O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) admitiu que o ato em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que ocorreu no domingo, 25, na Avenida Paulista, “foi uma manifestação grande”.
Enquanto a Secretaria de Segurança Pública (SSP) estima que 600 mil pessoas estiveram presentes, o Monitor do Debate Político no Meio Digital, projeto de pesquisa da Universidade de São Paulo (USP), calculou 185 mil manifestantes durante o pico do protesto. Apesar das divergências, o presidente afirmou em entrevista ao programa É Notícia, que será exibida nesta terça-feira na RedeTV!, que “eles fizeram uma manifestação grande em São Paulo”.
O presidente também afirmou que o pedido de anistia de Bolsonaro para os réus e condenados pelos ataques de 8 de Janeiro, é uma confissão da tentativa de golpe de Estado. “Quando o cidadão lá pede anistia, ele está dizendo: ‘Não, perdoe os golpistas.’ Está confessando o crime”, declarou.
Lula ainda classificou a manifestação de domingo como um “protesto contra a democracia” e disse que os mandantes e apoiadores dos ataques aos Três Poderes ainda não foram descobertos.
Em relação à utilização da manifestação como forma de defesa frente às investigações da Polícia Federal (PF), que apuram a organização criminosa de uma suposta tentativa de golpe de Estado por Bolsonaro e seus aliados, Lula afirmou que eles estavam “todos com muito medo, muito cuidado. (...) De qualquer forma, é importante a gente ficar atento, porque essa gente está demonstrando que não está para brincadeira”.
Ao comentar a presença de governadores no ato, como o de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o de Minas Gerais Romeu Zema (Novo), Lula declarou que eles estavam presentes porque foram eleitos “por causa de Bolsonaro”.