‘Só faço isso’ e Papa-Léguas: como os ministros que levaram bronca de Lula responderam ao presidente


Fernando Haddad, Geraldo Alckmin e Wellington Dias comentaram a declaração do presidente em entrevista e nas redes sociais; Rui Costa não repercutiu a cobrança

Por Juliano Galisi

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cobrou nesta segunda-feira, 22, mais empenho de seus principais ministros nas tratativas com o Congresso. A bronca foi dirigida ao vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e aos ministros Fernando Haddad (Fazenda), Wellington Dias (Desenvolvimento Social) e Rui Costa (Casa Civil).

Alckmin, Haddad e Wellington Dias comentaram a declaração do presidente nas redes sociais e em entrevistas a jornalistas. Dos quatro membros do governo cobrados por Lula, o titular da Casa Civil foi o único que ainda não repercutiu a fala do chefe do Executivo.

Lula cobra ministros durante evento de lançamento do Acredita, lançado por meio de MP e sujeito à aprovação do Congresso Foto: Evaristo Sá/AFP
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A bronca ocorreu durante o lançamento do programa Acredita, iniciativa do governo federal para a renegociação de dívidas de pequenos empresários. O programa foi inaugurado por meio de medida provisória, um tipo de instrumento que exige aprovação do Legislativo para que a norma continue em vigor.

O governo federal teme a tramitação de uma “pauta-bomba” no Congresso, que pode impactar os cofres públicos, como a PEC do Quinquênio, que concede “bônus” a integrantes do Judiciário e do Ministério Público.

“Conversa com bancada A, com bancada B. É difícil, mas a gente não pode reclamar porque a política é exatamente assim. Ou você faz assim ou não entra na política”, sugeriu Lula durante o evento de lançamento do Acredita, no Palácio do Planalto.

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‘Só faço isso da vida’, diz Haddad

Ao cobrar Fernando Haddad, Lula sugeriu que o ministro da Fazenda investisse mais tempo no diálogo com as bancadas do Congresso “ao invés de ler um livro”. Questionado sobre o tema, Haddad disse: “Eu só faço isso da vida (conversar com parlamentares)”.

Fernando Haddad, ministro da Fazenda do governo Lula Foto: Wilton Junior/Estadão
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‘Pé na tábua’, diz Alckmin, com meme do Papa-Léguas

O vice-presidente Geraldo Alckmin, que acumula o cargo de ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, reagiu à bronca com uma mensagem de humor publicada no X (antigo Twitter). “O presidente Lula pediu para acelerar. Pé na tábua!”, diz o meme, que exibe o rosto do vice-presidente em cima do personagem de desenho animado Papa-Léguas. O uso de montagens descontraídas é uma estratégia recorrente da equipe de gestão dos perfis de Alckmin nas redes sociais.

Geraldo Alckmin, vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, publicou meme no X Foto: @geraldoalckmin via X
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Na legenda da publicação, o ministro justificou a bronca aos membros da gestão. “Ele tem toda razão de cobrar de seu governo empenho para acelerar as negociações com o Congresso”, disse Alckmin.

Wellington Dias: ‘À disposição’

Wellington Dias disse à GloboNews estar “à disposição” para discutir o conteúdo da medida provisória do Acredita com os parlamentares. O ministro disse que o teor do programa está em “sintonia” com o Congresso.

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Lula em audiência com Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome Foto: Ricardo Stuckert/PR

Na manhã desta terça-feira, 23, durante um café com jornalistas no Planalto, o ministro Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação Social (Secom), afirmou que o presidente não estava emitindo uma reprimenda aos membros do governo. “Foi uma brincadeira, um recurso de retórica”, disse Pimenta.

Na sequência, Lula disse que é preciso ter cautela ao emitir declarações com essa, para não dar “margem” a outras interpretações. “Tudo que você falar pode virar manchete”, afirmou o presidente.

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cobrou nesta segunda-feira, 22, mais empenho de seus principais ministros nas tratativas com o Congresso. A bronca foi dirigida ao vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e aos ministros Fernando Haddad (Fazenda), Wellington Dias (Desenvolvimento Social) e Rui Costa (Casa Civil).

Alckmin, Haddad e Wellington Dias comentaram a declaração do presidente nas redes sociais e em entrevistas a jornalistas. Dos quatro membros do governo cobrados por Lula, o titular da Casa Civil foi o único que ainda não repercutiu a fala do chefe do Executivo.

Lula cobra ministros durante evento de lançamento do Acredita, lançado por meio de MP e sujeito à aprovação do Congresso Foto: Evaristo Sá/AFP

A bronca ocorreu durante o lançamento do programa Acredita, iniciativa do governo federal para a renegociação de dívidas de pequenos empresários. O programa foi inaugurado por meio de medida provisória, um tipo de instrumento que exige aprovação do Legislativo para que a norma continue em vigor.

O governo federal teme a tramitação de uma “pauta-bomba” no Congresso, que pode impactar os cofres públicos, como a PEC do Quinquênio, que concede “bônus” a integrantes do Judiciário e do Ministério Público.

“Conversa com bancada A, com bancada B. É difícil, mas a gente não pode reclamar porque a política é exatamente assim. Ou você faz assim ou não entra na política”, sugeriu Lula durante o evento de lançamento do Acredita, no Palácio do Planalto.

‘Só faço isso da vida’, diz Haddad

Ao cobrar Fernando Haddad, Lula sugeriu que o ministro da Fazenda investisse mais tempo no diálogo com as bancadas do Congresso “ao invés de ler um livro”. Questionado sobre o tema, Haddad disse: “Eu só faço isso da vida (conversar com parlamentares)”.

Fernando Haddad, ministro da Fazenda do governo Lula Foto: Wilton Junior/Estadão

‘Pé na tábua’, diz Alckmin, com meme do Papa-Léguas

O vice-presidente Geraldo Alckmin, que acumula o cargo de ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, reagiu à bronca com uma mensagem de humor publicada no X (antigo Twitter). “O presidente Lula pediu para acelerar. Pé na tábua!”, diz o meme, que exibe o rosto do vice-presidente em cima do personagem de desenho animado Papa-Léguas. O uso de montagens descontraídas é uma estratégia recorrente da equipe de gestão dos perfis de Alckmin nas redes sociais.

Geraldo Alckmin, vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, publicou meme no X Foto: @geraldoalckmin via X

Na legenda da publicação, o ministro justificou a bronca aos membros da gestão. “Ele tem toda razão de cobrar de seu governo empenho para acelerar as negociações com o Congresso”, disse Alckmin.

Wellington Dias: ‘À disposição’

Wellington Dias disse à GloboNews estar “à disposição” para discutir o conteúdo da medida provisória do Acredita com os parlamentares. O ministro disse que o teor do programa está em “sintonia” com o Congresso.

Lula em audiência com Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome Foto: Ricardo Stuckert/PR

Na manhã desta terça-feira, 23, durante um café com jornalistas no Planalto, o ministro Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação Social (Secom), afirmou que o presidente não estava emitindo uma reprimenda aos membros do governo. “Foi uma brincadeira, um recurso de retórica”, disse Pimenta.

Na sequência, Lula disse que é preciso ter cautela ao emitir declarações com essa, para não dar “margem” a outras interpretações. “Tudo que você falar pode virar manchete”, afirmou o presidente.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cobrou nesta segunda-feira, 22, mais empenho de seus principais ministros nas tratativas com o Congresso. A bronca foi dirigida ao vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e aos ministros Fernando Haddad (Fazenda), Wellington Dias (Desenvolvimento Social) e Rui Costa (Casa Civil).

Alckmin, Haddad e Wellington Dias comentaram a declaração do presidente nas redes sociais e em entrevistas a jornalistas. Dos quatro membros do governo cobrados por Lula, o titular da Casa Civil foi o único que ainda não repercutiu a fala do chefe do Executivo.

Lula cobra ministros durante evento de lançamento do Acredita, lançado por meio de MP e sujeito à aprovação do Congresso Foto: Evaristo Sá/AFP

A bronca ocorreu durante o lançamento do programa Acredita, iniciativa do governo federal para a renegociação de dívidas de pequenos empresários. O programa foi inaugurado por meio de medida provisória, um tipo de instrumento que exige aprovação do Legislativo para que a norma continue em vigor.

O governo federal teme a tramitação de uma “pauta-bomba” no Congresso, que pode impactar os cofres públicos, como a PEC do Quinquênio, que concede “bônus” a integrantes do Judiciário e do Ministério Público.

“Conversa com bancada A, com bancada B. É difícil, mas a gente não pode reclamar porque a política é exatamente assim. Ou você faz assim ou não entra na política”, sugeriu Lula durante o evento de lançamento do Acredita, no Palácio do Planalto.

‘Só faço isso da vida’, diz Haddad

Ao cobrar Fernando Haddad, Lula sugeriu que o ministro da Fazenda investisse mais tempo no diálogo com as bancadas do Congresso “ao invés de ler um livro”. Questionado sobre o tema, Haddad disse: “Eu só faço isso da vida (conversar com parlamentares)”.

Fernando Haddad, ministro da Fazenda do governo Lula Foto: Wilton Junior/Estadão

‘Pé na tábua’, diz Alckmin, com meme do Papa-Léguas

O vice-presidente Geraldo Alckmin, que acumula o cargo de ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, reagiu à bronca com uma mensagem de humor publicada no X (antigo Twitter). “O presidente Lula pediu para acelerar. Pé na tábua!”, diz o meme, que exibe o rosto do vice-presidente em cima do personagem de desenho animado Papa-Léguas. O uso de montagens descontraídas é uma estratégia recorrente da equipe de gestão dos perfis de Alckmin nas redes sociais.

Geraldo Alckmin, vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, publicou meme no X Foto: @geraldoalckmin via X

Na legenda da publicação, o ministro justificou a bronca aos membros da gestão. “Ele tem toda razão de cobrar de seu governo empenho para acelerar as negociações com o Congresso”, disse Alckmin.

Wellington Dias: ‘À disposição’

Wellington Dias disse à GloboNews estar “à disposição” para discutir o conteúdo da medida provisória do Acredita com os parlamentares. O ministro disse que o teor do programa está em “sintonia” com o Congresso.

Lula em audiência com Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome Foto: Ricardo Stuckert/PR

Na manhã desta terça-feira, 23, durante um café com jornalistas no Planalto, o ministro Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação Social (Secom), afirmou que o presidente não estava emitindo uma reprimenda aos membros do governo. “Foi uma brincadeira, um recurso de retórica”, disse Pimenta.

Na sequência, Lula disse que é preciso ter cautela ao emitir declarações com essa, para não dar “margem” a outras interpretações. “Tudo que você falar pode virar manchete”, afirmou o presidente.

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