O governo ‘Demer’


Na opinião pública, a gestão Temer é quase uma extensão da administração Dilma

Por José Roberto de Toledo

A desaprovação a Michel Temer é equivalente à de Dilma Rousseff, segundo pesquisa inédita do instituto Ipsos, divulgada aqui com exclusividade: 70% desaprovam a conduta do interino, contra 75% que desaprovam a da afastada. A desaprovação dele vem crescendo, e a dela, caindo. O pico negativo de Dilma no Ipsos foi em setembro: 90% de desaprovação. O histórico de Temer foi de 61% de desaprovação em fevereiro (quando ainda era apenas vice-presidente) para 67% em maio e 70% agora. A margem de erro é de três pontos porcentuais.

Há uma diferença entre a avaliação da pessoa de Temer e a de seu governo. Desde que assumiu a Presidência, o interino tornou-se mais famoso: a taxa dos que não opinavam sobre ele por desconhecê-lo caiu de 33% em fevereiro para 11% agora. Isso explica em parte por que sua desaprovação cresceu, assim como é o motivo de sua aprovação ter subido de 6% para 19% no mesmo período. Em relação ao governo, porém, aconteceu o contrário.

Desde que Dilma foi afastada, a taxa dos brasileiros que não sabem opinar sobre o governo pulou de 2% para 22%. Cresceu também a proporção daqueles que julgam a gestão do País como regular (foi de 21% para 29%). Já as avaliações positivas e negativas se moveram para baixo. A taxa de ótimo e bom oscilou de 9% para 6%, enquanto a de ruim e péssimo despencou de 69% para 43%. Pode-se interpretar essa queda como um voto de confiança no governo interino ou, mais provavelmente, como uma expectativa cautelosa até que ele mostre a que veio.

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Quando Dilma e Temer tomaram posse, ela como presidente e ele como vice, o movimento da opinião pública já era crítico. Em janeiro de 2015, 42% avaliavam o governo como ruim ou péssimo, e 29%, como regular. São taxas praticamente iguais às de agora. A diferença é que, em 2015, 28% diziam ser um governo ótimo e bom, contra apenas 6% agora. A perda de aprovação aconteceu sob Dilma – com vales de 4% ótimo/bom – e Temer ainda não a recuperou.

A primeira pesquisa sobre a sua gestão mostra que o interino terá de fazer algo muito positivo para se diferenciar da antecessora. O principal objetivo de Temer e seu staff é a condenação de Dilma pelo Senado e o seu afastamento definitivo. Essa condição até pode ser necessária, mas a pesquisa do Ipsos mostra que dificilmente será suficiente – ao menos do ponto de vista da opinião pública.

A taxa dos que acreditam que o rumo do País está errado não diminuiu após a posse de Temer: oscilou de 88% para 89% entre maio e junho. Os que acham o contrário – que o Brasil está indo na direção certa – eram 7% em abril, chegaram a 12% em maio e agora estão em 11%. O tamanho da mudança de opinião diante de um evento tão dramático quanto a troca de presidente é quase marginal: um ganho de apenas quatro pontos porcentuais.

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Há outras respostas que mostram o quão difícil é a missão de Temer para se tornar popular. O tema em que a atuação do interino é mais criticada é justamente aquele que Temer se propôs a reformar: a Previdência Social. A taxa dos que reprovam o que ele fez até agora nesse assunto é praticamente o dobro dos que aprovam: 44% a 23%. O terço restante não soube responder.

A desaprovação de Temer é igualmente alta – no patamar dos 40% – no que diz respeito ao Minha Casa Minha Vida (43%), ao combate ao desemprego (44%), ao Bolsa Família (43%), ao déficit público (41%), à crise política (42%), à inflação (40%) e à corrupção (40%). Na opinião pública, a gestão de Temer é quase uma extensão do administração Dilma, uma espécie de governo “Demer”.

Parte é culpa de Temer. Mas é também porque a desaprovação aos políticos é geral: 56% desaprovam Marina Silva; 63%, Aécio Neves; 68%, Lula; 55%, Geraldo Alckmin e José Serra. Quase não sobra ninguém: 55% aprovam Sergio Moro, e 42%, Joaquim Barbosa.

A desaprovação a Michel Temer é equivalente à de Dilma Rousseff, segundo pesquisa inédita do instituto Ipsos, divulgada aqui com exclusividade: 70% desaprovam a conduta do interino, contra 75% que desaprovam a da afastada. A desaprovação dele vem crescendo, e a dela, caindo. O pico negativo de Dilma no Ipsos foi em setembro: 90% de desaprovação. O histórico de Temer foi de 61% de desaprovação em fevereiro (quando ainda era apenas vice-presidente) para 67% em maio e 70% agora. A margem de erro é de três pontos porcentuais.

Há uma diferença entre a avaliação da pessoa de Temer e a de seu governo. Desde que assumiu a Presidência, o interino tornou-se mais famoso: a taxa dos que não opinavam sobre ele por desconhecê-lo caiu de 33% em fevereiro para 11% agora. Isso explica em parte por que sua desaprovação cresceu, assim como é o motivo de sua aprovação ter subido de 6% para 19% no mesmo período. Em relação ao governo, porém, aconteceu o contrário.

Desde que Dilma foi afastada, a taxa dos brasileiros que não sabem opinar sobre o governo pulou de 2% para 22%. Cresceu também a proporção daqueles que julgam a gestão do País como regular (foi de 21% para 29%). Já as avaliações positivas e negativas se moveram para baixo. A taxa de ótimo e bom oscilou de 9% para 6%, enquanto a de ruim e péssimo despencou de 69% para 43%. Pode-se interpretar essa queda como um voto de confiança no governo interino ou, mais provavelmente, como uma expectativa cautelosa até que ele mostre a que veio.

Quando Dilma e Temer tomaram posse, ela como presidente e ele como vice, o movimento da opinião pública já era crítico. Em janeiro de 2015, 42% avaliavam o governo como ruim ou péssimo, e 29%, como regular. São taxas praticamente iguais às de agora. A diferença é que, em 2015, 28% diziam ser um governo ótimo e bom, contra apenas 6% agora. A perda de aprovação aconteceu sob Dilma – com vales de 4% ótimo/bom – e Temer ainda não a recuperou.

A primeira pesquisa sobre a sua gestão mostra que o interino terá de fazer algo muito positivo para se diferenciar da antecessora. O principal objetivo de Temer e seu staff é a condenação de Dilma pelo Senado e o seu afastamento definitivo. Essa condição até pode ser necessária, mas a pesquisa do Ipsos mostra que dificilmente será suficiente – ao menos do ponto de vista da opinião pública.

A taxa dos que acreditam que o rumo do País está errado não diminuiu após a posse de Temer: oscilou de 88% para 89% entre maio e junho. Os que acham o contrário – que o Brasil está indo na direção certa – eram 7% em abril, chegaram a 12% em maio e agora estão em 11%. O tamanho da mudança de opinião diante de um evento tão dramático quanto a troca de presidente é quase marginal: um ganho de apenas quatro pontos porcentuais.

Há outras respostas que mostram o quão difícil é a missão de Temer para se tornar popular. O tema em que a atuação do interino é mais criticada é justamente aquele que Temer se propôs a reformar: a Previdência Social. A taxa dos que reprovam o que ele fez até agora nesse assunto é praticamente o dobro dos que aprovam: 44% a 23%. O terço restante não soube responder.

A desaprovação de Temer é igualmente alta – no patamar dos 40% – no que diz respeito ao Minha Casa Minha Vida (43%), ao combate ao desemprego (44%), ao Bolsa Família (43%), ao déficit público (41%), à crise política (42%), à inflação (40%) e à corrupção (40%). Na opinião pública, a gestão de Temer é quase uma extensão do administração Dilma, uma espécie de governo “Demer”.

Parte é culpa de Temer. Mas é também porque a desaprovação aos políticos é geral: 56% desaprovam Marina Silva; 63%, Aécio Neves; 68%, Lula; 55%, Geraldo Alckmin e José Serra. Quase não sobra ninguém: 55% aprovam Sergio Moro, e 42%, Joaquim Barbosa.

A desaprovação a Michel Temer é equivalente à de Dilma Rousseff, segundo pesquisa inédita do instituto Ipsos, divulgada aqui com exclusividade: 70% desaprovam a conduta do interino, contra 75% que desaprovam a da afastada. A desaprovação dele vem crescendo, e a dela, caindo. O pico negativo de Dilma no Ipsos foi em setembro: 90% de desaprovação. O histórico de Temer foi de 61% de desaprovação em fevereiro (quando ainda era apenas vice-presidente) para 67% em maio e 70% agora. A margem de erro é de três pontos porcentuais.

Há uma diferença entre a avaliação da pessoa de Temer e a de seu governo. Desde que assumiu a Presidência, o interino tornou-se mais famoso: a taxa dos que não opinavam sobre ele por desconhecê-lo caiu de 33% em fevereiro para 11% agora. Isso explica em parte por que sua desaprovação cresceu, assim como é o motivo de sua aprovação ter subido de 6% para 19% no mesmo período. Em relação ao governo, porém, aconteceu o contrário.

Desde que Dilma foi afastada, a taxa dos brasileiros que não sabem opinar sobre o governo pulou de 2% para 22%. Cresceu também a proporção daqueles que julgam a gestão do País como regular (foi de 21% para 29%). Já as avaliações positivas e negativas se moveram para baixo. A taxa de ótimo e bom oscilou de 9% para 6%, enquanto a de ruim e péssimo despencou de 69% para 43%. Pode-se interpretar essa queda como um voto de confiança no governo interino ou, mais provavelmente, como uma expectativa cautelosa até que ele mostre a que veio.

Quando Dilma e Temer tomaram posse, ela como presidente e ele como vice, o movimento da opinião pública já era crítico. Em janeiro de 2015, 42% avaliavam o governo como ruim ou péssimo, e 29%, como regular. São taxas praticamente iguais às de agora. A diferença é que, em 2015, 28% diziam ser um governo ótimo e bom, contra apenas 6% agora. A perda de aprovação aconteceu sob Dilma – com vales de 4% ótimo/bom – e Temer ainda não a recuperou.

A primeira pesquisa sobre a sua gestão mostra que o interino terá de fazer algo muito positivo para se diferenciar da antecessora. O principal objetivo de Temer e seu staff é a condenação de Dilma pelo Senado e o seu afastamento definitivo. Essa condição até pode ser necessária, mas a pesquisa do Ipsos mostra que dificilmente será suficiente – ao menos do ponto de vista da opinião pública.

A taxa dos que acreditam que o rumo do País está errado não diminuiu após a posse de Temer: oscilou de 88% para 89% entre maio e junho. Os que acham o contrário – que o Brasil está indo na direção certa – eram 7% em abril, chegaram a 12% em maio e agora estão em 11%. O tamanho da mudança de opinião diante de um evento tão dramático quanto a troca de presidente é quase marginal: um ganho de apenas quatro pontos porcentuais.

Há outras respostas que mostram o quão difícil é a missão de Temer para se tornar popular. O tema em que a atuação do interino é mais criticada é justamente aquele que Temer se propôs a reformar: a Previdência Social. A taxa dos que reprovam o que ele fez até agora nesse assunto é praticamente o dobro dos que aprovam: 44% a 23%. O terço restante não soube responder.

A desaprovação de Temer é igualmente alta – no patamar dos 40% – no que diz respeito ao Minha Casa Minha Vida (43%), ao combate ao desemprego (44%), ao Bolsa Família (43%), ao déficit público (41%), à crise política (42%), à inflação (40%) e à corrupção (40%). Na opinião pública, a gestão de Temer é quase uma extensão do administração Dilma, uma espécie de governo “Demer”.

Parte é culpa de Temer. Mas é também porque a desaprovação aos políticos é geral: 56% desaprovam Marina Silva; 63%, Aécio Neves; 68%, Lula; 55%, Geraldo Alckmin e José Serra. Quase não sobra ninguém: 55% aprovam Sergio Moro, e 42%, Joaquim Barbosa.

A desaprovação a Michel Temer é equivalente à de Dilma Rousseff, segundo pesquisa inédita do instituto Ipsos, divulgada aqui com exclusividade: 70% desaprovam a conduta do interino, contra 75% que desaprovam a da afastada. A desaprovação dele vem crescendo, e a dela, caindo. O pico negativo de Dilma no Ipsos foi em setembro: 90% de desaprovação. O histórico de Temer foi de 61% de desaprovação em fevereiro (quando ainda era apenas vice-presidente) para 67% em maio e 70% agora. A margem de erro é de três pontos porcentuais.

Há uma diferença entre a avaliação da pessoa de Temer e a de seu governo. Desde que assumiu a Presidência, o interino tornou-se mais famoso: a taxa dos que não opinavam sobre ele por desconhecê-lo caiu de 33% em fevereiro para 11% agora. Isso explica em parte por que sua desaprovação cresceu, assim como é o motivo de sua aprovação ter subido de 6% para 19% no mesmo período. Em relação ao governo, porém, aconteceu o contrário.

Desde que Dilma foi afastada, a taxa dos brasileiros que não sabem opinar sobre o governo pulou de 2% para 22%. Cresceu também a proporção daqueles que julgam a gestão do País como regular (foi de 21% para 29%). Já as avaliações positivas e negativas se moveram para baixo. A taxa de ótimo e bom oscilou de 9% para 6%, enquanto a de ruim e péssimo despencou de 69% para 43%. Pode-se interpretar essa queda como um voto de confiança no governo interino ou, mais provavelmente, como uma expectativa cautelosa até que ele mostre a que veio.

Quando Dilma e Temer tomaram posse, ela como presidente e ele como vice, o movimento da opinião pública já era crítico. Em janeiro de 2015, 42% avaliavam o governo como ruim ou péssimo, e 29%, como regular. São taxas praticamente iguais às de agora. A diferença é que, em 2015, 28% diziam ser um governo ótimo e bom, contra apenas 6% agora. A perda de aprovação aconteceu sob Dilma – com vales de 4% ótimo/bom – e Temer ainda não a recuperou.

A primeira pesquisa sobre a sua gestão mostra que o interino terá de fazer algo muito positivo para se diferenciar da antecessora. O principal objetivo de Temer e seu staff é a condenação de Dilma pelo Senado e o seu afastamento definitivo. Essa condição até pode ser necessária, mas a pesquisa do Ipsos mostra que dificilmente será suficiente – ao menos do ponto de vista da opinião pública.

A taxa dos que acreditam que o rumo do País está errado não diminuiu após a posse de Temer: oscilou de 88% para 89% entre maio e junho. Os que acham o contrário – que o Brasil está indo na direção certa – eram 7% em abril, chegaram a 12% em maio e agora estão em 11%. O tamanho da mudança de opinião diante de um evento tão dramático quanto a troca de presidente é quase marginal: um ganho de apenas quatro pontos porcentuais.

Há outras respostas que mostram o quão difícil é a missão de Temer para se tornar popular. O tema em que a atuação do interino é mais criticada é justamente aquele que Temer se propôs a reformar: a Previdência Social. A taxa dos que reprovam o que ele fez até agora nesse assunto é praticamente o dobro dos que aprovam: 44% a 23%. O terço restante não soube responder.

A desaprovação de Temer é igualmente alta – no patamar dos 40% – no que diz respeito ao Minha Casa Minha Vida (43%), ao combate ao desemprego (44%), ao Bolsa Família (43%), ao déficit público (41%), à crise política (42%), à inflação (40%) e à corrupção (40%). Na opinião pública, a gestão de Temer é quase uma extensão do administração Dilma, uma espécie de governo “Demer”.

Parte é culpa de Temer. Mas é também porque a desaprovação aos políticos é geral: 56% desaprovam Marina Silva; 63%, Aécio Neves; 68%, Lula; 55%, Geraldo Alckmin e José Serra. Quase não sobra ninguém: 55% aprovam Sergio Moro, e 42%, Joaquim Barbosa.

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