O jogo da democracia no Brasil e no mundo

Uma força-tarefa para a Amazônia


O tema da Amazônia é uma questão complexa, que não será resolvida por um único ministro

Por João Gabriel de Lima

“O futuro da economia será verde e digital”, sintetizou recentemente, de forma brilhante, a alemã Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia. Para ter alguma relevância no mundo, o Brasil precisa dedicar atenção especial ao vetor “verde”. “A Floresta Amazônica é o que o mundo vê primeiro quando olha para nós”, diz Márcio Astrini, diretor executivo do Observatório do Clima – uma rede que é referência na área ambiental. Astrini é o entrevistado do minipodcast da semana.

O tema da Amazônia, em suas facetas humana e econômica, apareceu em vários discursos de posse ao longo da semana, de Marina Silva a Geraldo Alckmin, de Sonia Guajajara a Simone Tebet. É um bom sinal. Trata-se de uma questão complexa, que não será resolvida por um único ministro. É necessária uma força-tarefa.

O desafio da Amazônia é imenso e urgente. O novo governo será julgado, em grande medida, por sua capacidade de enfrentá-lo. Vale escalar uma força-tarefa de ministros. Foto: Wilton Junior/Estadão
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O governo Jair Bolsonaro ressuscitou a ocupação predatória no estilo “vale-tudo” criada no regime militar. Nos dois casos, o fracasso foi retumbante. No passado e no presente, o crime organizado proliferou na região, com a conexão entre garimpo ilegal, pirataria madeireira e tráfico de drogas. “Parte da população acaba tirando sustento de atividades criminosas, o que é uma tragédia”, diz Astrini.

Um capítulo do esplêndido livro Arrabalde, de João Moreira Salles, ilustra essa equação perversa. O autor narra como a cidade de Ourilândia do Norte, no Pará, viveu, durante o regime militar, um ciclo de prosperidade ancorado no crime. Ao mesmo tempo, devastou a floresta à sua volta. “É preciso gerar atividades econômicas lícitas para dar alternativa aos que subsistem na ilegalidade”, afirma Astrini.

Estudos recentes mostram que é possível criar empregos e desenvolver atividades inovadoras na Amazônia sem cortar nenhuma árvore a mais. A área já desmatada é do tamanho do Reino Unido – ou seja, sobram terras. As oportunidades estão no aumento da produtividade, no reflorestamento e no uso inteligente dos recursos nativos.

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O primeiro passo é combater a grilagem, que nada mais é que o roubo de terra pública. Esse tipo de crime inibe a agenda de produtividade, pois a pirataria fundiária dá mais lucro que investir em atividades lícitas. “O novo governo deve deixar claro que irá vetar quaisquer projetos que incentivem a grilagem. Há alguns no Congresso”, diz Astrini.

O desafio da Amazônia é imenso e urgente. O novo governo será julgado, em grande medida, por sua capacidade de enfrentá-lo. Vale escalar uma força-tarefa de ministros. Todos sabem para onde caminha a economia do futuro, e o Brasil não pode ficar preso aos fracassos do passado – remoto e recente.

Para saber mais

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Mini-podcast com Márcio Astrini

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Site do Observatório do Clima

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Link para o livro “Arrabalde”, de João Moreira Salles

“O futuro da economia será verde e digital”, sintetizou recentemente, de forma brilhante, a alemã Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia. Para ter alguma relevância no mundo, o Brasil precisa dedicar atenção especial ao vetor “verde”. “A Floresta Amazônica é o que o mundo vê primeiro quando olha para nós”, diz Márcio Astrini, diretor executivo do Observatório do Clima – uma rede que é referência na área ambiental. Astrini é o entrevistado do minipodcast da semana.

O tema da Amazônia, em suas facetas humana e econômica, apareceu em vários discursos de posse ao longo da semana, de Marina Silva a Geraldo Alckmin, de Sonia Guajajara a Simone Tebet. É um bom sinal. Trata-se de uma questão complexa, que não será resolvida por um único ministro. É necessária uma força-tarefa.

O desafio da Amazônia é imenso e urgente. O novo governo será julgado, em grande medida, por sua capacidade de enfrentá-lo. Vale escalar uma força-tarefa de ministros. Foto: Wilton Junior/Estadão

O governo Jair Bolsonaro ressuscitou a ocupação predatória no estilo “vale-tudo” criada no regime militar. Nos dois casos, o fracasso foi retumbante. No passado e no presente, o crime organizado proliferou na região, com a conexão entre garimpo ilegal, pirataria madeireira e tráfico de drogas. “Parte da população acaba tirando sustento de atividades criminosas, o que é uma tragédia”, diz Astrini.

Um capítulo do esplêndido livro Arrabalde, de João Moreira Salles, ilustra essa equação perversa. O autor narra como a cidade de Ourilândia do Norte, no Pará, viveu, durante o regime militar, um ciclo de prosperidade ancorado no crime. Ao mesmo tempo, devastou a floresta à sua volta. “É preciso gerar atividades econômicas lícitas para dar alternativa aos que subsistem na ilegalidade”, afirma Astrini.

Estudos recentes mostram que é possível criar empregos e desenvolver atividades inovadoras na Amazônia sem cortar nenhuma árvore a mais. A área já desmatada é do tamanho do Reino Unido – ou seja, sobram terras. As oportunidades estão no aumento da produtividade, no reflorestamento e no uso inteligente dos recursos nativos.

O primeiro passo é combater a grilagem, que nada mais é que o roubo de terra pública. Esse tipo de crime inibe a agenda de produtividade, pois a pirataria fundiária dá mais lucro que investir em atividades lícitas. “O novo governo deve deixar claro que irá vetar quaisquer projetos que incentivem a grilagem. Há alguns no Congresso”, diz Astrini.

O desafio da Amazônia é imenso e urgente. O novo governo será julgado, em grande medida, por sua capacidade de enfrentá-lo. Vale escalar uma força-tarefa de ministros. Todos sabem para onde caminha a economia do futuro, e o Brasil não pode ficar preso aos fracassos do passado – remoto e recente.

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“O futuro da economia será verde e digital”, sintetizou recentemente, de forma brilhante, a alemã Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia. Para ter alguma relevância no mundo, o Brasil precisa dedicar atenção especial ao vetor “verde”. “A Floresta Amazônica é o que o mundo vê primeiro quando olha para nós”, diz Márcio Astrini, diretor executivo do Observatório do Clima – uma rede que é referência na área ambiental. Astrini é o entrevistado do minipodcast da semana.

O tema da Amazônia, em suas facetas humana e econômica, apareceu em vários discursos de posse ao longo da semana, de Marina Silva a Geraldo Alckmin, de Sonia Guajajara a Simone Tebet. É um bom sinal. Trata-se de uma questão complexa, que não será resolvida por um único ministro. É necessária uma força-tarefa.

O desafio da Amazônia é imenso e urgente. O novo governo será julgado, em grande medida, por sua capacidade de enfrentá-lo. Vale escalar uma força-tarefa de ministros. Foto: Wilton Junior/Estadão

O governo Jair Bolsonaro ressuscitou a ocupação predatória no estilo “vale-tudo” criada no regime militar. Nos dois casos, o fracasso foi retumbante. No passado e no presente, o crime organizado proliferou na região, com a conexão entre garimpo ilegal, pirataria madeireira e tráfico de drogas. “Parte da população acaba tirando sustento de atividades criminosas, o que é uma tragédia”, diz Astrini.

Um capítulo do esplêndido livro Arrabalde, de João Moreira Salles, ilustra essa equação perversa. O autor narra como a cidade de Ourilândia do Norte, no Pará, viveu, durante o regime militar, um ciclo de prosperidade ancorado no crime. Ao mesmo tempo, devastou a floresta à sua volta. “É preciso gerar atividades econômicas lícitas para dar alternativa aos que subsistem na ilegalidade”, afirma Astrini.

Estudos recentes mostram que é possível criar empregos e desenvolver atividades inovadoras na Amazônia sem cortar nenhuma árvore a mais. A área já desmatada é do tamanho do Reino Unido – ou seja, sobram terras. As oportunidades estão no aumento da produtividade, no reflorestamento e no uso inteligente dos recursos nativos.

O primeiro passo é combater a grilagem, que nada mais é que o roubo de terra pública. Esse tipo de crime inibe a agenda de produtividade, pois a pirataria fundiária dá mais lucro que investir em atividades lícitas. “O novo governo deve deixar claro que irá vetar quaisquer projetos que incentivem a grilagem. Há alguns no Congresso”, diz Astrini.

O desafio da Amazônia é imenso e urgente. O novo governo será julgado, em grande medida, por sua capacidade de enfrentá-lo. Vale escalar uma força-tarefa de ministros. Todos sabem para onde caminha a economia do futuro, e o Brasil não pode ficar preso aos fracassos do passado – remoto e recente.

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O tema da Amazônia, em suas facetas humana e econômica, apareceu em vários discursos de posse ao longo da semana, de Marina Silva a Geraldo Alckmin, de Sonia Guajajara a Simone Tebet. É um bom sinal. Trata-se de uma questão complexa, que não será resolvida por um único ministro. É necessária uma força-tarefa.

O desafio da Amazônia é imenso e urgente. O novo governo será julgado, em grande medida, por sua capacidade de enfrentá-lo. Vale escalar uma força-tarefa de ministros. Foto: Wilton Junior/Estadão

O governo Jair Bolsonaro ressuscitou a ocupação predatória no estilo “vale-tudo” criada no regime militar. Nos dois casos, o fracasso foi retumbante. No passado e no presente, o crime organizado proliferou na região, com a conexão entre garimpo ilegal, pirataria madeireira e tráfico de drogas. “Parte da população acaba tirando sustento de atividades criminosas, o que é uma tragédia”, diz Astrini.

Um capítulo do esplêndido livro Arrabalde, de João Moreira Salles, ilustra essa equação perversa. O autor narra como a cidade de Ourilândia do Norte, no Pará, viveu, durante o regime militar, um ciclo de prosperidade ancorado no crime. Ao mesmo tempo, devastou a floresta à sua volta. “É preciso gerar atividades econômicas lícitas para dar alternativa aos que subsistem na ilegalidade”, afirma Astrini.

Estudos recentes mostram que é possível criar empregos e desenvolver atividades inovadoras na Amazônia sem cortar nenhuma árvore a mais. A área já desmatada é do tamanho do Reino Unido – ou seja, sobram terras. As oportunidades estão no aumento da produtividade, no reflorestamento e no uso inteligente dos recursos nativos.

O primeiro passo é combater a grilagem, que nada mais é que o roubo de terra pública. Esse tipo de crime inibe a agenda de produtividade, pois a pirataria fundiária dá mais lucro que investir em atividades lícitas. “O novo governo deve deixar claro que irá vetar quaisquer projetos que incentivem a grilagem. Há alguns no Congresso”, diz Astrini.

O desafio da Amazônia é imenso e urgente. O novo governo será julgado, em grande medida, por sua capacidade de enfrentá-lo. Vale escalar uma força-tarefa de ministros. Todos sabem para onde caminha a economia do futuro, e o Brasil não pode ficar preso aos fracassos do passado – remoto e recente.

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