Festa de Dirceu reúne 7 ministros, Alckmin, presidente da Petrobras e diretor do BC; veja como foi


Ex-ministro da Casa Civil de Lula demostra força em comemoração de aniversário e muitos defendem sua volta ao comando do PT, em 2025, quando haverá a substituição de Gleisi Hoffmann; ela não compareceu à festa

Por Vera Rosa
Atualização:

BRASÍLIA – Sob gritos de “Dirceu, guerreiro, do povo brasileiro”, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu comemorou seu aniversário de 78 anos nesta quarta-feira, 13, com o prestígio de quem já retornou à cena política. No discurso feito antes de partir o bolo, Dirceu defendeu a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e, depois, mais um mandato para o PT, a partir de 2030.

Dirceu com Lira em festa de aniversário Foto: Vera Rosa/Estadão

Diante de ministros, deputados e senadores de vários partidos, ele também mandou recados na festa: disse que o PT não chegou ao governo com maioria no Congresso e, por isso, precisa entender a importância da aliança até mesmo com siglas de direita.

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O ex-ministro José Dirceu comemorou seu aniversário de 78 anos em Brasília; na foto, ao lado dos filhos Maria Antônia, a mais nova, e Zeca Dirceu, o mais velho, deputado federal. Foto: Vera Rosa

“O desafio agora é que, daqui a dez anos, o mundo vai ser tão outro que o nosso tempo é muito curto”, afirmou o ex-ministro. “Nós não temos mais 30, 40 anos. Nós temos dez anos para fazer as mudanças nas condições que estamos vivendo. Vocês sabem quais são as condições. Nós não chegamos ao governo com maioria no País. Nós chegamos ao governo pelas circunstâncias históricas do bolsonarismo.”

Dirceu recebeu os convidados à porta durante três horas e havia fila para cumprimentá-lo. Passaram por lá sete ministros: Fernando Haddad (Fazenda), José Múcio Monteiro (Defesa), Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Nísia Trindade (Saúde), Márcio Macedo (Secretaria-Geral da Presidência), Juscelino Filho (Comunicações) e Sílvio Costa Filho (Portos e Aeroportos). O vice-presidente Geraldo Alckmin também compareceu.

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A festa reuniu personalidades de espectros políticos diferentes, até mesmo do PL do ex-presidente Jair Bolsonaro, além de empresários, economistas e juristas, em uma casa do Lago Sul, bairro nobre de Brasília. A lista inicial era de 300 convidados, mas lá apareceram cerca de 500 pessoas.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), foi um dos últimos a chegar. Estavam lá também o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, o diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, e o do Tesouro, Rogério Ceron.

Nas rodas de conversa, os assuntos eram variados: falava-se da crise provocada pela decisão de não distribuir os dividendos extraordinários da Petrobras à eleição para a sucessão de Lira na Câmara, passando pelos 60 anos do golpe militar de 1964 e pelos dez da Operação Lava Jato.

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Um dos mais animados era o suplente de senador Sílvio Costa (Republicanos). Pai do ministro de Portos e Aeroportos, Costa cobrava de Dirceu apoio a Haddad na disputa com o PT, que, numa resolução aprovada pelo Diretório Nacional, criticou o “austericídio fiscal”.

“Eu já estou fazendo isso”, respondeu Dirceu. “Falei até em covardia”. Costa insistiu: “Mas é preciso falar mais. Não é o pobre que vai no Congresso fazer lobby. Não dá para fazer distribuição de renda sem ajuste fiscal.”

Sem querer fazer muitos comentários na frente dos jornalistas, Dirceu abriu um sorriso. Em janeiro, o ex-homem forte de Lula disse que não adiantava o PT criticar Haddad porque a política econômica era do governo. “Quando o governo apresenta uma política, nosso papel é apoiar. No caso do Haddad, é quase uma covardia nós não darmos apoio total a ele”, argumentou o ex-ministro em um podcast do partido. “Hoje, o Brasil está muito politizado, em disputa político-cultural. E a direita está ganhando.”

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Muitos também queriam saber quem Dirceu irá apoiar para a presidência da Câmara. “A decisão mais acertada do Arthur (Lira) foi ter deixado esse assunto para depois”, avaliou o ex-ministro, ao destacar que a eleição para o comando da Câmara e do Senado ocorrerá somente em fevereiro de 2025.

Minutos depois, porém, quem se sentou à mesa perto da piscina, ao lado de Dirceu, foi o deputado Elmar Nascimento (BA), líder do União Brasil, que levou uma banda para tocar na festa. As músicas iam de MPB a rock. Um dos hits exibidos foi “Tempo Perdido”, de Legião Urbana.

À mesa, o cardápio era composto por costela de porco, feijão tropeiro, mandioca, salmão ao molho de maracujá e salada mista. De sobremesa, sorvete do Pará de vários sabores, com a foto de um Dirceu sorridente na tampa da embalagem. O convite pedia para os convidados levarem “seu vinho” e “sua alegria” para a comemoração.

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Sorvete servido como sobremesa veio do Pará e tinha foto de Dirceu na tampa da embalagem. Foto: Vera Rosa

Até agora, Elmar tem sido apontado como o nome favorito de Lira, mas há quem diga no Congresso e no Palácio do Planalto que a candidatura dele começou a desidratar. Pré-candidatos ao comando da Câmara, os deputados Marcos Pereira (Republicanos), Antônio Brito (PSD) e Isnaldo Bulhões (MDB) também circularam pelos salões da festa de Dirceu, assim como o deputado João Bacelar (BA), do PL de Bolsonaro.

Chefe da Casa Civil de Lula no primeiro mandato, de 2003 a 2005, Dirceu foi condenado e preso três vezes na esteira dos processos do mensalão e do petrolão. Em janeiro, a defesa do ex-ministro, comandada pelo advogado Roberto Podval, entrou com uma petição no Supremo Tribunal Federal (STF) para anular todas as suas condenações na Lava Jato. O caso está com o ministro Gilmar Mendes.

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Na prática, a comemoração antecipada do aniversário de Dirceu – que completa 78 anos neste sábado, 16 – serviu para mostrar que, apesar de estar fora do governo, ele ainda tem muito poder. Há no PT até mesmo quem defenda sua volta ao comando do partido, em 2025, quando haverá a substituição de Gleisi Hoffmann, presidente da sigla. Gleisi não compareceu à festa.

“Eu só quero ajudar o Brasil, o Lula. Não vou ser presidente do PT de novo. Estou quase com 80 anos”, disse ele ao Estadão. “Neste ano, participarei da campanha como cidadão e militante nas cidades que o diretório regional definir como prioritárias.”

São Paulo é a joia da coroa e encabeça esta lista. Não à toa o candidato apoiado pelo PT à Prefeitura da capital paulista, Guilherme Boulos (PSOL), também passou pela casa do Lago Sul para dar um abraço em Dirceu.

Até agora, um dos planos do ex-ministro é disputar as eleições de 2026 para deputado federal e retornar à Câmara, de onde foi defenestrado em 2005, acusado de ser o chefe do mensalão. Mas tudo depende de sua situação jurídica até lá. O prefeito de Araraquara, Edinho Silva, é hoje o nome citado por Lula para a tarefa de presidir o PT em um período que vai compreender sua candidatura à reeleição e, por isso mesmo, promete ser ainda mais polarizado.

Edinho, no entanto, tem dito que não quer assumir a direção do partido e não são poucos os que falam em Dirceu. A festa desta quarta-feira, 13, mostrou que o ex-ministro voltou. E continua, cada vez mais, atuando nos bastidores.

BRASÍLIA – Sob gritos de “Dirceu, guerreiro, do povo brasileiro”, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu comemorou seu aniversário de 78 anos nesta quarta-feira, 13, com o prestígio de quem já retornou à cena política. No discurso feito antes de partir o bolo, Dirceu defendeu a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e, depois, mais um mandato para o PT, a partir de 2030.

Dirceu com Lira em festa de aniversário Foto: Vera Rosa/Estadão

Diante de ministros, deputados e senadores de vários partidos, ele também mandou recados na festa: disse que o PT não chegou ao governo com maioria no Congresso e, por isso, precisa entender a importância da aliança até mesmo com siglas de direita.

O ex-ministro José Dirceu comemorou seu aniversário de 78 anos em Brasília; na foto, ao lado dos filhos Maria Antônia, a mais nova, e Zeca Dirceu, o mais velho, deputado federal. Foto: Vera Rosa

“O desafio agora é que, daqui a dez anos, o mundo vai ser tão outro que o nosso tempo é muito curto”, afirmou o ex-ministro. “Nós não temos mais 30, 40 anos. Nós temos dez anos para fazer as mudanças nas condições que estamos vivendo. Vocês sabem quais são as condições. Nós não chegamos ao governo com maioria no País. Nós chegamos ao governo pelas circunstâncias históricas do bolsonarismo.”

Dirceu recebeu os convidados à porta durante três horas e havia fila para cumprimentá-lo. Passaram por lá sete ministros: Fernando Haddad (Fazenda), José Múcio Monteiro (Defesa), Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Nísia Trindade (Saúde), Márcio Macedo (Secretaria-Geral da Presidência), Juscelino Filho (Comunicações) e Sílvio Costa Filho (Portos e Aeroportos). O vice-presidente Geraldo Alckmin também compareceu.

A festa reuniu personalidades de espectros políticos diferentes, até mesmo do PL do ex-presidente Jair Bolsonaro, além de empresários, economistas e juristas, em uma casa do Lago Sul, bairro nobre de Brasília. A lista inicial era de 300 convidados, mas lá apareceram cerca de 500 pessoas.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), foi um dos últimos a chegar. Estavam lá também o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, o diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, e o do Tesouro, Rogério Ceron.

Nas rodas de conversa, os assuntos eram variados: falava-se da crise provocada pela decisão de não distribuir os dividendos extraordinários da Petrobras à eleição para a sucessão de Lira na Câmara, passando pelos 60 anos do golpe militar de 1964 e pelos dez da Operação Lava Jato.

Um dos mais animados era o suplente de senador Sílvio Costa (Republicanos). Pai do ministro de Portos e Aeroportos, Costa cobrava de Dirceu apoio a Haddad na disputa com o PT, que, numa resolução aprovada pelo Diretório Nacional, criticou o “austericídio fiscal”.

“Eu já estou fazendo isso”, respondeu Dirceu. “Falei até em covardia”. Costa insistiu: “Mas é preciso falar mais. Não é o pobre que vai no Congresso fazer lobby. Não dá para fazer distribuição de renda sem ajuste fiscal.”

Sem querer fazer muitos comentários na frente dos jornalistas, Dirceu abriu um sorriso. Em janeiro, o ex-homem forte de Lula disse que não adiantava o PT criticar Haddad porque a política econômica era do governo. “Quando o governo apresenta uma política, nosso papel é apoiar. No caso do Haddad, é quase uma covardia nós não darmos apoio total a ele”, argumentou o ex-ministro em um podcast do partido. “Hoje, o Brasil está muito politizado, em disputa político-cultural. E a direita está ganhando.”

Muitos também queriam saber quem Dirceu irá apoiar para a presidência da Câmara. “A decisão mais acertada do Arthur (Lira) foi ter deixado esse assunto para depois”, avaliou o ex-ministro, ao destacar que a eleição para o comando da Câmara e do Senado ocorrerá somente em fevereiro de 2025.

Minutos depois, porém, quem se sentou à mesa perto da piscina, ao lado de Dirceu, foi o deputado Elmar Nascimento (BA), líder do União Brasil, que levou uma banda para tocar na festa. As músicas iam de MPB a rock. Um dos hits exibidos foi “Tempo Perdido”, de Legião Urbana.

À mesa, o cardápio era composto por costela de porco, feijão tropeiro, mandioca, salmão ao molho de maracujá e salada mista. De sobremesa, sorvete do Pará de vários sabores, com a foto de um Dirceu sorridente na tampa da embalagem. O convite pedia para os convidados levarem “seu vinho” e “sua alegria” para a comemoração.

Sorvete servido como sobremesa veio do Pará e tinha foto de Dirceu na tampa da embalagem. Foto: Vera Rosa

Até agora, Elmar tem sido apontado como o nome favorito de Lira, mas há quem diga no Congresso e no Palácio do Planalto que a candidatura dele começou a desidratar. Pré-candidatos ao comando da Câmara, os deputados Marcos Pereira (Republicanos), Antônio Brito (PSD) e Isnaldo Bulhões (MDB) também circularam pelos salões da festa de Dirceu, assim como o deputado João Bacelar (BA), do PL de Bolsonaro.

Chefe da Casa Civil de Lula no primeiro mandato, de 2003 a 2005, Dirceu foi condenado e preso três vezes na esteira dos processos do mensalão e do petrolão. Em janeiro, a defesa do ex-ministro, comandada pelo advogado Roberto Podval, entrou com uma petição no Supremo Tribunal Federal (STF) para anular todas as suas condenações na Lava Jato. O caso está com o ministro Gilmar Mendes.

Na prática, a comemoração antecipada do aniversário de Dirceu – que completa 78 anos neste sábado, 16 – serviu para mostrar que, apesar de estar fora do governo, ele ainda tem muito poder. Há no PT até mesmo quem defenda sua volta ao comando do partido, em 2025, quando haverá a substituição de Gleisi Hoffmann, presidente da sigla. Gleisi não compareceu à festa.

“Eu só quero ajudar o Brasil, o Lula. Não vou ser presidente do PT de novo. Estou quase com 80 anos”, disse ele ao Estadão. “Neste ano, participarei da campanha como cidadão e militante nas cidades que o diretório regional definir como prioritárias.”

São Paulo é a joia da coroa e encabeça esta lista. Não à toa o candidato apoiado pelo PT à Prefeitura da capital paulista, Guilherme Boulos (PSOL), também passou pela casa do Lago Sul para dar um abraço em Dirceu.

Até agora, um dos planos do ex-ministro é disputar as eleições de 2026 para deputado federal e retornar à Câmara, de onde foi defenestrado em 2005, acusado de ser o chefe do mensalão. Mas tudo depende de sua situação jurídica até lá. O prefeito de Araraquara, Edinho Silva, é hoje o nome citado por Lula para a tarefa de presidir o PT em um período que vai compreender sua candidatura à reeleição e, por isso mesmo, promete ser ainda mais polarizado.

Edinho, no entanto, tem dito que não quer assumir a direção do partido e não são poucos os que falam em Dirceu. A festa desta quarta-feira, 13, mostrou que o ex-ministro voltou. E continua, cada vez mais, atuando nos bastidores.

BRASÍLIA – Sob gritos de “Dirceu, guerreiro, do povo brasileiro”, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu comemorou seu aniversário de 78 anos nesta quarta-feira, 13, com o prestígio de quem já retornou à cena política. No discurso feito antes de partir o bolo, Dirceu defendeu a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e, depois, mais um mandato para o PT, a partir de 2030.

Dirceu com Lira em festa de aniversário Foto: Vera Rosa/Estadão

Diante de ministros, deputados e senadores de vários partidos, ele também mandou recados na festa: disse que o PT não chegou ao governo com maioria no Congresso e, por isso, precisa entender a importância da aliança até mesmo com siglas de direita.

O ex-ministro José Dirceu comemorou seu aniversário de 78 anos em Brasília; na foto, ao lado dos filhos Maria Antônia, a mais nova, e Zeca Dirceu, o mais velho, deputado federal. Foto: Vera Rosa

“O desafio agora é que, daqui a dez anos, o mundo vai ser tão outro que o nosso tempo é muito curto”, afirmou o ex-ministro. “Nós não temos mais 30, 40 anos. Nós temos dez anos para fazer as mudanças nas condições que estamos vivendo. Vocês sabem quais são as condições. Nós não chegamos ao governo com maioria no País. Nós chegamos ao governo pelas circunstâncias históricas do bolsonarismo.”

Dirceu recebeu os convidados à porta durante três horas e havia fila para cumprimentá-lo. Passaram por lá sete ministros: Fernando Haddad (Fazenda), José Múcio Monteiro (Defesa), Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Nísia Trindade (Saúde), Márcio Macedo (Secretaria-Geral da Presidência), Juscelino Filho (Comunicações) e Sílvio Costa Filho (Portos e Aeroportos). O vice-presidente Geraldo Alckmin também compareceu.

A festa reuniu personalidades de espectros políticos diferentes, até mesmo do PL do ex-presidente Jair Bolsonaro, além de empresários, economistas e juristas, em uma casa do Lago Sul, bairro nobre de Brasília. A lista inicial era de 300 convidados, mas lá apareceram cerca de 500 pessoas.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), foi um dos últimos a chegar. Estavam lá também o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, o diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, e o do Tesouro, Rogério Ceron.

Nas rodas de conversa, os assuntos eram variados: falava-se da crise provocada pela decisão de não distribuir os dividendos extraordinários da Petrobras à eleição para a sucessão de Lira na Câmara, passando pelos 60 anos do golpe militar de 1964 e pelos dez da Operação Lava Jato.

Um dos mais animados era o suplente de senador Sílvio Costa (Republicanos). Pai do ministro de Portos e Aeroportos, Costa cobrava de Dirceu apoio a Haddad na disputa com o PT, que, numa resolução aprovada pelo Diretório Nacional, criticou o “austericídio fiscal”.

“Eu já estou fazendo isso”, respondeu Dirceu. “Falei até em covardia”. Costa insistiu: “Mas é preciso falar mais. Não é o pobre que vai no Congresso fazer lobby. Não dá para fazer distribuição de renda sem ajuste fiscal.”

Sem querer fazer muitos comentários na frente dos jornalistas, Dirceu abriu um sorriso. Em janeiro, o ex-homem forte de Lula disse que não adiantava o PT criticar Haddad porque a política econômica era do governo. “Quando o governo apresenta uma política, nosso papel é apoiar. No caso do Haddad, é quase uma covardia nós não darmos apoio total a ele”, argumentou o ex-ministro em um podcast do partido. “Hoje, o Brasil está muito politizado, em disputa político-cultural. E a direita está ganhando.”

Muitos também queriam saber quem Dirceu irá apoiar para a presidência da Câmara. “A decisão mais acertada do Arthur (Lira) foi ter deixado esse assunto para depois”, avaliou o ex-ministro, ao destacar que a eleição para o comando da Câmara e do Senado ocorrerá somente em fevereiro de 2025.

Minutos depois, porém, quem se sentou à mesa perto da piscina, ao lado de Dirceu, foi o deputado Elmar Nascimento (BA), líder do União Brasil, que levou uma banda para tocar na festa. As músicas iam de MPB a rock. Um dos hits exibidos foi “Tempo Perdido”, de Legião Urbana.

À mesa, o cardápio era composto por costela de porco, feijão tropeiro, mandioca, salmão ao molho de maracujá e salada mista. De sobremesa, sorvete do Pará de vários sabores, com a foto de um Dirceu sorridente na tampa da embalagem. O convite pedia para os convidados levarem “seu vinho” e “sua alegria” para a comemoração.

Sorvete servido como sobremesa veio do Pará e tinha foto de Dirceu na tampa da embalagem. Foto: Vera Rosa

Até agora, Elmar tem sido apontado como o nome favorito de Lira, mas há quem diga no Congresso e no Palácio do Planalto que a candidatura dele começou a desidratar. Pré-candidatos ao comando da Câmara, os deputados Marcos Pereira (Republicanos), Antônio Brito (PSD) e Isnaldo Bulhões (MDB) também circularam pelos salões da festa de Dirceu, assim como o deputado João Bacelar (BA), do PL de Bolsonaro.

Chefe da Casa Civil de Lula no primeiro mandato, de 2003 a 2005, Dirceu foi condenado e preso três vezes na esteira dos processos do mensalão e do petrolão. Em janeiro, a defesa do ex-ministro, comandada pelo advogado Roberto Podval, entrou com uma petição no Supremo Tribunal Federal (STF) para anular todas as suas condenações na Lava Jato. O caso está com o ministro Gilmar Mendes.

Na prática, a comemoração antecipada do aniversário de Dirceu – que completa 78 anos neste sábado, 16 – serviu para mostrar que, apesar de estar fora do governo, ele ainda tem muito poder. Há no PT até mesmo quem defenda sua volta ao comando do partido, em 2025, quando haverá a substituição de Gleisi Hoffmann, presidente da sigla. Gleisi não compareceu à festa.

“Eu só quero ajudar o Brasil, o Lula. Não vou ser presidente do PT de novo. Estou quase com 80 anos”, disse ele ao Estadão. “Neste ano, participarei da campanha como cidadão e militante nas cidades que o diretório regional definir como prioritárias.”

São Paulo é a joia da coroa e encabeça esta lista. Não à toa o candidato apoiado pelo PT à Prefeitura da capital paulista, Guilherme Boulos (PSOL), também passou pela casa do Lago Sul para dar um abraço em Dirceu.

Até agora, um dos planos do ex-ministro é disputar as eleições de 2026 para deputado federal e retornar à Câmara, de onde foi defenestrado em 2005, acusado de ser o chefe do mensalão. Mas tudo depende de sua situação jurídica até lá. O prefeito de Araraquara, Edinho Silva, é hoje o nome citado por Lula para a tarefa de presidir o PT em um período que vai compreender sua candidatura à reeleição e, por isso mesmo, promete ser ainda mais polarizado.

Edinho, no entanto, tem dito que não quer assumir a direção do partido e não são poucos os que falam em Dirceu. A festa desta quarta-feira, 13, mostrou que o ex-ministro voltou. E continua, cada vez mais, atuando nos bastidores.

BRASÍLIA – Sob gritos de “Dirceu, guerreiro, do povo brasileiro”, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu comemorou seu aniversário de 78 anos nesta quarta-feira, 13, com o prestígio de quem já retornou à cena política. No discurso feito antes de partir o bolo, Dirceu defendeu a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e, depois, mais um mandato para o PT, a partir de 2030.

Dirceu com Lira em festa de aniversário Foto: Vera Rosa/Estadão

Diante de ministros, deputados e senadores de vários partidos, ele também mandou recados na festa: disse que o PT não chegou ao governo com maioria no Congresso e, por isso, precisa entender a importância da aliança até mesmo com siglas de direita.

O ex-ministro José Dirceu comemorou seu aniversário de 78 anos em Brasília; na foto, ao lado dos filhos Maria Antônia, a mais nova, e Zeca Dirceu, o mais velho, deputado federal. Foto: Vera Rosa

“O desafio agora é que, daqui a dez anos, o mundo vai ser tão outro que o nosso tempo é muito curto”, afirmou o ex-ministro. “Nós não temos mais 30, 40 anos. Nós temos dez anos para fazer as mudanças nas condições que estamos vivendo. Vocês sabem quais são as condições. Nós não chegamos ao governo com maioria no País. Nós chegamos ao governo pelas circunstâncias históricas do bolsonarismo.”

Dirceu recebeu os convidados à porta durante três horas e havia fila para cumprimentá-lo. Passaram por lá sete ministros: Fernando Haddad (Fazenda), José Múcio Monteiro (Defesa), Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Nísia Trindade (Saúde), Márcio Macedo (Secretaria-Geral da Presidência), Juscelino Filho (Comunicações) e Sílvio Costa Filho (Portos e Aeroportos). O vice-presidente Geraldo Alckmin também compareceu.

A festa reuniu personalidades de espectros políticos diferentes, até mesmo do PL do ex-presidente Jair Bolsonaro, além de empresários, economistas e juristas, em uma casa do Lago Sul, bairro nobre de Brasília. A lista inicial era de 300 convidados, mas lá apareceram cerca de 500 pessoas.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), foi um dos últimos a chegar. Estavam lá também o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, o diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, e o do Tesouro, Rogério Ceron.

Nas rodas de conversa, os assuntos eram variados: falava-se da crise provocada pela decisão de não distribuir os dividendos extraordinários da Petrobras à eleição para a sucessão de Lira na Câmara, passando pelos 60 anos do golpe militar de 1964 e pelos dez da Operação Lava Jato.

Um dos mais animados era o suplente de senador Sílvio Costa (Republicanos). Pai do ministro de Portos e Aeroportos, Costa cobrava de Dirceu apoio a Haddad na disputa com o PT, que, numa resolução aprovada pelo Diretório Nacional, criticou o “austericídio fiscal”.

“Eu já estou fazendo isso”, respondeu Dirceu. “Falei até em covardia”. Costa insistiu: “Mas é preciso falar mais. Não é o pobre que vai no Congresso fazer lobby. Não dá para fazer distribuição de renda sem ajuste fiscal.”

Sem querer fazer muitos comentários na frente dos jornalistas, Dirceu abriu um sorriso. Em janeiro, o ex-homem forte de Lula disse que não adiantava o PT criticar Haddad porque a política econômica era do governo. “Quando o governo apresenta uma política, nosso papel é apoiar. No caso do Haddad, é quase uma covardia nós não darmos apoio total a ele”, argumentou o ex-ministro em um podcast do partido. “Hoje, o Brasil está muito politizado, em disputa político-cultural. E a direita está ganhando.”

Muitos também queriam saber quem Dirceu irá apoiar para a presidência da Câmara. “A decisão mais acertada do Arthur (Lira) foi ter deixado esse assunto para depois”, avaliou o ex-ministro, ao destacar que a eleição para o comando da Câmara e do Senado ocorrerá somente em fevereiro de 2025.

Minutos depois, porém, quem se sentou à mesa perto da piscina, ao lado de Dirceu, foi o deputado Elmar Nascimento (BA), líder do União Brasil, que levou uma banda para tocar na festa. As músicas iam de MPB a rock. Um dos hits exibidos foi “Tempo Perdido”, de Legião Urbana.

À mesa, o cardápio era composto por costela de porco, feijão tropeiro, mandioca, salmão ao molho de maracujá e salada mista. De sobremesa, sorvete do Pará de vários sabores, com a foto de um Dirceu sorridente na tampa da embalagem. O convite pedia para os convidados levarem “seu vinho” e “sua alegria” para a comemoração.

Sorvete servido como sobremesa veio do Pará e tinha foto de Dirceu na tampa da embalagem. Foto: Vera Rosa

Até agora, Elmar tem sido apontado como o nome favorito de Lira, mas há quem diga no Congresso e no Palácio do Planalto que a candidatura dele começou a desidratar. Pré-candidatos ao comando da Câmara, os deputados Marcos Pereira (Republicanos), Antônio Brito (PSD) e Isnaldo Bulhões (MDB) também circularam pelos salões da festa de Dirceu, assim como o deputado João Bacelar (BA), do PL de Bolsonaro.

Chefe da Casa Civil de Lula no primeiro mandato, de 2003 a 2005, Dirceu foi condenado e preso três vezes na esteira dos processos do mensalão e do petrolão. Em janeiro, a defesa do ex-ministro, comandada pelo advogado Roberto Podval, entrou com uma petição no Supremo Tribunal Federal (STF) para anular todas as suas condenações na Lava Jato. O caso está com o ministro Gilmar Mendes.

Na prática, a comemoração antecipada do aniversário de Dirceu – que completa 78 anos neste sábado, 16 – serviu para mostrar que, apesar de estar fora do governo, ele ainda tem muito poder. Há no PT até mesmo quem defenda sua volta ao comando do partido, em 2025, quando haverá a substituição de Gleisi Hoffmann, presidente da sigla. Gleisi não compareceu à festa.

“Eu só quero ajudar o Brasil, o Lula. Não vou ser presidente do PT de novo. Estou quase com 80 anos”, disse ele ao Estadão. “Neste ano, participarei da campanha como cidadão e militante nas cidades que o diretório regional definir como prioritárias.”

São Paulo é a joia da coroa e encabeça esta lista. Não à toa o candidato apoiado pelo PT à Prefeitura da capital paulista, Guilherme Boulos (PSOL), também passou pela casa do Lago Sul para dar um abraço em Dirceu.

Até agora, um dos planos do ex-ministro é disputar as eleições de 2026 para deputado federal e retornar à Câmara, de onde foi defenestrado em 2005, acusado de ser o chefe do mensalão. Mas tudo depende de sua situação jurídica até lá. O prefeito de Araraquara, Edinho Silva, é hoje o nome citado por Lula para a tarefa de presidir o PT em um período que vai compreender sua candidatura à reeleição e, por isso mesmo, promete ser ainda mais polarizado.

Edinho, no entanto, tem dito que não quer assumir a direção do partido e não são poucos os que falam em Dirceu. A festa desta quarta-feira, 13, mostrou que o ex-ministro voltou. E continua, cada vez mais, atuando nos bastidores.

BRASÍLIA – Sob gritos de “Dirceu, guerreiro, do povo brasileiro”, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu comemorou seu aniversário de 78 anos nesta quarta-feira, 13, com o prestígio de quem já retornou à cena política. No discurso feito antes de partir o bolo, Dirceu defendeu a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e, depois, mais um mandato para o PT, a partir de 2030.

Dirceu com Lira em festa de aniversário Foto: Vera Rosa/Estadão

Diante de ministros, deputados e senadores de vários partidos, ele também mandou recados na festa: disse que o PT não chegou ao governo com maioria no Congresso e, por isso, precisa entender a importância da aliança até mesmo com siglas de direita.

O ex-ministro José Dirceu comemorou seu aniversário de 78 anos em Brasília; na foto, ao lado dos filhos Maria Antônia, a mais nova, e Zeca Dirceu, o mais velho, deputado federal. Foto: Vera Rosa

“O desafio agora é que, daqui a dez anos, o mundo vai ser tão outro que o nosso tempo é muito curto”, afirmou o ex-ministro. “Nós não temos mais 30, 40 anos. Nós temos dez anos para fazer as mudanças nas condições que estamos vivendo. Vocês sabem quais são as condições. Nós não chegamos ao governo com maioria no País. Nós chegamos ao governo pelas circunstâncias históricas do bolsonarismo.”

Dirceu recebeu os convidados à porta durante três horas e havia fila para cumprimentá-lo. Passaram por lá sete ministros: Fernando Haddad (Fazenda), José Múcio Monteiro (Defesa), Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Nísia Trindade (Saúde), Márcio Macedo (Secretaria-Geral da Presidência), Juscelino Filho (Comunicações) e Sílvio Costa Filho (Portos e Aeroportos). O vice-presidente Geraldo Alckmin também compareceu.

A festa reuniu personalidades de espectros políticos diferentes, até mesmo do PL do ex-presidente Jair Bolsonaro, além de empresários, economistas e juristas, em uma casa do Lago Sul, bairro nobre de Brasília. A lista inicial era de 300 convidados, mas lá apareceram cerca de 500 pessoas.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), foi um dos últimos a chegar. Estavam lá também o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, o diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, e o do Tesouro, Rogério Ceron.

Nas rodas de conversa, os assuntos eram variados: falava-se da crise provocada pela decisão de não distribuir os dividendos extraordinários da Petrobras à eleição para a sucessão de Lira na Câmara, passando pelos 60 anos do golpe militar de 1964 e pelos dez da Operação Lava Jato.

Um dos mais animados era o suplente de senador Sílvio Costa (Republicanos). Pai do ministro de Portos e Aeroportos, Costa cobrava de Dirceu apoio a Haddad na disputa com o PT, que, numa resolução aprovada pelo Diretório Nacional, criticou o “austericídio fiscal”.

“Eu já estou fazendo isso”, respondeu Dirceu. “Falei até em covardia”. Costa insistiu: “Mas é preciso falar mais. Não é o pobre que vai no Congresso fazer lobby. Não dá para fazer distribuição de renda sem ajuste fiscal.”

Sem querer fazer muitos comentários na frente dos jornalistas, Dirceu abriu um sorriso. Em janeiro, o ex-homem forte de Lula disse que não adiantava o PT criticar Haddad porque a política econômica era do governo. “Quando o governo apresenta uma política, nosso papel é apoiar. No caso do Haddad, é quase uma covardia nós não darmos apoio total a ele”, argumentou o ex-ministro em um podcast do partido. “Hoje, o Brasil está muito politizado, em disputa político-cultural. E a direita está ganhando.”

Muitos também queriam saber quem Dirceu irá apoiar para a presidência da Câmara. “A decisão mais acertada do Arthur (Lira) foi ter deixado esse assunto para depois”, avaliou o ex-ministro, ao destacar que a eleição para o comando da Câmara e do Senado ocorrerá somente em fevereiro de 2025.

Minutos depois, porém, quem se sentou à mesa perto da piscina, ao lado de Dirceu, foi o deputado Elmar Nascimento (BA), líder do União Brasil, que levou uma banda para tocar na festa. As músicas iam de MPB a rock. Um dos hits exibidos foi “Tempo Perdido”, de Legião Urbana.

À mesa, o cardápio era composto por costela de porco, feijão tropeiro, mandioca, salmão ao molho de maracujá e salada mista. De sobremesa, sorvete do Pará de vários sabores, com a foto de um Dirceu sorridente na tampa da embalagem. O convite pedia para os convidados levarem “seu vinho” e “sua alegria” para a comemoração.

Sorvete servido como sobremesa veio do Pará e tinha foto de Dirceu na tampa da embalagem. Foto: Vera Rosa

Até agora, Elmar tem sido apontado como o nome favorito de Lira, mas há quem diga no Congresso e no Palácio do Planalto que a candidatura dele começou a desidratar. Pré-candidatos ao comando da Câmara, os deputados Marcos Pereira (Republicanos), Antônio Brito (PSD) e Isnaldo Bulhões (MDB) também circularam pelos salões da festa de Dirceu, assim como o deputado João Bacelar (BA), do PL de Bolsonaro.

Chefe da Casa Civil de Lula no primeiro mandato, de 2003 a 2005, Dirceu foi condenado e preso três vezes na esteira dos processos do mensalão e do petrolão. Em janeiro, a defesa do ex-ministro, comandada pelo advogado Roberto Podval, entrou com uma petição no Supremo Tribunal Federal (STF) para anular todas as suas condenações na Lava Jato. O caso está com o ministro Gilmar Mendes.

Na prática, a comemoração antecipada do aniversário de Dirceu – que completa 78 anos neste sábado, 16 – serviu para mostrar que, apesar de estar fora do governo, ele ainda tem muito poder. Há no PT até mesmo quem defenda sua volta ao comando do partido, em 2025, quando haverá a substituição de Gleisi Hoffmann, presidente da sigla. Gleisi não compareceu à festa.

“Eu só quero ajudar o Brasil, o Lula. Não vou ser presidente do PT de novo. Estou quase com 80 anos”, disse ele ao Estadão. “Neste ano, participarei da campanha como cidadão e militante nas cidades que o diretório regional definir como prioritárias.”

São Paulo é a joia da coroa e encabeça esta lista. Não à toa o candidato apoiado pelo PT à Prefeitura da capital paulista, Guilherme Boulos (PSOL), também passou pela casa do Lago Sul para dar um abraço em Dirceu.

Até agora, um dos planos do ex-ministro é disputar as eleições de 2026 para deputado federal e retornar à Câmara, de onde foi defenestrado em 2005, acusado de ser o chefe do mensalão. Mas tudo depende de sua situação jurídica até lá. O prefeito de Araraquara, Edinho Silva, é hoje o nome citado por Lula para a tarefa de presidir o PT em um período que vai compreender sua candidatura à reeleição e, por isso mesmo, promete ser ainda mais polarizado.

Edinho, no entanto, tem dito que não quer assumir a direção do partido e não são poucos os que falam em Dirceu. A festa desta quarta-feira, 13, mostrou que o ex-ministro voltou. E continua, cada vez mais, atuando nos bastidores.

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