O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou, durante discurso na abertura da 69ª Expozebu, no Triângulo Mineiro, que no dia 1º de junho irá participar, na França, a convite do G-7, de um encontro do qual também participarão África do Sul, China e Índia. Na ocasião, disse Lula, irá apresentar uma proposta de combate à fome ao G-7. "O Brasil precisa de uma chance, não merece ser tratado como um país menor." Lula disse que a povo brasileiro tem que recuperar a auto-estima e a confiança na capacidade dos governantes do País. Ele prometeu fazer com que o País seja respeitado nos fóruns de negociação internacional. "Durante muito tempo nos tratamos como uma nação pequena e (dissemos) que a culpa da (nossa) miséria era dos paises ricos", disse Lula. "Não podemos jogar a nossa incompetência histórica em cima dos outros, temos que saber quais são os nossos problemas e decidir como soluciná-los." Fome Zero - Lula já tinha defendido a idéia de um Fome Zero mundial no dia 26 de janeiro, em discurso no Fórum Mundial de Davos, na Suíça. Na ocasião, o presidente propôs a criação de um fundo internacional constituído pelos países do G-7 e apoiado por grandes investidores internacionais para o combate à miséria e à fome nos países do terceiro mundo. Lula reforçou a idéia de que o combate dos países deveria ser contra a fome, em alusão à então provável guerra contra o Iraque. A repercussão internacional que se seguiu às declarações de Lula em Davos deu novo fôlego às propostas do governo. Na mesma linha, em fevereiro deste ano, o secretário-geral da ONU, Kofi Anan, também fez discurso reforçando que a prioridade mundial deveria ser o combate à fome e à miséria. O Parlamento Europeu também elogiou o programa Fome Zero. Em março, o presidente Lula anunciou que enviaria à ONU o pedido oficial da criação do fundo contra a fome proposto em Davos.
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