Lira e Centrão se irritam com governo Lula por posse reservada de Silvinho e Fufuca


Aliados do presidente da Câmara queriam uma cerimônia similar à que marcou a ida de Celso Sabino, do União Brasil, para o Turismo

Por Iander Porcella, Giordanna Neves e Sofia Aguiar
Atualização:

BRASÍLIA — A decisão do governo de dar posse aos novos ministros André Fufuca (Esporte) e Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos) de forma reservada irritou o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e líderes partidários da Casa, apurou o Estadão/Broadcast. O Centrão queria uma cerimônia no Palácio do Planalto similar à que marcou a ida de Celso Sabino (União Brasil) para o Turismo, no início de agosto, e não apenas a transmissão de cargo nos ministérios, prevista no caso de Fufuca (PP) e “Silvinho” (Republicanos).

Um interlocutor de Lira disse à reportagem que o incômodo ocorre porque a posse foi fechada em uma sala, com apenas quatro pessoas. Na agenda desta quarta-feira, 13, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, constava apenas uma posse reservada de Fufuca e “Silvinho”, às 10h30, no Planalto.

Além dos três, participou Márcio França, que deixa o posto de ministro de Portos e Aeroportos para assumir a nova pasta voltada as pequenas e médias empresas, a de Empreendedorismo e Microempresa. No fim, Lira também foi incluído na posse, mas o governo manteve a cerimônia em uma sala reservada no Planalto. A nomeação dos novos ministros já foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União.

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Ministros Silvio Costa Filho e André Fufuca tomam posse nesta quarta-feira, 13 Foto: Elaine Menke e Ze

No encontro, os novos ministros assinaram o termo de posse, oficializando a entrada na Esplanada — ou mudança de posto, no caso de França. Já as cerimônias de transmissão de cargo estão previstas para o período da tarde e, segundo a agenda, Lula não estará presente. O presidente terá reuniões no Palácio do Planalto. Aliados do petista chegaram a argumentar que ele não quer “festa” em meio à tragédia causada pelas enchentes no Rio Grande do Sul, mas não convenceram o Centrão, que chegou a sugerir o adiamento das posses.

O governo optou por uma participação discreta de Lula nos eventos de transmissão de cargo nos ministérios, postura que vem sendo adotada desde o anúncio dos novos ministros na semana passada. Na última quarta-feira, 6, a Secretaria de Comunicação Social (Secom) confirmou, por nota, “Silvinho” e Fufuca no comando das pastas. No mesmo dia, foram divulgadas fotos dos novos indicados apenas com o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha. Apesar de as imagens terem sido tiradas no Palácio da Alvorada, Lula não apareceu em nenhum registro.

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Na segunda-feira, 11, o ministro da Secom, Paulo Pimenta, tentou afastar rumores em torno da ausência do presidente na imagem e disse que o chefe do Executivo terá “oportunidade de tirar bastante foto com os novos ministros”. De acordo com Pimenta, a ausência de foto oficial de Lula com os novos integrantes da Esplanada não tem motivação política.

Posse de Celso Sabino (União Brasil) no Turismo teve a presença de Lula e Lira em cerimônia no Palácio do Planalto, em agosto Foto: Wilton Junior/Estadão - 03/08/2023

“(O presidente) estava de roupa esporte, Padilha estava de terno, gravata, os dois ministros novos estavam de terno, gravata, bonitos, queriam fazer um registro daquele momento, e nós fizemos o registro”, declarou o ministro à CNN Brasil. “Não teve nenhuma motivação política, nenhuma motivação que não seja o fato que o presidente não estava, naquele momento, vestido de terno e gravata, que daria um ar mais solene para aquele registro.”

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No caso de Sabino, por exemplo, o governo anunciou a mudança no Ministério do Turismo no meio de julho. Contudo, como o Congresso estava em recesso informal, optou-se pela realização da cerimônia apenas no início de agosto, na volta dos trabalhos legislativos, quando mais parlamentares poderiam comparecer ao evento. A posse ocorreu em cerimônia aberta no Palácio do Planalto.

O evento foi acompanhado em peso pelas lideranças da Câmara — Sabino, assim como Fufuca e “Silvinho”, era deputado até entrar na Esplanada dos Ministérios. Lula e Lira chegaram a conversar ao pé do ouvido durante a cerimônia, que foi vista como o auge do simbolismo da chegada do Centrão ao governo.

No início da semana, havia expectativa que “Silvinho” e Fufuca tomassem posse em uma mesma solenidade. Seria um desdobramento da estratégia que PP (partido de Fufuca) e Republicanos (sigla de Silvinho) adotaram na negociação com Lula pelos ministérios. As legendas do Centrão só toparam fechar o acordo se a entrada no governo ocorresse em bloco.

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A ausência de Lula na posse de Silvinho e Fufuca representa mais um capítulo no desgaste da gestão com o Centrão. Um dos principais pontos que irritou os líderes do bloco foi a demora na negociação dos cargos, que chegou a mais de dois meses. Deputados também reclamam da articulação política e da demora na liberação de emendas.

BRASÍLIA — A decisão do governo de dar posse aos novos ministros André Fufuca (Esporte) e Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos) de forma reservada irritou o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e líderes partidários da Casa, apurou o Estadão/Broadcast. O Centrão queria uma cerimônia no Palácio do Planalto similar à que marcou a ida de Celso Sabino (União Brasil) para o Turismo, no início de agosto, e não apenas a transmissão de cargo nos ministérios, prevista no caso de Fufuca (PP) e “Silvinho” (Republicanos).

Um interlocutor de Lira disse à reportagem que o incômodo ocorre porque a posse foi fechada em uma sala, com apenas quatro pessoas. Na agenda desta quarta-feira, 13, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, constava apenas uma posse reservada de Fufuca e “Silvinho”, às 10h30, no Planalto.

Além dos três, participou Márcio França, que deixa o posto de ministro de Portos e Aeroportos para assumir a nova pasta voltada as pequenas e médias empresas, a de Empreendedorismo e Microempresa. No fim, Lira também foi incluído na posse, mas o governo manteve a cerimônia em uma sala reservada no Planalto. A nomeação dos novos ministros já foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União.

Ministros Silvio Costa Filho e André Fufuca tomam posse nesta quarta-feira, 13 Foto: Elaine Menke e Ze

No encontro, os novos ministros assinaram o termo de posse, oficializando a entrada na Esplanada — ou mudança de posto, no caso de França. Já as cerimônias de transmissão de cargo estão previstas para o período da tarde e, segundo a agenda, Lula não estará presente. O presidente terá reuniões no Palácio do Planalto. Aliados do petista chegaram a argumentar que ele não quer “festa” em meio à tragédia causada pelas enchentes no Rio Grande do Sul, mas não convenceram o Centrão, que chegou a sugerir o adiamento das posses.

O governo optou por uma participação discreta de Lula nos eventos de transmissão de cargo nos ministérios, postura que vem sendo adotada desde o anúncio dos novos ministros na semana passada. Na última quarta-feira, 6, a Secretaria de Comunicação Social (Secom) confirmou, por nota, “Silvinho” e Fufuca no comando das pastas. No mesmo dia, foram divulgadas fotos dos novos indicados apenas com o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha. Apesar de as imagens terem sido tiradas no Palácio da Alvorada, Lula não apareceu em nenhum registro.

Na segunda-feira, 11, o ministro da Secom, Paulo Pimenta, tentou afastar rumores em torno da ausência do presidente na imagem e disse que o chefe do Executivo terá “oportunidade de tirar bastante foto com os novos ministros”. De acordo com Pimenta, a ausência de foto oficial de Lula com os novos integrantes da Esplanada não tem motivação política.

Posse de Celso Sabino (União Brasil) no Turismo teve a presença de Lula e Lira em cerimônia no Palácio do Planalto, em agosto Foto: Wilton Junior/Estadão - 03/08/2023

“(O presidente) estava de roupa esporte, Padilha estava de terno, gravata, os dois ministros novos estavam de terno, gravata, bonitos, queriam fazer um registro daquele momento, e nós fizemos o registro”, declarou o ministro à CNN Brasil. “Não teve nenhuma motivação política, nenhuma motivação que não seja o fato que o presidente não estava, naquele momento, vestido de terno e gravata, que daria um ar mais solene para aquele registro.”

No caso de Sabino, por exemplo, o governo anunciou a mudança no Ministério do Turismo no meio de julho. Contudo, como o Congresso estava em recesso informal, optou-se pela realização da cerimônia apenas no início de agosto, na volta dos trabalhos legislativos, quando mais parlamentares poderiam comparecer ao evento. A posse ocorreu em cerimônia aberta no Palácio do Planalto.

O evento foi acompanhado em peso pelas lideranças da Câmara — Sabino, assim como Fufuca e “Silvinho”, era deputado até entrar na Esplanada dos Ministérios. Lula e Lira chegaram a conversar ao pé do ouvido durante a cerimônia, que foi vista como o auge do simbolismo da chegada do Centrão ao governo.

No início da semana, havia expectativa que “Silvinho” e Fufuca tomassem posse em uma mesma solenidade. Seria um desdobramento da estratégia que PP (partido de Fufuca) e Republicanos (sigla de Silvinho) adotaram na negociação com Lula pelos ministérios. As legendas do Centrão só toparam fechar o acordo se a entrada no governo ocorresse em bloco.

A ausência de Lula na posse de Silvinho e Fufuca representa mais um capítulo no desgaste da gestão com o Centrão. Um dos principais pontos que irritou os líderes do bloco foi a demora na negociação dos cargos, que chegou a mais de dois meses. Deputados também reclamam da articulação política e da demora na liberação de emendas.

BRASÍLIA — A decisão do governo de dar posse aos novos ministros André Fufuca (Esporte) e Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos) de forma reservada irritou o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e líderes partidários da Casa, apurou o Estadão/Broadcast. O Centrão queria uma cerimônia no Palácio do Planalto similar à que marcou a ida de Celso Sabino (União Brasil) para o Turismo, no início de agosto, e não apenas a transmissão de cargo nos ministérios, prevista no caso de Fufuca (PP) e “Silvinho” (Republicanos).

Um interlocutor de Lira disse à reportagem que o incômodo ocorre porque a posse foi fechada em uma sala, com apenas quatro pessoas. Na agenda desta quarta-feira, 13, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, constava apenas uma posse reservada de Fufuca e “Silvinho”, às 10h30, no Planalto.

Além dos três, participou Márcio França, que deixa o posto de ministro de Portos e Aeroportos para assumir a nova pasta voltada as pequenas e médias empresas, a de Empreendedorismo e Microempresa. No fim, Lira também foi incluído na posse, mas o governo manteve a cerimônia em uma sala reservada no Planalto. A nomeação dos novos ministros já foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União.

Ministros Silvio Costa Filho e André Fufuca tomam posse nesta quarta-feira, 13 Foto: Elaine Menke e Ze

No encontro, os novos ministros assinaram o termo de posse, oficializando a entrada na Esplanada — ou mudança de posto, no caso de França. Já as cerimônias de transmissão de cargo estão previstas para o período da tarde e, segundo a agenda, Lula não estará presente. O presidente terá reuniões no Palácio do Planalto. Aliados do petista chegaram a argumentar que ele não quer “festa” em meio à tragédia causada pelas enchentes no Rio Grande do Sul, mas não convenceram o Centrão, que chegou a sugerir o adiamento das posses.

O governo optou por uma participação discreta de Lula nos eventos de transmissão de cargo nos ministérios, postura que vem sendo adotada desde o anúncio dos novos ministros na semana passada. Na última quarta-feira, 6, a Secretaria de Comunicação Social (Secom) confirmou, por nota, “Silvinho” e Fufuca no comando das pastas. No mesmo dia, foram divulgadas fotos dos novos indicados apenas com o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha. Apesar de as imagens terem sido tiradas no Palácio da Alvorada, Lula não apareceu em nenhum registro.

Na segunda-feira, 11, o ministro da Secom, Paulo Pimenta, tentou afastar rumores em torno da ausência do presidente na imagem e disse que o chefe do Executivo terá “oportunidade de tirar bastante foto com os novos ministros”. De acordo com Pimenta, a ausência de foto oficial de Lula com os novos integrantes da Esplanada não tem motivação política.

Posse de Celso Sabino (União Brasil) no Turismo teve a presença de Lula e Lira em cerimônia no Palácio do Planalto, em agosto Foto: Wilton Junior/Estadão - 03/08/2023

“(O presidente) estava de roupa esporte, Padilha estava de terno, gravata, os dois ministros novos estavam de terno, gravata, bonitos, queriam fazer um registro daquele momento, e nós fizemos o registro”, declarou o ministro à CNN Brasil. “Não teve nenhuma motivação política, nenhuma motivação que não seja o fato que o presidente não estava, naquele momento, vestido de terno e gravata, que daria um ar mais solene para aquele registro.”

No caso de Sabino, por exemplo, o governo anunciou a mudança no Ministério do Turismo no meio de julho. Contudo, como o Congresso estava em recesso informal, optou-se pela realização da cerimônia apenas no início de agosto, na volta dos trabalhos legislativos, quando mais parlamentares poderiam comparecer ao evento. A posse ocorreu em cerimônia aberta no Palácio do Planalto.

O evento foi acompanhado em peso pelas lideranças da Câmara — Sabino, assim como Fufuca e “Silvinho”, era deputado até entrar na Esplanada dos Ministérios. Lula e Lira chegaram a conversar ao pé do ouvido durante a cerimônia, que foi vista como o auge do simbolismo da chegada do Centrão ao governo.

No início da semana, havia expectativa que “Silvinho” e Fufuca tomassem posse em uma mesma solenidade. Seria um desdobramento da estratégia que PP (partido de Fufuca) e Republicanos (sigla de Silvinho) adotaram na negociação com Lula pelos ministérios. As legendas do Centrão só toparam fechar o acordo se a entrada no governo ocorresse em bloco.

A ausência de Lula na posse de Silvinho e Fufuca representa mais um capítulo no desgaste da gestão com o Centrão. Um dos principais pontos que irritou os líderes do bloco foi a demora na negociação dos cargos, que chegou a mais de dois meses. Deputados também reclamam da articulação política e da demora na liberação de emendas.

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