O jogo da democracia no Brasil e no mundo

O irmão diplomata e o ‘Lula de direita’


Diante da necessidade de reconstruir pontes com a União Europeia, o petista sempre pode contar com a ajuda de seu irmão português

Por João Gabriel de Lima

Se Chico Buarque tinha um irmão alemão - um cantor obscuro da antiga Berlim Oriental - Lula tem um irmão diplomata: o próprio Chico Buarque. Toda a tensão que acompanhou a primeira visita do presidente brasileiro à Europa se desfez em Sintra, onde Chico recebeu o Prêmio Camões. O autor de “Vai Passar” agrada brasileiros e portugueses, gregos e troianos, petistas e tucanos - é apoiador de Lula e já fez jingles de campanha para Fernando Henrique.

A tensão vinha de declarações desencontradas de Lula antes da viagem, que criaram dúvidas sobre a posição brasileira na guerra da Ucrânia. A imprensa europeia fez a lição de casa e crivou o presidente brasileiro de perguntas. Lula esclareceu: o Brasil reconhece a Rússia como Estado invasor, não pretende entrar no conflito militar, e se coloca à disposição para negociações. Passou-se, assim, à fase seguinte do videogame, que tem interesse especial para nós: o acordo entre Mercosul e União Europeia.

A foto de Lula, Chico Buarque e Marcelo Rebelo de Sousa em Sintra viralizou nas redes sociais. Foto: Ricardo Stuckert/PR
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O Brasil ainda precisa reconstruir pontes com alguns países da UE, mas não precisa enviar armas para a Ucrânia para estreitar laços, de acordo com Daniel Pineu, professor de Relações Internacionais da Universidade de Amsterdam.

“Existem pautas que já são próprias do Brasil e se casam com os valores europeus, como as causas ambientais ou LGBTQI”, diz Pineu, entrevistado no minipodcast da semana.

A discussão sobre a área ambiental será intensa na negociação do acordo. O Brasil tenta evitar que a questão do desmatamento sirva de pretexto para sanções comerciais. Como afirmou o Estadão em editorial, o Brasil poderia colocar na mesa um aumento do orçamento do Ministério do Meio Ambiente, além de recompor as instâncias de fiscalização.

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A área dos direitos humanos também conta. “O Brasil poderia condenar, por exemplo, a violação de direitos da população LGBTQI na Rússia”, diz Pineu. “Não atrapalharia a relação comercial entre os dois países – e, de resto, o Brasil não depende tanto assim da Rússia quanto depende da China”. Criticar a prisão de jornalistas em ditaduras como a da Nicarágua também ajudaria a marcar posição.

A foto de Lula, Chico Buarque e Marcelo Rebelo de Sousa em Sintra viralizou nas redes sociais. Com seu jeitão informal – em seu país ele é chamado apenas de Marcelo -, o presidente português tem estilo semelhante ao do brasileiro, com quem tem bom relacionamento.

Marcelo seria um “Lula de direita” – ou, como me disse um amigo português, Lula seria um “Marcelo de esquerda”. Diante da necessidade de reconstruir pontes com a União Europeia, Lula sempre pode contar com a ajuda de seu irmão português.

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Ouça entrevista com o professor de Relações Internacionais da Universidade de Amsterdam

Se Chico Buarque tinha um irmão alemão - um cantor obscuro da antiga Berlim Oriental - Lula tem um irmão diplomata: o próprio Chico Buarque. Toda a tensão que acompanhou a primeira visita do presidente brasileiro à Europa se desfez em Sintra, onde Chico recebeu o Prêmio Camões. O autor de “Vai Passar” agrada brasileiros e portugueses, gregos e troianos, petistas e tucanos - é apoiador de Lula e já fez jingles de campanha para Fernando Henrique.

A tensão vinha de declarações desencontradas de Lula antes da viagem, que criaram dúvidas sobre a posição brasileira na guerra da Ucrânia. A imprensa europeia fez a lição de casa e crivou o presidente brasileiro de perguntas. Lula esclareceu: o Brasil reconhece a Rússia como Estado invasor, não pretende entrar no conflito militar, e se coloca à disposição para negociações. Passou-se, assim, à fase seguinte do videogame, que tem interesse especial para nós: o acordo entre Mercosul e União Europeia.

A foto de Lula, Chico Buarque e Marcelo Rebelo de Sousa em Sintra viralizou nas redes sociais. Foto: Ricardo Stuckert/PR

O Brasil ainda precisa reconstruir pontes com alguns países da UE, mas não precisa enviar armas para a Ucrânia para estreitar laços, de acordo com Daniel Pineu, professor de Relações Internacionais da Universidade de Amsterdam.

“Existem pautas que já são próprias do Brasil e se casam com os valores europeus, como as causas ambientais ou LGBTQI”, diz Pineu, entrevistado no minipodcast da semana.

A discussão sobre a área ambiental será intensa na negociação do acordo. O Brasil tenta evitar que a questão do desmatamento sirva de pretexto para sanções comerciais. Como afirmou o Estadão em editorial, o Brasil poderia colocar na mesa um aumento do orçamento do Ministério do Meio Ambiente, além de recompor as instâncias de fiscalização.

A área dos direitos humanos também conta. “O Brasil poderia condenar, por exemplo, a violação de direitos da população LGBTQI na Rússia”, diz Pineu. “Não atrapalharia a relação comercial entre os dois países – e, de resto, o Brasil não depende tanto assim da Rússia quanto depende da China”. Criticar a prisão de jornalistas em ditaduras como a da Nicarágua também ajudaria a marcar posição.

A foto de Lula, Chico Buarque e Marcelo Rebelo de Sousa em Sintra viralizou nas redes sociais. Com seu jeitão informal – em seu país ele é chamado apenas de Marcelo -, o presidente português tem estilo semelhante ao do brasileiro, com quem tem bom relacionamento.

Marcelo seria um “Lula de direita” – ou, como me disse um amigo português, Lula seria um “Marcelo de esquerda”. Diante da necessidade de reconstruir pontes com a União Europeia, Lula sempre pode contar com a ajuda de seu irmão português.

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Se Chico Buarque tinha um irmão alemão - um cantor obscuro da antiga Berlim Oriental - Lula tem um irmão diplomata: o próprio Chico Buarque. Toda a tensão que acompanhou a primeira visita do presidente brasileiro à Europa se desfez em Sintra, onde Chico recebeu o Prêmio Camões. O autor de “Vai Passar” agrada brasileiros e portugueses, gregos e troianos, petistas e tucanos - é apoiador de Lula e já fez jingles de campanha para Fernando Henrique.

A tensão vinha de declarações desencontradas de Lula antes da viagem, que criaram dúvidas sobre a posição brasileira na guerra da Ucrânia. A imprensa europeia fez a lição de casa e crivou o presidente brasileiro de perguntas. Lula esclareceu: o Brasil reconhece a Rússia como Estado invasor, não pretende entrar no conflito militar, e se coloca à disposição para negociações. Passou-se, assim, à fase seguinte do videogame, que tem interesse especial para nós: o acordo entre Mercosul e União Europeia.

A foto de Lula, Chico Buarque e Marcelo Rebelo de Sousa em Sintra viralizou nas redes sociais. Foto: Ricardo Stuckert/PR

O Brasil ainda precisa reconstruir pontes com alguns países da UE, mas não precisa enviar armas para a Ucrânia para estreitar laços, de acordo com Daniel Pineu, professor de Relações Internacionais da Universidade de Amsterdam.

“Existem pautas que já são próprias do Brasil e se casam com os valores europeus, como as causas ambientais ou LGBTQI”, diz Pineu, entrevistado no minipodcast da semana.

A discussão sobre a área ambiental será intensa na negociação do acordo. O Brasil tenta evitar que a questão do desmatamento sirva de pretexto para sanções comerciais. Como afirmou o Estadão em editorial, o Brasil poderia colocar na mesa um aumento do orçamento do Ministério do Meio Ambiente, além de recompor as instâncias de fiscalização.

A área dos direitos humanos também conta. “O Brasil poderia condenar, por exemplo, a violação de direitos da população LGBTQI na Rússia”, diz Pineu. “Não atrapalharia a relação comercial entre os dois países – e, de resto, o Brasil não depende tanto assim da Rússia quanto depende da China”. Criticar a prisão de jornalistas em ditaduras como a da Nicarágua também ajudaria a marcar posição.

A foto de Lula, Chico Buarque e Marcelo Rebelo de Sousa em Sintra viralizou nas redes sociais. Com seu jeitão informal – em seu país ele é chamado apenas de Marcelo -, o presidente português tem estilo semelhante ao do brasileiro, com quem tem bom relacionamento.

Marcelo seria um “Lula de direita” – ou, como me disse um amigo português, Lula seria um “Marcelo de esquerda”. Diante da necessidade de reconstruir pontes com a União Europeia, Lula sempre pode contar com a ajuda de seu irmão português.

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Se Chico Buarque tinha um irmão alemão - um cantor obscuro da antiga Berlim Oriental - Lula tem um irmão diplomata: o próprio Chico Buarque. Toda a tensão que acompanhou a primeira visita do presidente brasileiro à Europa se desfez em Sintra, onde Chico recebeu o Prêmio Camões. O autor de “Vai Passar” agrada brasileiros e portugueses, gregos e troianos, petistas e tucanos - é apoiador de Lula e já fez jingles de campanha para Fernando Henrique.

A tensão vinha de declarações desencontradas de Lula antes da viagem, que criaram dúvidas sobre a posição brasileira na guerra da Ucrânia. A imprensa europeia fez a lição de casa e crivou o presidente brasileiro de perguntas. Lula esclareceu: o Brasil reconhece a Rússia como Estado invasor, não pretende entrar no conflito militar, e se coloca à disposição para negociações. Passou-se, assim, à fase seguinte do videogame, que tem interesse especial para nós: o acordo entre Mercosul e União Europeia.

A foto de Lula, Chico Buarque e Marcelo Rebelo de Sousa em Sintra viralizou nas redes sociais. Foto: Ricardo Stuckert/PR

O Brasil ainda precisa reconstruir pontes com alguns países da UE, mas não precisa enviar armas para a Ucrânia para estreitar laços, de acordo com Daniel Pineu, professor de Relações Internacionais da Universidade de Amsterdam.

“Existem pautas que já são próprias do Brasil e se casam com os valores europeus, como as causas ambientais ou LGBTQI”, diz Pineu, entrevistado no minipodcast da semana.

A discussão sobre a área ambiental será intensa na negociação do acordo. O Brasil tenta evitar que a questão do desmatamento sirva de pretexto para sanções comerciais. Como afirmou o Estadão em editorial, o Brasil poderia colocar na mesa um aumento do orçamento do Ministério do Meio Ambiente, além de recompor as instâncias de fiscalização.

A área dos direitos humanos também conta. “O Brasil poderia condenar, por exemplo, a violação de direitos da população LGBTQI na Rússia”, diz Pineu. “Não atrapalharia a relação comercial entre os dois países – e, de resto, o Brasil não depende tanto assim da Rússia quanto depende da China”. Criticar a prisão de jornalistas em ditaduras como a da Nicarágua também ajudaria a marcar posição.

A foto de Lula, Chico Buarque e Marcelo Rebelo de Sousa em Sintra viralizou nas redes sociais. Com seu jeitão informal – em seu país ele é chamado apenas de Marcelo -, o presidente português tem estilo semelhante ao do brasileiro, com quem tem bom relacionamento.

Marcelo seria um “Lula de direita” – ou, como me disse um amigo português, Lula seria um “Marcelo de esquerda”. Diante da necessidade de reconstruir pontes com a União Europeia, Lula sempre pode contar com a ajuda de seu irmão português.

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Se Chico Buarque tinha um irmão alemão - um cantor obscuro da antiga Berlim Oriental - Lula tem um irmão diplomata: o próprio Chico Buarque. Toda a tensão que acompanhou a primeira visita do presidente brasileiro à Europa se desfez em Sintra, onde Chico recebeu o Prêmio Camões. O autor de “Vai Passar” agrada brasileiros e portugueses, gregos e troianos, petistas e tucanos - é apoiador de Lula e já fez jingles de campanha para Fernando Henrique.

A tensão vinha de declarações desencontradas de Lula antes da viagem, que criaram dúvidas sobre a posição brasileira na guerra da Ucrânia. A imprensa europeia fez a lição de casa e crivou o presidente brasileiro de perguntas. Lula esclareceu: o Brasil reconhece a Rússia como Estado invasor, não pretende entrar no conflito militar, e se coloca à disposição para negociações. Passou-se, assim, à fase seguinte do videogame, que tem interesse especial para nós: o acordo entre Mercosul e União Europeia.

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O Brasil ainda precisa reconstruir pontes com alguns países da UE, mas não precisa enviar armas para a Ucrânia para estreitar laços, de acordo com Daniel Pineu, professor de Relações Internacionais da Universidade de Amsterdam.

“Existem pautas que já são próprias do Brasil e se casam com os valores europeus, como as causas ambientais ou LGBTQI”, diz Pineu, entrevistado no minipodcast da semana.

A discussão sobre a área ambiental será intensa na negociação do acordo. O Brasil tenta evitar que a questão do desmatamento sirva de pretexto para sanções comerciais. Como afirmou o Estadão em editorial, o Brasil poderia colocar na mesa um aumento do orçamento do Ministério do Meio Ambiente, além de recompor as instâncias de fiscalização.

A área dos direitos humanos também conta. “O Brasil poderia condenar, por exemplo, a violação de direitos da população LGBTQI na Rússia”, diz Pineu. “Não atrapalharia a relação comercial entre os dois países – e, de resto, o Brasil não depende tanto assim da Rússia quanto depende da China”. Criticar a prisão de jornalistas em ditaduras como a da Nicarágua também ajudaria a marcar posição.

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