Lira emprega em estatal enteada, primos e aliados; salários somam R$ 128 mil


Presidente da Câmara controla principais cargos da CBTU, estatal com orçamento de R$ 1,3 bilhão; parente de ex-assessor de Lira investigado pela PF está na lista do empregados

Por Julia Affonso e Vinícius Valfré
Atualização:

BRASÍLIA - O presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), emprega ao menos dez familiares e aliados em postos-chave da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), empresa pública de orçamento bilionário. Os cargos na “estatal do Lira”, como a companhia tem sido chamada em Brasília, rendem R$ 128 mil só em salários ao grupo. Todo mês. Procurados, Arthur Lira e a CBTU não se manifestaram.

A CBTU é responsável pela administração de trens urbanos em cinco capitais e tem um orçamento de R$ 1,3 bilhão. Com orçamento robusto, capilaridade no País e fora dos holofotes das principais empresas públicas, a companhia costuma ser usada por políticos para acomodar aliados e levar serviços a bases eleitorais. Arthur Lira tinha o controle dos cargos na gestão de Jair Bolsonaro (PL) e continua tendo no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Arthur Lira (à esquerda) e José Marques de Lima (primeiro à direita), presidente da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), durante inauguração em Maceió, em outubro de 2017. Lima comanda o órgão desde julho de 2016. Foto: CBTU
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Lira se reuniu em junho com Lula, no contexto da cobiça do Centrão pelo Ministério da Saúde. Em reunião há cerca de duas semanas, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, pediu aos ministros do governo petista mais rapidez na nomeação de cargos. Cerca de 400 nomes já passaram pelo crivo da Secretaria de Relações Institucionais e aguardavam o início da tramitação nas outras pastas.

A “estatal do Lira” abriga a enteada em uma função de assistente executiva desde dezembro de 2019. Atualmente, o salário dela é de R$ 9.255,01. Ana Clara Lins Rocha é filha da ex-mulher de Lira, Jullyene Lins. O presidente da Câmara, no entanto, tem uma relação de paternidade com a enteada frequentemente registrada nas redes sociais. Em 4 de março, o deputado publicou uma foto com os filhos e com Ana Clara. Na legenda, escreveu “Família: meu tudo”. Nos comentários, a enteada retribuiu. “Te amo, pai! Vocês são tudo.”

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Além da enteada, três primos de Lira ocupam cargos na CBTU de Maceió. Kyvia Talline Rocha Melo de Lira e Valmir de Lira Paes são assistentes executivos no órgão regional, com salários de R$ 9.255,01 e R$ 5.933,59, respectivamente. Já Orleanes de Lira Paes Angelo atua como gerente da companhia e cuida das finanças da superintendência. Recebe R$ 13.313,10 por mês.

A superintendência do órgão na capital de Alagoas é chefiada por um aliado político de Lira desde setembro de 2019. Carlos Jorge Ferreira Cavalcante é comandante da CBTU alagoana e irmão do ex-assessor de Lira, Luciano Cavalcante - investigado pela Polícia Federal por supostas fraudes na aquisição de kits robótica por prefeituras de Alagoas. Segundo a PF, Luciano deu “apoio operacional” a entregadores de dinheiro que seriam participantes do esquema, em Maceió. Como revelou o Estadão, Luciano mantinha cargo na Câmara, mas acabou sendo exonerado após a notícia ser divulgada pelo jornal.

Na regional alagoana, Lira emplacou Glaucia Maria de Vasconcelos Cavalcante, mulher de Luciano. Ela foi nomeada para o cargo de gerente regional de Planejamento e Engenharia do órgão. Hoje, o salário é de R$ 13.313,10. O órgão regional também abriga André Marcelino Viana Silva, ex-funcionário de Lira na Câmara, na função de coordenador operacional de Planejamento. Todo mês, ele recebe R$ 11.532,14.

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O diretor presidente da companhia, José Marques de Lima, diretor-presidente da estatal, está no cargo desde julho de 2016. Antes, ele havia sido superintendente da empresa em Maceió, Recife e Rio de Janeiro. A ida de Marques de Lima para o comando da companhia em Brasília se deu por iniciativa de Arthur Lira, de quem é aliado. Como chefe da CBTU, Lima recebe o maior salário: R$ 25.705,66.

A companhia em Alagoas abriga ainda dois integrantes do União Brasil de Alagoas, Divaldo Pereira Madeiro e Allan Teixeira Brandão. O partido também está sob controle político do presidente da Câmara. O diretório é liderado por Luciano Cavalcante, o ex-assessor de Lira investigado pela Polícia Federal sob suspeita de integrar um esquema de fraude em kits de robótica.

Quem são os parentes e aliados de Lira na CBTU

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Ana Clara Lins Rocha - enteada - R$ 9.255,01

Valmir de Lira Paes - primo - R$ 5.933,59

Orleanes de Lira Paes Angelo - prima - R$ 13.313,10

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Kyvia Talline Rocha Melo de Lira - prima - R$ 9.255,01

José Marques de Lima - aliado político - R$ 25.705,66

Carlos Jorge Ferreira Cavalcante - aliado político - R$ 16.842,40

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Glaucia Maria de Vasconcelos Cavalcante - aliada política - R$ 13.313,10

André Marcelino Loureiro Viana Silva - aliado político - R$ 11.532,14

Divaldo Pereira Madeiro - aliado político - R$ 11.532,14

Allan Teixeira Brandão - aliado político - R$ 12.000,19

BRASÍLIA - O presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), emprega ao menos dez familiares e aliados em postos-chave da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), empresa pública de orçamento bilionário. Os cargos na “estatal do Lira”, como a companhia tem sido chamada em Brasília, rendem R$ 128 mil só em salários ao grupo. Todo mês. Procurados, Arthur Lira e a CBTU não se manifestaram.

A CBTU é responsável pela administração de trens urbanos em cinco capitais e tem um orçamento de R$ 1,3 bilhão. Com orçamento robusto, capilaridade no País e fora dos holofotes das principais empresas públicas, a companhia costuma ser usada por políticos para acomodar aliados e levar serviços a bases eleitorais. Arthur Lira tinha o controle dos cargos na gestão de Jair Bolsonaro (PL) e continua tendo no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Arthur Lira (à esquerda) e José Marques de Lima (primeiro à direita), presidente da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), durante inauguração em Maceió, em outubro de 2017. Lima comanda o órgão desde julho de 2016. Foto: CBTU

Lira se reuniu em junho com Lula, no contexto da cobiça do Centrão pelo Ministério da Saúde. Em reunião há cerca de duas semanas, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, pediu aos ministros do governo petista mais rapidez na nomeação de cargos. Cerca de 400 nomes já passaram pelo crivo da Secretaria de Relações Institucionais e aguardavam o início da tramitação nas outras pastas.

A “estatal do Lira” abriga a enteada em uma função de assistente executiva desde dezembro de 2019. Atualmente, o salário dela é de R$ 9.255,01. Ana Clara Lins Rocha é filha da ex-mulher de Lira, Jullyene Lins. O presidente da Câmara, no entanto, tem uma relação de paternidade com a enteada frequentemente registrada nas redes sociais. Em 4 de março, o deputado publicou uma foto com os filhos e com Ana Clara. Na legenda, escreveu “Família: meu tudo”. Nos comentários, a enteada retribuiu. “Te amo, pai! Vocês são tudo.”

Além da enteada, três primos de Lira ocupam cargos na CBTU de Maceió. Kyvia Talline Rocha Melo de Lira e Valmir de Lira Paes são assistentes executivos no órgão regional, com salários de R$ 9.255,01 e R$ 5.933,59, respectivamente. Já Orleanes de Lira Paes Angelo atua como gerente da companhia e cuida das finanças da superintendência. Recebe R$ 13.313,10 por mês.

A superintendência do órgão na capital de Alagoas é chefiada por um aliado político de Lira desde setembro de 2019. Carlos Jorge Ferreira Cavalcante é comandante da CBTU alagoana e irmão do ex-assessor de Lira, Luciano Cavalcante - investigado pela Polícia Federal por supostas fraudes na aquisição de kits robótica por prefeituras de Alagoas. Segundo a PF, Luciano deu “apoio operacional” a entregadores de dinheiro que seriam participantes do esquema, em Maceió. Como revelou o Estadão, Luciano mantinha cargo na Câmara, mas acabou sendo exonerado após a notícia ser divulgada pelo jornal.

Na regional alagoana, Lira emplacou Glaucia Maria de Vasconcelos Cavalcante, mulher de Luciano. Ela foi nomeada para o cargo de gerente regional de Planejamento e Engenharia do órgão. Hoje, o salário é de R$ 13.313,10. O órgão regional também abriga André Marcelino Viana Silva, ex-funcionário de Lira na Câmara, na função de coordenador operacional de Planejamento. Todo mês, ele recebe R$ 11.532,14.

O diretor presidente da companhia, José Marques de Lima, diretor-presidente da estatal, está no cargo desde julho de 2016. Antes, ele havia sido superintendente da empresa em Maceió, Recife e Rio de Janeiro. A ida de Marques de Lima para o comando da companhia em Brasília se deu por iniciativa de Arthur Lira, de quem é aliado. Como chefe da CBTU, Lima recebe o maior salário: R$ 25.705,66.

A companhia em Alagoas abriga ainda dois integrantes do União Brasil de Alagoas, Divaldo Pereira Madeiro e Allan Teixeira Brandão. O partido também está sob controle político do presidente da Câmara. O diretório é liderado por Luciano Cavalcante, o ex-assessor de Lira investigado pela Polícia Federal sob suspeita de integrar um esquema de fraude em kits de robótica.

Quem são os parentes e aliados de Lira na CBTU

Ana Clara Lins Rocha - enteada - R$ 9.255,01

Valmir de Lira Paes - primo - R$ 5.933,59

Orleanes de Lira Paes Angelo - prima - R$ 13.313,10

Kyvia Talline Rocha Melo de Lira - prima - R$ 9.255,01

José Marques de Lima - aliado político - R$ 25.705,66

Carlos Jorge Ferreira Cavalcante - aliado político - R$ 16.842,40

Glaucia Maria de Vasconcelos Cavalcante - aliada política - R$ 13.313,10

André Marcelino Loureiro Viana Silva - aliado político - R$ 11.532,14

Divaldo Pereira Madeiro - aliado político - R$ 11.532,14

Allan Teixeira Brandão - aliado político - R$ 12.000,19

BRASÍLIA - O presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), emprega ao menos dez familiares e aliados em postos-chave da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), empresa pública de orçamento bilionário. Os cargos na “estatal do Lira”, como a companhia tem sido chamada em Brasília, rendem R$ 128 mil só em salários ao grupo. Todo mês. Procurados, Arthur Lira e a CBTU não se manifestaram.

A CBTU é responsável pela administração de trens urbanos em cinco capitais e tem um orçamento de R$ 1,3 bilhão. Com orçamento robusto, capilaridade no País e fora dos holofotes das principais empresas públicas, a companhia costuma ser usada por políticos para acomodar aliados e levar serviços a bases eleitorais. Arthur Lira tinha o controle dos cargos na gestão de Jair Bolsonaro (PL) e continua tendo no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Arthur Lira (à esquerda) e José Marques de Lima (primeiro à direita), presidente da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), durante inauguração em Maceió, em outubro de 2017. Lima comanda o órgão desde julho de 2016. Foto: CBTU

Lira se reuniu em junho com Lula, no contexto da cobiça do Centrão pelo Ministério da Saúde. Em reunião há cerca de duas semanas, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, pediu aos ministros do governo petista mais rapidez na nomeação de cargos. Cerca de 400 nomes já passaram pelo crivo da Secretaria de Relações Institucionais e aguardavam o início da tramitação nas outras pastas.

A “estatal do Lira” abriga a enteada em uma função de assistente executiva desde dezembro de 2019. Atualmente, o salário dela é de R$ 9.255,01. Ana Clara Lins Rocha é filha da ex-mulher de Lira, Jullyene Lins. O presidente da Câmara, no entanto, tem uma relação de paternidade com a enteada frequentemente registrada nas redes sociais. Em 4 de março, o deputado publicou uma foto com os filhos e com Ana Clara. Na legenda, escreveu “Família: meu tudo”. Nos comentários, a enteada retribuiu. “Te amo, pai! Vocês são tudo.”

Além da enteada, três primos de Lira ocupam cargos na CBTU de Maceió. Kyvia Talline Rocha Melo de Lira e Valmir de Lira Paes são assistentes executivos no órgão regional, com salários de R$ 9.255,01 e R$ 5.933,59, respectivamente. Já Orleanes de Lira Paes Angelo atua como gerente da companhia e cuida das finanças da superintendência. Recebe R$ 13.313,10 por mês.

A superintendência do órgão na capital de Alagoas é chefiada por um aliado político de Lira desde setembro de 2019. Carlos Jorge Ferreira Cavalcante é comandante da CBTU alagoana e irmão do ex-assessor de Lira, Luciano Cavalcante - investigado pela Polícia Federal por supostas fraudes na aquisição de kits robótica por prefeituras de Alagoas. Segundo a PF, Luciano deu “apoio operacional” a entregadores de dinheiro que seriam participantes do esquema, em Maceió. Como revelou o Estadão, Luciano mantinha cargo na Câmara, mas acabou sendo exonerado após a notícia ser divulgada pelo jornal.

Na regional alagoana, Lira emplacou Glaucia Maria de Vasconcelos Cavalcante, mulher de Luciano. Ela foi nomeada para o cargo de gerente regional de Planejamento e Engenharia do órgão. Hoje, o salário é de R$ 13.313,10. O órgão regional também abriga André Marcelino Viana Silva, ex-funcionário de Lira na Câmara, na função de coordenador operacional de Planejamento. Todo mês, ele recebe R$ 11.532,14.

O diretor presidente da companhia, José Marques de Lima, diretor-presidente da estatal, está no cargo desde julho de 2016. Antes, ele havia sido superintendente da empresa em Maceió, Recife e Rio de Janeiro. A ida de Marques de Lima para o comando da companhia em Brasília se deu por iniciativa de Arthur Lira, de quem é aliado. Como chefe da CBTU, Lima recebe o maior salário: R$ 25.705,66.

A companhia em Alagoas abriga ainda dois integrantes do União Brasil de Alagoas, Divaldo Pereira Madeiro e Allan Teixeira Brandão. O partido também está sob controle político do presidente da Câmara. O diretório é liderado por Luciano Cavalcante, o ex-assessor de Lira investigado pela Polícia Federal sob suspeita de integrar um esquema de fraude em kits de robótica.

Quem são os parentes e aliados de Lira na CBTU

Ana Clara Lins Rocha - enteada - R$ 9.255,01

Valmir de Lira Paes - primo - R$ 5.933,59

Orleanes de Lira Paes Angelo - prima - R$ 13.313,10

Kyvia Talline Rocha Melo de Lira - prima - R$ 9.255,01

José Marques de Lima - aliado político - R$ 25.705,66

Carlos Jorge Ferreira Cavalcante - aliado político - R$ 16.842,40

Glaucia Maria de Vasconcelos Cavalcante - aliada política - R$ 13.313,10

André Marcelino Loureiro Viana Silva - aliado político - R$ 11.532,14

Divaldo Pereira Madeiro - aliado político - R$ 11.532,14

Allan Teixeira Brandão - aliado político - R$ 12.000,19

BRASÍLIA - O presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), emprega ao menos dez familiares e aliados em postos-chave da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), empresa pública de orçamento bilionário. Os cargos na “estatal do Lira”, como a companhia tem sido chamada em Brasília, rendem R$ 128 mil só em salários ao grupo. Todo mês. Procurados, Arthur Lira e a CBTU não se manifestaram.

A CBTU é responsável pela administração de trens urbanos em cinco capitais e tem um orçamento de R$ 1,3 bilhão. Com orçamento robusto, capilaridade no País e fora dos holofotes das principais empresas públicas, a companhia costuma ser usada por políticos para acomodar aliados e levar serviços a bases eleitorais. Arthur Lira tinha o controle dos cargos na gestão de Jair Bolsonaro (PL) e continua tendo no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Arthur Lira (à esquerda) e José Marques de Lima (primeiro à direita), presidente da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), durante inauguração em Maceió, em outubro de 2017. Lima comanda o órgão desde julho de 2016. Foto: CBTU

Lira se reuniu em junho com Lula, no contexto da cobiça do Centrão pelo Ministério da Saúde. Em reunião há cerca de duas semanas, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, pediu aos ministros do governo petista mais rapidez na nomeação de cargos. Cerca de 400 nomes já passaram pelo crivo da Secretaria de Relações Institucionais e aguardavam o início da tramitação nas outras pastas.

A “estatal do Lira” abriga a enteada em uma função de assistente executiva desde dezembro de 2019. Atualmente, o salário dela é de R$ 9.255,01. Ana Clara Lins Rocha é filha da ex-mulher de Lira, Jullyene Lins. O presidente da Câmara, no entanto, tem uma relação de paternidade com a enteada frequentemente registrada nas redes sociais. Em 4 de março, o deputado publicou uma foto com os filhos e com Ana Clara. Na legenda, escreveu “Família: meu tudo”. Nos comentários, a enteada retribuiu. “Te amo, pai! Vocês são tudo.”

Além da enteada, três primos de Lira ocupam cargos na CBTU de Maceió. Kyvia Talline Rocha Melo de Lira e Valmir de Lira Paes são assistentes executivos no órgão regional, com salários de R$ 9.255,01 e R$ 5.933,59, respectivamente. Já Orleanes de Lira Paes Angelo atua como gerente da companhia e cuida das finanças da superintendência. Recebe R$ 13.313,10 por mês.

A superintendência do órgão na capital de Alagoas é chefiada por um aliado político de Lira desde setembro de 2019. Carlos Jorge Ferreira Cavalcante é comandante da CBTU alagoana e irmão do ex-assessor de Lira, Luciano Cavalcante - investigado pela Polícia Federal por supostas fraudes na aquisição de kits robótica por prefeituras de Alagoas. Segundo a PF, Luciano deu “apoio operacional” a entregadores de dinheiro que seriam participantes do esquema, em Maceió. Como revelou o Estadão, Luciano mantinha cargo na Câmara, mas acabou sendo exonerado após a notícia ser divulgada pelo jornal.

Na regional alagoana, Lira emplacou Glaucia Maria de Vasconcelos Cavalcante, mulher de Luciano. Ela foi nomeada para o cargo de gerente regional de Planejamento e Engenharia do órgão. Hoje, o salário é de R$ 13.313,10. O órgão regional também abriga André Marcelino Viana Silva, ex-funcionário de Lira na Câmara, na função de coordenador operacional de Planejamento. Todo mês, ele recebe R$ 11.532,14.

O diretor presidente da companhia, José Marques de Lima, diretor-presidente da estatal, está no cargo desde julho de 2016. Antes, ele havia sido superintendente da empresa em Maceió, Recife e Rio de Janeiro. A ida de Marques de Lima para o comando da companhia em Brasília se deu por iniciativa de Arthur Lira, de quem é aliado. Como chefe da CBTU, Lima recebe o maior salário: R$ 25.705,66.

A companhia em Alagoas abriga ainda dois integrantes do União Brasil de Alagoas, Divaldo Pereira Madeiro e Allan Teixeira Brandão. O partido também está sob controle político do presidente da Câmara. O diretório é liderado por Luciano Cavalcante, o ex-assessor de Lira investigado pela Polícia Federal sob suspeita de integrar um esquema de fraude em kits de robótica.

Quem são os parentes e aliados de Lira na CBTU

Ana Clara Lins Rocha - enteada - R$ 9.255,01

Valmir de Lira Paes - primo - R$ 5.933,59

Orleanes de Lira Paes Angelo - prima - R$ 13.313,10

Kyvia Talline Rocha Melo de Lira - prima - R$ 9.255,01

José Marques de Lima - aliado político - R$ 25.705,66

Carlos Jorge Ferreira Cavalcante - aliado político - R$ 16.842,40

Glaucia Maria de Vasconcelos Cavalcante - aliada política - R$ 13.313,10

André Marcelino Loureiro Viana Silva - aliado político - R$ 11.532,14

Divaldo Pereira Madeiro - aliado político - R$ 11.532,14

Allan Teixeira Brandão - aliado político - R$ 12.000,19

BRASÍLIA - O presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), emprega ao menos dez familiares e aliados em postos-chave da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), empresa pública de orçamento bilionário. Os cargos na “estatal do Lira”, como a companhia tem sido chamada em Brasília, rendem R$ 128 mil só em salários ao grupo. Todo mês. Procurados, Arthur Lira e a CBTU não se manifestaram.

A CBTU é responsável pela administração de trens urbanos em cinco capitais e tem um orçamento de R$ 1,3 bilhão. Com orçamento robusto, capilaridade no País e fora dos holofotes das principais empresas públicas, a companhia costuma ser usada por políticos para acomodar aliados e levar serviços a bases eleitorais. Arthur Lira tinha o controle dos cargos na gestão de Jair Bolsonaro (PL) e continua tendo no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Arthur Lira (à esquerda) e José Marques de Lima (primeiro à direita), presidente da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), durante inauguração em Maceió, em outubro de 2017. Lima comanda o órgão desde julho de 2016. Foto: CBTU

Lira se reuniu em junho com Lula, no contexto da cobiça do Centrão pelo Ministério da Saúde. Em reunião há cerca de duas semanas, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, pediu aos ministros do governo petista mais rapidez na nomeação de cargos. Cerca de 400 nomes já passaram pelo crivo da Secretaria de Relações Institucionais e aguardavam o início da tramitação nas outras pastas.

A “estatal do Lira” abriga a enteada em uma função de assistente executiva desde dezembro de 2019. Atualmente, o salário dela é de R$ 9.255,01. Ana Clara Lins Rocha é filha da ex-mulher de Lira, Jullyene Lins. O presidente da Câmara, no entanto, tem uma relação de paternidade com a enteada frequentemente registrada nas redes sociais. Em 4 de março, o deputado publicou uma foto com os filhos e com Ana Clara. Na legenda, escreveu “Família: meu tudo”. Nos comentários, a enteada retribuiu. “Te amo, pai! Vocês são tudo.”

Além da enteada, três primos de Lira ocupam cargos na CBTU de Maceió. Kyvia Talline Rocha Melo de Lira e Valmir de Lira Paes são assistentes executivos no órgão regional, com salários de R$ 9.255,01 e R$ 5.933,59, respectivamente. Já Orleanes de Lira Paes Angelo atua como gerente da companhia e cuida das finanças da superintendência. Recebe R$ 13.313,10 por mês.

A superintendência do órgão na capital de Alagoas é chefiada por um aliado político de Lira desde setembro de 2019. Carlos Jorge Ferreira Cavalcante é comandante da CBTU alagoana e irmão do ex-assessor de Lira, Luciano Cavalcante - investigado pela Polícia Federal por supostas fraudes na aquisição de kits robótica por prefeituras de Alagoas. Segundo a PF, Luciano deu “apoio operacional” a entregadores de dinheiro que seriam participantes do esquema, em Maceió. Como revelou o Estadão, Luciano mantinha cargo na Câmara, mas acabou sendo exonerado após a notícia ser divulgada pelo jornal.

Na regional alagoana, Lira emplacou Glaucia Maria de Vasconcelos Cavalcante, mulher de Luciano. Ela foi nomeada para o cargo de gerente regional de Planejamento e Engenharia do órgão. Hoje, o salário é de R$ 13.313,10. O órgão regional também abriga André Marcelino Viana Silva, ex-funcionário de Lira na Câmara, na função de coordenador operacional de Planejamento. Todo mês, ele recebe R$ 11.532,14.

O diretor presidente da companhia, José Marques de Lima, diretor-presidente da estatal, está no cargo desde julho de 2016. Antes, ele havia sido superintendente da empresa em Maceió, Recife e Rio de Janeiro. A ida de Marques de Lima para o comando da companhia em Brasília se deu por iniciativa de Arthur Lira, de quem é aliado. Como chefe da CBTU, Lima recebe o maior salário: R$ 25.705,66.

A companhia em Alagoas abriga ainda dois integrantes do União Brasil de Alagoas, Divaldo Pereira Madeiro e Allan Teixeira Brandão. O partido também está sob controle político do presidente da Câmara. O diretório é liderado por Luciano Cavalcante, o ex-assessor de Lira investigado pela Polícia Federal sob suspeita de integrar um esquema de fraude em kits de robótica.

Quem são os parentes e aliados de Lira na CBTU

Ana Clara Lins Rocha - enteada - R$ 9.255,01

Valmir de Lira Paes - primo - R$ 5.933,59

Orleanes de Lira Paes Angelo - prima - R$ 13.313,10

Kyvia Talline Rocha Melo de Lira - prima - R$ 9.255,01

José Marques de Lima - aliado político - R$ 25.705,66

Carlos Jorge Ferreira Cavalcante - aliado político - R$ 16.842,40

Glaucia Maria de Vasconcelos Cavalcante - aliada política - R$ 13.313,10

André Marcelino Loureiro Viana Silva - aliado político - R$ 11.532,14

Divaldo Pereira Madeiro - aliado político - R$ 11.532,14

Allan Teixeira Brandão - aliado político - R$ 12.000,19

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