Lula faz novo aceno ao agronegócio: ‘Bandidos são aqueles que não respeitam a questão ambiental’


Petista tenta reduzir resistência após dizer que setor é ‘fascista e direitista’

Por Beatriz Bulla e Giordanna Neves
Atualização:

Em mais um aceno ao agronegócio, segmento no qual o presidente Jair Bolsonaro (PL) tem grande aderência, o candidato à Presidência pelo PT, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou nesta segunda-feira, 10, que não é possível aceitar que “tem o homem do agronegócio bom e o homem do agronegócio ruim”. “Tem gente do agronegócio, e tem os bandidos”, emendou.

“Os bandidos são aqueles que não respeitam a questão ambiental, são aqueles que querem desmatar, e esses caras não podem ser confundidos como gente do agronegócio”, disse Lula durante encontro com o coletivo Derrubando Muros, que declarou apoio à sua candidatura.

continua após a publicidade

Lula também voltou a dizer que não é defensor apenas da exportação de commodities e que, na venda de soja, há tecnologias envolvidas. “Eu não sou daqueles que digo ‘ah, o Brasil não pode continuar exportando só soja ou minério de ferro’. Até porque eu acho que esse País, ao exportar soja hoje, a gente está exportando muita tecnologia em um grão de soja, muita engenharia genética em uma carne de frango, uma carne de porco”, afirmou.

O ex-presidente Lula e o ex-governador Geraldo Alckmin durante encontro com o coletivo Derrubando Muros Foto: Marcelo Chello/Estadão

A declaração é feita no momento em que Lula ainda tenta calibrar o discurso em relação ao agronegócio. No primeiro turno, o petista teve de recuar após afirmar, durante sabatina no Jornal Nacional, da TV Globo, que parte do agronegócio brasileiro é “fascista e direitista”. Dois dias depois, Lula fez novo aceno ao setor ao afirmar que entre os produtores de alimentos há “muita gente responsável”, “que cuida do meio ambiente” e “está tentando preservar”.

continua após a publicidade

Também nesta segunda-feira, a senadora Kátia Abreu (PP-TO), que não conseguiu se reeleger para um terceiro mandato, declarou apoio a Lula no segundo turno. A ex-ministra da Agricultura publicou nas redes sociais um vídeo direcionado aos “produtores rurais de todo Brasil”. Ela alerta que o “verdadeiro risco” é a gestão do presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição: “A imagem do Brasil na área ambiental se deteriorou progressivamente no exterior e a nossa perda de credibilidade da comunidade internacional chegou ao limite”.

Lula ainda chamou seu adversário, o presidente Jair Bolsonaro (PL), de “anormal” por admitir apreciar, caso reeleito, o aumento da quantidade de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). “Esse cidadão é anormal, ele não teve nenhuma educação civilizatória e ele pensa o País para ele: acha que as Forças Armadas são dele, a Suprema Corte é dele, que o Congresso é dele.”

No domingo, Bolsonaro reafirmou que recebeu a sugestão de aumentar o número de ministros do STF e disse que isso será decidido após as eleições, caso saia vitorioso do pleito. “Essa sugestão já chegou para mim, a gente decide depois das eleições”, afirmou o presidente, em participação no canal Pilhado, no YouTube. Bolsonaro admitiu que essa seria uma forma de pulverizar o poder dos ministros.

continua após a publicidade

Manifesto

Na tentativa de ampliar a frente de apoio à sua candidatura no segundo turno, Lula se reuniu nesta tarde com membros do coletivo Derrubando Muros (DM), formado por acadêmicos, cientistas, empresários, políticos e ativistas que assinaram um documento de apoio ao petista na corrida presidencial.

Em manifesto entregue a Lula, denominado “pela paz e pela democracia”, o coletivo avalia que a reeleição de Bolsonaro traz riscos ao sistema democrático brasileiro. Entre os membros que assinam o documento estão o ex-presidente do Banco Central (BC) Armínio Fraga, o ex-ministro da Justiça Nelson Jobim, e o ex-senador José Aníbal (PSDB).

continua após a publicidade

Armínio, no entanto, não compareceu ao evento. A campanha do PT fará uma reunião com os economistas historicamente ligados ao PSDB que declararam apoio a Lula, como Arida, Pedro Malan e Edmar Bacha.

Em manifesto entregue a Lula, denominado “pela paz e pela democracia”, o coletivo avalia que a reeleição de Bolsonaro traz riscos ao sistema democrático brasileiro. Entre os membros que assinam o documento estão o ex-presidente do Banco Central (BC) Armínio Fraga, o ex-ministro da Justiça Nelson Jobim, e o ex-senador José Aníbal (PSDB).

Armínio, no entanto, não compareceu ao evento. A campanha do PT fará uma reunião com os economistas historicamente ligados ao PSDB que declararam apoio a Lula, como Arida, Pedro Malan e Edmar Bacha.

continua após a publicidade

Uma presença inusitada chamou a atenção dos presentes na reunião com Lula. O empresário Paulo Marinho, suplente do senador Flavio Bolsonaro (PL-RJ), e ex-aliado do presidente, participou do ato de apoio ao petista.

Ex-presidentes do PSDB compareceram, como Aníbal, o ex-prefeito de Belo Horizonte Pimenta da Veiga e o ex-chanceler Aloysio Nunes. Aníbal relembrou que há 33 anos o ex-prefeito Mário Covas (PSDB) apoiou Lula na disputa contra Fernando Collor de Mello na corrida à Presidência e comparou o cenário com a realidade atual. “Ele o apoiou por razões que logo depois se tornaram óbvias e levaram ao impeachment. São as mesmas razões que nós, presidentes do partido, decidimos pela chapa Lula Alckmin”, disse.

Pimenta da Veiga citou embates que teve com PT em Minas Gerais, seu Estado, e no Brasil, mas avaliou que o risco à democracia exige união. Ele também relembrou que votou em Lula contra Collor. “Vi que naquele instante havia risco e precisávamos superar divergências de orientação política e posicionar melhor o País, Hoje estou aqui numa posição semelhante”, afirmou.

continua após a publicidade

Pluralidade

Após receber o manifesto de apoio de membros do Derrubando Muros, o vice Geraldo Alckmin (PSB) afirmou que o movimento traduz a pluralidade do Brasil que tem sido incorporada na campanha. “Essa é a lógica do segundo turno, ampliar, receber propostas, aprimorar programas, poder avançar ainda mais”, disse.

Em seu breve pronunciamento, o ex-tucano voltou a dizer que Lula tem experiência e liderança e é um nome que defende crescimento econômico com estabilidade, previsibilidade e sustentabilidade. As três palavras têm sido frequentemente usadas pelo ex-presidente em encontros com nomes do PIB, em entrevistas à imprensa e comícios.

Nesta segunda-feira, ele voltou a citá-las. “Se o presidente não tiver essas três palavras como pilares do seu comportamento e da sua ação, ele não consegue nem montar governo e muito menos consegue restabelecer a credibilidade que esse País tem que ter no exterior”, declarou.

O coletivo Derrubando Muros, formado por acadêmicos, cientistas, empresários, políticos e ativistas, apresentou um documento em apoio ao petista. Mais de 50 pessoas participaram do encontro. Entre as motivações para votar no ex-presidente, os membros do grupo citaram a defesa da democracia, da educação e do meio ambiente. Tucanos históricos, o ex-senador José Aníbal, o ex-prefeito de Belo Horizonte Pimenta da Veiga e o ex-chanceler Aloysio Nunes endossaram a candidatura do petista, apesar das divergências da legenda com o PT.

Em mais um aceno ao agronegócio, segmento no qual o presidente Jair Bolsonaro (PL) tem grande aderência, o candidato à Presidência pelo PT, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou nesta segunda-feira, 10, que não é possível aceitar que “tem o homem do agronegócio bom e o homem do agronegócio ruim”. “Tem gente do agronegócio, e tem os bandidos”, emendou.

“Os bandidos são aqueles que não respeitam a questão ambiental, são aqueles que querem desmatar, e esses caras não podem ser confundidos como gente do agronegócio”, disse Lula durante encontro com o coletivo Derrubando Muros, que declarou apoio à sua candidatura.

Lula também voltou a dizer que não é defensor apenas da exportação de commodities e que, na venda de soja, há tecnologias envolvidas. “Eu não sou daqueles que digo ‘ah, o Brasil não pode continuar exportando só soja ou minério de ferro’. Até porque eu acho que esse País, ao exportar soja hoje, a gente está exportando muita tecnologia em um grão de soja, muita engenharia genética em uma carne de frango, uma carne de porco”, afirmou.

O ex-presidente Lula e o ex-governador Geraldo Alckmin durante encontro com o coletivo Derrubando Muros Foto: Marcelo Chello/Estadão

A declaração é feita no momento em que Lula ainda tenta calibrar o discurso em relação ao agronegócio. No primeiro turno, o petista teve de recuar após afirmar, durante sabatina no Jornal Nacional, da TV Globo, que parte do agronegócio brasileiro é “fascista e direitista”. Dois dias depois, Lula fez novo aceno ao setor ao afirmar que entre os produtores de alimentos há “muita gente responsável”, “que cuida do meio ambiente” e “está tentando preservar”.

Também nesta segunda-feira, a senadora Kátia Abreu (PP-TO), que não conseguiu se reeleger para um terceiro mandato, declarou apoio a Lula no segundo turno. A ex-ministra da Agricultura publicou nas redes sociais um vídeo direcionado aos “produtores rurais de todo Brasil”. Ela alerta que o “verdadeiro risco” é a gestão do presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição: “A imagem do Brasil na área ambiental se deteriorou progressivamente no exterior e a nossa perda de credibilidade da comunidade internacional chegou ao limite”.

Lula ainda chamou seu adversário, o presidente Jair Bolsonaro (PL), de “anormal” por admitir apreciar, caso reeleito, o aumento da quantidade de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). “Esse cidadão é anormal, ele não teve nenhuma educação civilizatória e ele pensa o País para ele: acha que as Forças Armadas são dele, a Suprema Corte é dele, que o Congresso é dele.”

No domingo, Bolsonaro reafirmou que recebeu a sugestão de aumentar o número de ministros do STF e disse que isso será decidido após as eleições, caso saia vitorioso do pleito. “Essa sugestão já chegou para mim, a gente decide depois das eleições”, afirmou o presidente, em participação no canal Pilhado, no YouTube. Bolsonaro admitiu que essa seria uma forma de pulverizar o poder dos ministros.

Manifesto

Na tentativa de ampliar a frente de apoio à sua candidatura no segundo turno, Lula se reuniu nesta tarde com membros do coletivo Derrubando Muros (DM), formado por acadêmicos, cientistas, empresários, políticos e ativistas que assinaram um documento de apoio ao petista na corrida presidencial.

Em manifesto entregue a Lula, denominado “pela paz e pela democracia”, o coletivo avalia que a reeleição de Bolsonaro traz riscos ao sistema democrático brasileiro. Entre os membros que assinam o documento estão o ex-presidente do Banco Central (BC) Armínio Fraga, o ex-ministro da Justiça Nelson Jobim, e o ex-senador José Aníbal (PSDB).

Armínio, no entanto, não compareceu ao evento. A campanha do PT fará uma reunião com os economistas historicamente ligados ao PSDB que declararam apoio a Lula, como Arida, Pedro Malan e Edmar Bacha.

Em manifesto entregue a Lula, denominado “pela paz e pela democracia”, o coletivo avalia que a reeleição de Bolsonaro traz riscos ao sistema democrático brasileiro. Entre os membros que assinam o documento estão o ex-presidente do Banco Central (BC) Armínio Fraga, o ex-ministro da Justiça Nelson Jobim, e o ex-senador José Aníbal (PSDB).

Armínio, no entanto, não compareceu ao evento. A campanha do PT fará uma reunião com os economistas historicamente ligados ao PSDB que declararam apoio a Lula, como Arida, Pedro Malan e Edmar Bacha.

Uma presença inusitada chamou a atenção dos presentes na reunião com Lula. O empresário Paulo Marinho, suplente do senador Flavio Bolsonaro (PL-RJ), e ex-aliado do presidente, participou do ato de apoio ao petista.

Ex-presidentes do PSDB compareceram, como Aníbal, o ex-prefeito de Belo Horizonte Pimenta da Veiga e o ex-chanceler Aloysio Nunes. Aníbal relembrou que há 33 anos o ex-prefeito Mário Covas (PSDB) apoiou Lula na disputa contra Fernando Collor de Mello na corrida à Presidência e comparou o cenário com a realidade atual. “Ele o apoiou por razões que logo depois se tornaram óbvias e levaram ao impeachment. São as mesmas razões que nós, presidentes do partido, decidimos pela chapa Lula Alckmin”, disse.

Pimenta da Veiga citou embates que teve com PT em Minas Gerais, seu Estado, e no Brasil, mas avaliou que o risco à democracia exige união. Ele também relembrou que votou em Lula contra Collor. “Vi que naquele instante havia risco e precisávamos superar divergências de orientação política e posicionar melhor o País, Hoje estou aqui numa posição semelhante”, afirmou.

Pluralidade

Após receber o manifesto de apoio de membros do Derrubando Muros, o vice Geraldo Alckmin (PSB) afirmou que o movimento traduz a pluralidade do Brasil que tem sido incorporada na campanha. “Essa é a lógica do segundo turno, ampliar, receber propostas, aprimorar programas, poder avançar ainda mais”, disse.

Em seu breve pronunciamento, o ex-tucano voltou a dizer que Lula tem experiência e liderança e é um nome que defende crescimento econômico com estabilidade, previsibilidade e sustentabilidade. As três palavras têm sido frequentemente usadas pelo ex-presidente em encontros com nomes do PIB, em entrevistas à imprensa e comícios.

Nesta segunda-feira, ele voltou a citá-las. “Se o presidente não tiver essas três palavras como pilares do seu comportamento e da sua ação, ele não consegue nem montar governo e muito menos consegue restabelecer a credibilidade que esse País tem que ter no exterior”, declarou.

O coletivo Derrubando Muros, formado por acadêmicos, cientistas, empresários, políticos e ativistas, apresentou um documento em apoio ao petista. Mais de 50 pessoas participaram do encontro. Entre as motivações para votar no ex-presidente, os membros do grupo citaram a defesa da democracia, da educação e do meio ambiente. Tucanos históricos, o ex-senador José Aníbal, o ex-prefeito de Belo Horizonte Pimenta da Veiga e o ex-chanceler Aloysio Nunes endossaram a candidatura do petista, apesar das divergências da legenda com o PT.

Em mais um aceno ao agronegócio, segmento no qual o presidente Jair Bolsonaro (PL) tem grande aderência, o candidato à Presidência pelo PT, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou nesta segunda-feira, 10, que não é possível aceitar que “tem o homem do agronegócio bom e o homem do agronegócio ruim”. “Tem gente do agronegócio, e tem os bandidos”, emendou.

“Os bandidos são aqueles que não respeitam a questão ambiental, são aqueles que querem desmatar, e esses caras não podem ser confundidos como gente do agronegócio”, disse Lula durante encontro com o coletivo Derrubando Muros, que declarou apoio à sua candidatura.

Lula também voltou a dizer que não é defensor apenas da exportação de commodities e que, na venda de soja, há tecnologias envolvidas. “Eu não sou daqueles que digo ‘ah, o Brasil não pode continuar exportando só soja ou minério de ferro’. Até porque eu acho que esse País, ao exportar soja hoje, a gente está exportando muita tecnologia em um grão de soja, muita engenharia genética em uma carne de frango, uma carne de porco”, afirmou.

O ex-presidente Lula e o ex-governador Geraldo Alckmin durante encontro com o coletivo Derrubando Muros Foto: Marcelo Chello/Estadão

A declaração é feita no momento em que Lula ainda tenta calibrar o discurso em relação ao agronegócio. No primeiro turno, o petista teve de recuar após afirmar, durante sabatina no Jornal Nacional, da TV Globo, que parte do agronegócio brasileiro é “fascista e direitista”. Dois dias depois, Lula fez novo aceno ao setor ao afirmar que entre os produtores de alimentos há “muita gente responsável”, “que cuida do meio ambiente” e “está tentando preservar”.

Também nesta segunda-feira, a senadora Kátia Abreu (PP-TO), que não conseguiu se reeleger para um terceiro mandato, declarou apoio a Lula no segundo turno. A ex-ministra da Agricultura publicou nas redes sociais um vídeo direcionado aos “produtores rurais de todo Brasil”. Ela alerta que o “verdadeiro risco” é a gestão do presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição: “A imagem do Brasil na área ambiental se deteriorou progressivamente no exterior e a nossa perda de credibilidade da comunidade internacional chegou ao limite”.

Lula ainda chamou seu adversário, o presidente Jair Bolsonaro (PL), de “anormal” por admitir apreciar, caso reeleito, o aumento da quantidade de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). “Esse cidadão é anormal, ele não teve nenhuma educação civilizatória e ele pensa o País para ele: acha que as Forças Armadas são dele, a Suprema Corte é dele, que o Congresso é dele.”

No domingo, Bolsonaro reafirmou que recebeu a sugestão de aumentar o número de ministros do STF e disse que isso será decidido após as eleições, caso saia vitorioso do pleito. “Essa sugestão já chegou para mim, a gente decide depois das eleições”, afirmou o presidente, em participação no canal Pilhado, no YouTube. Bolsonaro admitiu que essa seria uma forma de pulverizar o poder dos ministros.

Manifesto

Na tentativa de ampliar a frente de apoio à sua candidatura no segundo turno, Lula se reuniu nesta tarde com membros do coletivo Derrubando Muros (DM), formado por acadêmicos, cientistas, empresários, políticos e ativistas que assinaram um documento de apoio ao petista na corrida presidencial.

Em manifesto entregue a Lula, denominado “pela paz e pela democracia”, o coletivo avalia que a reeleição de Bolsonaro traz riscos ao sistema democrático brasileiro. Entre os membros que assinam o documento estão o ex-presidente do Banco Central (BC) Armínio Fraga, o ex-ministro da Justiça Nelson Jobim, e o ex-senador José Aníbal (PSDB).

Armínio, no entanto, não compareceu ao evento. A campanha do PT fará uma reunião com os economistas historicamente ligados ao PSDB que declararam apoio a Lula, como Arida, Pedro Malan e Edmar Bacha.

Em manifesto entregue a Lula, denominado “pela paz e pela democracia”, o coletivo avalia que a reeleição de Bolsonaro traz riscos ao sistema democrático brasileiro. Entre os membros que assinam o documento estão o ex-presidente do Banco Central (BC) Armínio Fraga, o ex-ministro da Justiça Nelson Jobim, e o ex-senador José Aníbal (PSDB).

Armínio, no entanto, não compareceu ao evento. A campanha do PT fará uma reunião com os economistas historicamente ligados ao PSDB que declararam apoio a Lula, como Arida, Pedro Malan e Edmar Bacha.

Uma presença inusitada chamou a atenção dos presentes na reunião com Lula. O empresário Paulo Marinho, suplente do senador Flavio Bolsonaro (PL-RJ), e ex-aliado do presidente, participou do ato de apoio ao petista.

Ex-presidentes do PSDB compareceram, como Aníbal, o ex-prefeito de Belo Horizonte Pimenta da Veiga e o ex-chanceler Aloysio Nunes. Aníbal relembrou que há 33 anos o ex-prefeito Mário Covas (PSDB) apoiou Lula na disputa contra Fernando Collor de Mello na corrida à Presidência e comparou o cenário com a realidade atual. “Ele o apoiou por razões que logo depois se tornaram óbvias e levaram ao impeachment. São as mesmas razões que nós, presidentes do partido, decidimos pela chapa Lula Alckmin”, disse.

Pimenta da Veiga citou embates que teve com PT em Minas Gerais, seu Estado, e no Brasil, mas avaliou que o risco à democracia exige união. Ele também relembrou que votou em Lula contra Collor. “Vi que naquele instante havia risco e precisávamos superar divergências de orientação política e posicionar melhor o País, Hoje estou aqui numa posição semelhante”, afirmou.

Pluralidade

Após receber o manifesto de apoio de membros do Derrubando Muros, o vice Geraldo Alckmin (PSB) afirmou que o movimento traduz a pluralidade do Brasil que tem sido incorporada na campanha. “Essa é a lógica do segundo turno, ampliar, receber propostas, aprimorar programas, poder avançar ainda mais”, disse.

Em seu breve pronunciamento, o ex-tucano voltou a dizer que Lula tem experiência e liderança e é um nome que defende crescimento econômico com estabilidade, previsibilidade e sustentabilidade. As três palavras têm sido frequentemente usadas pelo ex-presidente em encontros com nomes do PIB, em entrevistas à imprensa e comícios.

Nesta segunda-feira, ele voltou a citá-las. “Se o presidente não tiver essas três palavras como pilares do seu comportamento e da sua ação, ele não consegue nem montar governo e muito menos consegue restabelecer a credibilidade que esse País tem que ter no exterior”, declarou.

O coletivo Derrubando Muros, formado por acadêmicos, cientistas, empresários, políticos e ativistas, apresentou um documento em apoio ao petista. Mais de 50 pessoas participaram do encontro. Entre as motivações para votar no ex-presidente, os membros do grupo citaram a defesa da democracia, da educação e do meio ambiente. Tucanos históricos, o ex-senador José Aníbal, o ex-prefeito de Belo Horizonte Pimenta da Veiga e o ex-chanceler Aloysio Nunes endossaram a candidatura do petista, apesar das divergências da legenda com o PT.

Em mais um aceno ao agronegócio, segmento no qual o presidente Jair Bolsonaro (PL) tem grande aderência, o candidato à Presidência pelo PT, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou nesta segunda-feira, 10, que não é possível aceitar que “tem o homem do agronegócio bom e o homem do agronegócio ruim”. “Tem gente do agronegócio, e tem os bandidos”, emendou.

“Os bandidos são aqueles que não respeitam a questão ambiental, são aqueles que querem desmatar, e esses caras não podem ser confundidos como gente do agronegócio”, disse Lula durante encontro com o coletivo Derrubando Muros, que declarou apoio à sua candidatura.

Lula também voltou a dizer que não é defensor apenas da exportação de commodities e que, na venda de soja, há tecnologias envolvidas. “Eu não sou daqueles que digo ‘ah, o Brasil não pode continuar exportando só soja ou minério de ferro’. Até porque eu acho que esse País, ao exportar soja hoje, a gente está exportando muita tecnologia em um grão de soja, muita engenharia genética em uma carne de frango, uma carne de porco”, afirmou.

O ex-presidente Lula e o ex-governador Geraldo Alckmin durante encontro com o coletivo Derrubando Muros Foto: Marcelo Chello/Estadão

A declaração é feita no momento em que Lula ainda tenta calibrar o discurso em relação ao agronegócio. No primeiro turno, o petista teve de recuar após afirmar, durante sabatina no Jornal Nacional, da TV Globo, que parte do agronegócio brasileiro é “fascista e direitista”. Dois dias depois, Lula fez novo aceno ao setor ao afirmar que entre os produtores de alimentos há “muita gente responsável”, “que cuida do meio ambiente” e “está tentando preservar”.

Também nesta segunda-feira, a senadora Kátia Abreu (PP-TO), que não conseguiu se reeleger para um terceiro mandato, declarou apoio a Lula no segundo turno. A ex-ministra da Agricultura publicou nas redes sociais um vídeo direcionado aos “produtores rurais de todo Brasil”. Ela alerta que o “verdadeiro risco” é a gestão do presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição: “A imagem do Brasil na área ambiental se deteriorou progressivamente no exterior e a nossa perda de credibilidade da comunidade internacional chegou ao limite”.

Lula ainda chamou seu adversário, o presidente Jair Bolsonaro (PL), de “anormal” por admitir apreciar, caso reeleito, o aumento da quantidade de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). “Esse cidadão é anormal, ele não teve nenhuma educação civilizatória e ele pensa o País para ele: acha que as Forças Armadas são dele, a Suprema Corte é dele, que o Congresso é dele.”

No domingo, Bolsonaro reafirmou que recebeu a sugestão de aumentar o número de ministros do STF e disse que isso será decidido após as eleições, caso saia vitorioso do pleito. “Essa sugestão já chegou para mim, a gente decide depois das eleições”, afirmou o presidente, em participação no canal Pilhado, no YouTube. Bolsonaro admitiu que essa seria uma forma de pulverizar o poder dos ministros.

Manifesto

Na tentativa de ampliar a frente de apoio à sua candidatura no segundo turno, Lula se reuniu nesta tarde com membros do coletivo Derrubando Muros (DM), formado por acadêmicos, cientistas, empresários, políticos e ativistas que assinaram um documento de apoio ao petista na corrida presidencial.

Em manifesto entregue a Lula, denominado “pela paz e pela democracia”, o coletivo avalia que a reeleição de Bolsonaro traz riscos ao sistema democrático brasileiro. Entre os membros que assinam o documento estão o ex-presidente do Banco Central (BC) Armínio Fraga, o ex-ministro da Justiça Nelson Jobim, e o ex-senador José Aníbal (PSDB).

Armínio, no entanto, não compareceu ao evento. A campanha do PT fará uma reunião com os economistas historicamente ligados ao PSDB que declararam apoio a Lula, como Arida, Pedro Malan e Edmar Bacha.

Em manifesto entregue a Lula, denominado “pela paz e pela democracia”, o coletivo avalia que a reeleição de Bolsonaro traz riscos ao sistema democrático brasileiro. Entre os membros que assinam o documento estão o ex-presidente do Banco Central (BC) Armínio Fraga, o ex-ministro da Justiça Nelson Jobim, e o ex-senador José Aníbal (PSDB).

Armínio, no entanto, não compareceu ao evento. A campanha do PT fará uma reunião com os economistas historicamente ligados ao PSDB que declararam apoio a Lula, como Arida, Pedro Malan e Edmar Bacha.

Uma presença inusitada chamou a atenção dos presentes na reunião com Lula. O empresário Paulo Marinho, suplente do senador Flavio Bolsonaro (PL-RJ), e ex-aliado do presidente, participou do ato de apoio ao petista.

Ex-presidentes do PSDB compareceram, como Aníbal, o ex-prefeito de Belo Horizonte Pimenta da Veiga e o ex-chanceler Aloysio Nunes. Aníbal relembrou que há 33 anos o ex-prefeito Mário Covas (PSDB) apoiou Lula na disputa contra Fernando Collor de Mello na corrida à Presidência e comparou o cenário com a realidade atual. “Ele o apoiou por razões que logo depois se tornaram óbvias e levaram ao impeachment. São as mesmas razões que nós, presidentes do partido, decidimos pela chapa Lula Alckmin”, disse.

Pimenta da Veiga citou embates que teve com PT em Minas Gerais, seu Estado, e no Brasil, mas avaliou que o risco à democracia exige união. Ele também relembrou que votou em Lula contra Collor. “Vi que naquele instante havia risco e precisávamos superar divergências de orientação política e posicionar melhor o País, Hoje estou aqui numa posição semelhante”, afirmou.

Pluralidade

Após receber o manifesto de apoio de membros do Derrubando Muros, o vice Geraldo Alckmin (PSB) afirmou que o movimento traduz a pluralidade do Brasil que tem sido incorporada na campanha. “Essa é a lógica do segundo turno, ampliar, receber propostas, aprimorar programas, poder avançar ainda mais”, disse.

Em seu breve pronunciamento, o ex-tucano voltou a dizer que Lula tem experiência e liderança e é um nome que defende crescimento econômico com estabilidade, previsibilidade e sustentabilidade. As três palavras têm sido frequentemente usadas pelo ex-presidente em encontros com nomes do PIB, em entrevistas à imprensa e comícios.

Nesta segunda-feira, ele voltou a citá-las. “Se o presidente não tiver essas três palavras como pilares do seu comportamento e da sua ação, ele não consegue nem montar governo e muito menos consegue restabelecer a credibilidade que esse País tem que ter no exterior”, declarou.

O coletivo Derrubando Muros, formado por acadêmicos, cientistas, empresários, políticos e ativistas, apresentou um documento em apoio ao petista. Mais de 50 pessoas participaram do encontro. Entre as motivações para votar no ex-presidente, os membros do grupo citaram a defesa da democracia, da educação e do meio ambiente. Tucanos históricos, o ex-senador José Aníbal, o ex-prefeito de Belo Horizonte Pimenta da Veiga e o ex-chanceler Aloysio Nunes endossaram a candidatura do petista, apesar das divergências da legenda com o PT.

Em mais um aceno ao agronegócio, segmento no qual o presidente Jair Bolsonaro (PL) tem grande aderência, o candidato à Presidência pelo PT, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou nesta segunda-feira, 10, que não é possível aceitar que “tem o homem do agronegócio bom e o homem do agronegócio ruim”. “Tem gente do agronegócio, e tem os bandidos”, emendou.

“Os bandidos são aqueles que não respeitam a questão ambiental, são aqueles que querem desmatar, e esses caras não podem ser confundidos como gente do agronegócio”, disse Lula durante encontro com o coletivo Derrubando Muros, que declarou apoio à sua candidatura.

Lula também voltou a dizer que não é defensor apenas da exportação de commodities e que, na venda de soja, há tecnologias envolvidas. “Eu não sou daqueles que digo ‘ah, o Brasil não pode continuar exportando só soja ou minério de ferro’. Até porque eu acho que esse País, ao exportar soja hoje, a gente está exportando muita tecnologia em um grão de soja, muita engenharia genética em uma carne de frango, uma carne de porco”, afirmou.

O ex-presidente Lula e o ex-governador Geraldo Alckmin durante encontro com o coletivo Derrubando Muros Foto: Marcelo Chello/Estadão

A declaração é feita no momento em que Lula ainda tenta calibrar o discurso em relação ao agronegócio. No primeiro turno, o petista teve de recuar após afirmar, durante sabatina no Jornal Nacional, da TV Globo, que parte do agronegócio brasileiro é “fascista e direitista”. Dois dias depois, Lula fez novo aceno ao setor ao afirmar que entre os produtores de alimentos há “muita gente responsável”, “que cuida do meio ambiente” e “está tentando preservar”.

Também nesta segunda-feira, a senadora Kátia Abreu (PP-TO), que não conseguiu se reeleger para um terceiro mandato, declarou apoio a Lula no segundo turno. A ex-ministra da Agricultura publicou nas redes sociais um vídeo direcionado aos “produtores rurais de todo Brasil”. Ela alerta que o “verdadeiro risco” é a gestão do presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição: “A imagem do Brasil na área ambiental se deteriorou progressivamente no exterior e a nossa perda de credibilidade da comunidade internacional chegou ao limite”.

Lula ainda chamou seu adversário, o presidente Jair Bolsonaro (PL), de “anormal” por admitir apreciar, caso reeleito, o aumento da quantidade de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). “Esse cidadão é anormal, ele não teve nenhuma educação civilizatória e ele pensa o País para ele: acha que as Forças Armadas são dele, a Suprema Corte é dele, que o Congresso é dele.”

No domingo, Bolsonaro reafirmou que recebeu a sugestão de aumentar o número de ministros do STF e disse que isso será decidido após as eleições, caso saia vitorioso do pleito. “Essa sugestão já chegou para mim, a gente decide depois das eleições”, afirmou o presidente, em participação no canal Pilhado, no YouTube. Bolsonaro admitiu que essa seria uma forma de pulverizar o poder dos ministros.

Manifesto

Na tentativa de ampliar a frente de apoio à sua candidatura no segundo turno, Lula se reuniu nesta tarde com membros do coletivo Derrubando Muros (DM), formado por acadêmicos, cientistas, empresários, políticos e ativistas que assinaram um documento de apoio ao petista na corrida presidencial.

Em manifesto entregue a Lula, denominado “pela paz e pela democracia”, o coletivo avalia que a reeleição de Bolsonaro traz riscos ao sistema democrático brasileiro. Entre os membros que assinam o documento estão o ex-presidente do Banco Central (BC) Armínio Fraga, o ex-ministro da Justiça Nelson Jobim, e o ex-senador José Aníbal (PSDB).

Armínio, no entanto, não compareceu ao evento. A campanha do PT fará uma reunião com os economistas historicamente ligados ao PSDB que declararam apoio a Lula, como Arida, Pedro Malan e Edmar Bacha.

Em manifesto entregue a Lula, denominado “pela paz e pela democracia”, o coletivo avalia que a reeleição de Bolsonaro traz riscos ao sistema democrático brasileiro. Entre os membros que assinam o documento estão o ex-presidente do Banco Central (BC) Armínio Fraga, o ex-ministro da Justiça Nelson Jobim, e o ex-senador José Aníbal (PSDB).

Armínio, no entanto, não compareceu ao evento. A campanha do PT fará uma reunião com os economistas historicamente ligados ao PSDB que declararam apoio a Lula, como Arida, Pedro Malan e Edmar Bacha.

Uma presença inusitada chamou a atenção dos presentes na reunião com Lula. O empresário Paulo Marinho, suplente do senador Flavio Bolsonaro (PL-RJ), e ex-aliado do presidente, participou do ato de apoio ao petista.

Ex-presidentes do PSDB compareceram, como Aníbal, o ex-prefeito de Belo Horizonte Pimenta da Veiga e o ex-chanceler Aloysio Nunes. Aníbal relembrou que há 33 anos o ex-prefeito Mário Covas (PSDB) apoiou Lula na disputa contra Fernando Collor de Mello na corrida à Presidência e comparou o cenário com a realidade atual. “Ele o apoiou por razões que logo depois se tornaram óbvias e levaram ao impeachment. São as mesmas razões que nós, presidentes do partido, decidimos pela chapa Lula Alckmin”, disse.

Pimenta da Veiga citou embates que teve com PT em Minas Gerais, seu Estado, e no Brasil, mas avaliou que o risco à democracia exige união. Ele também relembrou que votou em Lula contra Collor. “Vi que naquele instante havia risco e precisávamos superar divergências de orientação política e posicionar melhor o País, Hoje estou aqui numa posição semelhante”, afirmou.

Pluralidade

Após receber o manifesto de apoio de membros do Derrubando Muros, o vice Geraldo Alckmin (PSB) afirmou que o movimento traduz a pluralidade do Brasil que tem sido incorporada na campanha. “Essa é a lógica do segundo turno, ampliar, receber propostas, aprimorar programas, poder avançar ainda mais”, disse.

Em seu breve pronunciamento, o ex-tucano voltou a dizer que Lula tem experiência e liderança e é um nome que defende crescimento econômico com estabilidade, previsibilidade e sustentabilidade. As três palavras têm sido frequentemente usadas pelo ex-presidente em encontros com nomes do PIB, em entrevistas à imprensa e comícios.

Nesta segunda-feira, ele voltou a citá-las. “Se o presidente não tiver essas três palavras como pilares do seu comportamento e da sua ação, ele não consegue nem montar governo e muito menos consegue restabelecer a credibilidade que esse País tem que ter no exterior”, declarou.

O coletivo Derrubando Muros, formado por acadêmicos, cientistas, empresários, políticos e ativistas, apresentou um documento em apoio ao petista. Mais de 50 pessoas participaram do encontro. Entre as motivações para votar no ex-presidente, os membros do grupo citaram a defesa da democracia, da educação e do meio ambiente. Tucanos históricos, o ex-senador José Aníbal, o ex-prefeito de Belo Horizonte Pimenta da Veiga e o ex-chanceler Aloysio Nunes endossaram a candidatura do petista, apesar das divergências da legenda com o PT.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.