Lula admite apoio frágil no Congresso e diz que ‘tem que conversar até com quem não gosta da gente’


Presidente reconheceu a dificuldade de seu governo em aprovar a MP dos Ministérios, chancelada pelo Congresso no último dia de vigência

Por Eduardo Laguna e Bruno Luiz

SÃO BERNARDO DO CAMPO - Sem uma base de apoio consolidada no Congresso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva admitiu nesta sexta-feira, 2, que seu governo tem voto suficientes nem para aprovar um projeto de lei. Durante discurso na Universidade Federal do ABC, em São Bernardo do Campo, o presidente disse que o número de deputados da esquerda não garantem o quorum mínimo necessário a aprovação de leis.

“É importante vocês saberem a correlação de forças no Congresso Nacional. A esquerda toda tem, no máximo, 136 votos, isso se ninguém faltar. Para votar uma coisa simples, precisa de 257″ afirmou Lula, completando: “Ontem, a gente corria o risco de não ter aprovado o sistema de organização do governo. Aí, você não precisa procurar amigos. Tem que conversar quem não gosta da gente, com quem não votou na gente”.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva admitiu fragilidade na sua base de apoio parlamentar Foto: Nelson Almeida / AFP
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Lula reconheceu a fragilidade de sua base de apoio parlamentar um dia após o Congresso aprovar a MP dos Ministérios. A Medida Provisória estava em seu último dia de vigência. Se a MP não tivesse sido aprovada, 17 dos ministérios da gestão petista teriam que ser desativados e a estrutura do governo federal voltaria a ser a mesma da gestão de Jair Bolsonaro.

A maior resistência para a aprovar a MP ocorreu na Câmara, onde o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL) avisou que havia uma insatisfação generalizada dos deputados com a falta de articulação política do governo. Deputados do Centrão reivindicam cargos e liberação de recursos públicos. Na véspera da votação, o Poder Executivo chegou a liberar R$1,7 bilhão em emendas parlamentares.

A uma plateia formada, em grande parte por apoiadores, Lula repetiu que governar demanda esforço e negociações com quem não apoia o governo. “Você ganha a eleição e depois precisa passar o tempo inteiro conversando para ver se você consegue aprovar uma coisa.”

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Fake news

O presidente voltou a criticar também a disseminação de fake news nas redes sociais pela extrema-direita e convocou a população a fazer uma “guerra do bem contra o mal”. “É uma guerra que temos que fazer, a guerra do bem contra o mal. Não é guerra de direita contra esquerda, é guerra das pessoas do bem contra pessoas do mal”, disse o petista. Lula reconheceu, no entanto, que o bolsonarismo tem vencido a guerra nas redes sociais. “A quantidade de mentiras que o bolsonarismo conta todo dia na rede digital é uma coisa maluca”, constatou.

Dizendo que não imaginava que o fascismo pudesse voltar ao Brasil, ele voltou a criticar o governo de Jair Bolsonaro (PL), que comparou a uma “praga de gafanhotos que destruiu tudo o que a gente construiu”, e disse que vai reconstruir o País. “Quero provar, mais uma vez, que um torneiro mecânico, sem diploma universitário, pode consertar outra vez esse País”. Lula ainda reclamou da elite brasileira que, segundo ele, “nunca desejou que a gente estudasse”.

SÃO BERNARDO DO CAMPO - Sem uma base de apoio consolidada no Congresso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva admitiu nesta sexta-feira, 2, que seu governo tem voto suficientes nem para aprovar um projeto de lei. Durante discurso na Universidade Federal do ABC, em São Bernardo do Campo, o presidente disse que o número de deputados da esquerda não garantem o quorum mínimo necessário a aprovação de leis.

“É importante vocês saberem a correlação de forças no Congresso Nacional. A esquerda toda tem, no máximo, 136 votos, isso se ninguém faltar. Para votar uma coisa simples, precisa de 257″ afirmou Lula, completando: “Ontem, a gente corria o risco de não ter aprovado o sistema de organização do governo. Aí, você não precisa procurar amigos. Tem que conversar quem não gosta da gente, com quem não votou na gente”.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva admitiu fragilidade na sua base de apoio parlamentar Foto: Nelson Almeida / AFP

Lula reconheceu a fragilidade de sua base de apoio parlamentar um dia após o Congresso aprovar a MP dos Ministérios. A Medida Provisória estava em seu último dia de vigência. Se a MP não tivesse sido aprovada, 17 dos ministérios da gestão petista teriam que ser desativados e a estrutura do governo federal voltaria a ser a mesma da gestão de Jair Bolsonaro.

A maior resistência para a aprovar a MP ocorreu na Câmara, onde o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL) avisou que havia uma insatisfação generalizada dos deputados com a falta de articulação política do governo. Deputados do Centrão reivindicam cargos e liberação de recursos públicos. Na véspera da votação, o Poder Executivo chegou a liberar R$1,7 bilhão em emendas parlamentares.

A uma plateia formada, em grande parte por apoiadores, Lula repetiu que governar demanda esforço e negociações com quem não apoia o governo. “Você ganha a eleição e depois precisa passar o tempo inteiro conversando para ver se você consegue aprovar uma coisa.”

Fake news

O presidente voltou a criticar também a disseminação de fake news nas redes sociais pela extrema-direita e convocou a população a fazer uma “guerra do bem contra o mal”. “É uma guerra que temos que fazer, a guerra do bem contra o mal. Não é guerra de direita contra esquerda, é guerra das pessoas do bem contra pessoas do mal”, disse o petista. Lula reconheceu, no entanto, que o bolsonarismo tem vencido a guerra nas redes sociais. “A quantidade de mentiras que o bolsonarismo conta todo dia na rede digital é uma coisa maluca”, constatou.

Dizendo que não imaginava que o fascismo pudesse voltar ao Brasil, ele voltou a criticar o governo de Jair Bolsonaro (PL), que comparou a uma “praga de gafanhotos que destruiu tudo o que a gente construiu”, e disse que vai reconstruir o País. “Quero provar, mais uma vez, que um torneiro mecânico, sem diploma universitário, pode consertar outra vez esse País”. Lula ainda reclamou da elite brasileira que, segundo ele, “nunca desejou que a gente estudasse”.

SÃO BERNARDO DO CAMPO - Sem uma base de apoio consolidada no Congresso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva admitiu nesta sexta-feira, 2, que seu governo tem voto suficientes nem para aprovar um projeto de lei. Durante discurso na Universidade Federal do ABC, em São Bernardo do Campo, o presidente disse que o número de deputados da esquerda não garantem o quorum mínimo necessário a aprovação de leis.

“É importante vocês saberem a correlação de forças no Congresso Nacional. A esquerda toda tem, no máximo, 136 votos, isso se ninguém faltar. Para votar uma coisa simples, precisa de 257″ afirmou Lula, completando: “Ontem, a gente corria o risco de não ter aprovado o sistema de organização do governo. Aí, você não precisa procurar amigos. Tem que conversar quem não gosta da gente, com quem não votou na gente”.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva admitiu fragilidade na sua base de apoio parlamentar Foto: Nelson Almeida / AFP

Lula reconheceu a fragilidade de sua base de apoio parlamentar um dia após o Congresso aprovar a MP dos Ministérios. A Medida Provisória estava em seu último dia de vigência. Se a MP não tivesse sido aprovada, 17 dos ministérios da gestão petista teriam que ser desativados e a estrutura do governo federal voltaria a ser a mesma da gestão de Jair Bolsonaro.

A maior resistência para a aprovar a MP ocorreu na Câmara, onde o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL) avisou que havia uma insatisfação generalizada dos deputados com a falta de articulação política do governo. Deputados do Centrão reivindicam cargos e liberação de recursos públicos. Na véspera da votação, o Poder Executivo chegou a liberar R$1,7 bilhão em emendas parlamentares.

A uma plateia formada, em grande parte por apoiadores, Lula repetiu que governar demanda esforço e negociações com quem não apoia o governo. “Você ganha a eleição e depois precisa passar o tempo inteiro conversando para ver se você consegue aprovar uma coisa.”

Fake news

O presidente voltou a criticar também a disseminação de fake news nas redes sociais pela extrema-direita e convocou a população a fazer uma “guerra do bem contra o mal”. “É uma guerra que temos que fazer, a guerra do bem contra o mal. Não é guerra de direita contra esquerda, é guerra das pessoas do bem contra pessoas do mal”, disse o petista. Lula reconheceu, no entanto, que o bolsonarismo tem vencido a guerra nas redes sociais. “A quantidade de mentiras que o bolsonarismo conta todo dia na rede digital é uma coisa maluca”, constatou.

Dizendo que não imaginava que o fascismo pudesse voltar ao Brasil, ele voltou a criticar o governo de Jair Bolsonaro (PL), que comparou a uma “praga de gafanhotos que destruiu tudo o que a gente construiu”, e disse que vai reconstruir o País. “Quero provar, mais uma vez, que um torneiro mecânico, sem diploma universitário, pode consertar outra vez esse País”. Lula ainda reclamou da elite brasileira que, segundo ele, “nunca desejou que a gente estudasse”.

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