João Campos se torna ‘queridinho’ no Instagram, vira meme e causa desconfiança no PT sobre aliança


Prefeito de Recife (PE) adota tom leve na rede social, enquanto PSB desconversa sobre definição da chapa para a eleição municipal

Por Pedro Augusto Figueiredo
Atualização:

Em um dos vídeos mais assistidos em seu perfil do Instagram nas últimas semanas, o prefeito de Recife, João Campos (PSB-PE), 30, discursava durante a entrega de uma obra quando foi interrompido por um acidente. “Eita peste. Bateu foi, Dondinho?”, reagiu o mandatário, rindo. O drone que realizava a gravação havia se chocado contra uma parede e caído.

Bisneto de Miguel Arraes e filho de Eduardo Campos, que já governaram Pernambuco em cinco ocasiões, João Campos é quase um influenciador digital. Apostando em vídeos curtos, linguagem leve e bom humor para divulgar as ações de sua administração, o prefeito já cantou música de Alceu Valença, pediu bença para Ivete Sangalo e brinca frequentemente com a possibilidade de “nevar” — descolorir — o cabelo para o Carnaval.

“Gente, esse prefeito é assim tão querido mesmo? Ou os comentários são irônicos? Pergunto com toda a sinceridade. Sou de Aracaju/SE e os algoritmos me trouxeram até aqui”, comentou uma advogada no vídeo do drone. A reportagem tentou entrevistar Campos, mas ele está de férias.

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João Campos é o prefeito com mais seguidores no Instagram entre os mandatários das capitais estaduais Foto: Marlon Diego/ PCR

Com 1,1 milhão de seguidores, Campos é o prefeito de capital mais popular no Instagram e comentários de perfis de outras cidades e Estados são comuns. Ele também virou meme com a expressão “meu prefeito”, que precede a maioria dos comentários em suas postagens. “Meu prefeito, se quiser eu aprendo a voar só pra te filmar”, escreveu um seguidor. “Meu prefeito, tenho dois filhos! Se o senhor quiser, um voa e a outra filma”, disse outra. Como comparação, Eduardo Paes (PSD-RJ), do Rio de Janeiro, e Ricardo Nunes (MDB-SP), de São Paulo, têm 531 mil e 510 mil seguidores, respectivamente.

Eleito para comandar capital pernambucana após vencer a prima Marília Arraes (Solidariedade-PE), então filiada ao PT, na eleição de 2020, Campos entra no ano que vai disputar a reeleição com a gestão aprovada por 81% dos recifenses segundo pesquisa AtlasIntel realizada entre os dias 18 e 31 de dezembro. Numericamente, ele é o gestor municipal mais bem avaliado entre as capitais brasileiras, mas está tecnicamente empatado com Arthur Henrique (MDB-RR), de Boa Vista (RR), com 80%, e David Almeida (Avante-AM), de Manaus (AM), com 79%.

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“Ele tem se comunicado de um jeito mais leve, que foge da lógica da polarização política”, avalia Andrei Roman, diretor do instituto, que considera que Campos se beneficia do fato de pertencer a um partido de centro-esquerda que rivaliza com o PT no contexto local. “É difícil colocá-lo em uma caixinha ideológica”, diz.

O fato de ele ocupar um cargo no Poder Executivo, que lida com temas do dia a dia da população, também facilita a forma de comunicação mais direta. Roman compara a situação de Campos com a da namorada dele, a deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP). “Ela é muito criticada tanto pela direita como pela esquerda porque ela se posiciona sobre temas que estão nesse ‘Fla x Flu’ ideológico e que polarizam”, disse o especialista.

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PT teme chapa pura

O desempenho de João Campos nas pesquisas tem gerado temor no PT. A princípio, o partido indicaria o vice na chapa à reeleição. Dessa forma, se o prefeito deixar o cargo para disputar o governo de Pernambuco em 2026, um petista passaria a comandar a prefeitura de Recife.

Porém, o partido passou a levar a sério a possibilidade de Campos ignorar a articulação e indicar um vice do seu próprio grupo político para formar uma chapa pura. Essa percepção foi reforçada pela pesquisa Jornal do Commercio/Ipespe, que coloca o atual prefeito como favorito na disputa, com 62% das intenções de voto já no primeiro turno. O segundo colocado é o petista João Paulo (PT-PE), com 13%.

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A avaliação em parte do PT é que, neste cenário, Campos pode considerar que não precisa do apoio da sigla para vencer a eleição. A pesquisa foi realizada entre os dias 21 e 23 de dezembro e a margem de erro é de 3,2 pontos percentuais.

“Se ele não concordar em ceder vice, a decisão do PT de ter candidatura própria ou não vai ser tomada pelo diretório nacional”, disse João Paulo ao Estadão, citando uma resolução que determina que a tática eleitoral em cidades com mais de 100 mil habitantes será decidida pela instância superior do partido. Atualmente deputado estadual, o petista já governou Recife entre 2001 e 2009.

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Presidente do PSB de Pernambuco, Sileno Guedes declarou por meio da assessoria de imprensa da sigla que Campos está focado na gestão da capital pernambucana e que há tempo até a tomada de decisão sobre a composição da chapa, que precisa ser informada à Justiça Eleitoral em agosto. “Por isso, o PSB não comenta o assunto neste momento”, disse.

Prefeito criticou corrupção petista

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A relação de João Campos com o PT é conturbada. Em 2020, ele foi para o segundo turno contra a prima Marília Arraes e adotou discurso fortemente antipetista. Em um debate, disse que sequer era possível contar nos dedos das mãos o número de petistas condenados à corrupção e que não aceitaria indicações políticas do PT em seu governo.

A promessa foi descumprida no início deste ano, quando o partido indicou dois secretários na prefeitura de Recife. Antes disso, Campos já havia se reaproximado da legenda ao apoiar a candidatura presidencial de Lula (PT) em 2022.

Ao mesmo tempo em que abriu espaço para os petistas em sua gestão, Campos também se aproximou do grupo do ex-líder do governo de Jair Bolsonaro (PL) no Senado, Fernando Bezerra Coelho. Filho do ex-senador, Antônio Coelho (União) se tornou secretário de Turismo de Recife.

Antônio Coelho, filho de ex-líder do governo Bolsonaro, é empossado como secretário por João Campos Foto: Marlon Diego/ PCR

O pré-candidato dos bolsonaristas na cidade é o ex-ministro do Turismo, Gilson Machado (PL-PE). Ele assumiu o comando do PL da capital pernambucana em dezembro em uma cerimônia que teve a presença de Bolsonaro e do presidente nacional do partido, Valdemar Costa Neto. Outra força política em Pernambuco, a governadora Raquel Lyra (PSDB-PE), tende a apoiar a candidatura do secretário estadual de Turismo, Daniel Coelho (Cidadania-PE).

Em um dos vídeos mais assistidos em seu perfil do Instagram nas últimas semanas, o prefeito de Recife, João Campos (PSB-PE), 30, discursava durante a entrega de uma obra quando foi interrompido por um acidente. “Eita peste. Bateu foi, Dondinho?”, reagiu o mandatário, rindo. O drone que realizava a gravação havia se chocado contra uma parede e caído.

Bisneto de Miguel Arraes e filho de Eduardo Campos, que já governaram Pernambuco em cinco ocasiões, João Campos é quase um influenciador digital. Apostando em vídeos curtos, linguagem leve e bom humor para divulgar as ações de sua administração, o prefeito já cantou música de Alceu Valença, pediu bença para Ivete Sangalo e brinca frequentemente com a possibilidade de “nevar” — descolorir — o cabelo para o Carnaval.

“Gente, esse prefeito é assim tão querido mesmo? Ou os comentários são irônicos? Pergunto com toda a sinceridade. Sou de Aracaju/SE e os algoritmos me trouxeram até aqui”, comentou uma advogada no vídeo do drone. A reportagem tentou entrevistar Campos, mas ele está de férias.

João Campos é o prefeito com mais seguidores no Instagram entre os mandatários das capitais estaduais Foto: Marlon Diego/ PCR

Com 1,1 milhão de seguidores, Campos é o prefeito de capital mais popular no Instagram e comentários de perfis de outras cidades e Estados são comuns. Ele também virou meme com a expressão “meu prefeito”, que precede a maioria dos comentários em suas postagens. “Meu prefeito, se quiser eu aprendo a voar só pra te filmar”, escreveu um seguidor. “Meu prefeito, tenho dois filhos! Se o senhor quiser, um voa e a outra filma”, disse outra. Como comparação, Eduardo Paes (PSD-RJ), do Rio de Janeiro, e Ricardo Nunes (MDB-SP), de São Paulo, têm 531 mil e 510 mil seguidores, respectivamente.

Eleito para comandar capital pernambucana após vencer a prima Marília Arraes (Solidariedade-PE), então filiada ao PT, na eleição de 2020, Campos entra no ano que vai disputar a reeleição com a gestão aprovada por 81% dos recifenses segundo pesquisa AtlasIntel realizada entre os dias 18 e 31 de dezembro. Numericamente, ele é o gestor municipal mais bem avaliado entre as capitais brasileiras, mas está tecnicamente empatado com Arthur Henrique (MDB-RR), de Boa Vista (RR), com 80%, e David Almeida (Avante-AM), de Manaus (AM), com 79%.

“Ele tem se comunicado de um jeito mais leve, que foge da lógica da polarização política”, avalia Andrei Roman, diretor do instituto, que considera que Campos se beneficia do fato de pertencer a um partido de centro-esquerda que rivaliza com o PT no contexto local. “É difícil colocá-lo em uma caixinha ideológica”, diz.

O fato de ele ocupar um cargo no Poder Executivo, que lida com temas do dia a dia da população, também facilita a forma de comunicação mais direta. Roman compara a situação de Campos com a da namorada dele, a deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP). “Ela é muito criticada tanto pela direita como pela esquerda porque ela se posiciona sobre temas que estão nesse ‘Fla x Flu’ ideológico e que polarizam”, disse o especialista.

PT teme chapa pura

O desempenho de João Campos nas pesquisas tem gerado temor no PT. A princípio, o partido indicaria o vice na chapa à reeleição. Dessa forma, se o prefeito deixar o cargo para disputar o governo de Pernambuco em 2026, um petista passaria a comandar a prefeitura de Recife.

Porém, o partido passou a levar a sério a possibilidade de Campos ignorar a articulação e indicar um vice do seu próprio grupo político para formar uma chapa pura. Essa percepção foi reforçada pela pesquisa Jornal do Commercio/Ipespe, que coloca o atual prefeito como favorito na disputa, com 62% das intenções de voto já no primeiro turno. O segundo colocado é o petista João Paulo (PT-PE), com 13%.

A avaliação em parte do PT é que, neste cenário, Campos pode considerar que não precisa do apoio da sigla para vencer a eleição. A pesquisa foi realizada entre os dias 21 e 23 de dezembro e a margem de erro é de 3,2 pontos percentuais.

“Se ele não concordar em ceder vice, a decisão do PT de ter candidatura própria ou não vai ser tomada pelo diretório nacional”, disse João Paulo ao Estadão, citando uma resolução que determina que a tática eleitoral em cidades com mais de 100 mil habitantes será decidida pela instância superior do partido. Atualmente deputado estadual, o petista já governou Recife entre 2001 e 2009.

Presidente do PSB de Pernambuco, Sileno Guedes declarou por meio da assessoria de imprensa da sigla que Campos está focado na gestão da capital pernambucana e que há tempo até a tomada de decisão sobre a composição da chapa, que precisa ser informada à Justiça Eleitoral em agosto. “Por isso, o PSB não comenta o assunto neste momento”, disse.

Prefeito criticou corrupção petista

A relação de João Campos com o PT é conturbada. Em 2020, ele foi para o segundo turno contra a prima Marília Arraes e adotou discurso fortemente antipetista. Em um debate, disse que sequer era possível contar nos dedos das mãos o número de petistas condenados à corrupção e que não aceitaria indicações políticas do PT em seu governo.

A promessa foi descumprida no início deste ano, quando o partido indicou dois secretários na prefeitura de Recife. Antes disso, Campos já havia se reaproximado da legenda ao apoiar a candidatura presidencial de Lula (PT) em 2022.

Ao mesmo tempo em que abriu espaço para os petistas em sua gestão, Campos também se aproximou do grupo do ex-líder do governo de Jair Bolsonaro (PL) no Senado, Fernando Bezerra Coelho. Filho do ex-senador, Antônio Coelho (União) se tornou secretário de Turismo de Recife.

Antônio Coelho, filho de ex-líder do governo Bolsonaro, é empossado como secretário por João Campos Foto: Marlon Diego/ PCR

O pré-candidato dos bolsonaristas na cidade é o ex-ministro do Turismo, Gilson Machado (PL-PE). Ele assumiu o comando do PL da capital pernambucana em dezembro em uma cerimônia que teve a presença de Bolsonaro e do presidente nacional do partido, Valdemar Costa Neto. Outra força política em Pernambuco, a governadora Raquel Lyra (PSDB-PE), tende a apoiar a candidatura do secretário estadual de Turismo, Daniel Coelho (Cidadania-PE).

Em um dos vídeos mais assistidos em seu perfil do Instagram nas últimas semanas, o prefeito de Recife, João Campos (PSB-PE), 30, discursava durante a entrega de uma obra quando foi interrompido por um acidente. “Eita peste. Bateu foi, Dondinho?”, reagiu o mandatário, rindo. O drone que realizava a gravação havia se chocado contra uma parede e caído.

Bisneto de Miguel Arraes e filho de Eduardo Campos, que já governaram Pernambuco em cinco ocasiões, João Campos é quase um influenciador digital. Apostando em vídeos curtos, linguagem leve e bom humor para divulgar as ações de sua administração, o prefeito já cantou música de Alceu Valença, pediu bença para Ivete Sangalo e brinca frequentemente com a possibilidade de “nevar” — descolorir — o cabelo para o Carnaval.

“Gente, esse prefeito é assim tão querido mesmo? Ou os comentários são irônicos? Pergunto com toda a sinceridade. Sou de Aracaju/SE e os algoritmos me trouxeram até aqui”, comentou uma advogada no vídeo do drone. A reportagem tentou entrevistar Campos, mas ele está de férias.

João Campos é o prefeito com mais seguidores no Instagram entre os mandatários das capitais estaduais Foto: Marlon Diego/ PCR

Com 1,1 milhão de seguidores, Campos é o prefeito de capital mais popular no Instagram e comentários de perfis de outras cidades e Estados são comuns. Ele também virou meme com a expressão “meu prefeito”, que precede a maioria dos comentários em suas postagens. “Meu prefeito, se quiser eu aprendo a voar só pra te filmar”, escreveu um seguidor. “Meu prefeito, tenho dois filhos! Se o senhor quiser, um voa e a outra filma”, disse outra. Como comparação, Eduardo Paes (PSD-RJ), do Rio de Janeiro, e Ricardo Nunes (MDB-SP), de São Paulo, têm 531 mil e 510 mil seguidores, respectivamente.

Eleito para comandar capital pernambucana após vencer a prima Marília Arraes (Solidariedade-PE), então filiada ao PT, na eleição de 2020, Campos entra no ano que vai disputar a reeleição com a gestão aprovada por 81% dos recifenses segundo pesquisa AtlasIntel realizada entre os dias 18 e 31 de dezembro. Numericamente, ele é o gestor municipal mais bem avaliado entre as capitais brasileiras, mas está tecnicamente empatado com Arthur Henrique (MDB-RR), de Boa Vista (RR), com 80%, e David Almeida (Avante-AM), de Manaus (AM), com 79%.

“Ele tem se comunicado de um jeito mais leve, que foge da lógica da polarização política”, avalia Andrei Roman, diretor do instituto, que considera que Campos se beneficia do fato de pertencer a um partido de centro-esquerda que rivaliza com o PT no contexto local. “É difícil colocá-lo em uma caixinha ideológica”, diz.

O fato de ele ocupar um cargo no Poder Executivo, que lida com temas do dia a dia da população, também facilita a forma de comunicação mais direta. Roman compara a situação de Campos com a da namorada dele, a deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP). “Ela é muito criticada tanto pela direita como pela esquerda porque ela se posiciona sobre temas que estão nesse ‘Fla x Flu’ ideológico e que polarizam”, disse o especialista.

PT teme chapa pura

O desempenho de João Campos nas pesquisas tem gerado temor no PT. A princípio, o partido indicaria o vice na chapa à reeleição. Dessa forma, se o prefeito deixar o cargo para disputar o governo de Pernambuco em 2026, um petista passaria a comandar a prefeitura de Recife.

Porém, o partido passou a levar a sério a possibilidade de Campos ignorar a articulação e indicar um vice do seu próprio grupo político para formar uma chapa pura. Essa percepção foi reforçada pela pesquisa Jornal do Commercio/Ipespe, que coloca o atual prefeito como favorito na disputa, com 62% das intenções de voto já no primeiro turno. O segundo colocado é o petista João Paulo (PT-PE), com 13%.

A avaliação em parte do PT é que, neste cenário, Campos pode considerar que não precisa do apoio da sigla para vencer a eleição. A pesquisa foi realizada entre os dias 21 e 23 de dezembro e a margem de erro é de 3,2 pontos percentuais.

“Se ele não concordar em ceder vice, a decisão do PT de ter candidatura própria ou não vai ser tomada pelo diretório nacional”, disse João Paulo ao Estadão, citando uma resolução que determina que a tática eleitoral em cidades com mais de 100 mil habitantes será decidida pela instância superior do partido. Atualmente deputado estadual, o petista já governou Recife entre 2001 e 2009.

Presidente do PSB de Pernambuco, Sileno Guedes declarou por meio da assessoria de imprensa da sigla que Campos está focado na gestão da capital pernambucana e que há tempo até a tomada de decisão sobre a composição da chapa, que precisa ser informada à Justiça Eleitoral em agosto. “Por isso, o PSB não comenta o assunto neste momento”, disse.

Prefeito criticou corrupção petista

A relação de João Campos com o PT é conturbada. Em 2020, ele foi para o segundo turno contra a prima Marília Arraes e adotou discurso fortemente antipetista. Em um debate, disse que sequer era possível contar nos dedos das mãos o número de petistas condenados à corrupção e que não aceitaria indicações políticas do PT em seu governo.

A promessa foi descumprida no início deste ano, quando o partido indicou dois secretários na prefeitura de Recife. Antes disso, Campos já havia se reaproximado da legenda ao apoiar a candidatura presidencial de Lula (PT) em 2022.

Ao mesmo tempo em que abriu espaço para os petistas em sua gestão, Campos também se aproximou do grupo do ex-líder do governo de Jair Bolsonaro (PL) no Senado, Fernando Bezerra Coelho. Filho do ex-senador, Antônio Coelho (União) se tornou secretário de Turismo de Recife.

Antônio Coelho, filho de ex-líder do governo Bolsonaro, é empossado como secretário por João Campos Foto: Marlon Diego/ PCR

O pré-candidato dos bolsonaristas na cidade é o ex-ministro do Turismo, Gilson Machado (PL-PE). Ele assumiu o comando do PL da capital pernambucana em dezembro em uma cerimônia que teve a presença de Bolsonaro e do presidente nacional do partido, Valdemar Costa Neto. Outra força política em Pernambuco, a governadora Raquel Lyra (PSDB-PE), tende a apoiar a candidatura do secretário estadual de Turismo, Daniel Coelho (Cidadania-PE).

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