Lira diz que governo Lula precisa se ‘preparar para conviver com quem pensa diferente’


Presidente da Câmara afirma ainda que seu ‘combustível pessoal está terminando’ diante de uma base do Planalto ‘que não se sente base’

Por Daniel Galvão
Atualização:

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta segunda-feira, 12, que seu “combustível pessoal está terminando com uma base que não se sente base”. Lira, no entanto, disse que não fará nenhum tipo de votação que inquiete o País, mas mandou um recado ao Planalto. “O governo tem de se preparar para conviver com quem pensa diferente e dialogar com quem pensa diferente”, declarou.

Em entrevista ao Jornal das Dez, da GloboNews, ele afirmou que o desenho da Esplanada dos Ministérios, feito ainda na transição, não teve o rendimento esperado pelo governo. “No governo atual, o presidente Lula optou por fazer na transição um desenho da sua Esplanada dos ministérios”, disse.

Diante de falhas na articulação política, o governo Lula teve muita dificuldade nas negociações para aprovar na Câmara a Medida Provisória de reestruturação da Esplanada.

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“Não há uma linha, um senão, que a Câmara tenha imposto ao governo em matérias essenciais ao Estado”, afirmou. Lira ressaltou que a Casa não foi obstáculo para nenhuma votação do Poder Executivo e deu como exemplos as aprovações do arcabouço fiscal e da MP dos Ministérios.

O presidente da Câmara, Arhur Lira  Foto: PABLO VALADADRES/AGÊNCIA CÂMARA

“Eu tenho que olhar para todos os partidos na Câmara. Não estou formando base para mim, não há interesse velado meu a não ser fazer um bom papel para o País”, disse.

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Lira comparou a relação do governo com MDB, PSD e União Brasil com a do Centrão e rechaçou críticas de que o grupo político faz “toma lá dá cá”. “Quando o MDB, PSD e União Brasil ocupam ministérios não é toma lá, da cá e nem troca, mas para continuar no mesmo sistema que o próprio governo criou ou escolheu, passa a fazer moeda de troca (com o Centrão)”, disse.

O presidente da Câmara negou ainda que o Centrão queira a vaga da ministra da Saúde, Nísia Trindade. “Gosto da ministra Nísia, sempre tiver o maior carinho”, declarou. “Não disputamos nenhum ministério”, disse. Lira também afirmou que a ministra do Turismo, Daniela Carneiro, e o marido dela, o prefeito de Belford Roxo (RJ), Wagner Carneiro, mais conhecido como Waguinho, são seus “dois amigos de primeira hora”.

Como mostrou o Estadão, no entanto, o Centrão quer comandar Ministério da Saúde e cobrou espaço para grupo de Lira no governo. De acordo com o Estadão/Broadcast, o PP, partido de Lira, mudou de estratégia para conseguir o comando do Ministério da Saúde. Segundo apurou a reportagem, o partido fez chegar ao governo que poderia apadrinhar um nome “técnico” para a pasta. O ministério foi por muitos anos feudo do PP de Lira, sigla que hoje faz oposição a Lula.

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Durante a entrevista, Lira afirmou que perguntou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se haveria a possibilidade de o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ir para a Casa Civil no lugar do ministro Rui Costa, e o secretário-executivo da pasta, Gabriel Galípolo, ser o ministro da Fazenda. Lira admitiu que teve a conversa com Lula há uma semana, mas que o presidente rejeitou a ideia. “A partir daí, conversa sobre ministério cessou”, contou Lira.

De acordo com o presidente da Câmara, Haddad continuará no comando da Fazenda e Galípolo, será diretor de Política Monetária do Banco Central (BC), conforme indicação do governo ao Poder Legislativo.

Ainda assim, Lira defendeu Haddad como articulador político. “Haddad conversa, negocia e é franco nas conversas; isso é articulação”, afirmou.

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Conforme reportagem do Estadão/Broadcast, Lira sonha em ter Haddad, com o qual tem bom relacionamento, à frente da Casa Civil e Galípolo seria um nome para comandar a Fazenda.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta segunda-feira, 12, que seu “combustível pessoal está terminando com uma base que não se sente base”. Lira, no entanto, disse que não fará nenhum tipo de votação que inquiete o País, mas mandou um recado ao Planalto. “O governo tem de se preparar para conviver com quem pensa diferente e dialogar com quem pensa diferente”, declarou.

Em entrevista ao Jornal das Dez, da GloboNews, ele afirmou que o desenho da Esplanada dos Ministérios, feito ainda na transição, não teve o rendimento esperado pelo governo. “No governo atual, o presidente Lula optou por fazer na transição um desenho da sua Esplanada dos ministérios”, disse.

Diante de falhas na articulação política, o governo Lula teve muita dificuldade nas negociações para aprovar na Câmara a Medida Provisória de reestruturação da Esplanada.

“Não há uma linha, um senão, que a Câmara tenha imposto ao governo em matérias essenciais ao Estado”, afirmou. Lira ressaltou que a Casa não foi obstáculo para nenhuma votação do Poder Executivo e deu como exemplos as aprovações do arcabouço fiscal e da MP dos Ministérios.

O presidente da Câmara, Arhur Lira  Foto: PABLO VALADADRES/AGÊNCIA CÂMARA

“Eu tenho que olhar para todos os partidos na Câmara. Não estou formando base para mim, não há interesse velado meu a não ser fazer um bom papel para o País”, disse.

Lira comparou a relação do governo com MDB, PSD e União Brasil com a do Centrão e rechaçou críticas de que o grupo político faz “toma lá dá cá”. “Quando o MDB, PSD e União Brasil ocupam ministérios não é toma lá, da cá e nem troca, mas para continuar no mesmo sistema que o próprio governo criou ou escolheu, passa a fazer moeda de troca (com o Centrão)”, disse.

O presidente da Câmara negou ainda que o Centrão queira a vaga da ministra da Saúde, Nísia Trindade. “Gosto da ministra Nísia, sempre tiver o maior carinho”, declarou. “Não disputamos nenhum ministério”, disse. Lira também afirmou que a ministra do Turismo, Daniela Carneiro, e o marido dela, o prefeito de Belford Roxo (RJ), Wagner Carneiro, mais conhecido como Waguinho, são seus “dois amigos de primeira hora”.

Como mostrou o Estadão, no entanto, o Centrão quer comandar Ministério da Saúde e cobrou espaço para grupo de Lira no governo. De acordo com o Estadão/Broadcast, o PP, partido de Lira, mudou de estratégia para conseguir o comando do Ministério da Saúde. Segundo apurou a reportagem, o partido fez chegar ao governo que poderia apadrinhar um nome “técnico” para a pasta. O ministério foi por muitos anos feudo do PP de Lira, sigla que hoje faz oposição a Lula.

Durante a entrevista, Lira afirmou que perguntou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se haveria a possibilidade de o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ir para a Casa Civil no lugar do ministro Rui Costa, e o secretário-executivo da pasta, Gabriel Galípolo, ser o ministro da Fazenda. Lira admitiu que teve a conversa com Lula há uma semana, mas que o presidente rejeitou a ideia. “A partir daí, conversa sobre ministério cessou”, contou Lira.

De acordo com o presidente da Câmara, Haddad continuará no comando da Fazenda e Galípolo, será diretor de Política Monetária do Banco Central (BC), conforme indicação do governo ao Poder Legislativo.

Ainda assim, Lira defendeu Haddad como articulador político. “Haddad conversa, negocia e é franco nas conversas; isso é articulação”, afirmou.

Conforme reportagem do Estadão/Broadcast, Lira sonha em ter Haddad, com o qual tem bom relacionamento, à frente da Casa Civil e Galípolo seria um nome para comandar a Fazenda.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta segunda-feira, 12, que seu “combustível pessoal está terminando com uma base que não se sente base”. Lira, no entanto, disse que não fará nenhum tipo de votação que inquiete o País, mas mandou um recado ao Planalto. “O governo tem de se preparar para conviver com quem pensa diferente e dialogar com quem pensa diferente”, declarou.

Em entrevista ao Jornal das Dez, da GloboNews, ele afirmou que o desenho da Esplanada dos Ministérios, feito ainda na transição, não teve o rendimento esperado pelo governo. “No governo atual, o presidente Lula optou por fazer na transição um desenho da sua Esplanada dos ministérios”, disse.

Diante de falhas na articulação política, o governo Lula teve muita dificuldade nas negociações para aprovar na Câmara a Medida Provisória de reestruturação da Esplanada.

“Não há uma linha, um senão, que a Câmara tenha imposto ao governo em matérias essenciais ao Estado”, afirmou. Lira ressaltou que a Casa não foi obstáculo para nenhuma votação do Poder Executivo e deu como exemplos as aprovações do arcabouço fiscal e da MP dos Ministérios.

O presidente da Câmara, Arhur Lira  Foto: PABLO VALADADRES/AGÊNCIA CÂMARA

“Eu tenho que olhar para todos os partidos na Câmara. Não estou formando base para mim, não há interesse velado meu a não ser fazer um bom papel para o País”, disse.

Lira comparou a relação do governo com MDB, PSD e União Brasil com a do Centrão e rechaçou críticas de que o grupo político faz “toma lá dá cá”. “Quando o MDB, PSD e União Brasil ocupam ministérios não é toma lá, da cá e nem troca, mas para continuar no mesmo sistema que o próprio governo criou ou escolheu, passa a fazer moeda de troca (com o Centrão)”, disse.

O presidente da Câmara negou ainda que o Centrão queira a vaga da ministra da Saúde, Nísia Trindade. “Gosto da ministra Nísia, sempre tiver o maior carinho”, declarou. “Não disputamos nenhum ministério”, disse. Lira também afirmou que a ministra do Turismo, Daniela Carneiro, e o marido dela, o prefeito de Belford Roxo (RJ), Wagner Carneiro, mais conhecido como Waguinho, são seus “dois amigos de primeira hora”.

Como mostrou o Estadão, no entanto, o Centrão quer comandar Ministério da Saúde e cobrou espaço para grupo de Lira no governo. De acordo com o Estadão/Broadcast, o PP, partido de Lira, mudou de estratégia para conseguir o comando do Ministério da Saúde. Segundo apurou a reportagem, o partido fez chegar ao governo que poderia apadrinhar um nome “técnico” para a pasta. O ministério foi por muitos anos feudo do PP de Lira, sigla que hoje faz oposição a Lula.

Durante a entrevista, Lira afirmou que perguntou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se haveria a possibilidade de o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ir para a Casa Civil no lugar do ministro Rui Costa, e o secretário-executivo da pasta, Gabriel Galípolo, ser o ministro da Fazenda. Lira admitiu que teve a conversa com Lula há uma semana, mas que o presidente rejeitou a ideia. “A partir daí, conversa sobre ministério cessou”, contou Lira.

De acordo com o presidente da Câmara, Haddad continuará no comando da Fazenda e Galípolo, será diretor de Política Monetária do Banco Central (BC), conforme indicação do governo ao Poder Legislativo.

Ainda assim, Lira defendeu Haddad como articulador político. “Haddad conversa, negocia e é franco nas conversas; isso é articulação”, afirmou.

Conforme reportagem do Estadão/Broadcast, Lira sonha em ter Haddad, com o qual tem bom relacionamento, à frente da Casa Civil e Galípolo seria um nome para comandar a Fazenda.

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