O jogo da democracia no Brasil e no mundo

Faça política, não faça guerra


Para atrair os jovens, os políticos precisam criar um debate mais civilizado

Por João Gabriel de Lima

Num momento em que 2 milhões de cidadãos jovens se tornam aptos a votar nas eleições de outubro, é fundamental ler a pesquisa “Juventudes e Democracia na América Latina”, patrocinada pela rede filantrópica Luminate. Ela quebra vários clichês a respeito do assunto. O principal deles é que os jovens não gostam de política, não querem participar e são céticos quanto à democracia.

“Os jovens querem, sim, participar”, diz a cientista política Camila Rocha, uma das coordenadoras da pesquisa, ao lado da socióloga Esther Solano. “O problema é que muitos deles veem a política como uma guerra, onde opinar pode significar perder o emprego ou brigar com a família”, diz Camila Rocha, entrevistada no minipodcast da semana. Eis uma das conclusões importantes da pesquisa: para atrair os jovens, os políticos precisam criar um debate mais civilizado.

Outro achado é que os jovens raramente procuram os partidos políticos, considerados pouco permeáveis a caras novas e ideias novas. No topo da escala de credibilidade aparecem organizações não governamentais e universidades. Em vez de entrar na juventude dos partidos, os jovens preferem militar no movimento estudantil ou em ONGs com causas claras, como as ambientais, raciais ou de gênero.

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A pesquisa entrevistou em profundidade 60 jovens de 16 a 24 anos na Argentina, no Brasil, na Colômbia e no México. “Uma surpresa para nós foi ver que o comportamento varia pouco de país para país”, diz Camila Rocha. “A pesquisa qualitativa, ao contrário da quantitativa, nos permitiu entender as vontades dos jovens e suas nuances.”

País ganhou mais de 2 milhões de eleitores com idades entre 16 e 18 anos, segundo TSE Foto: Antonio Augusto/TSE

Entre essas vontades, segundo Camila Rocha, destaca-se a reivindicação de ter algum tipo de educação política, que surgiu em todos os países pesquisados. “Os jovens querem entender como as instituições funcionam, e gostariam que isso fizesse parte do currículo formal nas escolas e universidades.”

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A pesquisa cita um artigo dos cientistas políticos Roberto Stefan Foa e Yascha Mounk – este último é o criador do ótimo podcast The Good Fight, O Bom Combate. Eles defendem que partidos, escolas e a imprensa devem mostrar aos jovens que só a política é capaz de resolver os problemas concretos das sociedades.

Não basta, no entanto, só dizer. É preciso fazer. A pesquisa mostra que a geração nativa das redes não é presa fácil de “fake news” – eles sabem checar a veracidade de informações e distinguem sites propagandísticos da imprensa profissional. E, acima de tudo, querem sentir a melhora na prática. Constatar que a geração atual vive melhor que a de seus pais é a melhor propaganda, a longo prazo, para a democracia.

Para saber mais

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Minipodcast com Camila Rocha

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Ouça entrevista com cientista política sobre participação dos jovens na política

A pesquisa sobre juventude e democracia na América Latina

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Artigo de Yascha Mounk e Roberto Stafan Foa sobre juventude e democracia:

Link para o podcast The Good Fight, de Yascha Mounk

Editorial do Estadão sobre eleitores jovens

Num momento em que 2 milhões de cidadãos jovens se tornam aptos a votar nas eleições de outubro, é fundamental ler a pesquisa “Juventudes e Democracia na América Latina”, patrocinada pela rede filantrópica Luminate. Ela quebra vários clichês a respeito do assunto. O principal deles é que os jovens não gostam de política, não querem participar e são céticos quanto à democracia.

“Os jovens querem, sim, participar”, diz a cientista política Camila Rocha, uma das coordenadoras da pesquisa, ao lado da socióloga Esther Solano. “O problema é que muitos deles veem a política como uma guerra, onde opinar pode significar perder o emprego ou brigar com a família”, diz Camila Rocha, entrevistada no minipodcast da semana. Eis uma das conclusões importantes da pesquisa: para atrair os jovens, os políticos precisam criar um debate mais civilizado.

Outro achado é que os jovens raramente procuram os partidos políticos, considerados pouco permeáveis a caras novas e ideias novas. No topo da escala de credibilidade aparecem organizações não governamentais e universidades. Em vez de entrar na juventude dos partidos, os jovens preferem militar no movimento estudantil ou em ONGs com causas claras, como as ambientais, raciais ou de gênero.

A pesquisa entrevistou em profundidade 60 jovens de 16 a 24 anos na Argentina, no Brasil, na Colômbia e no México. “Uma surpresa para nós foi ver que o comportamento varia pouco de país para país”, diz Camila Rocha. “A pesquisa qualitativa, ao contrário da quantitativa, nos permitiu entender as vontades dos jovens e suas nuances.”

País ganhou mais de 2 milhões de eleitores com idades entre 16 e 18 anos, segundo TSE Foto: Antonio Augusto/TSE

Entre essas vontades, segundo Camila Rocha, destaca-se a reivindicação de ter algum tipo de educação política, que surgiu em todos os países pesquisados. “Os jovens querem entender como as instituições funcionam, e gostariam que isso fizesse parte do currículo formal nas escolas e universidades.”

A pesquisa cita um artigo dos cientistas políticos Roberto Stefan Foa e Yascha Mounk – este último é o criador do ótimo podcast The Good Fight, O Bom Combate. Eles defendem que partidos, escolas e a imprensa devem mostrar aos jovens que só a política é capaz de resolver os problemas concretos das sociedades.

Não basta, no entanto, só dizer. É preciso fazer. A pesquisa mostra que a geração nativa das redes não é presa fácil de “fake news” – eles sabem checar a veracidade de informações e distinguem sites propagandísticos da imprensa profissional. E, acima de tudo, querem sentir a melhora na prática. Constatar que a geração atual vive melhor que a de seus pais é a melhor propaganda, a longo prazo, para a democracia.

Para saber mais

Minipodcast com Camila Rocha

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A pesquisa sobre juventude e democracia na América Latina

Artigo de Yascha Mounk e Roberto Stafan Foa sobre juventude e democracia:

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Editorial do Estadão sobre eleitores jovens

Num momento em que 2 milhões de cidadãos jovens se tornam aptos a votar nas eleições de outubro, é fundamental ler a pesquisa “Juventudes e Democracia na América Latina”, patrocinada pela rede filantrópica Luminate. Ela quebra vários clichês a respeito do assunto. O principal deles é que os jovens não gostam de política, não querem participar e são céticos quanto à democracia.

“Os jovens querem, sim, participar”, diz a cientista política Camila Rocha, uma das coordenadoras da pesquisa, ao lado da socióloga Esther Solano. “O problema é que muitos deles veem a política como uma guerra, onde opinar pode significar perder o emprego ou brigar com a família”, diz Camila Rocha, entrevistada no minipodcast da semana. Eis uma das conclusões importantes da pesquisa: para atrair os jovens, os políticos precisam criar um debate mais civilizado.

Outro achado é que os jovens raramente procuram os partidos políticos, considerados pouco permeáveis a caras novas e ideias novas. No topo da escala de credibilidade aparecem organizações não governamentais e universidades. Em vez de entrar na juventude dos partidos, os jovens preferem militar no movimento estudantil ou em ONGs com causas claras, como as ambientais, raciais ou de gênero.

A pesquisa entrevistou em profundidade 60 jovens de 16 a 24 anos na Argentina, no Brasil, na Colômbia e no México. “Uma surpresa para nós foi ver que o comportamento varia pouco de país para país”, diz Camila Rocha. “A pesquisa qualitativa, ao contrário da quantitativa, nos permitiu entender as vontades dos jovens e suas nuances.”

País ganhou mais de 2 milhões de eleitores com idades entre 16 e 18 anos, segundo TSE Foto: Antonio Augusto/TSE

Entre essas vontades, segundo Camila Rocha, destaca-se a reivindicação de ter algum tipo de educação política, que surgiu em todos os países pesquisados. “Os jovens querem entender como as instituições funcionam, e gostariam que isso fizesse parte do currículo formal nas escolas e universidades.”

A pesquisa cita um artigo dos cientistas políticos Roberto Stefan Foa e Yascha Mounk – este último é o criador do ótimo podcast The Good Fight, O Bom Combate. Eles defendem que partidos, escolas e a imprensa devem mostrar aos jovens que só a política é capaz de resolver os problemas concretos das sociedades.

Não basta, no entanto, só dizer. É preciso fazer. A pesquisa mostra que a geração nativa das redes não é presa fácil de “fake news” – eles sabem checar a veracidade de informações e distinguem sites propagandísticos da imprensa profissional. E, acima de tudo, querem sentir a melhora na prática. Constatar que a geração atual vive melhor que a de seus pais é a melhor propaganda, a longo prazo, para a democracia.

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A pesquisa sobre juventude e democracia na América Latina

Artigo de Yascha Mounk e Roberto Stafan Foa sobre juventude e democracia:

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Editorial do Estadão sobre eleitores jovens

Num momento em que 2 milhões de cidadãos jovens se tornam aptos a votar nas eleições de outubro, é fundamental ler a pesquisa “Juventudes e Democracia na América Latina”, patrocinada pela rede filantrópica Luminate. Ela quebra vários clichês a respeito do assunto. O principal deles é que os jovens não gostam de política, não querem participar e são céticos quanto à democracia.

“Os jovens querem, sim, participar”, diz a cientista política Camila Rocha, uma das coordenadoras da pesquisa, ao lado da socióloga Esther Solano. “O problema é que muitos deles veem a política como uma guerra, onde opinar pode significar perder o emprego ou brigar com a família”, diz Camila Rocha, entrevistada no minipodcast da semana. Eis uma das conclusões importantes da pesquisa: para atrair os jovens, os políticos precisam criar um debate mais civilizado.

Outro achado é que os jovens raramente procuram os partidos políticos, considerados pouco permeáveis a caras novas e ideias novas. No topo da escala de credibilidade aparecem organizações não governamentais e universidades. Em vez de entrar na juventude dos partidos, os jovens preferem militar no movimento estudantil ou em ONGs com causas claras, como as ambientais, raciais ou de gênero.

A pesquisa entrevistou em profundidade 60 jovens de 16 a 24 anos na Argentina, no Brasil, na Colômbia e no México. “Uma surpresa para nós foi ver que o comportamento varia pouco de país para país”, diz Camila Rocha. “A pesquisa qualitativa, ao contrário da quantitativa, nos permitiu entender as vontades dos jovens e suas nuances.”

País ganhou mais de 2 milhões de eleitores com idades entre 16 e 18 anos, segundo TSE Foto: Antonio Augusto/TSE

Entre essas vontades, segundo Camila Rocha, destaca-se a reivindicação de ter algum tipo de educação política, que surgiu em todos os países pesquisados. “Os jovens querem entender como as instituições funcionam, e gostariam que isso fizesse parte do currículo formal nas escolas e universidades.”

A pesquisa cita um artigo dos cientistas políticos Roberto Stefan Foa e Yascha Mounk – este último é o criador do ótimo podcast The Good Fight, O Bom Combate. Eles defendem que partidos, escolas e a imprensa devem mostrar aos jovens que só a política é capaz de resolver os problemas concretos das sociedades.

Não basta, no entanto, só dizer. É preciso fazer. A pesquisa mostra que a geração nativa das redes não é presa fácil de “fake news” – eles sabem checar a veracidade de informações e distinguem sites propagandísticos da imprensa profissional. E, acima de tudo, querem sentir a melhora na prática. Constatar que a geração atual vive melhor que a de seus pais é a melhor propaganda, a longo prazo, para a democracia.

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A pesquisa sobre juventude e democracia na América Latina

Artigo de Yascha Mounk e Roberto Stafan Foa sobre juventude e democracia:

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Editorial do Estadão sobre eleitores jovens

Num momento em que 2 milhões de cidadãos jovens se tornam aptos a votar nas eleições de outubro, é fundamental ler a pesquisa “Juventudes e Democracia na América Latina”, patrocinada pela rede filantrópica Luminate. Ela quebra vários clichês a respeito do assunto. O principal deles é que os jovens não gostam de política, não querem participar e são céticos quanto à democracia.

“Os jovens querem, sim, participar”, diz a cientista política Camila Rocha, uma das coordenadoras da pesquisa, ao lado da socióloga Esther Solano. “O problema é que muitos deles veem a política como uma guerra, onde opinar pode significar perder o emprego ou brigar com a família”, diz Camila Rocha, entrevistada no minipodcast da semana. Eis uma das conclusões importantes da pesquisa: para atrair os jovens, os políticos precisam criar um debate mais civilizado.

Outro achado é que os jovens raramente procuram os partidos políticos, considerados pouco permeáveis a caras novas e ideias novas. No topo da escala de credibilidade aparecem organizações não governamentais e universidades. Em vez de entrar na juventude dos partidos, os jovens preferem militar no movimento estudantil ou em ONGs com causas claras, como as ambientais, raciais ou de gênero.

A pesquisa entrevistou em profundidade 60 jovens de 16 a 24 anos na Argentina, no Brasil, na Colômbia e no México. “Uma surpresa para nós foi ver que o comportamento varia pouco de país para país”, diz Camila Rocha. “A pesquisa qualitativa, ao contrário da quantitativa, nos permitiu entender as vontades dos jovens e suas nuances.”

País ganhou mais de 2 milhões de eleitores com idades entre 16 e 18 anos, segundo TSE Foto: Antonio Augusto/TSE

Entre essas vontades, segundo Camila Rocha, destaca-se a reivindicação de ter algum tipo de educação política, que surgiu em todos os países pesquisados. “Os jovens querem entender como as instituições funcionam, e gostariam que isso fizesse parte do currículo formal nas escolas e universidades.”

A pesquisa cita um artigo dos cientistas políticos Roberto Stefan Foa e Yascha Mounk – este último é o criador do ótimo podcast The Good Fight, O Bom Combate. Eles defendem que partidos, escolas e a imprensa devem mostrar aos jovens que só a política é capaz de resolver os problemas concretos das sociedades.

Não basta, no entanto, só dizer. É preciso fazer. A pesquisa mostra que a geração nativa das redes não é presa fácil de “fake news” – eles sabem checar a veracidade de informações e distinguem sites propagandísticos da imprensa profissional. E, acima de tudo, querem sentir a melhora na prática. Constatar que a geração atual vive melhor que a de seus pais é a melhor propaganda, a longo prazo, para a democracia.

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