Juiz que mandou prender ex-ministro Milton Ribeiro é atacado


Carro do juiz foi atingido por um artefato contendo terra, ovos e estrume. Autores do ataque não foram identificados

Por Felipe Frazão
Atualização:

BRASÍLIA - Responsável por mandar prender o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, o juiz Renato Borelli, da 15ª Vara Federal, foi atacado nesta quinta-feira, dia 7, enquanto se deslocava em Brasília. O carro do juiz foi atingido por um artefato contendo terra, ovos e estrume. Os autores do ataque não foram identificados.

O Estadão apurou que Borelli não se feriu. O veículo foi atingido nas laterais e no para-brisa dianteiro. O caso vai ser investigado a pedido da Justiça, após ameaças que o magistrado havia recebido em redes sociais por ter determinado a Operação Acesso pago, contra o gabinete paralelo do Ministério da Educação (MEC), caso revelado pelo Estadão.

Carro do juiz federal Renato Borelli após ataque em Brasília Foto: Estadão
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Segundo informações da Justiça Federal, o juiz recebeu centenas de ameaças depois de autorizar a Polícia Federal a cumprir a ordem de prisão contra Ribeiro, os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura e outros dois suspeitos de crimes como corrupção passiva, tráfico de influência, prevaricação e advocacia administrativa.

O juiz justificou a prisão como forma de evitar a obstrução de Justiça e diante de suspeitas de interferência política e vazamento da operação, em um telefonema entre Ribeiro e o presidente Jair Bolsonaro, enviou o caso ao Supremo Tribunal Federal. Antes, o desembargador Ney Bello, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região ordenou que os alvos da Operação Acesso Pago fossem soltos.

Na semana passada, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), coordenador da pré-campanha de Jair Bolsonaro a reeleição, afirmou em entrevista ao Estadão que Borelli deveria responder no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) por ativismo político para desgastar o governo.

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O nome do juiz foi compartilhado pelos perfis do deputado Eduardo Bolsonaro (União Brasil-SP) e do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), e o ex-secretário de incentivo à Cultura André Porciuncula classificou o caso como “ativismo judicial”. “Sim, o juiz que sentenciou o presidente a usar máscara é o mesmo que mandou prender o ex-ministro Milton”, publicou Eduardo Bolsonaro.

O magistrado tem em sua carreira uma lista de despachos contrários a políticos de diferentes partidos, como PT e MDB. Além de juiz federal, Borelli é palestrante e professor de Direito Administrativo em um curso preparatório para concursos. Ele dedica suas redes sociais a promover o curso, chamado Gran Jurídico, mas desde ontem tem recebido comentários como “comunista ativista” e “juiz esquerdista”.

Carro do juiz federal Renato Borelli após ataque em Brasília Foto: Estadão

BRASÍLIA - Responsável por mandar prender o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, o juiz Renato Borelli, da 15ª Vara Federal, foi atacado nesta quinta-feira, dia 7, enquanto se deslocava em Brasília. O carro do juiz foi atingido por um artefato contendo terra, ovos e estrume. Os autores do ataque não foram identificados.

O Estadão apurou que Borelli não se feriu. O veículo foi atingido nas laterais e no para-brisa dianteiro. O caso vai ser investigado a pedido da Justiça, após ameaças que o magistrado havia recebido em redes sociais por ter determinado a Operação Acesso pago, contra o gabinete paralelo do Ministério da Educação (MEC), caso revelado pelo Estadão.

Carro do juiz federal Renato Borelli após ataque em Brasília Foto: Estadão

Segundo informações da Justiça Federal, o juiz recebeu centenas de ameaças depois de autorizar a Polícia Federal a cumprir a ordem de prisão contra Ribeiro, os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura e outros dois suspeitos de crimes como corrupção passiva, tráfico de influência, prevaricação e advocacia administrativa.

O juiz justificou a prisão como forma de evitar a obstrução de Justiça e diante de suspeitas de interferência política e vazamento da operação, em um telefonema entre Ribeiro e o presidente Jair Bolsonaro, enviou o caso ao Supremo Tribunal Federal. Antes, o desembargador Ney Bello, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região ordenou que os alvos da Operação Acesso Pago fossem soltos.

Na semana passada, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), coordenador da pré-campanha de Jair Bolsonaro a reeleição, afirmou em entrevista ao Estadão que Borelli deveria responder no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) por ativismo político para desgastar o governo.

O nome do juiz foi compartilhado pelos perfis do deputado Eduardo Bolsonaro (União Brasil-SP) e do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), e o ex-secretário de incentivo à Cultura André Porciuncula classificou o caso como “ativismo judicial”. “Sim, o juiz que sentenciou o presidente a usar máscara é o mesmo que mandou prender o ex-ministro Milton”, publicou Eduardo Bolsonaro.

O magistrado tem em sua carreira uma lista de despachos contrários a políticos de diferentes partidos, como PT e MDB. Além de juiz federal, Borelli é palestrante e professor de Direito Administrativo em um curso preparatório para concursos. Ele dedica suas redes sociais a promover o curso, chamado Gran Jurídico, mas desde ontem tem recebido comentários como “comunista ativista” e “juiz esquerdista”.

Carro do juiz federal Renato Borelli após ataque em Brasília Foto: Estadão

BRASÍLIA - Responsável por mandar prender o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, o juiz Renato Borelli, da 15ª Vara Federal, foi atacado nesta quinta-feira, dia 7, enquanto se deslocava em Brasília. O carro do juiz foi atingido por um artefato contendo terra, ovos e estrume. Os autores do ataque não foram identificados.

O Estadão apurou que Borelli não se feriu. O veículo foi atingido nas laterais e no para-brisa dianteiro. O caso vai ser investigado a pedido da Justiça, após ameaças que o magistrado havia recebido em redes sociais por ter determinado a Operação Acesso pago, contra o gabinete paralelo do Ministério da Educação (MEC), caso revelado pelo Estadão.

Carro do juiz federal Renato Borelli após ataque em Brasília Foto: Estadão

Segundo informações da Justiça Federal, o juiz recebeu centenas de ameaças depois de autorizar a Polícia Federal a cumprir a ordem de prisão contra Ribeiro, os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura e outros dois suspeitos de crimes como corrupção passiva, tráfico de influência, prevaricação e advocacia administrativa.

O juiz justificou a prisão como forma de evitar a obstrução de Justiça e diante de suspeitas de interferência política e vazamento da operação, em um telefonema entre Ribeiro e o presidente Jair Bolsonaro, enviou o caso ao Supremo Tribunal Federal. Antes, o desembargador Ney Bello, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região ordenou que os alvos da Operação Acesso Pago fossem soltos.

Na semana passada, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), coordenador da pré-campanha de Jair Bolsonaro a reeleição, afirmou em entrevista ao Estadão que Borelli deveria responder no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) por ativismo político para desgastar o governo.

O nome do juiz foi compartilhado pelos perfis do deputado Eduardo Bolsonaro (União Brasil-SP) e do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), e o ex-secretário de incentivo à Cultura André Porciuncula classificou o caso como “ativismo judicial”. “Sim, o juiz que sentenciou o presidente a usar máscara é o mesmo que mandou prender o ex-ministro Milton”, publicou Eduardo Bolsonaro.

O magistrado tem em sua carreira uma lista de despachos contrários a políticos de diferentes partidos, como PT e MDB. Além de juiz federal, Borelli é palestrante e professor de Direito Administrativo em um curso preparatório para concursos. Ele dedica suas redes sociais a promover o curso, chamado Gran Jurídico, mas desde ontem tem recebido comentários como “comunista ativista” e “juiz esquerdista”.

Carro do juiz federal Renato Borelli após ataque em Brasília Foto: Estadão

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