Lula amenizou o tom, mas mantém suas guerras com BC, Petrobras, “geniais” e enxeridos


Entre STF, Congresso e ministérios, recado mais direto foi para o Banco Central, enquanto fala sobre guerra da Ucrânia enfraqueceu a posição do Brasil na busca pelo cessar-fogo

Por Eliane Cantanhêde

Depois da broncopneumonia, do adiamento à viagem à China e da chuva de críticas por falar demais, o presidente Lula volta aos microfones mais equilibrado e cuidadoso, mas nem por isso deixa de ratificar suas intenções e de mandar recados muito claros a amigos, aliados, inimigos e até enxeridos. Aos recados:

Ao ministro Gilmar Mendes, que defendeu o senador Rodrigo Pacheco para o STF, Lula disse que não adiantam pressões nem plantações pela imprensa e tascou: “Não tem mês, não tem data, não tem pressa” para o substituto de Ricardo Lewandowski. E ele não se comprometeu, também, com a indicação de uma mulher, um negro ou uma mulher negra para a vaga de Rosa Weber.

Presidente Lula em café com jornalistas no dia 6 de abril. Foto: Ueslei Marcelino/Reuters
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Para Pacheco (Senado) e Arthur Lira (Câmara), Lula disse que eles vão achar uma solução para as medidas provisórias, “porque o País não pode parar”. E, como Lira é quem indica os relatores da âncora fiscal e da reforma tributária, Lula advertiu: quando um relator trocou um projeto dos seus primeiros governos por outro, ele vetou de cabo a rabo. Soou assim: se o relator de Lira mudar a âncora ou a reforma, ele vai vetar.

Alexandre Silveira (Minas e Energia) foi o terceiro ministro a levar puxão de orelha público, como Márcio França e Carlos Lupi. Ao chamar de “extemporânea” sua declaração sobre mudanças na política de preços da Petrobras, negada pela própria empresa, Lula avisou: vai “abrasileirar”, sim, os preços de gasolina e diesel, mas só quando lhe der na telha. O presidente é quem manda.

Os recados mais diretos foram a Roberto Campos Neto, do BC. Lula disse que os juros altos são “incompreensíveis” e que vai discutir a revisão da meta de inflação na volta da China e definiu: os dois novos diretores serão alinhados com os “interesses do governo”. Aliás, avisou ao mercado que não vai privatizar coisa nenhuma.

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E os recados que mais deram confusão foram na área externa. Ao responder à minha pergunta, Lula confirmou que vai conversar com Xi Jinping, na quinta-feira, sobre a guerra na Ucrânia. Disse que Putin não pode querer anexar novos territórios, mas excluiu a Crimeia e emendou que Zelenski “não pode querer tudo”. A Ucrânia reagiu: “Não há razão legal, política nem moral que justifique abandonar um só centímetro de território ucraniano”.

Isso enfraquece a posição do Brasil no cessar-fogo, às vésperas da ida de Lula à China. Agora, é esperar as reações dos outros alvos de recados: Gilmar, juristas mulheres, movimentos negros, Lira, BC, mercado, ministros enxeridos e Petrobras. Lula moderou a fala, mas suas várias guerras continuam.

Depois da broncopneumonia, do adiamento à viagem à China e da chuva de críticas por falar demais, o presidente Lula volta aos microfones mais equilibrado e cuidadoso, mas nem por isso deixa de ratificar suas intenções e de mandar recados muito claros a amigos, aliados, inimigos e até enxeridos. Aos recados:

Ao ministro Gilmar Mendes, que defendeu o senador Rodrigo Pacheco para o STF, Lula disse que não adiantam pressões nem plantações pela imprensa e tascou: “Não tem mês, não tem data, não tem pressa” para o substituto de Ricardo Lewandowski. E ele não se comprometeu, também, com a indicação de uma mulher, um negro ou uma mulher negra para a vaga de Rosa Weber.

Presidente Lula em café com jornalistas no dia 6 de abril. Foto: Ueslei Marcelino/Reuters

Para Pacheco (Senado) e Arthur Lira (Câmara), Lula disse que eles vão achar uma solução para as medidas provisórias, “porque o País não pode parar”. E, como Lira é quem indica os relatores da âncora fiscal e da reforma tributária, Lula advertiu: quando um relator trocou um projeto dos seus primeiros governos por outro, ele vetou de cabo a rabo. Soou assim: se o relator de Lira mudar a âncora ou a reforma, ele vai vetar.

Alexandre Silveira (Minas e Energia) foi o terceiro ministro a levar puxão de orelha público, como Márcio França e Carlos Lupi. Ao chamar de “extemporânea” sua declaração sobre mudanças na política de preços da Petrobras, negada pela própria empresa, Lula avisou: vai “abrasileirar”, sim, os preços de gasolina e diesel, mas só quando lhe der na telha. O presidente é quem manda.

Os recados mais diretos foram a Roberto Campos Neto, do BC. Lula disse que os juros altos são “incompreensíveis” e que vai discutir a revisão da meta de inflação na volta da China e definiu: os dois novos diretores serão alinhados com os “interesses do governo”. Aliás, avisou ao mercado que não vai privatizar coisa nenhuma.

E os recados que mais deram confusão foram na área externa. Ao responder à minha pergunta, Lula confirmou que vai conversar com Xi Jinping, na quinta-feira, sobre a guerra na Ucrânia. Disse que Putin não pode querer anexar novos territórios, mas excluiu a Crimeia e emendou que Zelenski “não pode querer tudo”. A Ucrânia reagiu: “Não há razão legal, política nem moral que justifique abandonar um só centímetro de território ucraniano”.

Isso enfraquece a posição do Brasil no cessar-fogo, às vésperas da ida de Lula à China. Agora, é esperar as reações dos outros alvos de recados: Gilmar, juristas mulheres, movimentos negros, Lira, BC, mercado, ministros enxeridos e Petrobras. Lula moderou a fala, mas suas várias guerras continuam.

Depois da broncopneumonia, do adiamento à viagem à China e da chuva de críticas por falar demais, o presidente Lula volta aos microfones mais equilibrado e cuidadoso, mas nem por isso deixa de ratificar suas intenções e de mandar recados muito claros a amigos, aliados, inimigos e até enxeridos. Aos recados:

Ao ministro Gilmar Mendes, que defendeu o senador Rodrigo Pacheco para o STF, Lula disse que não adiantam pressões nem plantações pela imprensa e tascou: “Não tem mês, não tem data, não tem pressa” para o substituto de Ricardo Lewandowski. E ele não se comprometeu, também, com a indicação de uma mulher, um negro ou uma mulher negra para a vaga de Rosa Weber.

Presidente Lula em café com jornalistas no dia 6 de abril. Foto: Ueslei Marcelino/Reuters

Para Pacheco (Senado) e Arthur Lira (Câmara), Lula disse que eles vão achar uma solução para as medidas provisórias, “porque o País não pode parar”. E, como Lira é quem indica os relatores da âncora fiscal e da reforma tributária, Lula advertiu: quando um relator trocou um projeto dos seus primeiros governos por outro, ele vetou de cabo a rabo. Soou assim: se o relator de Lira mudar a âncora ou a reforma, ele vai vetar.

Alexandre Silveira (Minas e Energia) foi o terceiro ministro a levar puxão de orelha público, como Márcio França e Carlos Lupi. Ao chamar de “extemporânea” sua declaração sobre mudanças na política de preços da Petrobras, negada pela própria empresa, Lula avisou: vai “abrasileirar”, sim, os preços de gasolina e diesel, mas só quando lhe der na telha. O presidente é quem manda.

Os recados mais diretos foram a Roberto Campos Neto, do BC. Lula disse que os juros altos são “incompreensíveis” e que vai discutir a revisão da meta de inflação na volta da China e definiu: os dois novos diretores serão alinhados com os “interesses do governo”. Aliás, avisou ao mercado que não vai privatizar coisa nenhuma.

E os recados que mais deram confusão foram na área externa. Ao responder à minha pergunta, Lula confirmou que vai conversar com Xi Jinping, na quinta-feira, sobre a guerra na Ucrânia. Disse que Putin não pode querer anexar novos territórios, mas excluiu a Crimeia e emendou que Zelenski “não pode querer tudo”. A Ucrânia reagiu: “Não há razão legal, política nem moral que justifique abandonar um só centímetro de território ucraniano”.

Isso enfraquece a posição do Brasil no cessar-fogo, às vésperas da ida de Lula à China. Agora, é esperar as reações dos outros alvos de recados: Gilmar, juristas mulheres, movimentos negros, Lira, BC, mercado, ministros enxeridos e Petrobras. Lula moderou a fala, mas suas várias guerras continuam.

Depois da broncopneumonia, do adiamento à viagem à China e da chuva de críticas por falar demais, o presidente Lula volta aos microfones mais equilibrado e cuidadoso, mas nem por isso deixa de ratificar suas intenções e de mandar recados muito claros a amigos, aliados, inimigos e até enxeridos. Aos recados:

Ao ministro Gilmar Mendes, que defendeu o senador Rodrigo Pacheco para o STF, Lula disse que não adiantam pressões nem plantações pela imprensa e tascou: “Não tem mês, não tem data, não tem pressa” para o substituto de Ricardo Lewandowski. E ele não se comprometeu, também, com a indicação de uma mulher, um negro ou uma mulher negra para a vaga de Rosa Weber.

Presidente Lula em café com jornalistas no dia 6 de abril. Foto: Ueslei Marcelino/Reuters

Para Pacheco (Senado) e Arthur Lira (Câmara), Lula disse que eles vão achar uma solução para as medidas provisórias, “porque o País não pode parar”. E, como Lira é quem indica os relatores da âncora fiscal e da reforma tributária, Lula advertiu: quando um relator trocou um projeto dos seus primeiros governos por outro, ele vetou de cabo a rabo. Soou assim: se o relator de Lira mudar a âncora ou a reforma, ele vai vetar.

Alexandre Silveira (Minas e Energia) foi o terceiro ministro a levar puxão de orelha público, como Márcio França e Carlos Lupi. Ao chamar de “extemporânea” sua declaração sobre mudanças na política de preços da Petrobras, negada pela própria empresa, Lula avisou: vai “abrasileirar”, sim, os preços de gasolina e diesel, mas só quando lhe der na telha. O presidente é quem manda.

Os recados mais diretos foram a Roberto Campos Neto, do BC. Lula disse que os juros altos são “incompreensíveis” e que vai discutir a revisão da meta de inflação na volta da China e definiu: os dois novos diretores serão alinhados com os “interesses do governo”. Aliás, avisou ao mercado que não vai privatizar coisa nenhuma.

E os recados que mais deram confusão foram na área externa. Ao responder à minha pergunta, Lula confirmou que vai conversar com Xi Jinping, na quinta-feira, sobre a guerra na Ucrânia. Disse que Putin não pode querer anexar novos territórios, mas excluiu a Crimeia e emendou que Zelenski “não pode querer tudo”. A Ucrânia reagiu: “Não há razão legal, política nem moral que justifique abandonar um só centímetro de território ucraniano”.

Isso enfraquece a posição do Brasil no cessar-fogo, às vésperas da ida de Lula à China. Agora, é esperar as reações dos outros alvos de recados: Gilmar, juristas mulheres, movimentos negros, Lira, BC, mercado, ministros enxeridos e Petrobras. Lula moderou a fala, mas suas várias guerras continuam.

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