Advogados do PT e PL prometem recorrer ao TSE caso TRE-PR rejeite cassação de Sérgio Moro


Julgamento que avalia possível cassação do senador Sérgio Moro foi retomado nesta quarta-feira, 3, e está empatado com um voto a favor e um contrário à perda do mandato

Por Karina Ferreira
Atualização:

Retomado nesta quarta-feira, 3, o julgamento que pode cassar o mandato do senador Sérgio Moro (União Brasil-PR) tem chances praticamente nulas de não ir ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) caso o ex-juiz seja inocentado das acusações no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), dizem os autores dos processos.

Tanto o advogado do PT, Luiz Eduardo Peccinin, quanto a equipe jurídica do PL, formada por Bruno Cristaldi e Marcelo Demanto, são categóricos ao afirmar que vão recorrer da sentença na instância superior caso Moro não seja cassado. Até agora, o placar está empatado. Um pedido de vista da desembargadora Cláudia Cristina Cristofani interrompeu o julgamento, que será retomado na segunda-feira, 8

Sérgio Moro (União-PR), senador e ex-juiz Foto: Wilton Junior/Estadão
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Os partidos sustentam que houve abuso de poder econômico por Moro, que se apresentava como presidenciável na pré-campanha e, depois, se candidatou ao Senado.

O relator votou contra à cassação do mandato de Moro na abertura do julgamento, nesta segunda-feira, 1º. Segundo o entendimento do desembargador Luciano Carrasco Falavinha, relator do caso, “não foi provado abuso, caixa 2 nem corrupção”. Na segunda sessão, que ocorreu nesta quarta, o desembargador José Rodrigo Sade, divergiu de Falavinha e empatou a votação. Sade entendeu que houve “patente abuso” no caso, com a “quebra da isonomia do pleito, comprometendo sua lisura”.

“O voto de hoje pode ter peso suficiente para angariar mais alguns votos. É muito difícil prever o resultado”, afirmou Bruno Cristaldi, que representa o partido do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

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O advogado do PT do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Luiz Eduardo Peccinin, diz ter confiança de que o TRE-PR vai analisar a ação como um precedente para a pré-campanha das eleições municipais deste ano e para as próximas. “Nós interpretamos que o voto do relator, ao ficar se atentando em miudezas, infelizmente, deixou de analisar o que a gente chama de ‘conjunto da obra’, de gravidade da conduta, que é o que o TSE considera para o abuso de poder”, afirmou.

As duas equipes jurídicas dizem que não há dúvidas que o processo vai seguir até todos os recursos serem esgotados. Caso a Corte do Paraná decida por manter o mandato do ex-juiz da Operação Lava Jato, os autos devem ser remetidos à Corte superior em maio, segundo estimativa do TRE. Independentemente do resultado no TRE-PR, Moro seguirá no cargo como senador até uma definição do TSE.

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Ainda votam os seguintes juízes, em ordem de leitura dos pareceres:

  • Desembargadora Cláudia Cristina Cristofani – desembargadora federal;
  • Desembargador eleitoral Julio Jacob Junior – classe de advogado efetivo;
  • Desembargador eleitoral Anderson Ricardo Fogaça – juiz de Direito efetivo;
  • Desembargador eleitoral Guilherme Frederico Hernandes Denz – juiz de Direito efetivo.

O desembargador Sigurd Roberto Bengtsson, presidente do TRE-PR só emite o voto nos casos de empate. No julgamento de Moro, o magistrado só vota se o placar estiver em três a três. O julgamento será retomado na segunda, 8, com o voto da desembargadora Cláudia Cristina.

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Interlocutores do TRE-PR ouvidos pelo Estadão afirmam que os magistrados estão comprometidos em finalizar o julgamento até a semana que vem. No entanto, é possível que mais juízes peçam mais tempo para análise do caso.

Retomado nesta quarta-feira, 3, o julgamento que pode cassar o mandato do senador Sérgio Moro (União Brasil-PR) tem chances praticamente nulas de não ir ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) caso o ex-juiz seja inocentado das acusações no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), dizem os autores dos processos.

Tanto o advogado do PT, Luiz Eduardo Peccinin, quanto a equipe jurídica do PL, formada por Bruno Cristaldi e Marcelo Demanto, são categóricos ao afirmar que vão recorrer da sentença na instância superior caso Moro não seja cassado. Até agora, o placar está empatado. Um pedido de vista da desembargadora Cláudia Cristina Cristofani interrompeu o julgamento, que será retomado na segunda-feira, 8

Sérgio Moro (União-PR), senador e ex-juiz Foto: Wilton Junior/Estadão

Os partidos sustentam que houve abuso de poder econômico por Moro, que se apresentava como presidenciável na pré-campanha e, depois, se candidatou ao Senado.

O relator votou contra à cassação do mandato de Moro na abertura do julgamento, nesta segunda-feira, 1º. Segundo o entendimento do desembargador Luciano Carrasco Falavinha, relator do caso, “não foi provado abuso, caixa 2 nem corrupção”. Na segunda sessão, que ocorreu nesta quarta, o desembargador José Rodrigo Sade, divergiu de Falavinha e empatou a votação. Sade entendeu que houve “patente abuso” no caso, com a “quebra da isonomia do pleito, comprometendo sua lisura”.

“O voto de hoje pode ter peso suficiente para angariar mais alguns votos. É muito difícil prever o resultado”, afirmou Bruno Cristaldi, que representa o partido do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O advogado do PT do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Luiz Eduardo Peccinin, diz ter confiança de que o TRE-PR vai analisar a ação como um precedente para a pré-campanha das eleições municipais deste ano e para as próximas. “Nós interpretamos que o voto do relator, ao ficar se atentando em miudezas, infelizmente, deixou de analisar o que a gente chama de ‘conjunto da obra’, de gravidade da conduta, que é o que o TSE considera para o abuso de poder”, afirmou.

As duas equipes jurídicas dizem que não há dúvidas que o processo vai seguir até todos os recursos serem esgotados. Caso a Corte do Paraná decida por manter o mandato do ex-juiz da Operação Lava Jato, os autos devem ser remetidos à Corte superior em maio, segundo estimativa do TRE. Independentemente do resultado no TRE-PR, Moro seguirá no cargo como senador até uma definição do TSE.

Ainda votam os seguintes juízes, em ordem de leitura dos pareceres:

  • Desembargadora Cláudia Cristina Cristofani – desembargadora federal;
  • Desembargador eleitoral Julio Jacob Junior – classe de advogado efetivo;
  • Desembargador eleitoral Anderson Ricardo Fogaça – juiz de Direito efetivo;
  • Desembargador eleitoral Guilherme Frederico Hernandes Denz – juiz de Direito efetivo.

O desembargador Sigurd Roberto Bengtsson, presidente do TRE-PR só emite o voto nos casos de empate. No julgamento de Moro, o magistrado só vota se o placar estiver em três a três. O julgamento será retomado na segunda, 8, com o voto da desembargadora Cláudia Cristina.

Interlocutores do TRE-PR ouvidos pelo Estadão afirmam que os magistrados estão comprometidos em finalizar o julgamento até a semana que vem. No entanto, é possível que mais juízes peçam mais tempo para análise do caso.

Retomado nesta quarta-feira, 3, o julgamento que pode cassar o mandato do senador Sérgio Moro (União Brasil-PR) tem chances praticamente nulas de não ir ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) caso o ex-juiz seja inocentado das acusações no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), dizem os autores dos processos.

Tanto o advogado do PT, Luiz Eduardo Peccinin, quanto a equipe jurídica do PL, formada por Bruno Cristaldi e Marcelo Demanto, são categóricos ao afirmar que vão recorrer da sentença na instância superior caso Moro não seja cassado. Até agora, o placar está empatado. Um pedido de vista da desembargadora Cláudia Cristina Cristofani interrompeu o julgamento, que será retomado na segunda-feira, 8

Sérgio Moro (União-PR), senador e ex-juiz Foto: Wilton Junior/Estadão

Os partidos sustentam que houve abuso de poder econômico por Moro, que se apresentava como presidenciável na pré-campanha e, depois, se candidatou ao Senado.

O relator votou contra à cassação do mandato de Moro na abertura do julgamento, nesta segunda-feira, 1º. Segundo o entendimento do desembargador Luciano Carrasco Falavinha, relator do caso, “não foi provado abuso, caixa 2 nem corrupção”. Na segunda sessão, que ocorreu nesta quarta, o desembargador José Rodrigo Sade, divergiu de Falavinha e empatou a votação. Sade entendeu que houve “patente abuso” no caso, com a “quebra da isonomia do pleito, comprometendo sua lisura”.

“O voto de hoje pode ter peso suficiente para angariar mais alguns votos. É muito difícil prever o resultado”, afirmou Bruno Cristaldi, que representa o partido do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O advogado do PT do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Luiz Eduardo Peccinin, diz ter confiança de que o TRE-PR vai analisar a ação como um precedente para a pré-campanha das eleições municipais deste ano e para as próximas. “Nós interpretamos que o voto do relator, ao ficar se atentando em miudezas, infelizmente, deixou de analisar o que a gente chama de ‘conjunto da obra’, de gravidade da conduta, que é o que o TSE considera para o abuso de poder”, afirmou.

As duas equipes jurídicas dizem que não há dúvidas que o processo vai seguir até todos os recursos serem esgotados. Caso a Corte do Paraná decida por manter o mandato do ex-juiz da Operação Lava Jato, os autos devem ser remetidos à Corte superior em maio, segundo estimativa do TRE. Independentemente do resultado no TRE-PR, Moro seguirá no cargo como senador até uma definição do TSE.

Ainda votam os seguintes juízes, em ordem de leitura dos pareceres:

  • Desembargadora Cláudia Cristina Cristofani – desembargadora federal;
  • Desembargador eleitoral Julio Jacob Junior – classe de advogado efetivo;
  • Desembargador eleitoral Anderson Ricardo Fogaça – juiz de Direito efetivo;
  • Desembargador eleitoral Guilherme Frederico Hernandes Denz – juiz de Direito efetivo.

O desembargador Sigurd Roberto Bengtsson, presidente do TRE-PR só emite o voto nos casos de empate. No julgamento de Moro, o magistrado só vota se o placar estiver em três a três. O julgamento será retomado na segunda, 8, com o voto da desembargadora Cláudia Cristina.

Interlocutores do TRE-PR ouvidos pelo Estadão afirmam que os magistrados estão comprometidos em finalizar o julgamento até a semana que vem. No entanto, é possível que mais juízes peçam mais tempo para análise do caso.

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