Lula fala por telefone com Biden e discute compromissos entre Brasil e EUA sobre clima e imigração


Um dia após sua vitória nas eleições, petista conversa com vários líderes estrangeiros

Por Beatriz Bulla e Eduardo Gayer
Atualização:

O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), passa a segunda-feira, 31, em contato com líderes estrangeiros. No meio da tarde, Lula falou por telefone com o presidente americano, Joe Biden.

Segundo comunicado da Casa Branca, durante a teleconferência, Biden elogiou a força das instituições democráticas brasileiras após “eleições livres, justas e confiáveis”. Ainda de acordo com a Casa Branca, os dois discutiram o relacionamento entre EUA e Brasil e se “comprometeram a continuar trabalhando como parceiros para enfrentar desafios comuns, incluindo o combate às mudanças climáticas, salvaguarda da segurança alimentar, promoção da inclusão e democracia e gestão da migração regional.”

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No domingo, 30, Biden já havia divulgado nota em reconhecimento da vitória do petista minutos após o anúncio do resultado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Desde que chegou à Casa Branca, em janeiro de 2021, Biden não quis falar com Bolsonaro por telefone. O presidente do Brasil chegou a mandar cartas ao americano, que sempre adotou posição protocolar na relação e evitou qualquer contato pessoal com o presidente Jair Bolsonaro (PL).

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva celebra vitória na Avenida Paulista Foto: Andre Penner/AP - 30/10/2022
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Os dois estiveram juntos apenas uma vez, na Cúpula das Américas sediada pelos EUA, em Los Angeles, em junho deste ano. Na ocasião, Biden decidiu convidar Bolsonaro para um encontro bilateral diante do risco de sediar uma cúpula esvaziada e em meio à aproximação de líderes latino-americanos como Bolsonaro e Alberto Fernández (Argentina) a Vladimir Putin, no início da guerra na Ucrânia.

Bolsonaro foi o último líder do G-20 a cumprimentar Biden pela vitória do americano e chegou a replicar teorias falsas sobre a legitimidade da eleição dos EUA da qual Donald Trump saiu derrotado. A relação entre EUA e Brasil durante a presidência de Biden ficou restrita a ministros e diplomatas, sem envolvimento pessoal dos dois presidentes, portanto.

A Casa Branca acompanhava com apreensão as investidas de Bolsonaro contra o sistema eleitoral. Desde o ano passado, diversas autoridades do país visitaram o Brasil e deram recados ao time de Bolsonaro sobre a confiança no processo eleitoral brasileiro e nas urnas.

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O governo Biden colocou a questão climática entre as prioridades da Casa Branca e pressionou o governo Bolsonaro, no início de 2021, a estabelecer metas concretas de redução do desmatamento na Amazônia. Os americanos também chegaram a congelar o diálogo com o Ministério do Meio Ambiente brasileiro durante a gestão de Ricardo Salles.

Além de Biden, a alta cúpula dos EUA se manifestou nas últimas horas, como o enviado do clima do governo americano, John Kerry, que disse querer trabalhar junto com Lula para combater o desmatamento.

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Lula também recebeu ligação do presidente da França, Emmanuel Macron, que divulgou trecho da conversa em suas redes sociais. “Estou vivendo um dia muito feliz porque conseguimos resgatar a democracia”, disse Lula ao francês.

Primeira viagem

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O presidente argentino, Alberto Fernández, anunciou que Lula disse que a primeira viagem internacional que fará será para a Argentina. A viagem será antes da posse presidencial. O anúncio foi feito por Fernández após encontro com Lula nesta segunda-feira, em São Paulo. Ter a Argentina como primeiro destino do presidente eleito no Brasil era uma tradição no País, que foi quebrada por Bolsonaro.

Bolsonaro escolheu ir para o Chile depois de se eleger e manteve críticas a Fernández, que é de esquerda.

O presidente da Argentina, Alberto Fernández, é recebido pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, em São Paulo, um dia após sua vitória  Foto: Tiago Queiroz/Estadão - 31/10/2022
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Fernández e Lula passaram cerca de três horas reunidos nesta segunda-feira, em na região da Avenida Paulista. Ao deixar o encontro, Fernández fez um breve pronunciamento no qual afirmou que os dois líderes “compartilham o mesmo olhar sobre necessidade de integração da América Latina”. “Todos os reencontros com Lula são muito bons, agora já podemos falar mais do futuro do que do passado”, disse Fernández.

O rápido reconhecimento da vitória por autoridades estrangeiras, na noite de domingo, foi celebrado na campanha de Lula e é considerado um dos fatores que pressiona o presidente Jair Bolsonaro (PL) a fazer o reconhecimento da derrota.

Lula pensa em fazer viagens internacionais antes de tomar posse, para estabelecer diálogo com outros países.

O presidente eleito também recebeu ligações dos líderes da Alemanha (Olaf Scholz), Portugal (António Costa e Marcelo Rebelo de Sousa), Cuba (Miguel Diaz-Canel) e do secretário-geral da ONU, António Guterres.

O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), passa a segunda-feira, 31, em contato com líderes estrangeiros. No meio da tarde, Lula falou por telefone com o presidente americano, Joe Biden.

Segundo comunicado da Casa Branca, durante a teleconferência, Biden elogiou a força das instituições democráticas brasileiras após “eleições livres, justas e confiáveis”. Ainda de acordo com a Casa Branca, os dois discutiram o relacionamento entre EUA e Brasil e se “comprometeram a continuar trabalhando como parceiros para enfrentar desafios comuns, incluindo o combate às mudanças climáticas, salvaguarda da segurança alimentar, promoção da inclusão e democracia e gestão da migração regional.”

No domingo, 30, Biden já havia divulgado nota em reconhecimento da vitória do petista minutos após o anúncio do resultado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Desde que chegou à Casa Branca, em janeiro de 2021, Biden não quis falar com Bolsonaro por telefone. O presidente do Brasil chegou a mandar cartas ao americano, que sempre adotou posição protocolar na relação e evitou qualquer contato pessoal com o presidente Jair Bolsonaro (PL).

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva celebra vitória na Avenida Paulista Foto: Andre Penner/AP - 30/10/2022

Os dois estiveram juntos apenas uma vez, na Cúpula das Américas sediada pelos EUA, em Los Angeles, em junho deste ano. Na ocasião, Biden decidiu convidar Bolsonaro para um encontro bilateral diante do risco de sediar uma cúpula esvaziada e em meio à aproximação de líderes latino-americanos como Bolsonaro e Alberto Fernández (Argentina) a Vladimir Putin, no início da guerra na Ucrânia.

Bolsonaro foi o último líder do G-20 a cumprimentar Biden pela vitória do americano e chegou a replicar teorias falsas sobre a legitimidade da eleição dos EUA da qual Donald Trump saiu derrotado. A relação entre EUA e Brasil durante a presidência de Biden ficou restrita a ministros e diplomatas, sem envolvimento pessoal dos dois presidentes, portanto.

A Casa Branca acompanhava com apreensão as investidas de Bolsonaro contra o sistema eleitoral. Desde o ano passado, diversas autoridades do país visitaram o Brasil e deram recados ao time de Bolsonaro sobre a confiança no processo eleitoral brasileiro e nas urnas.

O governo Biden colocou a questão climática entre as prioridades da Casa Branca e pressionou o governo Bolsonaro, no início de 2021, a estabelecer metas concretas de redução do desmatamento na Amazônia. Os americanos também chegaram a congelar o diálogo com o Ministério do Meio Ambiente brasileiro durante a gestão de Ricardo Salles.

Além de Biden, a alta cúpula dos EUA se manifestou nas últimas horas, como o enviado do clima do governo americano, John Kerry, que disse querer trabalhar junto com Lula para combater o desmatamento.

Lula também recebeu ligação do presidente da França, Emmanuel Macron, que divulgou trecho da conversa em suas redes sociais. “Estou vivendo um dia muito feliz porque conseguimos resgatar a democracia”, disse Lula ao francês.

Primeira viagem

O presidente argentino, Alberto Fernández, anunciou que Lula disse que a primeira viagem internacional que fará será para a Argentina. A viagem será antes da posse presidencial. O anúncio foi feito por Fernández após encontro com Lula nesta segunda-feira, em São Paulo. Ter a Argentina como primeiro destino do presidente eleito no Brasil era uma tradição no País, que foi quebrada por Bolsonaro.

Bolsonaro escolheu ir para o Chile depois de se eleger e manteve críticas a Fernández, que é de esquerda.

O presidente da Argentina, Alberto Fernández, é recebido pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, em São Paulo, um dia após sua vitória  Foto: Tiago Queiroz/Estadão - 31/10/2022

Fernández e Lula passaram cerca de três horas reunidos nesta segunda-feira, em na região da Avenida Paulista. Ao deixar o encontro, Fernández fez um breve pronunciamento no qual afirmou que os dois líderes “compartilham o mesmo olhar sobre necessidade de integração da América Latina”. “Todos os reencontros com Lula são muito bons, agora já podemos falar mais do futuro do que do passado”, disse Fernández.

O rápido reconhecimento da vitória por autoridades estrangeiras, na noite de domingo, foi celebrado na campanha de Lula e é considerado um dos fatores que pressiona o presidente Jair Bolsonaro (PL) a fazer o reconhecimento da derrota.

Lula pensa em fazer viagens internacionais antes de tomar posse, para estabelecer diálogo com outros países.

O presidente eleito também recebeu ligações dos líderes da Alemanha (Olaf Scholz), Portugal (António Costa e Marcelo Rebelo de Sousa), Cuba (Miguel Diaz-Canel) e do secretário-geral da ONU, António Guterres.

O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), passa a segunda-feira, 31, em contato com líderes estrangeiros. No meio da tarde, Lula falou por telefone com o presidente americano, Joe Biden.

Segundo comunicado da Casa Branca, durante a teleconferência, Biden elogiou a força das instituições democráticas brasileiras após “eleições livres, justas e confiáveis”. Ainda de acordo com a Casa Branca, os dois discutiram o relacionamento entre EUA e Brasil e se “comprometeram a continuar trabalhando como parceiros para enfrentar desafios comuns, incluindo o combate às mudanças climáticas, salvaguarda da segurança alimentar, promoção da inclusão e democracia e gestão da migração regional.”

No domingo, 30, Biden já havia divulgado nota em reconhecimento da vitória do petista minutos após o anúncio do resultado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Desde que chegou à Casa Branca, em janeiro de 2021, Biden não quis falar com Bolsonaro por telefone. O presidente do Brasil chegou a mandar cartas ao americano, que sempre adotou posição protocolar na relação e evitou qualquer contato pessoal com o presidente Jair Bolsonaro (PL).

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva celebra vitória na Avenida Paulista Foto: Andre Penner/AP - 30/10/2022

Os dois estiveram juntos apenas uma vez, na Cúpula das Américas sediada pelos EUA, em Los Angeles, em junho deste ano. Na ocasião, Biden decidiu convidar Bolsonaro para um encontro bilateral diante do risco de sediar uma cúpula esvaziada e em meio à aproximação de líderes latino-americanos como Bolsonaro e Alberto Fernández (Argentina) a Vladimir Putin, no início da guerra na Ucrânia.

Bolsonaro foi o último líder do G-20 a cumprimentar Biden pela vitória do americano e chegou a replicar teorias falsas sobre a legitimidade da eleição dos EUA da qual Donald Trump saiu derrotado. A relação entre EUA e Brasil durante a presidência de Biden ficou restrita a ministros e diplomatas, sem envolvimento pessoal dos dois presidentes, portanto.

A Casa Branca acompanhava com apreensão as investidas de Bolsonaro contra o sistema eleitoral. Desde o ano passado, diversas autoridades do país visitaram o Brasil e deram recados ao time de Bolsonaro sobre a confiança no processo eleitoral brasileiro e nas urnas.

O governo Biden colocou a questão climática entre as prioridades da Casa Branca e pressionou o governo Bolsonaro, no início de 2021, a estabelecer metas concretas de redução do desmatamento na Amazônia. Os americanos também chegaram a congelar o diálogo com o Ministério do Meio Ambiente brasileiro durante a gestão de Ricardo Salles.

Além de Biden, a alta cúpula dos EUA se manifestou nas últimas horas, como o enviado do clima do governo americano, John Kerry, que disse querer trabalhar junto com Lula para combater o desmatamento.

Lula também recebeu ligação do presidente da França, Emmanuel Macron, que divulgou trecho da conversa em suas redes sociais. “Estou vivendo um dia muito feliz porque conseguimos resgatar a democracia”, disse Lula ao francês.

Primeira viagem

O presidente argentino, Alberto Fernández, anunciou que Lula disse que a primeira viagem internacional que fará será para a Argentina. A viagem será antes da posse presidencial. O anúncio foi feito por Fernández após encontro com Lula nesta segunda-feira, em São Paulo. Ter a Argentina como primeiro destino do presidente eleito no Brasil era uma tradição no País, que foi quebrada por Bolsonaro.

Bolsonaro escolheu ir para o Chile depois de se eleger e manteve críticas a Fernández, que é de esquerda.

O presidente da Argentina, Alberto Fernández, é recebido pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, em São Paulo, um dia após sua vitória  Foto: Tiago Queiroz/Estadão - 31/10/2022

Fernández e Lula passaram cerca de três horas reunidos nesta segunda-feira, em na região da Avenida Paulista. Ao deixar o encontro, Fernández fez um breve pronunciamento no qual afirmou que os dois líderes “compartilham o mesmo olhar sobre necessidade de integração da América Latina”. “Todos os reencontros com Lula são muito bons, agora já podemos falar mais do futuro do que do passado”, disse Fernández.

O rápido reconhecimento da vitória por autoridades estrangeiras, na noite de domingo, foi celebrado na campanha de Lula e é considerado um dos fatores que pressiona o presidente Jair Bolsonaro (PL) a fazer o reconhecimento da derrota.

Lula pensa em fazer viagens internacionais antes de tomar posse, para estabelecer diálogo com outros países.

O presidente eleito também recebeu ligações dos líderes da Alemanha (Olaf Scholz), Portugal (António Costa e Marcelo Rebelo de Sousa), Cuba (Miguel Diaz-Canel) e do secretário-geral da ONU, António Guterres.

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