BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve jantar nesta sexta-feira, 22, com o comandante da Marinha, Marcos Sampaio Olsen, na casa do militar, em Brasília. O compromisso está marcado para 20h. O petista deve ir acompanhado de alguns ministros.
O compromisso ocorre nove dias antes do aniversário de 60 anos do golpe militar de 1964. Apesar de pressionado por sua base de esquerda, Lula desautorizou ações do governo que relembrem a data para evitar atritos com as Forças Armadas.
Nesta sexta, 22, ele esteve como o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, um dos principais defensores de que haja eventos públicos de rejeição à ditadura militar, que foi de 1964 a 1985. A pasta de Almeida tinha programado um ato no dia 1 de abril, mas, a pedido de Lula, cancelou o evento. O presidente espera que tanto militares da ativa como seus auxiliares civis deixem de falar do golpe militar para não acirrar ainda mais os ânimos entre a gestão petista e as Forças Armadas.
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No final de fevereiro, Lula afirmou que não quer ficar “remoendo o passado” e que está mais preocupado com os atos golpistas de 8 de janeiro do ano passado do que com o golpe de 1964 que completa 60 anos em 31 de março.
“Estou mais preocupado com o golpe de janeiro de 2023 do que de 64, quando eu tinha 17 anos de idade”, disse. “Isso já faz parte da história, já causou o sofrimento de causou, o povo conquistou o direito de democratizar esse País, os generais que estão hoje no poder eram crianças naquele tempo”, disse o presidente. “Eu sinceramente não vou ficar me remoendo e vou tentar tocar esse País pra frente.”