Líder de conselho indígena diz que yanomami foi morto em ataque de garimpeiros à comunidade


Júnior Hekurari Yanomami atribui ação que resultou nas mortes a integrantes de garimpos que atuam ilegalmente na região; vítimas disseram que atiradores estavam encapuzados; outros dois ficam gravemente feridos; ministra determina investigação

Por Ana Luiza Antunes

ESPECIAL PARA O ESTADÃO - O presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena Yanomami e Ye’kuana, Júnior Hekurari Yanomami, informou em sua conta pessoal no Twitter que um ataque à comunidade indígena Uxiu, localizada dentro da reserva, em Roraima, resultou na morte de um indígena yanomami de 36 anos. Outros dois indígenas, de 24 e 31 anos, ficaram gravemente feridos. O episódio, conforme o relato, ocorreu na tarde deste sábado, 29.

Segundo Júnior Hekurari, a autoria dos ataques teria partido de garimpeiros ilegais que atuam na região e alvejaram os jovens. As vítimas foram resgatadas em estado grave por Expedicionários da Saúde que atuam no local (DSEI Yanomami) e encaminhadas para o Centro de Referência Surucucu.

A ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, se pronunciou na tarde deste domingo e afirmou que uma comitiva interministerial está a caminho de Roraima “para reforçar ainda mais as ações de desintrusão dos criminosos”. “

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A situação de invasores na TI Yanomami vem de muitos anos e mesmo com todos os esforços sendo realizados pelo Governo Federal, ainda faltam muitas ações coordenadas até a retirada de todos os invasores do território”, escreveu a ministra, que solicitou reforço do Ministério da Justiça para investigação da Polícia Federal sobre o caso.

O secretário de Saúde Indígena do governo federal, Weibe Tapeba, também se pronunciou nas redes sociais. Em postagem no Instagram, afirmou que os ministros Flávio Dino e Silvio Almeida (Direitos Humanos) foram acionados. “Tomamos o conhecimento já na manhã de hoje, que entre os três feridos, um indígena veio a óbito. O mesmo era agente indígena de saúde. Estamos em contato com a Ministra Nísia Trindade, Ministra Sônia Guajajara e Presidenta da Funai, Joênia Wapichana para tratar do caso”, escreveu.

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Tapeba ainda cobrou que o Ibama, a Funai, a Polícia Federal e as Forças Armadas “acelerem e finalizem a extrusão do território yanomami”. “Os financiadores, aliciadores e responsáveis direto pelo garimpo que patrocina a morte dos yanomami precisam ser identificados, responsabilizados e punidos”, frisou.

A reportagem entrou em contato com o Governo do Estado de Roraima, com a Polícia Militar e com o Hospital Geral do estado, mas não teve retorno até o fechamento desta matéria. O Estadão também contatou a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), que ainda não se posicionou sobre os ataques.

Agente indígena de saúde morre em comunidade yanomami após ataque de garimpeiros ilegais na região. Foto: Júnior Hekurari/Divulgação Instagram
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Vítimas

Ilson Xirixana, 36, era agente indígena de saúde da comunidade e não resistiu aos ferimentos na cabeça. Ele chegou desacordado na unidade e morreu na manhã deste domingo, 30. Os outro dois feridos foram encaminhados ao Hospital Geral de Boa Vista e não há informação sobre o estado de saúde de ambos.

Hekurari afirmou ao G1 que os garimpeiros chegaram à comunidade Uxiu e começaram a atirar contra os indígenas yanomami. Segundo relato dos feridos, os atiradores estavam encapuzados. O indígena de 24 anos levou dois tiros no abdômen e o de 31 ficou ferido no abdômen, na perna e vomitava bastante. A equipe também identificou ferimentos na lombar.

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ESPECIAL PARA O ESTADÃO - O presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena Yanomami e Ye’kuana, Júnior Hekurari Yanomami, informou em sua conta pessoal no Twitter que um ataque à comunidade indígena Uxiu, localizada dentro da reserva, em Roraima, resultou na morte de um indígena yanomami de 36 anos. Outros dois indígenas, de 24 e 31 anos, ficaram gravemente feridos. O episódio, conforme o relato, ocorreu na tarde deste sábado, 29.

Segundo Júnior Hekurari, a autoria dos ataques teria partido de garimpeiros ilegais que atuam na região e alvejaram os jovens. As vítimas foram resgatadas em estado grave por Expedicionários da Saúde que atuam no local (DSEI Yanomami) e encaminhadas para o Centro de Referência Surucucu.

A ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, se pronunciou na tarde deste domingo e afirmou que uma comitiva interministerial está a caminho de Roraima “para reforçar ainda mais as ações de desintrusão dos criminosos”. “

A situação de invasores na TI Yanomami vem de muitos anos e mesmo com todos os esforços sendo realizados pelo Governo Federal, ainda faltam muitas ações coordenadas até a retirada de todos os invasores do território”, escreveu a ministra, que solicitou reforço do Ministério da Justiça para investigação da Polícia Federal sobre o caso.

O secretário de Saúde Indígena do governo federal, Weibe Tapeba, também se pronunciou nas redes sociais. Em postagem no Instagram, afirmou que os ministros Flávio Dino e Silvio Almeida (Direitos Humanos) foram acionados. “Tomamos o conhecimento já na manhã de hoje, que entre os três feridos, um indígena veio a óbito. O mesmo era agente indígena de saúde. Estamos em contato com a Ministra Nísia Trindade, Ministra Sônia Guajajara e Presidenta da Funai, Joênia Wapichana para tratar do caso”, escreveu.

Tapeba ainda cobrou que o Ibama, a Funai, a Polícia Federal e as Forças Armadas “acelerem e finalizem a extrusão do território yanomami”. “Os financiadores, aliciadores e responsáveis direto pelo garimpo que patrocina a morte dos yanomami precisam ser identificados, responsabilizados e punidos”, frisou.

A reportagem entrou em contato com o Governo do Estado de Roraima, com a Polícia Militar e com o Hospital Geral do estado, mas não teve retorno até o fechamento desta matéria. O Estadão também contatou a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), que ainda não se posicionou sobre os ataques.

Agente indígena de saúde morre em comunidade yanomami após ataque de garimpeiros ilegais na região. Foto: Júnior Hekurari/Divulgação Instagram

Vítimas

Ilson Xirixana, 36, era agente indígena de saúde da comunidade e não resistiu aos ferimentos na cabeça. Ele chegou desacordado na unidade e morreu na manhã deste domingo, 30. Os outro dois feridos foram encaminhados ao Hospital Geral de Boa Vista e não há informação sobre o estado de saúde de ambos.

Hekurari afirmou ao G1 que os garimpeiros chegaram à comunidade Uxiu e começaram a atirar contra os indígenas yanomami. Segundo relato dos feridos, os atiradores estavam encapuzados. O indígena de 24 anos levou dois tiros no abdômen e o de 31 ficou ferido no abdômen, na perna e vomitava bastante. A equipe também identificou ferimentos na lombar.

ESPECIAL PARA O ESTADÃO - O presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena Yanomami e Ye’kuana, Júnior Hekurari Yanomami, informou em sua conta pessoal no Twitter que um ataque à comunidade indígena Uxiu, localizada dentro da reserva, em Roraima, resultou na morte de um indígena yanomami de 36 anos. Outros dois indígenas, de 24 e 31 anos, ficaram gravemente feridos. O episódio, conforme o relato, ocorreu na tarde deste sábado, 29.

Segundo Júnior Hekurari, a autoria dos ataques teria partido de garimpeiros ilegais que atuam na região e alvejaram os jovens. As vítimas foram resgatadas em estado grave por Expedicionários da Saúde que atuam no local (DSEI Yanomami) e encaminhadas para o Centro de Referência Surucucu.

A ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, se pronunciou na tarde deste domingo e afirmou que uma comitiva interministerial está a caminho de Roraima “para reforçar ainda mais as ações de desintrusão dos criminosos”. “

A situação de invasores na TI Yanomami vem de muitos anos e mesmo com todos os esforços sendo realizados pelo Governo Federal, ainda faltam muitas ações coordenadas até a retirada de todos os invasores do território”, escreveu a ministra, que solicitou reforço do Ministério da Justiça para investigação da Polícia Federal sobre o caso.

O secretário de Saúde Indígena do governo federal, Weibe Tapeba, também se pronunciou nas redes sociais. Em postagem no Instagram, afirmou que os ministros Flávio Dino e Silvio Almeida (Direitos Humanos) foram acionados. “Tomamos o conhecimento já na manhã de hoje, que entre os três feridos, um indígena veio a óbito. O mesmo era agente indígena de saúde. Estamos em contato com a Ministra Nísia Trindade, Ministra Sônia Guajajara e Presidenta da Funai, Joênia Wapichana para tratar do caso”, escreveu.

Tapeba ainda cobrou que o Ibama, a Funai, a Polícia Federal e as Forças Armadas “acelerem e finalizem a extrusão do território yanomami”. “Os financiadores, aliciadores e responsáveis direto pelo garimpo que patrocina a morte dos yanomami precisam ser identificados, responsabilizados e punidos”, frisou.

A reportagem entrou em contato com o Governo do Estado de Roraima, com a Polícia Militar e com o Hospital Geral do estado, mas não teve retorno até o fechamento desta matéria. O Estadão também contatou a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), que ainda não se posicionou sobre os ataques.

Agente indígena de saúde morre em comunidade yanomami após ataque de garimpeiros ilegais na região. Foto: Júnior Hekurari/Divulgação Instagram

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Ilson Xirixana, 36, era agente indígena de saúde da comunidade e não resistiu aos ferimentos na cabeça. Ele chegou desacordado na unidade e morreu na manhã deste domingo, 30. Os outro dois feridos foram encaminhados ao Hospital Geral de Boa Vista e não há informação sobre o estado de saúde de ambos.

Hekurari afirmou ao G1 que os garimpeiros chegaram à comunidade Uxiu e começaram a atirar contra os indígenas yanomami. Segundo relato dos feridos, os atiradores estavam encapuzados. O indígena de 24 anos levou dois tiros no abdômen e o de 31 ficou ferido no abdômen, na perna e vomitava bastante. A equipe também identificou ferimentos na lombar.

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