Lula deve antecipar anúncio de José Múcio como ministro da Defesa


Decisão deve ser formalizada até amanhã; escolha do ex-presidente do TCU, revelada pelo ‘Estadão’, agradou militares, mas acabou gerando conflito interno no Partido dos Trabalhadores

Por Felipe Frazão
Atualização:

BRASÍLIA - O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve anunciar nesta sexta-feira, dia 9, o nome de José Múcio Monteiro como novo ministro da Defesa. Lula se programava para indicar seus ministros apenas após a diplomação, na segunda-feira que vem, mas o convite a Múcio já estava acertado, como mostrou o Estadão. A antecipação da escolha do ministro se deu após o petista receber a informação de que os atuais titulares das Forças Armadas vão deixar os cargos em dezembro.

O petista cogitou fazer o anúncio ainda nesta quinta, 8, mas, no fim da manhã, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, declarou que o presidente apresentará alguns nomes amanhã, sem, entretanto, dizer quais. Segundo interlocutores de Lula, o nome de Múcio será um deles. Os nomes dos comandantes das Forças Armadas também devem ser apresentados. A decisão do petista sobre o futuro ministro da Defesa foi informada a integrantes do Alto Comando do Exército.

Interlocutores de Lula, da política e da caserna, aconselharam diversas vezes que o petista divulgasse o quanto antes a escolha do ministro da Defesa e dos generais mais antigos para o comando das Forças Armadas, de modo a quebrar o impasse na relação que impediu até a formação de um grupo de trabalho na transição. A escolha de Múcio, ex-deputado, ex-articulador político de Lula e ex-presidente do TCU agradou os militares. Seguindo o critério da antiguidade na seleção dos comandantes, Lula deverá escolher o general Júlio Cesar Arruda para o Exército, o almirante Almirante Olsen para a Marinha e o brigadeiro Marcelo Damasceno para a Aeronáutica.

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O então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e José Múcio, na época ministro das Relações Institucionais, em abril de 2008. Mais tarde, o petista indicou Múcio para o Tribunal de Contas da União.  Foto: Beto Barata/AE

Ao fazer o gesto em direção ao Múcio, o presidente eleito ignorou a pressão de dirigentes e parlamentares petistas e de aliados contra o ex-presidente do TCU, que é visto como o “candidato do Forte Apache”, uma referência ao quartel-general do Exército. Nos bastidores, dirigentes do PT pediram a Lula que insistisse com o ex-ministro da Defesa Nelson Jobim para que ele voltasse à pasta. O petista mostrou contrariedade com a cobrança.

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Ex-presidente do Tribunal de Contas da União (TCU) e ex-ministro das Relações Institucionais (2007-2009), Múcio é conhecido de longa data de Lula. Já atuou como deputado federal por Pernambuco durante cinco mandatos e tem carreira de quase cinquenta anos de vida pública. Elogiado pela capacidade de articulação política, José Múcio tem bom trânsito nas Forças Armadas e acredita-se que pode contornar dificuldades de relacionamento do petista com a cúpula militar.

No TCU, o ex-ministro se aposentou em 2020, aos 72 anos, três anos antes do prazo para a saída compulsória. O presidente Jair Bolsonaro o convidou para entrar no governo e escolher o cargo. “Eu sou apaixonado por você, José Múcio. Gosto muito de Vossa Excelência”, disse Bolsonaro, em dezembro daquele ano.

BRASÍLIA - O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve anunciar nesta sexta-feira, dia 9, o nome de José Múcio Monteiro como novo ministro da Defesa. Lula se programava para indicar seus ministros apenas após a diplomação, na segunda-feira que vem, mas o convite a Múcio já estava acertado, como mostrou o Estadão. A antecipação da escolha do ministro se deu após o petista receber a informação de que os atuais titulares das Forças Armadas vão deixar os cargos em dezembro.

O petista cogitou fazer o anúncio ainda nesta quinta, 8, mas, no fim da manhã, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, declarou que o presidente apresentará alguns nomes amanhã, sem, entretanto, dizer quais. Segundo interlocutores de Lula, o nome de Múcio será um deles. Os nomes dos comandantes das Forças Armadas também devem ser apresentados. A decisão do petista sobre o futuro ministro da Defesa foi informada a integrantes do Alto Comando do Exército.

Interlocutores de Lula, da política e da caserna, aconselharam diversas vezes que o petista divulgasse o quanto antes a escolha do ministro da Defesa e dos generais mais antigos para o comando das Forças Armadas, de modo a quebrar o impasse na relação que impediu até a formação de um grupo de trabalho na transição. A escolha de Múcio, ex-deputado, ex-articulador político de Lula e ex-presidente do TCU agradou os militares. Seguindo o critério da antiguidade na seleção dos comandantes, Lula deverá escolher o general Júlio Cesar Arruda para o Exército, o almirante Almirante Olsen para a Marinha e o brigadeiro Marcelo Damasceno para a Aeronáutica.

O então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e José Múcio, na época ministro das Relações Institucionais, em abril de 2008. Mais tarde, o petista indicou Múcio para o Tribunal de Contas da União.  Foto: Beto Barata/AE

Ao fazer o gesto em direção ao Múcio, o presidente eleito ignorou a pressão de dirigentes e parlamentares petistas e de aliados contra o ex-presidente do TCU, que é visto como o “candidato do Forte Apache”, uma referência ao quartel-general do Exército. Nos bastidores, dirigentes do PT pediram a Lula que insistisse com o ex-ministro da Defesa Nelson Jobim para que ele voltasse à pasta. O petista mostrou contrariedade com a cobrança.

Ex-presidente do Tribunal de Contas da União (TCU) e ex-ministro das Relações Institucionais (2007-2009), Múcio é conhecido de longa data de Lula. Já atuou como deputado federal por Pernambuco durante cinco mandatos e tem carreira de quase cinquenta anos de vida pública. Elogiado pela capacidade de articulação política, José Múcio tem bom trânsito nas Forças Armadas e acredita-se que pode contornar dificuldades de relacionamento do petista com a cúpula militar.

No TCU, o ex-ministro se aposentou em 2020, aos 72 anos, três anos antes do prazo para a saída compulsória. O presidente Jair Bolsonaro o convidou para entrar no governo e escolher o cargo. “Eu sou apaixonado por você, José Múcio. Gosto muito de Vossa Excelência”, disse Bolsonaro, em dezembro daquele ano.

BRASÍLIA - O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve anunciar nesta sexta-feira, dia 9, o nome de José Múcio Monteiro como novo ministro da Defesa. Lula se programava para indicar seus ministros apenas após a diplomação, na segunda-feira que vem, mas o convite a Múcio já estava acertado, como mostrou o Estadão. A antecipação da escolha do ministro se deu após o petista receber a informação de que os atuais titulares das Forças Armadas vão deixar os cargos em dezembro.

O petista cogitou fazer o anúncio ainda nesta quinta, 8, mas, no fim da manhã, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, declarou que o presidente apresentará alguns nomes amanhã, sem, entretanto, dizer quais. Segundo interlocutores de Lula, o nome de Múcio será um deles. Os nomes dos comandantes das Forças Armadas também devem ser apresentados. A decisão do petista sobre o futuro ministro da Defesa foi informada a integrantes do Alto Comando do Exército.

Interlocutores de Lula, da política e da caserna, aconselharam diversas vezes que o petista divulgasse o quanto antes a escolha do ministro da Defesa e dos generais mais antigos para o comando das Forças Armadas, de modo a quebrar o impasse na relação que impediu até a formação de um grupo de trabalho na transição. A escolha de Múcio, ex-deputado, ex-articulador político de Lula e ex-presidente do TCU agradou os militares. Seguindo o critério da antiguidade na seleção dos comandantes, Lula deverá escolher o general Júlio Cesar Arruda para o Exército, o almirante Almirante Olsen para a Marinha e o brigadeiro Marcelo Damasceno para a Aeronáutica.

O então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e José Múcio, na época ministro das Relações Institucionais, em abril de 2008. Mais tarde, o petista indicou Múcio para o Tribunal de Contas da União.  Foto: Beto Barata/AE

Ao fazer o gesto em direção ao Múcio, o presidente eleito ignorou a pressão de dirigentes e parlamentares petistas e de aliados contra o ex-presidente do TCU, que é visto como o “candidato do Forte Apache”, uma referência ao quartel-general do Exército. Nos bastidores, dirigentes do PT pediram a Lula que insistisse com o ex-ministro da Defesa Nelson Jobim para que ele voltasse à pasta. O petista mostrou contrariedade com a cobrança.

Ex-presidente do Tribunal de Contas da União (TCU) e ex-ministro das Relações Institucionais (2007-2009), Múcio é conhecido de longa data de Lula. Já atuou como deputado federal por Pernambuco durante cinco mandatos e tem carreira de quase cinquenta anos de vida pública. Elogiado pela capacidade de articulação política, José Múcio tem bom trânsito nas Forças Armadas e acredita-se que pode contornar dificuldades de relacionamento do petista com a cúpula militar.

No TCU, o ex-ministro se aposentou em 2020, aos 72 anos, três anos antes do prazo para a saída compulsória. O presidente Jair Bolsonaro o convidou para entrar no governo e escolher o cargo. “Eu sou apaixonado por você, José Múcio. Gosto muito de Vossa Excelência”, disse Bolsonaro, em dezembro daquele ano.

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