Bastidor: Lula já decidiu tirar Silvio Almeida e ministros tentam convencer colega a pedir demissão


Sob reserva, interlocutores do presidente avaliam que governo está ‘sangrando’ em praça pública e precisa estancar a crise o quanto antes

Por Vera Rosa
Atualização:

BRASÍLIA – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já decidiu tirar do governo o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, após denúncias de que ele teria cometido assédio sexual contra mulheres, entre as quais a titular da Igualdade Racial, Anielle Franco. Ministros encarregados de conversar com Almeida tentam agora convencê-lo a entregar o cargo ainda nesta sexta-feira, 6, para estancar a crise política.

A avaliação no Palácio do Planalto é de que o governo está sangrando em praça pública há 24 horas, desde que vieram à tona denúncias de que o ministro dos Direitos Humanos cometeu assédio sexual, e precisa agir rápido.

Almeida repudiou com veemência as acusações e disse estar sendo alvo de uma “perseguição implacável” por gente do próprio governo para tirá-lo do cargo. Jurista e professor, ele é o único ministro negro do governo.

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O titular dos Direitos Humanos Silvio Almeida, ao lado do presidente Lula: ministro diz que é alvo de "perseguição implacável". Foto: Ueslei Marcelino/REUTERS

Lula vai ouvir nesta tarde tanto Almeida como Anielle, mas já deu a senha do futuro do titular de Direitos Humanos. “O que eu posso antecipar para você é o seguinte: alguém que pratica assédio não vai ficar no governo”, disse o presidente, em entrevista à Rádio Difusora de Goiânia.

Embora tenha afirmado que o ministro tem o direito de se defender, Lula já tomou sua decisão. A foto postada no Instagram, na noite desta quinta-feira, 5, pela primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja – na qual ela aparece dando um beijo na testa de Anielle – também foi um sinal de que o destino de Almeida está selado.

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Para o Planalto, a partir de agora a defesa de Almeida será feita num prazo de dez dias úteis perante a Comissão de Ética Pública. Nos bastidores, a situação do ministro é considerada insustentável, mas há receio de que ele deixe a equipe “atirando” contra o PT e o governo. Às vésperas das eleições municipais, a oposição aproveita o escândalo para atacar Lula e o PT.

Nas redes sociais, até mesmo integrantes de partidos que têm cargos no governo, como o PP do presidente da Câmara, Arthur Lira (AL), dizem agora que o governo defensor dos direitos humanos mantém no ministério dos Direitos Humanos um assediador.

O Estadão apurou que os ministros Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Vinícius Carvalho (Controladoria-Geral da União), Jorge Messias (Advocacia-Geral da União), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) e Paulo Pimenta – que reassumirá a Secretaria de Comunicação Social da Presidência nos próximos dias – haviam sido informados da acusação de assédio a Anielle, no ano passado.

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Foi a própria Anielle quem comentou a situação com pessoas de sua confiança e o assunto chegou ao Planalto. De acordo com dois amigos da ministra, que é filiada ao PT, ela contou que Almeida tocou sua perna e lhe dirigiu palavras de conteúdo erótico. Procurada, a ministra não respondeu.

Interlocutores de Lula disseram ao Estadão, sob reserva, que nenhuma providência havia sido tomada até agora porque Anielle não quis formalizar a denúncia para não prejudicar o governo.

Diante dessa resistência, seus colegas também não levaram adiante qualquer apuração para não expor Anielle, que é irmã de Marielle Franco, vereadora do PSOL assassinada em 2018.

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O caso foi divulgado pelo site de notícias Metrópoles, que também mostrou haver denúncias de assédio contra Almeida recebidas pela organização não-governamental Me Too Brasil.

A ONG omitiu o nome das denunciantes, que trabalharam com o ministro, sob o argumento de que era preciso protegê-las. Assegurou, porém, ter o consentimento das vítimas para expor o assunto.

Almeida acionou o Me Too Brasil na Justiça, cobrando que a ONG apresente provas de suas acusações.

BRASÍLIA – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já decidiu tirar do governo o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, após denúncias de que ele teria cometido assédio sexual contra mulheres, entre as quais a titular da Igualdade Racial, Anielle Franco. Ministros encarregados de conversar com Almeida tentam agora convencê-lo a entregar o cargo ainda nesta sexta-feira, 6, para estancar a crise política.

A avaliação no Palácio do Planalto é de que o governo está sangrando em praça pública há 24 horas, desde que vieram à tona denúncias de que o ministro dos Direitos Humanos cometeu assédio sexual, e precisa agir rápido.

Almeida repudiou com veemência as acusações e disse estar sendo alvo de uma “perseguição implacável” por gente do próprio governo para tirá-lo do cargo. Jurista e professor, ele é o único ministro negro do governo.

O titular dos Direitos Humanos Silvio Almeida, ao lado do presidente Lula: ministro diz que é alvo de "perseguição implacável". Foto: Ueslei Marcelino/REUTERS

Lula vai ouvir nesta tarde tanto Almeida como Anielle, mas já deu a senha do futuro do titular de Direitos Humanos. “O que eu posso antecipar para você é o seguinte: alguém que pratica assédio não vai ficar no governo”, disse o presidente, em entrevista à Rádio Difusora de Goiânia.

Embora tenha afirmado que o ministro tem o direito de se defender, Lula já tomou sua decisão. A foto postada no Instagram, na noite desta quinta-feira, 5, pela primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja – na qual ela aparece dando um beijo na testa de Anielle – também foi um sinal de que o destino de Almeida está selado.

Para o Planalto, a partir de agora a defesa de Almeida será feita num prazo de dez dias úteis perante a Comissão de Ética Pública. Nos bastidores, a situação do ministro é considerada insustentável, mas há receio de que ele deixe a equipe “atirando” contra o PT e o governo. Às vésperas das eleições municipais, a oposição aproveita o escândalo para atacar Lula e o PT.

Nas redes sociais, até mesmo integrantes de partidos que têm cargos no governo, como o PP do presidente da Câmara, Arthur Lira (AL), dizem agora que o governo defensor dos direitos humanos mantém no ministério dos Direitos Humanos um assediador.

O Estadão apurou que os ministros Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Vinícius Carvalho (Controladoria-Geral da União), Jorge Messias (Advocacia-Geral da União), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) e Paulo Pimenta – que reassumirá a Secretaria de Comunicação Social da Presidência nos próximos dias – haviam sido informados da acusação de assédio a Anielle, no ano passado.

Foi a própria Anielle quem comentou a situação com pessoas de sua confiança e o assunto chegou ao Planalto. De acordo com dois amigos da ministra, que é filiada ao PT, ela contou que Almeida tocou sua perna e lhe dirigiu palavras de conteúdo erótico. Procurada, a ministra não respondeu.

Interlocutores de Lula disseram ao Estadão, sob reserva, que nenhuma providência havia sido tomada até agora porque Anielle não quis formalizar a denúncia para não prejudicar o governo.

Diante dessa resistência, seus colegas também não levaram adiante qualquer apuração para não expor Anielle, que é irmã de Marielle Franco, vereadora do PSOL assassinada em 2018.

O caso foi divulgado pelo site de notícias Metrópoles, que também mostrou haver denúncias de assédio contra Almeida recebidas pela organização não-governamental Me Too Brasil.

A ONG omitiu o nome das denunciantes, que trabalharam com o ministro, sob o argumento de que era preciso protegê-las. Assegurou, porém, ter o consentimento das vítimas para expor o assunto.

Almeida acionou o Me Too Brasil na Justiça, cobrando que a ONG apresente provas de suas acusações.

BRASÍLIA – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já decidiu tirar do governo o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, após denúncias de que ele teria cometido assédio sexual contra mulheres, entre as quais a titular da Igualdade Racial, Anielle Franco. Ministros encarregados de conversar com Almeida tentam agora convencê-lo a entregar o cargo ainda nesta sexta-feira, 6, para estancar a crise política.

A avaliação no Palácio do Planalto é de que o governo está sangrando em praça pública há 24 horas, desde que vieram à tona denúncias de que o ministro dos Direitos Humanos cometeu assédio sexual, e precisa agir rápido.

Almeida repudiou com veemência as acusações e disse estar sendo alvo de uma “perseguição implacável” por gente do próprio governo para tirá-lo do cargo. Jurista e professor, ele é o único ministro negro do governo.

O titular dos Direitos Humanos Silvio Almeida, ao lado do presidente Lula: ministro diz que é alvo de "perseguição implacável". Foto: Ueslei Marcelino/REUTERS

Lula vai ouvir nesta tarde tanto Almeida como Anielle, mas já deu a senha do futuro do titular de Direitos Humanos. “O que eu posso antecipar para você é o seguinte: alguém que pratica assédio não vai ficar no governo”, disse o presidente, em entrevista à Rádio Difusora de Goiânia.

Embora tenha afirmado que o ministro tem o direito de se defender, Lula já tomou sua decisão. A foto postada no Instagram, na noite desta quinta-feira, 5, pela primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja – na qual ela aparece dando um beijo na testa de Anielle – também foi um sinal de que o destino de Almeida está selado.

Para o Planalto, a partir de agora a defesa de Almeida será feita num prazo de dez dias úteis perante a Comissão de Ética Pública. Nos bastidores, a situação do ministro é considerada insustentável, mas há receio de que ele deixe a equipe “atirando” contra o PT e o governo. Às vésperas das eleições municipais, a oposição aproveita o escândalo para atacar Lula e o PT.

Nas redes sociais, até mesmo integrantes de partidos que têm cargos no governo, como o PP do presidente da Câmara, Arthur Lira (AL), dizem agora que o governo defensor dos direitos humanos mantém no ministério dos Direitos Humanos um assediador.

O Estadão apurou que os ministros Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Vinícius Carvalho (Controladoria-Geral da União), Jorge Messias (Advocacia-Geral da União), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) e Paulo Pimenta – que reassumirá a Secretaria de Comunicação Social da Presidência nos próximos dias – haviam sido informados da acusação de assédio a Anielle, no ano passado.

Foi a própria Anielle quem comentou a situação com pessoas de sua confiança e o assunto chegou ao Planalto. De acordo com dois amigos da ministra, que é filiada ao PT, ela contou que Almeida tocou sua perna e lhe dirigiu palavras de conteúdo erótico. Procurada, a ministra não respondeu.

Interlocutores de Lula disseram ao Estadão, sob reserva, que nenhuma providência havia sido tomada até agora porque Anielle não quis formalizar a denúncia para não prejudicar o governo.

Diante dessa resistência, seus colegas também não levaram adiante qualquer apuração para não expor Anielle, que é irmã de Marielle Franco, vereadora do PSOL assassinada em 2018.

O caso foi divulgado pelo site de notícias Metrópoles, que também mostrou haver denúncias de assédio contra Almeida recebidas pela organização não-governamental Me Too Brasil.

A ONG omitiu o nome das denunciantes, que trabalharam com o ministro, sob o argumento de que era preciso protegê-las. Assegurou, porém, ter o consentimento das vítimas para expor o assunto.

Almeida acionou o Me Too Brasil na Justiça, cobrando que a ONG apresente provas de suas acusações.

BRASÍLIA – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já decidiu tirar do governo o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, após denúncias de que ele teria cometido assédio sexual contra mulheres, entre as quais a titular da Igualdade Racial, Anielle Franco. Ministros encarregados de conversar com Almeida tentam agora convencê-lo a entregar o cargo ainda nesta sexta-feira, 6, para estancar a crise política.

A avaliação no Palácio do Planalto é de que o governo está sangrando em praça pública há 24 horas, desde que vieram à tona denúncias de que o ministro dos Direitos Humanos cometeu assédio sexual, e precisa agir rápido.

Almeida repudiou com veemência as acusações e disse estar sendo alvo de uma “perseguição implacável” por gente do próprio governo para tirá-lo do cargo. Jurista e professor, ele é o único ministro negro do governo.

O titular dos Direitos Humanos Silvio Almeida, ao lado do presidente Lula: ministro diz que é alvo de "perseguição implacável". Foto: Ueslei Marcelino/REUTERS

Lula vai ouvir nesta tarde tanto Almeida como Anielle, mas já deu a senha do futuro do titular de Direitos Humanos. “O que eu posso antecipar para você é o seguinte: alguém que pratica assédio não vai ficar no governo”, disse o presidente, em entrevista à Rádio Difusora de Goiânia.

Embora tenha afirmado que o ministro tem o direito de se defender, Lula já tomou sua decisão. A foto postada no Instagram, na noite desta quinta-feira, 5, pela primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja – na qual ela aparece dando um beijo na testa de Anielle – também foi um sinal de que o destino de Almeida está selado.

Para o Planalto, a partir de agora a defesa de Almeida será feita num prazo de dez dias úteis perante a Comissão de Ética Pública. Nos bastidores, a situação do ministro é considerada insustentável, mas há receio de que ele deixe a equipe “atirando” contra o PT e o governo. Às vésperas das eleições municipais, a oposição aproveita o escândalo para atacar Lula e o PT.

Nas redes sociais, até mesmo integrantes de partidos que têm cargos no governo, como o PP do presidente da Câmara, Arthur Lira (AL), dizem agora que o governo defensor dos direitos humanos mantém no ministério dos Direitos Humanos um assediador.

O Estadão apurou que os ministros Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Vinícius Carvalho (Controladoria-Geral da União), Jorge Messias (Advocacia-Geral da União), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) e Paulo Pimenta – que reassumirá a Secretaria de Comunicação Social da Presidência nos próximos dias – haviam sido informados da acusação de assédio a Anielle, no ano passado.

Foi a própria Anielle quem comentou a situação com pessoas de sua confiança e o assunto chegou ao Planalto. De acordo com dois amigos da ministra, que é filiada ao PT, ela contou que Almeida tocou sua perna e lhe dirigiu palavras de conteúdo erótico. Procurada, a ministra não respondeu.

Interlocutores de Lula disseram ao Estadão, sob reserva, que nenhuma providência havia sido tomada até agora porque Anielle não quis formalizar a denúncia para não prejudicar o governo.

Diante dessa resistência, seus colegas também não levaram adiante qualquer apuração para não expor Anielle, que é irmã de Marielle Franco, vereadora do PSOL assassinada em 2018.

O caso foi divulgado pelo site de notícias Metrópoles, que também mostrou haver denúncias de assédio contra Almeida recebidas pela organização não-governamental Me Too Brasil.

A ONG omitiu o nome das denunciantes, que trabalharam com o ministro, sob o argumento de que era preciso protegê-las. Assegurou, porém, ter o consentimento das vítimas para expor o assunto.

Almeida acionou o Me Too Brasil na Justiça, cobrando que a ONG apresente provas de suas acusações.

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