Declaração de Lula acusando Israel de repetir nazistas provoca onda negativa nas redes, diz pesquisa


Segundo pesquisa da Quaest divulgada nesta terça-feira, 20, a fala de Lula alcançou uma média de 59 milhões de pessoas diariamente desde o sábado, 18, e teve 68% de menções negativas ao petista

Por Gabriel de Sousa
Atualização:

BRASÍLIA - A comparação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) entre os ataques israelenses na Faixa de Gaza e o Holocausto teve 68% de menções negativas ao petista nas redes sociais, segundo um estudo do instituto de pesquisas Quaest divulgado nesta terça-feira, 20. A fala, que rendeu uma classificação de persona non grata ao presidente, alcançou uma média diária de 59 milhões de pessoas desde o domingo, 18.

Fala de Lula que comparou os ataques a Gaza com o Holocausto gerou uma onda de menções negativas ao governo federal Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

Segundo a Quaest, a repercussão da declaração de Lula foi semelhante à alcançada pela deflagração da Operação Vigilância Aproximada, que investiga o aparelhamento da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e a Operação Tempus Veritatis, que colocou Bolsonaro e seus aliados próximos como suspeitos de tramar um golpe de Estado após as eleições de 2022.

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A pesquisa aponta que as menções sobre a Vigilância Aproximada alcançaram 55 milhões de pessoas, quatro milhões a menos do que a fala do petista. Já as postagens sobre Tempus Veritatis chegaram a até 60 milhões, um milhão a mais do que a declaração do presidente sobre o conflito em Gaza.

Maioria das críticas a Lula foi sobre represálias de Israel ao governo federal

A Quaest calculou que 15% dos alcances sobre a fala de Lula são de repercussões internacionais. Nesta terça, os Estados Unidos declararam discordar da comparação do petista entre os ataques em Gaza e o Holocausto.

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Após a declaração do presidente, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que Lula “cruzou a linha vermelha” ao comparar a guerra em Gaza com o extermínio de judeus na Segunda Guerra e cobrou publicamente um pedido de desculpas. O chanceler israelense, Israel Katz levou o embaixador do Brasil em Israel, Frederico Meyer, para o Museu do Holocausto, em Jerusalém, onde anunciou publicamente o título de “persona non grata” para o petista.

A Quaest estimou que a maioria das menções entre os críticos a Lula trata das duras represálias de Israel ao presidente. Por outro lado, o instituto atestou que políticos da base governista subiram a tag “Lula tem razão” para tentar melhorar a imagem do presidente nas redes sociais.

Um dos posts considerados estratégicos pela Quaest foi o da primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, que disse no X (antigo Twitter) nesta segunda-feira, 19, que a fala do petista se referiu ao “governo genocida” de Netanyahu e “não contra ao povo judeu”.

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BRASÍLIA - A comparação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) entre os ataques israelenses na Faixa de Gaza e o Holocausto teve 68% de menções negativas ao petista nas redes sociais, segundo um estudo do instituto de pesquisas Quaest divulgado nesta terça-feira, 20. A fala, que rendeu uma classificação de persona non grata ao presidente, alcançou uma média diária de 59 milhões de pessoas desde o domingo, 18.

Fala de Lula que comparou os ataques a Gaza com o Holocausto gerou uma onda de menções negativas ao governo federal Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

Segundo a Quaest, a repercussão da declaração de Lula foi semelhante à alcançada pela deflagração da Operação Vigilância Aproximada, que investiga o aparelhamento da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e a Operação Tempus Veritatis, que colocou Bolsonaro e seus aliados próximos como suspeitos de tramar um golpe de Estado após as eleições de 2022.

A pesquisa aponta que as menções sobre a Vigilância Aproximada alcançaram 55 milhões de pessoas, quatro milhões a menos do que a fala do petista. Já as postagens sobre Tempus Veritatis chegaram a até 60 milhões, um milhão a mais do que a declaração do presidente sobre o conflito em Gaza.

Maioria das críticas a Lula foi sobre represálias de Israel ao governo federal

A Quaest calculou que 15% dos alcances sobre a fala de Lula são de repercussões internacionais. Nesta terça, os Estados Unidos declararam discordar da comparação do petista entre os ataques em Gaza e o Holocausto.

Após a declaração do presidente, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que Lula “cruzou a linha vermelha” ao comparar a guerra em Gaza com o extermínio de judeus na Segunda Guerra e cobrou publicamente um pedido de desculpas. O chanceler israelense, Israel Katz levou o embaixador do Brasil em Israel, Frederico Meyer, para o Museu do Holocausto, em Jerusalém, onde anunciou publicamente o título de “persona non grata” para o petista.

A Quaest estimou que a maioria das menções entre os críticos a Lula trata das duras represálias de Israel ao presidente. Por outro lado, o instituto atestou que políticos da base governista subiram a tag “Lula tem razão” para tentar melhorar a imagem do presidente nas redes sociais.

Um dos posts considerados estratégicos pela Quaest foi o da primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, que disse no X (antigo Twitter) nesta segunda-feira, 19, que a fala do petista se referiu ao “governo genocida” de Netanyahu e “não contra ao povo judeu”.

BRASÍLIA - A comparação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) entre os ataques israelenses na Faixa de Gaza e o Holocausto teve 68% de menções negativas ao petista nas redes sociais, segundo um estudo do instituto de pesquisas Quaest divulgado nesta terça-feira, 20. A fala, que rendeu uma classificação de persona non grata ao presidente, alcançou uma média diária de 59 milhões de pessoas desde o domingo, 18.

Fala de Lula que comparou os ataques a Gaza com o Holocausto gerou uma onda de menções negativas ao governo federal Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

Segundo a Quaest, a repercussão da declaração de Lula foi semelhante à alcançada pela deflagração da Operação Vigilância Aproximada, que investiga o aparelhamento da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e a Operação Tempus Veritatis, que colocou Bolsonaro e seus aliados próximos como suspeitos de tramar um golpe de Estado após as eleições de 2022.

A pesquisa aponta que as menções sobre a Vigilância Aproximada alcançaram 55 milhões de pessoas, quatro milhões a menos do que a fala do petista. Já as postagens sobre Tempus Veritatis chegaram a até 60 milhões, um milhão a mais do que a declaração do presidente sobre o conflito em Gaza.

Maioria das críticas a Lula foi sobre represálias de Israel ao governo federal

A Quaest calculou que 15% dos alcances sobre a fala de Lula são de repercussões internacionais. Nesta terça, os Estados Unidos declararam discordar da comparação do petista entre os ataques em Gaza e o Holocausto.

Após a declaração do presidente, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que Lula “cruzou a linha vermelha” ao comparar a guerra em Gaza com o extermínio de judeus na Segunda Guerra e cobrou publicamente um pedido de desculpas. O chanceler israelense, Israel Katz levou o embaixador do Brasil em Israel, Frederico Meyer, para o Museu do Holocausto, em Jerusalém, onde anunciou publicamente o título de “persona non grata” para o petista.

A Quaest estimou que a maioria das menções entre os críticos a Lula trata das duras represálias de Israel ao presidente. Por outro lado, o instituto atestou que políticos da base governista subiram a tag “Lula tem razão” para tentar melhorar a imagem do presidente nas redes sociais.

Um dos posts considerados estratégicos pela Quaest foi o da primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, que disse no X (antigo Twitter) nesta segunda-feira, 19, que a fala do petista se referiu ao “governo genocida” de Netanyahu e “não contra ao povo judeu”.

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