Juiz manda desarmar sem-terra e fazendeiros em Alagoas


Após confronto em invasão, polícia fará devassa em fazendas, acampamentos e assentamentos

Por Ricardo Rodrigues e MACEIÓ

O juiz-substituto de Piranhas (AL), John Silas da Silva, expediu ontem mandados de busca e apreensão e autorizou a Polícia Civil a fazer uma devassa em fazendas e acampamentos e assentamentos de sem-terra à procura de armas na região. A decisão foi adotada depois do confronto de quarta-feira, que deixou oito sem-terra feridos. Na manhã de anteontem, cerca de 80 famílias ligadas ao Movimento dos Sem-Terra (MST) tentaram ocupar a Fazenda Lagoa Comprida, em Piranhas. O grupo foi recebido a tiros por jagunços. O dono da fazenda, Jorge Fortes Gonçalves, foi preso e ainda estava na Delegacia Regional de Delmiro Gouveia. "O confronto acirrou os ânimos entre fazendeiros e sem-terra", disse o juiz Silas, ao justificar os mandados de busca e apreensão. "Não podemos permitir que pessoas armadas estejam a serviço de fazendeiros para intimidar, ameaçar e atirar contra trabalhadores sem-terra. As invasões de fazenda precisam ser tratadas no âmbito da Justiça e da Polícia Militar, que tem o Centro de Gerenciamento de Crise para resolver pacificamente esse tipo de conflito." Em depoimento ao delegado Rodrigo Rocha Cavalcante, o fazendeiro alegou ter sido agredido pelos sem-terra e negou ter contratado jagunços para resistir à invasão. A fazenda já fora ocupada no ano passado. Fortes entrou com ação de reintegração de posse e, no acordo feito, os sem-terra teriam de esperar a negociação da propriedade com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Com a demora no processo, os sem-terra decidiram invadi-la de novo. PROTESTO De manhã, integrantes do MST bloquearam vários trechos de rodovias estaduais e federais, começando pela AL-101/Sul, na altura de Piranhas. Segundo o coordenador do movimento no Estado, José Roberto dos Santos, foi um protesto contra a ação de pistoleiros contratados por fazendeiros para impedir invasões. "Eles estão nos intimidando e até mesmo tentando matar nossos companheiros, durante as ocupações", reclamou. O MST, segundo José Roberto, quer conversar com as autoridades da área de segurança pública em Alagoas e planeja uma grande manifestação em Maceió. O protesto foi encerrado no fim da manhã, com a liberação das rodovias. Agora, os sem-terra aguardam a posição da superintendência do Incra sobre o confronto em Piranhas e ameaçam fazer novas manifestações, caso não seja agilizado o processo de reforma agrária. O ouvidor agrário estadual, Marcos Bezerra, disse que comunicou o protesto à superintendência e aguarda a definição de um encontro com líderes do MST. Segundo José Roberto, também foram bloqueados trechos de acesso às cidades de Paripueira, Porto Calvo e Maragogi, no litoral norte, e estradas em Arapiraca, no agreste, e União dos Palmares e Joaquim Gomes, na zona da mata. Policiais do Centro de Gerenciamento de Crise da PM acompanharam as ações e em vários trechos foram feitos desvios improvisados, para escoar o trânsito. Durante os bloqueios, não houve nenhum incidente grave. Em Paripueira, um PM chegou a disparar um tiro para o alto, para dispersar manifestantes que tentavam impedir a passagem de um carro. Ninguém ficou ferido.

O juiz-substituto de Piranhas (AL), John Silas da Silva, expediu ontem mandados de busca e apreensão e autorizou a Polícia Civil a fazer uma devassa em fazendas e acampamentos e assentamentos de sem-terra à procura de armas na região. A decisão foi adotada depois do confronto de quarta-feira, que deixou oito sem-terra feridos. Na manhã de anteontem, cerca de 80 famílias ligadas ao Movimento dos Sem-Terra (MST) tentaram ocupar a Fazenda Lagoa Comprida, em Piranhas. O grupo foi recebido a tiros por jagunços. O dono da fazenda, Jorge Fortes Gonçalves, foi preso e ainda estava na Delegacia Regional de Delmiro Gouveia. "O confronto acirrou os ânimos entre fazendeiros e sem-terra", disse o juiz Silas, ao justificar os mandados de busca e apreensão. "Não podemos permitir que pessoas armadas estejam a serviço de fazendeiros para intimidar, ameaçar e atirar contra trabalhadores sem-terra. As invasões de fazenda precisam ser tratadas no âmbito da Justiça e da Polícia Militar, que tem o Centro de Gerenciamento de Crise para resolver pacificamente esse tipo de conflito." Em depoimento ao delegado Rodrigo Rocha Cavalcante, o fazendeiro alegou ter sido agredido pelos sem-terra e negou ter contratado jagunços para resistir à invasão. A fazenda já fora ocupada no ano passado. Fortes entrou com ação de reintegração de posse e, no acordo feito, os sem-terra teriam de esperar a negociação da propriedade com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Com a demora no processo, os sem-terra decidiram invadi-la de novo. PROTESTO De manhã, integrantes do MST bloquearam vários trechos de rodovias estaduais e federais, começando pela AL-101/Sul, na altura de Piranhas. Segundo o coordenador do movimento no Estado, José Roberto dos Santos, foi um protesto contra a ação de pistoleiros contratados por fazendeiros para impedir invasões. "Eles estão nos intimidando e até mesmo tentando matar nossos companheiros, durante as ocupações", reclamou. O MST, segundo José Roberto, quer conversar com as autoridades da área de segurança pública em Alagoas e planeja uma grande manifestação em Maceió. O protesto foi encerrado no fim da manhã, com a liberação das rodovias. Agora, os sem-terra aguardam a posição da superintendência do Incra sobre o confronto em Piranhas e ameaçam fazer novas manifestações, caso não seja agilizado o processo de reforma agrária. O ouvidor agrário estadual, Marcos Bezerra, disse que comunicou o protesto à superintendência e aguarda a definição de um encontro com líderes do MST. Segundo José Roberto, também foram bloqueados trechos de acesso às cidades de Paripueira, Porto Calvo e Maragogi, no litoral norte, e estradas em Arapiraca, no agreste, e União dos Palmares e Joaquim Gomes, na zona da mata. Policiais do Centro de Gerenciamento de Crise da PM acompanharam as ações e em vários trechos foram feitos desvios improvisados, para escoar o trânsito. Durante os bloqueios, não houve nenhum incidente grave. Em Paripueira, um PM chegou a disparar um tiro para o alto, para dispersar manifestantes que tentavam impedir a passagem de um carro. Ninguém ficou ferido.

O juiz-substituto de Piranhas (AL), John Silas da Silva, expediu ontem mandados de busca e apreensão e autorizou a Polícia Civil a fazer uma devassa em fazendas e acampamentos e assentamentos de sem-terra à procura de armas na região. A decisão foi adotada depois do confronto de quarta-feira, que deixou oito sem-terra feridos. Na manhã de anteontem, cerca de 80 famílias ligadas ao Movimento dos Sem-Terra (MST) tentaram ocupar a Fazenda Lagoa Comprida, em Piranhas. O grupo foi recebido a tiros por jagunços. O dono da fazenda, Jorge Fortes Gonçalves, foi preso e ainda estava na Delegacia Regional de Delmiro Gouveia. "O confronto acirrou os ânimos entre fazendeiros e sem-terra", disse o juiz Silas, ao justificar os mandados de busca e apreensão. "Não podemos permitir que pessoas armadas estejam a serviço de fazendeiros para intimidar, ameaçar e atirar contra trabalhadores sem-terra. As invasões de fazenda precisam ser tratadas no âmbito da Justiça e da Polícia Militar, que tem o Centro de Gerenciamento de Crise para resolver pacificamente esse tipo de conflito." Em depoimento ao delegado Rodrigo Rocha Cavalcante, o fazendeiro alegou ter sido agredido pelos sem-terra e negou ter contratado jagunços para resistir à invasão. A fazenda já fora ocupada no ano passado. Fortes entrou com ação de reintegração de posse e, no acordo feito, os sem-terra teriam de esperar a negociação da propriedade com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Com a demora no processo, os sem-terra decidiram invadi-la de novo. PROTESTO De manhã, integrantes do MST bloquearam vários trechos de rodovias estaduais e federais, começando pela AL-101/Sul, na altura de Piranhas. Segundo o coordenador do movimento no Estado, José Roberto dos Santos, foi um protesto contra a ação de pistoleiros contratados por fazendeiros para impedir invasões. "Eles estão nos intimidando e até mesmo tentando matar nossos companheiros, durante as ocupações", reclamou. O MST, segundo José Roberto, quer conversar com as autoridades da área de segurança pública em Alagoas e planeja uma grande manifestação em Maceió. O protesto foi encerrado no fim da manhã, com a liberação das rodovias. Agora, os sem-terra aguardam a posição da superintendência do Incra sobre o confronto em Piranhas e ameaçam fazer novas manifestações, caso não seja agilizado o processo de reforma agrária. O ouvidor agrário estadual, Marcos Bezerra, disse que comunicou o protesto à superintendência e aguarda a definição de um encontro com líderes do MST. Segundo José Roberto, também foram bloqueados trechos de acesso às cidades de Paripueira, Porto Calvo e Maragogi, no litoral norte, e estradas em Arapiraca, no agreste, e União dos Palmares e Joaquim Gomes, na zona da mata. Policiais do Centro de Gerenciamento de Crise da PM acompanharam as ações e em vários trechos foram feitos desvios improvisados, para escoar o trânsito. Durante os bloqueios, não houve nenhum incidente grave. Em Paripueira, um PM chegou a disparar um tiro para o alto, para dispersar manifestantes que tentavam impedir a passagem de um carro. Ninguém ficou ferido.

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