Lula usa 1º de Maio para afagos no Congresso e na articulação política do governo


Em meio a crise com o Legislativo, Lula afirmou que os méritos para aprovação de projetos do Executivo são dos ministros e deputados da base governista que ‘aprenderam a conversar’

Por Gabriel de Sousa
Atualização:

BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) usou o ato em comemoração ao Dia Internacional do Trabalho para distribuir afagos ao Congresso Nacional e elogiar a articulação política do governo. O pronunciamento do petista, feito no estacionamento da Neo Química Arena ocorreu dias após novos episódios da crise que se arrasta entre o Legislativo e o Palácio do Planalto. Os atritos se elevaram após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Cristiano Zanin, suspender trechos da lei que prorrogou a desoneração da folha dos municípios e de setores produtivos até 2027.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) discursou no ato em comemoração ao Dia do Trabalho, em Itaquera, nesta quarta-feira, 1º Foto: Taba Benedicto/Estadão

De acordo com Lula, o governo federal precisou fazer alianças políticas para conseguir governar, devido ao número de parlamentares de esquerda no Congresso. Ele também disse aos sindicalistas que os méritos pela aprovação de projetos de autoria do Planalto são dos ministros e dos deputados da base, que “aprenderam a conversar” com parlamentares de oposição “ao invés de se odiarem”.

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“Se vocês acompanharem a imprensa todo dia, dá a impressão que tem uma guerra entre o governo e o Congresso Nacional. Vocês sabem que a minha bancada, a chamada bancada progressista que me elegeu nas eleições, a gente não chega a 140 deputados de 513. Mas, eu quero fazer um reconhecimento de que nós fizemos alianças para governar e até hoje, todos os projetos que nós mandamos para o Congresso foram aprovados de acordo com os interesses que o governo queria”, afirmou Lula.

O Planalto comemorou uma vitória no último dia 24, quando o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), atendeu um pedido do Executivo e adiou a sessão conjunta do Congresso que iria votar vetos presidenciais, entre eles o do fim da “saidinha” dos presos. Os acenos entre Lula e Pacheco não duraram já que, um dia depois, o ministro Cristiano Zanin, que foi indicado pelo petista, atendeu uma ação ajuizada pelo próprio governo Lula que exigiu a suspensão de trechos da lei da desoneração da folha.

O governo alegou que a lei, aprovada pelo Congresso no ano passado, não demonstrou o impacto financeiro para os cofres públicos, o que é exigido pela Constituição. Pacheco, que então havia afagado Lula com o adiamento da sessão conjunta, criticou a decisão de Zanin e declarou que o Planalto “erra ao judicializar a política”.

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Lula elogia Padilha, que foi chamado de ‘incompetente’ por Arthur Lira

Lula também elogiou o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, que foi alvo de críticas públicas do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). No dia 11 de abril, Lira chamou Padilha de “incompetente” e “desafeto pessoal” após uma polêmica sobre a prisão do deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), que foi mantida pelo plenário da Casa.

“Esse homem aqui tem o cargo mais difícil do governo, que é o cargo de conversar com 513 deputados e 81 senadores, e todo dia você vê uma crítica a ele. Mas a crítica é apenas coisas boas que ele faz para o governo, não é pelas coisas ruins. Então o Padilha é um ministro muito especial na nossa vida”, afirmou Lula.

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Para elogiar a articulação política do governo, Lula relembrou a aprovação da reforma tributária, no final do ano passado. Em dezembro, quando o texto foi promulgado pelo Congresso, Padilha, que é responsável por dialogar com os deputados e os senadores, não foi mencionado nos discursos feitos por Lira e Pacheco.

Antes de discursar, Lula fez tour no estádio do Corinthians

Antes de discursar no ato, o petista fez um tour no gramado da Neo Química Arena, estádio do Corinthians. O presidente, que é corintiano assumido, foi recepcionado pelo presidente do clube, Augusto Melo. Os dois posaram para uma foto, e Melo presenteou o petista com uma camisa com o nome de Lula e o número 13, em referência ao Partido dos Trabalhadores.

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu uma camisa do Corinthians das mãos do presidente do clube, Augusto Melo Foto: Taba Benedicto/Estadão

Lula chegou a bater bola com antigos ídolos do Timão, como o meio-campo Basílio, o lateral Zé Maria e o atacante Edílson. A comitiva do presidente também foi composta pelo vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e pelo deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP), que é pré-candidato à Prefeitura de São Paulo e conta com o apoio do PT.

BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) usou o ato em comemoração ao Dia Internacional do Trabalho para distribuir afagos ao Congresso Nacional e elogiar a articulação política do governo. O pronunciamento do petista, feito no estacionamento da Neo Química Arena ocorreu dias após novos episódios da crise que se arrasta entre o Legislativo e o Palácio do Planalto. Os atritos se elevaram após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Cristiano Zanin, suspender trechos da lei que prorrogou a desoneração da folha dos municípios e de setores produtivos até 2027.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) discursou no ato em comemoração ao Dia do Trabalho, em Itaquera, nesta quarta-feira, 1º Foto: Taba Benedicto/Estadão

De acordo com Lula, o governo federal precisou fazer alianças políticas para conseguir governar, devido ao número de parlamentares de esquerda no Congresso. Ele também disse aos sindicalistas que os méritos pela aprovação de projetos de autoria do Planalto são dos ministros e dos deputados da base, que “aprenderam a conversar” com parlamentares de oposição “ao invés de se odiarem”.

“Se vocês acompanharem a imprensa todo dia, dá a impressão que tem uma guerra entre o governo e o Congresso Nacional. Vocês sabem que a minha bancada, a chamada bancada progressista que me elegeu nas eleições, a gente não chega a 140 deputados de 513. Mas, eu quero fazer um reconhecimento de que nós fizemos alianças para governar e até hoje, todos os projetos que nós mandamos para o Congresso foram aprovados de acordo com os interesses que o governo queria”, afirmou Lula.

O Planalto comemorou uma vitória no último dia 24, quando o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), atendeu um pedido do Executivo e adiou a sessão conjunta do Congresso que iria votar vetos presidenciais, entre eles o do fim da “saidinha” dos presos. Os acenos entre Lula e Pacheco não duraram já que, um dia depois, o ministro Cristiano Zanin, que foi indicado pelo petista, atendeu uma ação ajuizada pelo próprio governo Lula que exigiu a suspensão de trechos da lei da desoneração da folha.

O governo alegou que a lei, aprovada pelo Congresso no ano passado, não demonstrou o impacto financeiro para os cofres públicos, o que é exigido pela Constituição. Pacheco, que então havia afagado Lula com o adiamento da sessão conjunta, criticou a decisão de Zanin e declarou que o Planalto “erra ao judicializar a política”.

Lula elogia Padilha, que foi chamado de ‘incompetente’ por Arthur Lira

Lula também elogiou o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, que foi alvo de críticas públicas do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). No dia 11 de abril, Lira chamou Padilha de “incompetente” e “desafeto pessoal” após uma polêmica sobre a prisão do deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), que foi mantida pelo plenário da Casa.

“Esse homem aqui tem o cargo mais difícil do governo, que é o cargo de conversar com 513 deputados e 81 senadores, e todo dia você vê uma crítica a ele. Mas a crítica é apenas coisas boas que ele faz para o governo, não é pelas coisas ruins. Então o Padilha é um ministro muito especial na nossa vida”, afirmou Lula.

Para elogiar a articulação política do governo, Lula relembrou a aprovação da reforma tributária, no final do ano passado. Em dezembro, quando o texto foi promulgado pelo Congresso, Padilha, que é responsável por dialogar com os deputados e os senadores, não foi mencionado nos discursos feitos por Lira e Pacheco.

Antes de discursar, Lula fez tour no estádio do Corinthians

Antes de discursar no ato, o petista fez um tour no gramado da Neo Química Arena, estádio do Corinthians. O presidente, que é corintiano assumido, foi recepcionado pelo presidente do clube, Augusto Melo. Os dois posaram para uma foto, e Melo presenteou o petista com uma camisa com o nome de Lula e o número 13, em referência ao Partido dos Trabalhadores.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu uma camisa do Corinthians das mãos do presidente do clube, Augusto Melo Foto: Taba Benedicto/Estadão

Lula chegou a bater bola com antigos ídolos do Timão, como o meio-campo Basílio, o lateral Zé Maria e o atacante Edílson. A comitiva do presidente também foi composta pelo vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e pelo deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP), que é pré-candidato à Prefeitura de São Paulo e conta com o apoio do PT.

BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) usou o ato em comemoração ao Dia Internacional do Trabalho para distribuir afagos ao Congresso Nacional e elogiar a articulação política do governo. O pronunciamento do petista, feito no estacionamento da Neo Química Arena ocorreu dias após novos episódios da crise que se arrasta entre o Legislativo e o Palácio do Planalto. Os atritos se elevaram após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Cristiano Zanin, suspender trechos da lei que prorrogou a desoneração da folha dos municípios e de setores produtivos até 2027.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) discursou no ato em comemoração ao Dia do Trabalho, em Itaquera, nesta quarta-feira, 1º Foto: Taba Benedicto/Estadão

De acordo com Lula, o governo federal precisou fazer alianças políticas para conseguir governar, devido ao número de parlamentares de esquerda no Congresso. Ele também disse aos sindicalistas que os méritos pela aprovação de projetos de autoria do Planalto são dos ministros e dos deputados da base, que “aprenderam a conversar” com parlamentares de oposição “ao invés de se odiarem”.

“Se vocês acompanharem a imprensa todo dia, dá a impressão que tem uma guerra entre o governo e o Congresso Nacional. Vocês sabem que a minha bancada, a chamada bancada progressista que me elegeu nas eleições, a gente não chega a 140 deputados de 513. Mas, eu quero fazer um reconhecimento de que nós fizemos alianças para governar e até hoje, todos os projetos que nós mandamos para o Congresso foram aprovados de acordo com os interesses que o governo queria”, afirmou Lula.

O Planalto comemorou uma vitória no último dia 24, quando o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), atendeu um pedido do Executivo e adiou a sessão conjunta do Congresso que iria votar vetos presidenciais, entre eles o do fim da “saidinha” dos presos. Os acenos entre Lula e Pacheco não duraram já que, um dia depois, o ministro Cristiano Zanin, que foi indicado pelo petista, atendeu uma ação ajuizada pelo próprio governo Lula que exigiu a suspensão de trechos da lei da desoneração da folha.

O governo alegou que a lei, aprovada pelo Congresso no ano passado, não demonstrou o impacto financeiro para os cofres públicos, o que é exigido pela Constituição. Pacheco, que então havia afagado Lula com o adiamento da sessão conjunta, criticou a decisão de Zanin e declarou que o Planalto “erra ao judicializar a política”.

Lula elogia Padilha, que foi chamado de ‘incompetente’ por Arthur Lira

Lula também elogiou o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, que foi alvo de críticas públicas do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). No dia 11 de abril, Lira chamou Padilha de “incompetente” e “desafeto pessoal” após uma polêmica sobre a prisão do deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), que foi mantida pelo plenário da Casa.

“Esse homem aqui tem o cargo mais difícil do governo, que é o cargo de conversar com 513 deputados e 81 senadores, e todo dia você vê uma crítica a ele. Mas a crítica é apenas coisas boas que ele faz para o governo, não é pelas coisas ruins. Então o Padilha é um ministro muito especial na nossa vida”, afirmou Lula.

Para elogiar a articulação política do governo, Lula relembrou a aprovação da reforma tributária, no final do ano passado. Em dezembro, quando o texto foi promulgado pelo Congresso, Padilha, que é responsável por dialogar com os deputados e os senadores, não foi mencionado nos discursos feitos por Lira e Pacheco.

Antes de discursar, Lula fez tour no estádio do Corinthians

Antes de discursar no ato, o petista fez um tour no gramado da Neo Química Arena, estádio do Corinthians. O presidente, que é corintiano assumido, foi recepcionado pelo presidente do clube, Augusto Melo. Os dois posaram para uma foto, e Melo presenteou o petista com uma camisa com o nome de Lula e o número 13, em referência ao Partido dos Trabalhadores.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu uma camisa do Corinthians das mãos do presidente do clube, Augusto Melo Foto: Taba Benedicto/Estadão

Lula chegou a bater bola com antigos ídolos do Timão, como o meio-campo Basílio, o lateral Zé Maria e o atacante Edílson. A comitiva do presidente também foi composta pelo vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e pelo deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP), que é pré-candidato à Prefeitura de São Paulo e conta com o apoio do PT.

BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) usou o ato em comemoração ao Dia Internacional do Trabalho para distribuir afagos ao Congresso Nacional e elogiar a articulação política do governo. O pronunciamento do petista, feito no estacionamento da Neo Química Arena ocorreu dias após novos episódios da crise que se arrasta entre o Legislativo e o Palácio do Planalto. Os atritos se elevaram após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Cristiano Zanin, suspender trechos da lei que prorrogou a desoneração da folha dos municípios e de setores produtivos até 2027.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) discursou no ato em comemoração ao Dia do Trabalho, em Itaquera, nesta quarta-feira, 1º Foto: Taba Benedicto/Estadão

De acordo com Lula, o governo federal precisou fazer alianças políticas para conseguir governar, devido ao número de parlamentares de esquerda no Congresso. Ele também disse aos sindicalistas que os méritos pela aprovação de projetos de autoria do Planalto são dos ministros e dos deputados da base, que “aprenderam a conversar” com parlamentares de oposição “ao invés de se odiarem”.

“Se vocês acompanharem a imprensa todo dia, dá a impressão que tem uma guerra entre o governo e o Congresso Nacional. Vocês sabem que a minha bancada, a chamada bancada progressista que me elegeu nas eleições, a gente não chega a 140 deputados de 513. Mas, eu quero fazer um reconhecimento de que nós fizemos alianças para governar e até hoje, todos os projetos que nós mandamos para o Congresso foram aprovados de acordo com os interesses que o governo queria”, afirmou Lula.

O Planalto comemorou uma vitória no último dia 24, quando o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), atendeu um pedido do Executivo e adiou a sessão conjunta do Congresso que iria votar vetos presidenciais, entre eles o do fim da “saidinha” dos presos. Os acenos entre Lula e Pacheco não duraram já que, um dia depois, o ministro Cristiano Zanin, que foi indicado pelo petista, atendeu uma ação ajuizada pelo próprio governo Lula que exigiu a suspensão de trechos da lei da desoneração da folha.

O governo alegou que a lei, aprovada pelo Congresso no ano passado, não demonstrou o impacto financeiro para os cofres públicos, o que é exigido pela Constituição. Pacheco, que então havia afagado Lula com o adiamento da sessão conjunta, criticou a decisão de Zanin e declarou que o Planalto “erra ao judicializar a política”.

Lula elogia Padilha, que foi chamado de ‘incompetente’ por Arthur Lira

Lula também elogiou o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, que foi alvo de críticas públicas do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). No dia 11 de abril, Lira chamou Padilha de “incompetente” e “desafeto pessoal” após uma polêmica sobre a prisão do deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), que foi mantida pelo plenário da Casa.

“Esse homem aqui tem o cargo mais difícil do governo, que é o cargo de conversar com 513 deputados e 81 senadores, e todo dia você vê uma crítica a ele. Mas a crítica é apenas coisas boas que ele faz para o governo, não é pelas coisas ruins. Então o Padilha é um ministro muito especial na nossa vida”, afirmou Lula.

Para elogiar a articulação política do governo, Lula relembrou a aprovação da reforma tributária, no final do ano passado. Em dezembro, quando o texto foi promulgado pelo Congresso, Padilha, que é responsável por dialogar com os deputados e os senadores, não foi mencionado nos discursos feitos por Lira e Pacheco.

Antes de discursar, Lula fez tour no estádio do Corinthians

Antes de discursar no ato, o petista fez um tour no gramado da Neo Química Arena, estádio do Corinthians. O presidente, que é corintiano assumido, foi recepcionado pelo presidente do clube, Augusto Melo. Os dois posaram para uma foto, e Melo presenteou o petista com uma camisa com o nome de Lula e o número 13, em referência ao Partido dos Trabalhadores.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu uma camisa do Corinthians das mãos do presidente do clube, Augusto Melo Foto: Taba Benedicto/Estadão

Lula chegou a bater bola com antigos ídolos do Timão, como o meio-campo Basílio, o lateral Zé Maria e o atacante Edílson. A comitiva do presidente também foi composta pelo vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e pelo deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP), que é pré-candidato à Prefeitura de São Paulo e conta com o apoio do PT.

BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) usou o ato em comemoração ao Dia Internacional do Trabalho para distribuir afagos ao Congresso Nacional e elogiar a articulação política do governo. O pronunciamento do petista, feito no estacionamento da Neo Química Arena ocorreu dias após novos episódios da crise que se arrasta entre o Legislativo e o Palácio do Planalto. Os atritos se elevaram após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Cristiano Zanin, suspender trechos da lei que prorrogou a desoneração da folha dos municípios e de setores produtivos até 2027.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) discursou no ato em comemoração ao Dia do Trabalho, em Itaquera, nesta quarta-feira, 1º Foto: Taba Benedicto/Estadão

De acordo com Lula, o governo federal precisou fazer alianças políticas para conseguir governar, devido ao número de parlamentares de esquerda no Congresso. Ele também disse aos sindicalistas que os méritos pela aprovação de projetos de autoria do Planalto são dos ministros e dos deputados da base, que “aprenderam a conversar” com parlamentares de oposição “ao invés de se odiarem”.

“Se vocês acompanharem a imprensa todo dia, dá a impressão que tem uma guerra entre o governo e o Congresso Nacional. Vocês sabem que a minha bancada, a chamada bancada progressista que me elegeu nas eleições, a gente não chega a 140 deputados de 513. Mas, eu quero fazer um reconhecimento de que nós fizemos alianças para governar e até hoje, todos os projetos que nós mandamos para o Congresso foram aprovados de acordo com os interesses que o governo queria”, afirmou Lula.

O Planalto comemorou uma vitória no último dia 24, quando o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), atendeu um pedido do Executivo e adiou a sessão conjunta do Congresso que iria votar vetos presidenciais, entre eles o do fim da “saidinha” dos presos. Os acenos entre Lula e Pacheco não duraram já que, um dia depois, o ministro Cristiano Zanin, que foi indicado pelo petista, atendeu uma ação ajuizada pelo próprio governo Lula que exigiu a suspensão de trechos da lei da desoneração da folha.

O governo alegou que a lei, aprovada pelo Congresso no ano passado, não demonstrou o impacto financeiro para os cofres públicos, o que é exigido pela Constituição. Pacheco, que então havia afagado Lula com o adiamento da sessão conjunta, criticou a decisão de Zanin e declarou que o Planalto “erra ao judicializar a política”.

Lula elogia Padilha, que foi chamado de ‘incompetente’ por Arthur Lira

Lula também elogiou o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, que foi alvo de críticas públicas do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). No dia 11 de abril, Lira chamou Padilha de “incompetente” e “desafeto pessoal” após uma polêmica sobre a prisão do deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), que foi mantida pelo plenário da Casa.

“Esse homem aqui tem o cargo mais difícil do governo, que é o cargo de conversar com 513 deputados e 81 senadores, e todo dia você vê uma crítica a ele. Mas a crítica é apenas coisas boas que ele faz para o governo, não é pelas coisas ruins. Então o Padilha é um ministro muito especial na nossa vida”, afirmou Lula.

Para elogiar a articulação política do governo, Lula relembrou a aprovação da reforma tributária, no final do ano passado. Em dezembro, quando o texto foi promulgado pelo Congresso, Padilha, que é responsável por dialogar com os deputados e os senadores, não foi mencionado nos discursos feitos por Lira e Pacheco.

Antes de discursar, Lula fez tour no estádio do Corinthians

Antes de discursar no ato, o petista fez um tour no gramado da Neo Química Arena, estádio do Corinthians. O presidente, que é corintiano assumido, foi recepcionado pelo presidente do clube, Augusto Melo. Os dois posaram para uma foto, e Melo presenteou o petista com uma camisa com o nome de Lula e o número 13, em referência ao Partido dos Trabalhadores.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu uma camisa do Corinthians das mãos do presidente do clube, Augusto Melo Foto: Taba Benedicto/Estadão

Lula chegou a bater bola com antigos ídolos do Timão, como o meio-campo Basílio, o lateral Zé Maria e o atacante Edílson. A comitiva do presidente também foi composta pelo vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e pelo deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP), que é pré-candidato à Prefeitura de São Paulo e conta com o apoio do PT.

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