Lula nomeia Ceciliano, ex-investigado por ‘rachadinha’, para cargo em Relações Institucionais


Inquérito do Ministério Público do Rio foi arquivado por falta de provas; visto como petista moderado, ex-deputado foi responsável por pontes entre Lula, Eduardo Paes e Cláudio Castro na campanha eleitoral de 2022

Por Rayanderson Guerra
Atualização:

RIO - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nomeou o ex-presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro André Ceciliano (PT) para o cargo de secretário Especial de Assuntos Federativos da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República. O ex-deputado foi investigado pelo Ministério Público do Rio com base no mesmo relatório de inteligência financeira do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) que deu origem às apurações contra o hoje senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), a partir de movimentações suspeitas do assessor Fabrício Queiroz, reveladas pelo Estadão.

No caso do petista, a investigação foi arquivada.

A nomeação foi publicada nesta sexta-feira (17) assinada por Lula e o ministro Alexandre Padilha, da Secretaria de Relações Institucionais. Ceciliano integrou o grupo técnico sobre Pequenas Empresas no grupo de transição do governo. Ex-prefeito de Paracambi (RJ), ele é considerado um petista moderado, com interlocução com grupos que vão do PSD ao PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro.

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No Rio de Janeiro, Ceciliano foi um dos responsáveis por reaproximar Lula do prefeito Eduardo Paes (PSD) e por manter diálogos com o atual governador Cláudio Castro (PL), que fez campanha por Jair Bolsonaro em 2022. Essa postura o transformou em alvo de críticas originadas na esquerda fluminense. O ex-presidente da Alerj foi acusado de articular o voto Castro-Lula, relegando o então candidato Marcelo Freixo (PSB) a segundo plano e levando eleitores petistas a reeleger o governador bolsonarista no Estado.

Ceciliano foi inocentado no caso da rachadinha na Alerj, que presidiu Foto: Wilton Júnior/Estadão

Com um perfil pragmático, Ceciliano abriu uma disputa entre petistas e pessebistas pela candidatura ao Senado no ano passado. O então presidente da Alerj disputou com Alessandro Molon (PSB) a vaga na chapa de Freixo (PSB) ao governo do Rio. Ceciliano e Molon concorreram, mas não foram eleitos.

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Ceciliano assumiu a presidência da Alerj em 2017 para um mandato-tampão, em meio a doenças e prisões de deputados à frente dele na linha sucessória. Conduziu sua gestão como uma espécie de antítese de Jorge Picciani (MDB), o ex-cacique emedebista que comandou a Casa por anos e foi preso no âmbito dos esquemas envolvendo o ex-governador Sérgio Cabral (MDB).

Caso arquivado

Em nota, Ceciliano disse que o inquérito acerca do caso foi devidamente concluído e arquivado depois que o Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro, ao fim de dois anos de investigação, constatou que não houve nenhuma transferência de recursos ou valores de funcionários do gabinete do ex-deputado para as suas contas pessoais, de seus familiares ou entre os próprios servidores.

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“Isso é de conhecimento público e já foi objeto de inúmeras matérias, disponíveis em buscas na Internet”, afirma. “O secretário, à época, abriu seus sigilos bancários e fiscal, com total transparência e em nenhum momento tentou impedir ou suspender a investigação.”

RIO - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nomeou o ex-presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro André Ceciliano (PT) para o cargo de secretário Especial de Assuntos Federativos da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República. O ex-deputado foi investigado pelo Ministério Público do Rio com base no mesmo relatório de inteligência financeira do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) que deu origem às apurações contra o hoje senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), a partir de movimentações suspeitas do assessor Fabrício Queiroz, reveladas pelo Estadão.

No caso do petista, a investigação foi arquivada.

A nomeação foi publicada nesta sexta-feira (17) assinada por Lula e o ministro Alexandre Padilha, da Secretaria de Relações Institucionais. Ceciliano integrou o grupo técnico sobre Pequenas Empresas no grupo de transição do governo. Ex-prefeito de Paracambi (RJ), ele é considerado um petista moderado, com interlocução com grupos que vão do PSD ao PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro.

No Rio de Janeiro, Ceciliano foi um dos responsáveis por reaproximar Lula do prefeito Eduardo Paes (PSD) e por manter diálogos com o atual governador Cláudio Castro (PL), que fez campanha por Jair Bolsonaro em 2022. Essa postura o transformou em alvo de críticas originadas na esquerda fluminense. O ex-presidente da Alerj foi acusado de articular o voto Castro-Lula, relegando o então candidato Marcelo Freixo (PSB) a segundo plano e levando eleitores petistas a reeleger o governador bolsonarista no Estado.

Ceciliano foi inocentado no caso da rachadinha na Alerj, que presidiu Foto: Wilton Júnior/Estadão

Com um perfil pragmático, Ceciliano abriu uma disputa entre petistas e pessebistas pela candidatura ao Senado no ano passado. O então presidente da Alerj disputou com Alessandro Molon (PSB) a vaga na chapa de Freixo (PSB) ao governo do Rio. Ceciliano e Molon concorreram, mas não foram eleitos.

Ceciliano assumiu a presidência da Alerj em 2017 para um mandato-tampão, em meio a doenças e prisões de deputados à frente dele na linha sucessória. Conduziu sua gestão como uma espécie de antítese de Jorge Picciani (MDB), o ex-cacique emedebista que comandou a Casa por anos e foi preso no âmbito dos esquemas envolvendo o ex-governador Sérgio Cabral (MDB).

Caso arquivado

Em nota, Ceciliano disse que o inquérito acerca do caso foi devidamente concluído e arquivado depois que o Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro, ao fim de dois anos de investigação, constatou que não houve nenhuma transferência de recursos ou valores de funcionários do gabinete do ex-deputado para as suas contas pessoais, de seus familiares ou entre os próprios servidores.

“Isso é de conhecimento público e já foi objeto de inúmeras matérias, disponíveis em buscas na Internet”, afirma. “O secretário, à época, abriu seus sigilos bancários e fiscal, com total transparência e em nenhum momento tentou impedir ou suspender a investigação.”

RIO - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nomeou o ex-presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro André Ceciliano (PT) para o cargo de secretário Especial de Assuntos Federativos da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República. O ex-deputado foi investigado pelo Ministério Público do Rio com base no mesmo relatório de inteligência financeira do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) que deu origem às apurações contra o hoje senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), a partir de movimentações suspeitas do assessor Fabrício Queiroz, reveladas pelo Estadão.

No caso do petista, a investigação foi arquivada.

A nomeação foi publicada nesta sexta-feira (17) assinada por Lula e o ministro Alexandre Padilha, da Secretaria de Relações Institucionais. Ceciliano integrou o grupo técnico sobre Pequenas Empresas no grupo de transição do governo. Ex-prefeito de Paracambi (RJ), ele é considerado um petista moderado, com interlocução com grupos que vão do PSD ao PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro.

No Rio de Janeiro, Ceciliano foi um dos responsáveis por reaproximar Lula do prefeito Eduardo Paes (PSD) e por manter diálogos com o atual governador Cláudio Castro (PL), que fez campanha por Jair Bolsonaro em 2022. Essa postura o transformou em alvo de críticas originadas na esquerda fluminense. O ex-presidente da Alerj foi acusado de articular o voto Castro-Lula, relegando o então candidato Marcelo Freixo (PSB) a segundo plano e levando eleitores petistas a reeleger o governador bolsonarista no Estado.

Ceciliano foi inocentado no caso da rachadinha na Alerj, que presidiu Foto: Wilton Júnior/Estadão

Com um perfil pragmático, Ceciliano abriu uma disputa entre petistas e pessebistas pela candidatura ao Senado no ano passado. O então presidente da Alerj disputou com Alessandro Molon (PSB) a vaga na chapa de Freixo (PSB) ao governo do Rio. Ceciliano e Molon concorreram, mas não foram eleitos.

Ceciliano assumiu a presidência da Alerj em 2017 para um mandato-tampão, em meio a doenças e prisões de deputados à frente dele na linha sucessória. Conduziu sua gestão como uma espécie de antítese de Jorge Picciani (MDB), o ex-cacique emedebista que comandou a Casa por anos e foi preso no âmbito dos esquemas envolvendo o ex-governador Sérgio Cabral (MDB).

Caso arquivado

Em nota, Ceciliano disse que o inquérito acerca do caso foi devidamente concluído e arquivado depois que o Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro, ao fim de dois anos de investigação, constatou que não houve nenhuma transferência de recursos ou valores de funcionários do gabinete do ex-deputado para as suas contas pessoais, de seus familiares ou entre os próprios servidores.

“Isso é de conhecimento público e já foi objeto de inúmeras matérias, disponíveis em buscas na Internet”, afirma. “O secretário, à época, abriu seus sigilos bancários e fiscal, com total transparência e em nenhum momento tentou impedir ou suspender a investigação.”

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