Lula dá indireta a Elon Musk em meio a embates de bilionário com Alexandre de Moraes


Presidente disse que bilionário ‘vai ter que aprender a viver aqui’ e usar dinheiro para ‘preservar isso aqui’; Lula não comentou diretamente as críticas de Elon Musk ao ministro do STF Alexandre de Moraes

Por Sofia Aguiar
Atualização:

BRASÍLIA – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cobrou que os países desenvolvidos deem suporte ao financiamento para a preservação de florestas. Sem citar nominalmente o empresário Elon Musk, dono do X (antigo Twitter), Lula disse que o bilionário terá que usar o dinheiro para “ajudar a preservar” o meio ambiente.

“Hoje nós temos gente que não acredita que o desmatamento e as queimadas prejudicam o planeta Terra”, disse, em evento de lançamento do programa União com os Municípios pela Redução do Desmatamento e Incêndios Florestais na Amazônia. “Tem até bilionário tentando fazer foguete, tentando fazer viagem para ver se encontra espaço lá fora, não tem. Ele vai ter que aprender a viver aqui, ele vai ter que usar muito do dinheiro que ele tem para ajudar a preservar isso aqui.”

A cerimônia ocorreu nesta terça-feira, 9, no Palácio do Planalto. O “recado” a Musk também foi compartilhado na rede social. Lula não comentou diretamente sobre os ataques do bilionário às decisões do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

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Nesta segunda, 9, a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, criticou ataques do empresário Elon Musk a Alexandre de Moraes. No X, ela afirmou que as publicações do bilionário atacam “a soberania brasileira” e representam não só “uma ação coordenada contra a democracia”, mas também “uma ação que visa lucro”.

No evento, o chefe do Executivo brasileiro aproveitou a presença de um representante do Conselho Europeu no evento para dizer que os países desenvolvidos “têm que compreender que ele tem que pagar para que os países que têm floresta em pé levem a sério essa questão”. Segundo o petista, “o mundo rico tem que pagar pelo que fizeram no passado, é uma dívida com o planeta Terra”.

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“Eles têm que pagar, ajudar a financiar, para que a gente possa dar aos prefeitos, às pessoas que moram (na cidade), a certeza de que vai valer a pena ele preservar, ter uma agricultura sustentável”, defendeu.

Lula no lançamento do Programa União com os Municípios pela Redução do Desmatamento e Incêndios Florestais na Amazônia, no Palácio do Planalto Foto: Ricardo Stuckert/PR

No discurso, Lula pediu que as áreas tenham conhecimento sobre suas responsabilidades. Nesse sentido, ele comentou que, muitas vezes, o governo federal, os governos estaduais e os municípios “jogam a responsabilidade” um para o outro. “Quando está ruim, ninguém é pai da criança, aí todo mundo foge do assunto. Nós não queremos fugir do assunto. Temos um compromisso assumido por conta e risco nosso que até 2030 vamos anunciar ao mundo desmatamento zero nesse País”, disse.

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Segundo Lula, manter florestas em pé, muitas vezes, têm um maior ganho econômico que manter rebanho de gado. “Tentar fazer as pessoas compreenderem que manter a floresta em pé é um ganho econômico às vezes muito mais do que um rebanho de gado. Não que não seja necessário criar o gado, mas o gado pode ser criado em um lugar que não se precisa derrubar floresta”, comentou.

Programa prevê investimentos para combate a desmatamento e incêndios

O programa União com Municípios pela Redução do Desmatamento e Incêndios Florestais na Amazônia prevê R$ 730 milhões em investimentos para promover o desenvolvimento sustentável e combater o desmatamento e incêndios florestais em 70 municípios prioritários na Amazônia.

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Os recursos serão destinados a ações nos municípios a partir da lógica do “pagamento por performance”: quanto maior a redução anual do desmatamento e da degradação, maior será o valor investido. Segundo o governo federal, apenas por aderirem à iniciativa, todos os municípios receberão R$ 500 mil em equipamentos e serviços para a estruturação de escritórios de governança que melhore a gestão ambiental, a cooperação entre governos municipais e federal e o monitoramento do desmatamento.

De acordo com o Palácio do Planalto, os municípios aptos a participar da iniciativa foram responsáveis por cerca de 78% do desmatamento no bioma no ano de 2022. Até o momento, 53 municípios aptos já aderiram ao programa – eles são responsáveis por 59% do desmatamento na Amazônia. Os 17 restantes ainda podem firmar o termo de adesão até 30 de abril.

BRASÍLIA – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cobrou que os países desenvolvidos deem suporte ao financiamento para a preservação de florestas. Sem citar nominalmente o empresário Elon Musk, dono do X (antigo Twitter), Lula disse que o bilionário terá que usar o dinheiro para “ajudar a preservar” o meio ambiente.

“Hoje nós temos gente que não acredita que o desmatamento e as queimadas prejudicam o planeta Terra”, disse, em evento de lançamento do programa União com os Municípios pela Redução do Desmatamento e Incêndios Florestais na Amazônia. “Tem até bilionário tentando fazer foguete, tentando fazer viagem para ver se encontra espaço lá fora, não tem. Ele vai ter que aprender a viver aqui, ele vai ter que usar muito do dinheiro que ele tem para ajudar a preservar isso aqui.”

A cerimônia ocorreu nesta terça-feira, 9, no Palácio do Planalto. O “recado” a Musk também foi compartilhado na rede social. Lula não comentou diretamente sobre os ataques do bilionário às decisões do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Nesta segunda, 9, a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, criticou ataques do empresário Elon Musk a Alexandre de Moraes. No X, ela afirmou que as publicações do bilionário atacam “a soberania brasileira” e representam não só “uma ação coordenada contra a democracia”, mas também “uma ação que visa lucro”.

No evento, o chefe do Executivo brasileiro aproveitou a presença de um representante do Conselho Europeu no evento para dizer que os países desenvolvidos “têm que compreender que ele tem que pagar para que os países que têm floresta em pé levem a sério essa questão”. Segundo o petista, “o mundo rico tem que pagar pelo que fizeram no passado, é uma dívida com o planeta Terra”.

“Eles têm que pagar, ajudar a financiar, para que a gente possa dar aos prefeitos, às pessoas que moram (na cidade), a certeza de que vai valer a pena ele preservar, ter uma agricultura sustentável”, defendeu.

Lula no lançamento do Programa União com os Municípios pela Redução do Desmatamento e Incêndios Florestais na Amazônia, no Palácio do Planalto Foto: Ricardo Stuckert/PR

No discurso, Lula pediu que as áreas tenham conhecimento sobre suas responsabilidades. Nesse sentido, ele comentou que, muitas vezes, o governo federal, os governos estaduais e os municípios “jogam a responsabilidade” um para o outro. “Quando está ruim, ninguém é pai da criança, aí todo mundo foge do assunto. Nós não queremos fugir do assunto. Temos um compromisso assumido por conta e risco nosso que até 2030 vamos anunciar ao mundo desmatamento zero nesse País”, disse.

Segundo Lula, manter florestas em pé, muitas vezes, têm um maior ganho econômico que manter rebanho de gado. “Tentar fazer as pessoas compreenderem que manter a floresta em pé é um ganho econômico às vezes muito mais do que um rebanho de gado. Não que não seja necessário criar o gado, mas o gado pode ser criado em um lugar que não se precisa derrubar floresta”, comentou.

Programa prevê investimentos para combate a desmatamento e incêndios

O programa União com Municípios pela Redução do Desmatamento e Incêndios Florestais na Amazônia prevê R$ 730 milhões em investimentos para promover o desenvolvimento sustentável e combater o desmatamento e incêndios florestais em 70 municípios prioritários na Amazônia.

Os recursos serão destinados a ações nos municípios a partir da lógica do “pagamento por performance”: quanto maior a redução anual do desmatamento e da degradação, maior será o valor investido. Segundo o governo federal, apenas por aderirem à iniciativa, todos os municípios receberão R$ 500 mil em equipamentos e serviços para a estruturação de escritórios de governança que melhore a gestão ambiental, a cooperação entre governos municipais e federal e o monitoramento do desmatamento.

De acordo com o Palácio do Planalto, os municípios aptos a participar da iniciativa foram responsáveis por cerca de 78% do desmatamento no bioma no ano de 2022. Até o momento, 53 municípios aptos já aderiram ao programa – eles são responsáveis por 59% do desmatamento na Amazônia. Os 17 restantes ainda podem firmar o termo de adesão até 30 de abril.

BRASÍLIA – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cobrou que os países desenvolvidos deem suporte ao financiamento para a preservação de florestas. Sem citar nominalmente o empresário Elon Musk, dono do X (antigo Twitter), Lula disse que o bilionário terá que usar o dinheiro para “ajudar a preservar” o meio ambiente.

“Hoje nós temos gente que não acredita que o desmatamento e as queimadas prejudicam o planeta Terra”, disse, em evento de lançamento do programa União com os Municípios pela Redução do Desmatamento e Incêndios Florestais na Amazônia. “Tem até bilionário tentando fazer foguete, tentando fazer viagem para ver se encontra espaço lá fora, não tem. Ele vai ter que aprender a viver aqui, ele vai ter que usar muito do dinheiro que ele tem para ajudar a preservar isso aqui.”

A cerimônia ocorreu nesta terça-feira, 9, no Palácio do Planalto. O “recado” a Musk também foi compartilhado na rede social. Lula não comentou diretamente sobre os ataques do bilionário às decisões do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Nesta segunda, 9, a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, criticou ataques do empresário Elon Musk a Alexandre de Moraes. No X, ela afirmou que as publicações do bilionário atacam “a soberania brasileira” e representam não só “uma ação coordenada contra a democracia”, mas também “uma ação que visa lucro”.

No evento, o chefe do Executivo brasileiro aproveitou a presença de um representante do Conselho Europeu no evento para dizer que os países desenvolvidos “têm que compreender que ele tem que pagar para que os países que têm floresta em pé levem a sério essa questão”. Segundo o petista, “o mundo rico tem que pagar pelo que fizeram no passado, é uma dívida com o planeta Terra”.

“Eles têm que pagar, ajudar a financiar, para que a gente possa dar aos prefeitos, às pessoas que moram (na cidade), a certeza de que vai valer a pena ele preservar, ter uma agricultura sustentável”, defendeu.

Lula no lançamento do Programa União com os Municípios pela Redução do Desmatamento e Incêndios Florestais na Amazônia, no Palácio do Planalto Foto: Ricardo Stuckert/PR

No discurso, Lula pediu que as áreas tenham conhecimento sobre suas responsabilidades. Nesse sentido, ele comentou que, muitas vezes, o governo federal, os governos estaduais e os municípios “jogam a responsabilidade” um para o outro. “Quando está ruim, ninguém é pai da criança, aí todo mundo foge do assunto. Nós não queremos fugir do assunto. Temos um compromisso assumido por conta e risco nosso que até 2030 vamos anunciar ao mundo desmatamento zero nesse País”, disse.

Segundo Lula, manter florestas em pé, muitas vezes, têm um maior ganho econômico que manter rebanho de gado. “Tentar fazer as pessoas compreenderem que manter a floresta em pé é um ganho econômico às vezes muito mais do que um rebanho de gado. Não que não seja necessário criar o gado, mas o gado pode ser criado em um lugar que não se precisa derrubar floresta”, comentou.

Programa prevê investimentos para combate a desmatamento e incêndios

O programa União com Municípios pela Redução do Desmatamento e Incêndios Florestais na Amazônia prevê R$ 730 milhões em investimentos para promover o desenvolvimento sustentável e combater o desmatamento e incêndios florestais em 70 municípios prioritários na Amazônia.

Os recursos serão destinados a ações nos municípios a partir da lógica do “pagamento por performance”: quanto maior a redução anual do desmatamento e da degradação, maior será o valor investido. Segundo o governo federal, apenas por aderirem à iniciativa, todos os municípios receberão R$ 500 mil em equipamentos e serviços para a estruturação de escritórios de governança que melhore a gestão ambiental, a cooperação entre governos municipais e federal e o monitoramento do desmatamento.

De acordo com o Palácio do Planalto, os municípios aptos a participar da iniciativa foram responsáveis por cerca de 78% do desmatamento no bioma no ano de 2022. Até o momento, 53 municípios aptos já aderiram ao programa – eles são responsáveis por 59% do desmatamento na Amazônia. Os 17 restantes ainda podem firmar o termo de adesão até 30 de abril.

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