Lula pede reuniões semanais ou a cada 15 dias com líderes partidários após crise com a Câmara


Planalto avalia que impasses como o da votação da MP dos Ministérios não podem se repetir nas próximas votações

Por Iander Porcella

BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu reuniões semanais ou a cada 15 dias com os líderes partidários da Câmara após a crise na articulação política que marcou a relação com o Legislativo nos primeiros seis meses do terceiro mandato do petista no Palácio do Planalto. O líder do governo na Casa, José Guimarães (PT-CE), ao fazer um balanço de sua atuação no cargo nesta quarta-feira, 28, reconheceu que o impasse na votação da Medida Provisória (MP) dos Ministérios foi grave. “Parecia que o teto do plenário Ulysses Guimarães ia cair na nossa cabeça”, brincou.

Lula tem tido dificuldades para formar uma base aliada sólida na Câmara. Projetos da agenda econômica, como o novo arcabouço fiscal, encontram amplo apoio entre deputados de centro-direita, que veem no ministro da Fazenda, Fernando Haddad, um interlocutor confiável. Mas a fidelidade ao governo para por aí. A esquerda, com cerca de 130 deputados, não conseguiu impedir revezes como a aprovação do marco temporal para a demarcação de terras indígenas e a derrubada dos decretos que alteram o marco do saneamento.

“Estou com a minha consciência tranquila. Se eu não fiz tudo, eu fiz quase tudo aqui na Câmara para atender às demandas do governo do presidente Lula. E, quando é preciso, eu falo diretamente com ele”, afirmou Guimarães. O líder do governo disse esperar que no segundo semestre a relação do Planalto com a Câmara esteja “completamente azeitada”, ao comentar o desejo de Lula de ter reuniões periódicas com as lideranças da Casa.

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'Parecia que o teto do plenário Ulysses Guimarães ia cair na nossa cabeça', disse o deputado José Guimarães, sobre votação da MP dos Ministérios (Foto: Bruno Spada/Agência Câmara) Foto: Bruno Spada/Agência Câmara

“Deverá ter no próximo período. Não sei quando, porque nós estamos num período muito pequeno. Mas, se não agora, em agosto terá, porque o presidente, na reunião que fez, pediu para pelo menos semanal ou quinzenalmente ter reunião com os líderes no Alvorada”, afirmou o petista, em referência ao encontro com os ministros no último dia 15.

No começo de junho, Lula chegou a chamar os líderes da Câmara para uma reunião no Alvorada, mas o encontro teve de ser cancelado após algumas lideranças decidirem viajar para São Paulo com o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL). O presidente da República, contudo, se reuniu duas vezes neste mês com Lira e prometeu encontrar alternativas, que não passem pela entrega do Ministério da Saúde, para resolver a demanda do Centrão por mais espaço no governo.

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“Todas as reuniões que o presidente Lula teve com o presidente Lira foram pensando no interesse maior do País. Nunca o Lira chegou lá pedindo cargo, o ministério A ou o ministério B. Eu não trato de reforma ministerial, quem trata disso é o presidente e seus ministros”, disse Guimarães, ao ser questionado sobre eventuais mudanças no comando dos ministérios.

Troca no Ministério do Turismo

Em reunião com o líder do União Brasil, Elmar Nascimento (BA), no final de maio, Lula prometeu trocar Daniela Carneiro (RJ) por Celso Sabino (PA) no Ministério do Turismo. A promessa ocorreu após o Centrão ter ameaçado derrubar a estrutura ministerial do governo durante a votação da medida provisória que deu forma à Esplanada, para mandar um recado de insatisfação com a articulação política do Palácio do Planalto. As reclamações estavam relacionadas à demora na liberação de emendas e à falta de nomeações de aliados para cargos regionais.

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“Está azeitando, está andando. Eu acredito que no segundo semestre a relação estará completamente azeitada. Evidentemente, tudo o que eu fiz foi pelo governo. O maior drama que eu vivi como articulador político do governo foi a MP da reestruturação dos ministérios, parecia que o teto do plenário Ulysses Guimarães ia cair na nossa cabeça”, disse Guimarães. “Foi grave, houve uma tensão de grandes proporções. Vocês imaginem se a MP não tivesse sido aprovada, o caos que estaria o governo.”

O petista afirmou que a melhora da relação do governo com a Câmara também passa também pela promessa de Lula de reduzir o envio de MPs ao Congresso, já que o impasse entre Lira e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), sobre o rito de tramitação das medidas ainda não foi solucionado.

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Guimarães também avaliou como positivos os encontros do ministro da Casa Civil, Rui Costa, com Lira e Elmar. “Eu sempre digo, ainda que dentro do governo alguém possa discordar, não tem chefe da Casa Civil que não se envolva em política. A Casa Civil tem que fazer política, eu disse várias vezes ao Rui. Inclusive foi fazer um café entre os líderes e ele, nos próximos dias”, disse. Ele negou ainda atritos com Costa e com o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha. “Não tem areia na nossa relação”, afirmou.

BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu reuniões semanais ou a cada 15 dias com os líderes partidários da Câmara após a crise na articulação política que marcou a relação com o Legislativo nos primeiros seis meses do terceiro mandato do petista no Palácio do Planalto. O líder do governo na Casa, José Guimarães (PT-CE), ao fazer um balanço de sua atuação no cargo nesta quarta-feira, 28, reconheceu que o impasse na votação da Medida Provisória (MP) dos Ministérios foi grave. “Parecia que o teto do plenário Ulysses Guimarães ia cair na nossa cabeça”, brincou.

Lula tem tido dificuldades para formar uma base aliada sólida na Câmara. Projetos da agenda econômica, como o novo arcabouço fiscal, encontram amplo apoio entre deputados de centro-direita, que veem no ministro da Fazenda, Fernando Haddad, um interlocutor confiável. Mas a fidelidade ao governo para por aí. A esquerda, com cerca de 130 deputados, não conseguiu impedir revezes como a aprovação do marco temporal para a demarcação de terras indígenas e a derrubada dos decretos que alteram o marco do saneamento.

“Estou com a minha consciência tranquila. Se eu não fiz tudo, eu fiz quase tudo aqui na Câmara para atender às demandas do governo do presidente Lula. E, quando é preciso, eu falo diretamente com ele”, afirmou Guimarães. O líder do governo disse esperar que no segundo semestre a relação do Planalto com a Câmara esteja “completamente azeitada”, ao comentar o desejo de Lula de ter reuniões periódicas com as lideranças da Casa.

'Parecia que o teto do plenário Ulysses Guimarães ia cair na nossa cabeça', disse o deputado José Guimarães, sobre votação da MP dos Ministérios (Foto: Bruno Spada/Agência Câmara) Foto: Bruno Spada/Agência Câmara

“Deverá ter no próximo período. Não sei quando, porque nós estamos num período muito pequeno. Mas, se não agora, em agosto terá, porque o presidente, na reunião que fez, pediu para pelo menos semanal ou quinzenalmente ter reunião com os líderes no Alvorada”, afirmou o petista, em referência ao encontro com os ministros no último dia 15.

No começo de junho, Lula chegou a chamar os líderes da Câmara para uma reunião no Alvorada, mas o encontro teve de ser cancelado após algumas lideranças decidirem viajar para São Paulo com o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL). O presidente da República, contudo, se reuniu duas vezes neste mês com Lira e prometeu encontrar alternativas, que não passem pela entrega do Ministério da Saúde, para resolver a demanda do Centrão por mais espaço no governo.

“Todas as reuniões que o presidente Lula teve com o presidente Lira foram pensando no interesse maior do País. Nunca o Lira chegou lá pedindo cargo, o ministério A ou o ministério B. Eu não trato de reforma ministerial, quem trata disso é o presidente e seus ministros”, disse Guimarães, ao ser questionado sobre eventuais mudanças no comando dos ministérios.

Troca no Ministério do Turismo

Em reunião com o líder do União Brasil, Elmar Nascimento (BA), no final de maio, Lula prometeu trocar Daniela Carneiro (RJ) por Celso Sabino (PA) no Ministério do Turismo. A promessa ocorreu após o Centrão ter ameaçado derrubar a estrutura ministerial do governo durante a votação da medida provisória que deu forma à Esplanada, para mandar um recado de insatisfação com a articulação política do Palácio do Planalto. As reclamações estavam relacionadas à demora na liberação de emendas e à falta de nomeações de aliados para cargos regionais.

“Está azeitando, está andando. Eu acredito que no segundo semestre a relação estará completamente azeitada. Evidentemente, tudo o que eu fiz foi pelo governo. O maior drama que eu vivi como articulador político do governo foi a MP da reestruturação dos ministérios, parecia que o teto do plenário Ulysses Guimarães ia cair na nossa cabeça”, disse Guimarães. “Foi grave, houve uma tensão de grandes proporções. Vocês imaginem se a MP não tivesse sido aprovada, o caos que estaria o governo.”

O petista afirmou que a melhora da relação do governo com a Câmara também passa também pela promessa de Lula de reduzir o envio de MPs ao Congresso, já que o impasse entre Lira e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), sobre o rito de tramitação das medidas ainda não foi solucionado.

Guimarães também avaliou como positivos os encontros do ministro da Casa Civil, Rui Costa, com Lira e Elmar. “Eu sempre digo, ainda que dentro do governo alguém possa discordar, não tem chefe da Casa Civil que não se envolva em política. A Casa Civil tem que fazer política, eu disse várias vezes ao Rui. Inclusive foi fazer um café entre os líderes e ele, nos próximos dias”, disse. Ele negou ainda atritos com Costa e com o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha. “Não tem areia na nossa relação”, afirmou.

BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu reuniões semanais ou a cada 15 dias com os líderes partidários da Câmara após a crise na articulação política que marcou a relação com o Legislativo nos primeiros seis meses do terceiro mandato do petista no Palácio do Planalto. O líder do governo na Casa, José Guimarães (PT-CE), ao fazer um balanço de sua atuação no cargo nesta quarta-feira, 28, reconheceu que o impasse na votação da Medida Provisória (MP) dos Ministérios foi grave. “Parecia que o teto do plenário Ulysses Guimarães ia cair na nossa cabeça”, brincou.

Lula tem tido dificuldades para formar uma base aliada sólida na Câmara. Projetos da agenda econômica, como o novo arcabouço fiscal, encontram amplo apoio entre deputados de centro-direita, que veem no ministro da Fazenda, Fernando Haddad, um interlocutor confiável. Mas a fidelidade ao governo para por aí. A esquerda, com cerca de 130 deputados, não conseguiu impedir revezes como a aprovação do marco temporal para a demarcação de terras indígenas e a derrubada dos decretos que alteram o marco do saneamento.

“Estou com a minha consciência tranquila. Se eu não fiz tudo, eu fiz quase tudo aqui na Câmara para atender às demandas do governo do presidente Lula. E, quando é preciso, eu falo diretamente com ele”, afirmou Guimarães. O líder do governo disse esperar que no segundo semestre a relação do Planalto com a Câmara esteja “completamente azeitada”, ao comentar o desejo de Lula de ter reuniões periódicas com as lideranças da Casa.

'Parecia que o teto do plenário Ulysses Guimarães ia cair na nossa cabeça', disse o deputado José Guimarães, sobre votação da MP dos Ministérios (Foto: Bruno Spada/Agência Câmara) Foto: Bruno Spada/Agência Câmara

“Deverá ter no próximo período. Não sei quando, porque nós estamos num período muito pequeno. Mas, se não agora, em agosto terá, porque o presidente, na reunião que fez, pediu para pelo menos semanal ou quinzenalmente ter reunião com os líderes no Alvorada”, afirmou o petista, em referência ao encontro com os ministros no último dia 15.

No começo de junho, Lula chegou a chamar os líderes da Câmara para uma reunião no Alvorada, mas o encontro teve de ser cancelado após algumas lideranças decidirem viajar para São Paulo com o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL). O presidente da República, contudo, se reuniu duas vezes neste mês com Lira e prometeu encontrar alternativas, que não passem pela entrega do Ministério da Saúde, para resolver a demanda do Centrão por mais espaço no governo.

“Todas as reuniões que o presidente Lula teve com o presidente Lira foram pensando no interesse maior do País. Nunca o Lira chegou lá pedindo cargo, o ministério A ou o ministério B. Eu não trato de reforma ministerial, quem trata disso é o presidente e seus ministros”, disse Guimarães, ao ser questionado sobre eventuais mudanças no comando dos ministérios.

Troca no Ministério do Turismo

Em reunião com o líder do União Brasil, Elmar Nascimento (BA), no final de maio, Lula prometeu trocar Daniela Carneiro (RJ) por Celso Sabino (PA) no Ministério do Turismo. A promessa ocorreu após o Centrão ter ameaçado derrubar a estrutura ministerial do governo durante a votação da medida provisória que deu forma à Esplanada, para mandar um recado de insatisfação com a articulação política do Palácio do Planalto. As reclamações estavam relacionadas à demora na liberação de emendas e à falta de nomeações de aliados para cargos regionais.

“Está azeitando, está andando. Eu acredito que no segundo semestre a relação estará completamente azeitada. Evidentemente, tudo o que eu fiz foi pelo governo. O maior drama que eu vivi como articulador político do governo foi a MP da reestruturação dos ministérios, parecia que o teto do plenário Ulysses Guimarães ia cair na nossa cabeça”, disse Guimarães. “Foi grave, houve uma tensão de grandes proporções. Vocês imaginem se a MP não tivesse sido aprovada, o caos que estaria o governo.”

O petista afirmou que a melhora da relação do governo com a Câmara também passa também pela promessa de Lula de reduzir o envio de MPs ao Congresso, já que o impasse entre Lira e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), sobre o rito de tramitação das medidas ainda não foi solucionado.

Guimarães também avaliou como positivos os encontros do ministro da Casa Civil, Rui Costa, com Lira e Elmar. “Eu sempre digo, ainda que dentro do governo alguém possa discordar, não tem chefe da Casa Civil que não se envolva em política. A Casa Civil tem que fazer política, eu disse várias vezes ao Rui. Inclusive foi fazer um café entre os líderes e ele, nos próximos dias”, disse. Ele negou ainda atritos com Costa e com o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha. “Não tem areia na nossa relação”, afirmou.

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