O comando da campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu que jornais e emissoras de rádio e TV se organizem em pool para a realização de no máximo três debates entre candidatos à Presidência no período eleitoral. O formato é semelhante ao que ocorre nos Estados Unidos.
Em ofício enviado à Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) e à Associação Nacional de Jornais (ANJ) nesta quarta-feira, 15, partidos que compõem a coligação petista disseram ser inviável ao candidato comparecer em todos os debates previstos por veículos de comunicação no período de 45 dias que antecedem o primeiro turno.
“No caso do Brasil, acreditamos que a organização de até três debates nacionais permitiria a contribuição das emissoras para o processo eleitoral, preservando a mobilidade dos candidatos para o diálogo democrático e direto com a população e seus aliados regionais”, escreveram em nota.
“Dentro do exíguo período de 45 dias de campanha eleitoral, determinado pela legislação em vigor, tal programação de debates, concentrados na capital de São Paulo, é incompatível com a agenda política e a realização de atos públicos de campanha, que exigem deslocamentos pelas 27 unidades da federação”, completaram.
Como mostrou o Estadão, o presidente Jair Bolsonaro (PL) e Lula admitiam faltar aos debates na TV no primeiro turno das eleições. No começo do mês, porém, Bolsonaro afirmou que marcaria presença se o petista também participasse “Eu fecho agora: se Lula for, eu vou junto com ele”, disse, em visita a Foz do Iguaçu (PR).
Até agora, há dez debates programados. No dia 24 de setembro, por exemplo, uma parceria entre o Estadão, Rádio Eldorado, o SBT, a revista Veja e a rádio Novabrasil FM vai promover debates com os principais candidatos à Presidência, com transmissão em várias plataformas e duração aproximada de duas horas.