lula ao lado da mulher, Rosângela da Silva. Foto: Werther Santana/Estadão

Janja e Lula se conheceram na década de 1990, desde os tempos das Caravanas da Cidadania, quando o petista percorria o País para discutir políticas públicas. Mas a proximidade entre os dois é recente. Janja foi em 2017 a um evento em Guararema (SP), na Escola Nacional Florestan Fernandes, do Movimento Sem-terra (MST), para ver uma partida de futebol entre políticos e artistas - e Lula também estava presente.

Oficialmente, o namoro começou depois que o ex-presidente já estava preso na Polícia Federal de Curitiba, condenado no âmbito da operação, Lava Jato. O casal se tornou alvo de curiosidade depois que, em 2019, o economista Luiz Carlos Bresser-Pereira voltou de uma visita ao petista na prisão com a novidade: “(Lula) Está apaixonado e seu primeiro projeto ao sair da prisão é se casar”. Com o fim do cárcere, em maio deste ano, a união foi formalizada, em uma cerimônia para 200 pessoas em São Pau

Janja vestida de noiva para o casamento com o ex-presidente Lula. Foto: Ricardo Stuckert

O casal teria trocado durante o período de prisão cerca de 580 cartas - uma para cada dia de cárcere. Lula contou que Janja passou a visitá-lo frequentemente, levava quitutes e fazia questão de lavar sua roupa em casa. Lula, por sua vez, era romântico do jeito que lhe era possível: mandava flores através de amigos que iam até a carceragem para vê-lo.

Na saída de Lula da prisão, em 8 de novembro de 2019, Janja foi uma das primeiras pessoas a recebê-lo do lado de fora da carceragem da PF. Também esteve ao seu lado durante o primeiro discurso pós-cadeia. Janja, até então reservada, se mostrou versátil e se acostumou rapidamente aos holofotes.

Com Janja ao fundo, Lula discursa em frente à sede da PF em Curitiba, após ser solto. Foto: Carl de Souza/AFP

No lançamento da pré-candidatura de Lula, em 7 de maio de 2022, Janja foi a responsável por apresentar a nova versão de “Sem medo de ser feliz”, canção de Hilton Acioli que embalou a campanha de Lula em 1989. O vídeo também foi apresentado como um “presente” de Janja para Lula durante a cerimônia do casamento.

Na nova versão, dirigida por ela, artistas como Zélia Duncan, Chico César e Martinho da Vila fazem parte do coro. Durante a campanha à Presidência, Janja acompanhou Lula nas viagens, atacava de cantora e puxava o coro do jingle nos comícios.

Trajetória

Nascida em 27 de agosto de 1966 em União da Vitória, no Paraná, a socióloga construiu carreira no meio acadêmico e no serviço público. Foi professora no Departamento de Serviço Social da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), atuou como parte da liderança do PT na Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP), fez parte do time da hidrelétrica de Itaipu Binacional e foi assessora de comunicação e relações institucionais da Eletrobrás.

Janja assumiu o cargo de coordenadora da cerimônia de posse de Lula - que promete ser pouco convencional. Na organização da festa, ela sempre quis que Lula subisse a rampa do Palácio do Planalto ao lado de “Resistência”, a vira-lata que passou os 580 dias da prisão do petista em vigília diante da Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba. Além disso, a ideia da socióloga é que pessoas comuns, sem cargos, entregassem a faixa presidencial para Lula, no Parlatório do Planalto.

Resistência foi encontrada nas proximidades do Acampamento Lula Livre, em frente à Superintendência da PF em Curitiba. Lula e Janja decidiram que Resistência iria para a casa do petista assim que ele saísse da prisão. Atualmente, os três vivem em São Paulo com a outra cachorra da família, Paris, e de lá seguirão para Brasília.

Lula e Janja com as cachorras Resistência e Paris. Foto: Reprodução/redes sociais

“Socióloga formada pela UFPR, MBA em gestão Social e Sustentabilidade, petista de carteirinha desde 1983 e casada com um certo pernambucano de Garanhuns.” A breve biografia encontrada nas redes sociais de Rosângela Silva, a Janja, é um bom começo para conhecer a futura primeira-dama do Brasil. Aos 55 anos, a mulher do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), 77 anos, levará na bagagem até o Palácio da Alvorada uma longa história de militância no PT.

O ex-presidente Lula ao lado da mulher, Rosângela da Silva. Foto: Werther Santana/Estadão

Janja e Lula se conheceram na década de 1990, desde os tempos das Caravanas da Cidadania, quando o petista percorria o País para discutir políticas públicas. Mas a proximidade entre os dois é recente. Janja foi em 2017 a um evento em Guararema (SP), na Escola Nacional Florestan Fernandes, do Movimento Sem-terra (MST), para ver uma partida de futebol entre políticos e artistas - e Lula também estava presente.

Oficialmente, o namoro começou depois que o ex-presidente já estava preso na Polícia Federal de Curitiba, condenado no âmbito da operação, Lava Jato. O casal se tornou alvo de curiosidade depois que, em 2019, o economista Luiz Carlos Bresser-Pereira voltou de uma visita ao petista na prisão com a novidade: “(Lula) Está apaixonado e seu primeiro projeto ao sair da prisão é se casar”. Com o fim do cárcere, em maio deste ano, a união foi formalizada, em uma cerimônia para 200 pessoas em São Pau

Janja vestida de noiva para o casamento com o ex-presidente Lula. Foto: Ricardo Stuckert

O casal teria trocado durante o período de prisão cerca de 580 cartas - uma para cada dia de cárcere. Lula contou que Janja passou a visitá-lo frequentemente, levava quitutes e fazia questão de lavar sua roupa em casa. Lula, por sua vez, era romântico do jeito que lhe era possível: mandava flores através de amigos que iam até a carceragem para vê-lo.

Na saída de Lula da prisão, em 8 de novembro de 2019, Janja foi uma das primeiras pessoas a recebê-lo do lado de fora da carceragem da PF. Também esteve ao seu lado durante o primeiro discurso pós-cadeia. Janja, até então reservada, se mostrou versátil e se acostumou rapidamente aos holofotes.

Com Janja ao fundo, Lula discursa em frente à sede da PF em Curitiba, após ser solto. Foto: Carl de Souza/AFP

No lançamento da pré-candidatura de Lula, em 7 de maio de 2022, Janja foi a responsável por apresentar a nova versão de “Sem medo de ser feliz”, canção de Hilton Acioli que embalou a campanha de Lula em 1989. O vídeo também foi apresentado como um “presente” de Janja para Lula durante a cerimônia do casamento.

Na nova versão, dirigida por ela, artistas como Zélia Duncan, Chico César e Martinho da Vila fazem parte do coro. Durante a campanha à Presidência, Janja acompanhou Lula nas viagens, atacava de cantora e puxava o coro do jingle nos comícios.

Trajetória

Nascida em 27 de agosto de 1966 em União da Vitória, no Paraná, a socióloga construiu carreira no meio acadêmico e no serviço público. Foi professora no Departamento de Serviço Social da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), atuou como parte da liderança do PT na Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP), fez parte do time da hidrelétrica de Itaipu Binacional e foi assessora de comunicação e relações institucionais da Eletrobrás.

Janja assumiu o cargo de coordenadora da cerimônia de posse de Lula - que promete ser pouco convencional. Na organização da festa, ela sempre quis que Lula subisse a rampa do Palácio do Planalto ao lado de “Resistência”, a vira-lata que passou os 580 dias da prisão do petista em vigília diante da Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba. Além disso, a ideia da socióloga é que pessoas comuns, sem cargos, entregassem a faixa presidencial para Lula, no Parlatório do Planalto.

Resistência foi encontrada nas proximidades do Acampamento Lula Livre, em frente à Superintendência da PF em Curitiba. Lula e Janja decidiram que Resistência iria para a casa do petista assim que ele saísse da prisão. Atualmente, os três vivem em São Paulo com a outra cachorra da família, Paris, e de lá seguirão para Brasília.

Lula e Janja com as cachorras Resistência e Paris. Foto: Reprodução/redes sociais

“Socióloga formada pela UFPR, MBA em gestão Social e Sustentabilidade, petista de carteirinha desde 1983 e casada com um certo pernambucano de Garanhuns.” A breve biografia encontrada nas redes sociais de Rosângela Silva, a Janja, é um bom começo para conhecer a futura primeira-dama do Brasil. Aos 55 anos, a mulher do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), 77 anos, levará na bagagem até o Palácio da Alvorada uma longa história de militância no PT.

O ex-presidente Lula ao lado da mulher, Rosângela da Silva. Foto: Werther Santana/Estadão

Janja e Lula se conheceram na década de 1990, desde os tempos das Caravanas da Cidadania, quando o petista percorria o País para discutir políticas públicas. Mas a proximidade entre os dois é recente. Janja foi em 2017 a um evento em Guararema (SP), na Escola Nacional Florestan Fernandes, do Movimento Sem-terra (MST), para ver uma partida de futebol entre políticos e artistas - e Lula também estava presente.

Oficialmente, o namoro começou depois que o ex-presidente já estava preso na Polícia Federal de Curitiba, condenado no âmbito da operação, Lava Jato. O casal se tornou alvo de curiosidade depois que, em 2019, o economista Luiz Carlos Bresser-Pereira voltou de uma visita ao petista na prisão com a novidade: “(Lula) Está apaixonado e seu primeiro projeto ao sair da prisão é se casar”. Com o fim do cárcere, em maio deste ano, a união foi formalizada, em uma cerimônia para 200 pessoas em São Pau

Janja vestida de noiva para o casamento com o ex-presidente Lula. Foto: Ricardo Stuckert

O casal teria trocado durante o período de prisão cerca de 580 cartas - uma para cada dia de cárcere. Lula contou que Janja passou a visitá-lo frequentemente, levava quitutes e fazia questão de lavar sua roupa em casa. Lula, por sua vez, era romântico do jeito que lhe era possível: mandava flores através de amigos que iam até a carceragem para vê-lo.

Na saída de Lula da prisão, em 8 de novembro de 2019, Janja foi uma das primeiras pessoas a recebê-lo do lado de fora da carceragem da PF. Também esteve ao seu lado durante o primeiro discurso pós-cadeia. Janja, até então reservada, se mostrou versátil e se acostumou rapidamente aos holofotes.

Com Janja ao fundo, Lula discursa em frente à sede da PF em Curitiba, após ser solto. Foto: Carl de Souza/AFP

No lançamento da pré-candidatura de Lula, em 7 de maio de 2022, Janja foi a responsável por apresentar a nova versão de “Sem medo de ser feliz”, canção de Hilton Acioli que embalou a campanha de Lula em 1989. O vídeo também foi apresentado como um “presente” de Janja para Lula durante a cerimônia do casamento.

Na nova versão, dirigida por ela, artistas como Zélia Duncan, Chico César e Martinho da Vila fazem parte do coro. Durante a campanha à Presidência, Janja acompanhou Lula nas viagens, atacava de cantora e puxava o coro do jingle nos comícios.

Trajetória

Nascida em 27 de agosto de 1966 em União da Vitória, no Paraná, a socióloga construiu carreira no meio acadêmico e no serviço público. Foi professora no Departamento de Serviço Social da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), atuou como parte da liderança do PT na Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP), fez parte do time da hidrelétrica de Itaipu Binacional e foi assessora de comunicação e relações institucionais da Eletrobrás.

Janja assumiu o cargo de coordenadora da cerimônia de posse de Lula - que promete ser pouco convencional. Na organização da festa, ela sempre quis que Lula subisse a rampa do Palácio do Planalto ao lado de “Resistência”, a vira-lata que passou os 580 dias da prisão do petista em vigília diante da Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba. Além disso, a ideia da socióloga é que pessoas comuns, sem cargos, entregassem a faixa presidencial para Lula, no Parlatório do Planalto.

Resistência foi encontrada nas proximidades do Acampamento Lula Livre, em frente à Superintendência da PF em Curitiba. Lula e Janja decidiram que Resistência iria para a casa do petista assim que ele saísse da prisão. Atualmente, os três vivem em São Paulo com a outra cachorra da família, Paris, e de lá seguirão para Brasília.

Lula e Janja com as cachorras Resistência e Paris. Foto: Reprodução/redes sociais

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