Kassab vai ganhar status de homem-forte de Tarcísio enquanto negocia espaço para o PSD com Lula


Presidente do partido desconversa, mas está prestes a ser confirmado como secretário de Governo em São Paulo e negocia ministérios na gestão petista

Por Pedro Venceslau e Gustavo Queiroz
Atualização:

O presidente do PSD Gilberto Kassab vai assumir um cargo na administração paulista de Tarcísio de Freitas (Republicanos) a partir de 2023. Ex-prefeito de São Paulo, Kassab aceitou ocupar a Secretaria de Governo, enquanto o advogado Arthur Lima, que atuou no Ministério da Infraestrutura ao lado de Tarcísio, vai comandar a Casa Civil.

Nesta sexta-feira, 25, Tarcísio deve anunciar o nome de Lima para o comando da Casa Civil, além da pessoa que vai assumir uma nova secretaria que unifica Meio Ambiente, Infraestrutura, Transportes e Logística.

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Apesar de também ser cotado para assumir um ministério no novo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Kassab se dedicou nas últimas semanas a conversar com deputados estaduais de São Paulo, além de articular o novo grupo político de Tarcísio. A informação do papel formal do dirigente do PSD na gestão paulista foi adiantada pela Folha de S. Paulo e confirmada pelo Estadão.

Em evento do grupo Esfera Brasil, na tarde desta sexta, Kassab negou ter sido convidado para o cargo. “Vou ajudar o governador Tarcísio nas missões desejadas. Não houve esse convite. Se houver, vou ficar honrado. Será uma honra participar do seu governo se ele achar adequado”, disse. “Não precisa estar no governo para ajudar.” Pouco depois, em entrevista coletiva na sede da transição, em São Paulo, o próprio governador indicou que a nomeação deve, sim, se concretizar.

Neófito na política, o ex-ministro da Infraestrutura de Jair Bolsonaro contou com o comando de Kassab para angariar apoio político nos bastidores de sua campanha. O ex-prefeito foi responsável por organizar um palanque que tinha a retaguarda do atual chefe do Executivo, mas não possuía nenhuma estrutura política no Estado. Com a chegada do PSDB, que apoiou a candidatura do ex-ministro no segundo turno, o presidente do PSD foi peça-chave para tomar decisões sobre divisões de cargos e espaços no novo governo.

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Kassab será secretário de Governo de Tarcísio, que tem como vice Felicio Ramuth, também do PSD. Foto: Werther Santana/Estadão

O embarque oficial na estrutura de governo de Tarcísio, apadrinhado pelo presidente Jair Bolsonaro, vai obrigar Kassab a se equilibrar nas discussões com o presidente eleito, já que o PSD também busca espaços em ao menos dois ministérios petistas para ser base do novo governo federal. Por outro lado, seu espaço ao lado de Tarcísio pode facilitar as negociações com o governo federal que, como mostrou o Estadão, serão necessárias para tirar do papel projetos de interesse dos paulistas que se arrastam há anos.

Ao comentar o que espera do novo governo federal em evento do Esfera, Kassab disse que prevê que este será um governo “sob o comando” de Lula, que, nas palavras deles, é “uma pessoa habilidosa e que vai necessariamente ter que somar as diversas posições que tem nessa aliança”, disse.

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“Entendo que será um governo de centro-esquerda (…) Em contraponto com o que está acontecendo em São Paulo, um governo de centro-direita”, disse Kassab, que afirmou ainda que o governo de São Paulo e o governo federal terão desafios semelhantes.

“O Lula tem oportunidade de somar o Brasil, que possa encontrar respaldo para aprovar os bons projetos que o Brasil precisa”, disse.

Sua futura nomeação também consolida o avanço do PSD na gestão Tarcísio e diminui a influência do bolsonarismo. Ele é o segundo nome do partido escolhido para integrar uma secretaria na gestão Tarcísio, que também conta com o vice-governador eleito Felicio Ramuth (PSD).

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Kassab chegou a ser anunciado para a Casa Civil em 2018, na véspera da gestão do ex-tucano João Doria, mas pediu licença do cargo antes mesmo de tomar posse, depois de se tornar alvo de uma operação de busca e apreensão da Polícia Federal relacionada a uma delação do grupo J&F. Após dois anos licenciado, deixou oficialmente o cargo para tratar da articulação nacional do PSD.

O cacique do PSD foi prefeito da capital paulista (2006-2012), ministro das Cidades (2015-2016) na gestão de Dilma Rousseff (PT) e ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (2016-2019) no governo de Michel Temer (MDB).

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Sob o comando de Tarcísio, a secretaria de Governo vai angariar maior poder político, enquanto a Casa Civil ficará mais dedicada ao acompanhamento de projetos e políticas públicas.

A Casa Civil será comandada por Arthur Lima, indicado pelo próprio governador eleito e considerado um nome técnico, que não tem filiação partidária. Lima atuou como um auxiliar da confiança estrita de Tarcísio no Ministério da Infraestrutura e agora é um dos coordenadores do grupo de transição./COLABOROU BEATRIZ BULLA

O presidente do PSD Gilberto Kassab vai assumir um cargo na administração paulista de Tarcísio de Freitas (Republicanos) a partir de 2023. Ex-prefeito de São Paulo, Kassab aceitou ocupar a Secretaria de Governo, enquanto o advogado Arthur Lima, que atuou no Ministério da Infraestrutura ao lado de Tarcísio, vai comandar a Casa Civil.

Nesta sexta-feira, 25, Tarcísio deve anunciar o nome de Lima para o comando da Casa Civil, além da pessoa que vai assumir uma nova secretaria que unifica Meio Ambiente, Infraestrutura, Transportes e Logística.

Apesar de também ser cotado para assumir um ministério no novo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Kassab se dedicou nas últimas semanas a conversar com deputados estaduais de São Paulo, além de articular o novo grupo político de Tarcísio. A informação do papel formal do dirigente do PSD na gestão paulista foi adiantada pela Folha de S. Paulo e confirmada pelo Estadão.

Em evento do grupo Esfera Brasil, na tarde desta sexta, Kassab negou ter sido convidado para o cargo. “Vou ajudar o governador Tarcísio nas missões desejadas. Não houve esse convite. Se houver, vou ficar honrado. Será uma honra participar do seu governo se ele achar adequado”, disse. “Não precisa estar no governo para ajudar.” Pouco depois, em entrevista coletiva na sede da transição, em São Paulo, o próprio governador indicou que a nomeação deve, sim, se concretizar.

Neófito na política, o ex-ministro da Infraestrutura de Jair Bolsonaro contou com o comando de Kassab para angariar apoio político nos bastidores de sua campanha. O ex-prefeito foi responsável por organizar um palanque que tinha a retaguarda do atual chefe do Executivo, mas não possuía nenhuma estrutura política no Estado. Com a chegada do PSDB, que apoiou a candidatura do ex-ministro no segundo turno, o presidente do PSD foi peça-chave para tomar decisões sobre divisões de cargos e espaços no novo governo.

Kassab será secretário de Governo de Tarcísio, que tem como vice Felicio Ramuth, também do PSD. Foto: Werther Santana/Estadão

O embarque oficial na estrutura de governo de Tarcísio, apadrinhado pelo presidente Jair Bolsonaro, vai obrigar Kassab a se equilibrar nas discussões com o presidente eleito, já que o PSD também busca espaços em ao menos dois ministérios petistas para ser base do novo governo federal. Por outro lado, seu espaço ao lado de Tarcísio pode facilitar as negociações com o governo federal que, como mostrou o Estadão, serão necessárias para tirar do papel projetos de interesse dos paulistas que se arrastam há anos.

Ao comentar o que espera do novo governo federal em evento do Esfera, Kassab disse que prevê que este será um governo “sob o comando” de Lula, que, nas palavras deles, é “uma pessoa habilidosa e que vai necessariamente ter que somar as diversas posições que tem nessa aliança”, disse.

“Entendo que será um governo de centro-esquerda (…) Em contraponto com o que está acontecendo em São Paulo, um governo de centro-direita”, disse Kassab, que afirmou ainda que o governo de São Paulo e o governo federal terão desafios semelhantes.

“O Lula tem oportunidade de somar o Brasil, que possa encontrar respaldo para aprovar os bons projetos que o Brasil precisa”, disse.

Sua futura nomeação também consolida o avanço do PSD na gestão Tarcísio e diminui a influência do bolsonarismo. Ele é o segundo nome do partido escolhido para integrar uma secretaria na gestão Tarcísio, que também conta com o vice-governador eleito Felicio Ramuth (PSD).

Kassab chegou a ser anunciado para a Casa Civil em 2018, na véspera da gestão do ex-tucano João Doria, mas pediu licença do cargo antes mesmo de tomar posse, depois de se tornar alvo de uma operação de busca e apreensão da Polícia Federal relacionada a uma delação do grupo J&F. Após dois anos licenciado, deixou oficialmente o cargo para tratar da articulação nacional do PSD.

O cacique do PSD foi prefeito da capital paulista (2006-2012), ministro das Cidades (2015-2016) na gestão de Dilma Rousseff (PT) e ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (2016-2019) no governo de Michel Temer (MDB).

Sob o comando de Tarcísio, a secretaria de Governo vai angariar maior poder político, enquanto a Casa Civil ficará mais dedicada ao acompanhamento de projetos e políticas públicas.

A Casa Civil será comandada por Arthur Lima, indicado pelo próprio governador eleito e considerado um nome técnico, que não tem filiação partidária. Lima atuou como um auxiliar da confiança estrita de Tarcísio no Ministério da Infraestrutura e agora é um dos coordenadores do grupo de transição./COLABOROU BEATRIZ BULLA

O presidente do PSD Gilberto Kassab vai assumir um cargo na administração paulista de Tarcísio de Freitas (Republicanos) a partir de 2023. Ex-prefeito de São Paulo, Kassab aceitou ocupar a Secretaria de Governo, enquanto o advogado Arthur Lima, que atuou no Ministério da Infraestrutura ao lado de Tarcísio, vai comandar a Casa Civil.

Nesta sexta-feira, 25, Tarcísio deve anunciar o nome de Lima para o comando da Casa Civil, além da pessoa que vai assumir uma nova secretaria que unifica Meio Ambiente, Infraestrutura, Transportes e Logística.

Apesar de também ser cotado para assumir um ministério no novo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Kassab se dedicou nas últimas semanas a conversar com deputados estaduais de São Paulo, além de articular o novo grupo político de Tarcísio. A informação do papel formal do dirigente do PSD na gestão paulista foi adiantada pela Folha de S. Paulo e confirmada pelo Estadão.

Em evento do grupo Esfera Brasil, na tarde desta sexta, Kassab negou ter sido convidado para o cargo. “Vou ajudar o governador Tarcísio nas missões desejadas. Não houve esse convite. Se houver, vou ficar honrado. Será uma honra participar do seu governo se ele achar adequado”, disse. “Não precisa estar no governo para ajudar.” Pouco depois, em entrevista coletiva na sede da transição, em São Paulo, o próprio governador indicou que a nomeação deve, sim, se concretizar.

Neófito na política, o ex-ministro da Infraestrutura de Jair Bolsonaro contou com o comando de Kassab para angariar apoio político nos bastidores de sua campanha. O ex-prefeito foi responsável por organizar um palanque que tinha a retaguarda do atual chefe do Executivo, mas não possuía nenhuma estrutura política no Estado. Com a chegada do PSDB, que apoiou a candidatura do ex-ministro no segundo turno, o presidente do PSD foi peça-chave para tomar decisões sobre divisões de cargos e espaços no novo governo.

Kassab será secretário de Governo de Tarcísio, que tem como vice Felicio Ramuth, também do PSD. Foto: Werther Santana/Estadão

O embarque oficial na estrutura de governo de Tarcísio, apadrinhado pelo presidente Jair Bolsonaro, vai obrigar Kassab a se equilibrar nas discussões com o presidente eleito, já que o PSD também busca espaços em ao menos dois ministérios petistas para ser base do novo governo federal. Por outro lado, seu espaço ao lado de Tarcísio pode facilitar as negociações com o governo federal que, como mostrou o Estadão, serão necessárias para tirar do papel projetos de interesse dos paulistas que se arrastam há anos.

Ao comentar o que espera do novo governo federal em evento do Esfera, Kassab disse que prevê que este será um governo “sob o comando” de Lula, que, nas palavras deles, é “uma pessoa habilidosa e que vai necessariamente ter que somar as diversas posições que tem nessa aliança”, disse.

“Entendo que será um governo de centro-esquerda (…) Em contraponto com o que está acontecendo em São Paulo, um governo de centro-direita”, disse Kassab, que afirmou ainda que o governo de São Paulo e o governo federal terão desafios semelhantes.

“O Lula tem oportunidade de somar o Brasil, que possa encontrar respaldo para aprovar os bons projetos que o Brasil precisa”, disse.

Sua futura nomeação também consolida o avanço do PSD na gestão Tarcísio e diminui a influência do bolsonarismo. Ele é o segundo nome do partido escolhido para integrar uma secretaria na gestão Tarcísio, que também conta com o vice-governador eleito Felicio Ramuth (PSD).

Kassab chegou a ser anunciado para a Casa Civil em 2018, na véspera da gestão do ex-tucano João Doria, mas pediu licença do cargo antes mesmo de tomar posse, depois de se tornar alvo de uma operação de busca e apreensão da Polícia Federal relacionada a uma delação do grupo J&F. Após dois anos licenciado, deixou oficialmente o cargo para tratar da articulação nacional do PSD.

O cacique do PSD foi prefeito da capital paulista (2006-2012), ministro das Cidades (2015-2016) na gestão de Dilma Rousseff (PT) e ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (2016-2019) no governo de Michel Temer (MDB).

Sob o comando de Tarcísio, a secretaria de Governo vai angariar maior poder político, enquanto a Casa Civil ficará mais dedicada ao acompanhamento de projetos e políticas públicas.

A Casa Civil será comandada por Arthur Lima, indicado pelo próprio governador eleito e considerado um nome técnico, que não tem filiação partidária. Lima atuou como um auxiliar da confiança estrita de Tarcísio no Ministério da Infraestrutura e agora é um dos coordenadores do grupo de transição./COLABOROU BEATRIZ BULLA

O presidente do PSD Gilberto Kassab vai assumir um cargo na administração paulista de Tarcísio de Freitas (Republicanos) a partir de 2023. Ex-prefeito de São Paulo, Kassab aceitou ocupar a Secretaria de Governo, enquanto o advogado Arthur Lima, que atuou no Ministério da Infraestrutura ao lado de Tarcísio, vai comandar a Casa Civil.

Nesta sexta-feira, 25, Tarcísio deve anunciar o nome de Lima para o comando da Casa Civil, além da pessoa que vai assumir uma nova secretaria que unifica Meio Ambiente, Infraestrutura, Transportes e Logística.

Apesar de também ser cotado para assumir um ministério no novo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Kassab se dedicou nas últimas semanas a conversar com deputados estaduais de São Paulo, além de articular o novo grupo político de Tarcísio. A informação do papel formal do dirigente do PSD na gestão paulista foi adiantada pela Folha de S. Paulo e confirmada pelo Estadão.

Em evento do grupo Esfera Brasil, na tarde desta sexta, Kassab negou ter sido convidado para o cargo. “Vou ajudar o governador Tarcísio nas missões desejadas. Não houve esse convite. Se houver, vou ficar honrado. Será uma honra participar do seu governo se ele achar adequado”, disse. “Não precisa estar no governo para ajudar.” Pouco depois, em entrevista coletiva na sede da transição, em São Paulo, o próprio governador indicou que a nomeação deve, sim, se concretizar.

Neófito na política, o ex-ministro da Infraestrutura de Jair Bolsonaro contou com o comando de Kassab para angariar apoio político nos bastidores de sua campanha. O ex-prefeito foi responsável por organizar um palanque que tinha a retaguarda do atual chefe do Executivo, mas não possuía nenhuma estrutura política no Estado. Com a chegada do PSDB, que apoiou a candidatura do ex-ministro no segundo turno, o presidente do PSD foi peça-chave para tomar decisões sobre divisões de cargos e espaços no novo governo.

Kassab será secretário de Governo de Tarcísio, que tem como vice Felicio Ramuth, também do PSD. Foto: Werther Santana/Estadão

O embarque oficial na estrutura de governo de Tarcísio, apadrinhado pelo presidente Jair Bolsonaro, vai obrigar Kassab a se equilibrar nas discussões com o presidente eleito, já que o PSD também busca espaços em ao menos dois ministérios petistas para ser base do novo governo federal. Por outro lado, seu espaço ao lado de Tarcísio pode facilitar as negociações com o governo federal que, como mostrou o Estadão, serão necessárias para tirar do papel projetos de interesse dos paulistas que se arrastam há anos.

Ao comentar o que espera do novo governo federal em evento do Esfera, Kassab disse que prevê que este será um governo “sob o comando” de Lula, que, nas palavras deles, é “uma pessoa habilidosa e que vai necessariamente ter que somar as diversas posições que tem nessa aliança”, disse.

“Entendo que será um governo de centro-esquerda (…) Em contraponto com o que está acontecendo em São Paulo, um governo de centro-direita”, disse Kassab, que afirmou ainda que o governo de São Paulo e o governo federal terão desafios semelhantes.

“O Lula tem oportunidade de somar o Brasil, que possa encontrar respaldo para aprovar os bons projetos que o Brasil precisa”, disse.

Sua futura nomeação também consolida o avanço do PSD na gestão Tarcísio e diminui a influência do bolsonarismo. Ele é o segundo nome do partido escolhido para integrar uma secretaria na gestão Tarcísio, que também conta com o vice-governador eleito Felicio Ramuth (PSD).

Kassab chegou a ser anunciado para a Casa Civil em 2018, na véspera da gestão do ex-tucano João Doria, mas pediu licença do cargo antes mesmo de tomar posse, depois de se tornar alvo de uma operação de busca e apreensão da Polícia Federal relacionada a uma delação do grupo J&F. Após dois anos licenciado, deixou oficialmente o cargo para tratar da articulação nacional do PSD.

O cacique do PSD foi prefeito da capital paulista (2006-2012), ministro das Cidades (2015-2016) na gestão de Dilma Rousseff (PT) e ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (2016-2019) no governo de Michel Temer (MDB).

Sob o comando de Tarcísio, a secretaria de Governo vai angariar maior poder político, enquanto a Casa Civil ficará mais dedicada ao acompanhamento de projetos e políticas públicas.

A Casa Civil será comandada por Arthur Lima, indicado pelo próprio governador eleito e considerado um nome técnico, que não tem filiação partidária. Lima atuou como um auxiliar da confiança estrita de Tarcísio no Ministério da Infraestrutura e agora é um dos coordenadores do grupo de transição./COLABOROU BEATRIZ BULLA

O presidente do PSD Gilberto Kassab vai assumir um cargo na administração paulista de Tarcísio de Freitas (Republicanos) a partir de 2023. Ex-prefeito de São Paulo, Kassab aceitou ocupar a Secretaria de Governo, enquanto o advogado Arthur Lima, que atuou no Ministério da Infraestrutura ao lado de Tarcísio, vai comandar a Casa Civil.

Nesta sexta-feira, 25, Tarcísio deve anunciar o nome de Lima para o comando da Casa Civil, além da pessoa que vai assumir uma nova secretaria que unifica Meio Ambiente, Infraestrutura, Transportes e Logística.

Apesar de também ser cotado para assumir um ministério no novo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Kassab se dedicou nas últimas semanas a conversar com deputados estaduais de São Paulo, além de articular o novo grupo político de Tarcísio. A informação do papel formal do dirigente do PSD na gestão paulista foi adiantada pela Folha de S. Paulo e confirmada pelo Estadão.

Em evento do grupo Esfera Brasil, na tarde desta sexta, Kassab negou ter sido convidado para o cargo. “Vou ajudar o governador Tarcísio nas missões desejadas. Não houve esse convite. Se houver, vou ficar honrado. Será uma honra participar do seu governo se ele achar adequado”, disse. “Não precisa estar no governo para ajudar.” Pouco depois, em entrevista coletiva na sede da transição, em São Paulo, o próprio governador indicou que a nomeação deve, sim, se concretizar.

Neófito na política, o ex-ministro da Infraestrutura de Jair Bolsonaro contou com o comando de Kassab para angariar apoio político nos bastidores de sua campanha. O ex-prefeito foi responsável por organizar um palanque que tinha a retaguarda do atual chefe do Executivo, mas não possuía nenhuma estrutura política no Estado. Com a chegada do PSDB, que apoiou a candidatura do ex-ministro no segundo turno, o presidente do PSD foi peça-chave para tomar decisões sobre divisões de cargos e espaços no novo governo.

Kassab será secretário de Governo de Tarcísio, que tem como vice Felicio Ramuth, também do PSD. Foto: Werther Santana/Estadão

O embarque oficial na estrutura de governo de Tarcísio, apadrinhado pelo presidente Jair Bolsonaro, vai obrigar Kassab a se equilibrar nas discussões com o presidente eleito, já que o PSD também busca espaços em ao menos dois ministérios petistas para ser base do novo governo federal. Por outro lado, seu espaço ao lado de Tarcísio pode facilitar as negociações com o governo federal que, como mostrou o Estadão, serão necessárias para tirar do papel projetos de interesse dos paulistas que se arrastam há anos.

Ao comentar o que espera do novo governo federal em evento do Esfera, Kassab disse que prevê que este será um governo “sob o comando” de Lula, que, nas palavras deles, é “uma pessoa habilidosa e que vai necessariamente ter que somar as diversas posições que tem nessa aliança”, disse.

“Entendo que será um governo de centro-esquerda (…) Em contraponto com o que está acontecendo em São Paulo, um governo de centro-direita”, disse Kassab, que afirmou ainda que o governo de São Paulo e o governo federal terão desafios semelhantes.

“O Lula tem oportunidade de somar o Brasil, que possa encontrar respaldo para aprovar os bons projetos que o Brasil precisa”, disse.

Sua futura nomeação também consolida o avanço do PSD na gestão Tarcísio e diminui a influência do bolsonarismo. Ele é o segundo nome do partido escolhido para integrar uma secretaria na gestão Tarcísio, que também conta com o vice-governador eleito Felicio Ramuth (PSD).

Kassab chegou a ser anunciado para a Casa Civil em 2018, na véspera da gestão do ex-tucano João Doria, mas pediu licença do cargo antes mesmo de tomar posse, depois de se tornar alvo de uma operação de busca e apreensão da Polícia Federal relacionada a uma delação do grupo J&F. Após dois anos licenciado, deixou oficialmente o cargo para tratar da articulação nacional do PSD.

O cacique do PSD foi prefeito da capital paulista (2006-2012), ministro das Cidades (2015-2016) na gestão de Dilma Rousseff (PT) e ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (2016-2019) no governo de Michel Temer (MDB).

Sob o comando de Tarcísio, a secretaria de Governo vai angariar maior poder político, enquanto a Casa Civil ficará mais dedicada ao acompanhamento de projetos e políticas públicas.

A Casa Civil será comandada por Arthur Lima, indicado pelo próprio governador eleito e considerado um nome técnico, que não tem filiação partidária. Lima atuou como um auxiliar da confiança estrita de Tarcísio no Ministério da Infraestrutura e agora é um dos coordenadores do grupo de transição./COLABOROU BEATRIZ BULLA

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